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quinta-feira, 21 de setembro de 2023

Combinação perfeita: dia nublado e Us and Them

 As nuvens lá no alto, e a minha melancolia, aqui, sempre comigo, ouvindo Us and Them, do Pink Floyd, refletindo sobre a vida, o meu passado tão presente, no meu presente tão rápido, e o meu futuro abstrato, apenas uma alusão da mente, do que pode acontecer e do que será um fato... passando pelas mesmas esquinas desde 94 (e até quando?). Um dia nublado é sempre lindo pra mim. Não importa se é segunda ou quinta, parece sempre um domingo. São essas nuvens pesadas que sempre me animam, mais que o sol amarelo e invasivo. O cheirinho de umidade no ar, de reflexão, de plenitude, mesmo se, por dentro, a alma é um grande vazio (sempre um vazio... cheio de inquietude)... 


No sábado, eu continuei vendo Asas do Desejo, daquela Berlim em branco e preto, dividida, daquela Berlim intangível para mim e morta para todos, que sobrevive apenas pelas memórias dos que a viveram e ainda estão vivos, dos que a imaginam, por documentos, vídeos, fotos, pela arte de um filme bonito. E saber que aquele anjo de cachos dourados e pernas longas bateu suas asas e voou para sempre em 2007...

Quem serão os próximos que atravessarão a curva, que deixarão o fluxo do rio??

Eu nem quero saber. Não queria ter culpa. Queria ser como um gato que só vive para o seu brio.

Us and Them é apenas mais um mantra, mas invade a minha alma como poucas músicas, com muita intimidade... Não apenas como lembrança afetiva, mas também como um espelho que reflete o que temos de mais comum, nossa densidade, nossa melancolia tão vívida. 

Se somos nós e eles, eu já sou muitos. Já fui quem eu deixei no passado, casulos e larvas, fósseis ressecados pela areia do tempo. Eu sou o que deixarei de ser amanhã, outras esperanças, realidade... E este amanhã pode chegar mais cedo do que imagino ou demorar mais do que espero. Nós, de multiplicidade, de cada momento, de cada desejo atendido e de cada expectativa frustrada. Os da minha imaginação que apenas eu sei. Desta guerra não-declarada. Meus neurônios jacobinos e os girondinos. Aqueles que tentam me convencer sobre quem eu não sou. Aqueles que abrem os meus olhos mais uma vez, todos dentro do meu ser. Nós e eles, uma combinação perfeita. 

terça-feira, 19 de julho de 2022

O filósofo tem que ser mais um observador do que um pensador

 Não basta ser muito reflexivo, mas divagar excessivamente com os próprios pensamentos, pois aquele que pensa muito e sem controle ou direção, tende a ser absorvido pelo que pensa e perceber menos o que está fora de sua mente.