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sexta-feira, 2 de junho de 2017

Possíveis diferenças semânticas entre imigração e invasão e a partir de um contexto ecológico

Imigração/migração: sair ou se deslocar de um lugar para o outro que ''não tenha dono'' ou que apresente muito baixa densidade demográfica.

Invasão: ocupar explícita ou implicitamente um território que já ''tem dono'' ou que já está ocupado.

Percebe-se que a palavra migração soa mais vaga que a palavra invasão. Migrar sem contexto definido soa como ''sair de um lugar para o outro''. Em compensação invadir mesmo sem contexto já apresenta maior carga de descrição, semelhante aos verbos ''pintar'' e ''rabiscar''. O primeiro tem uma carga de ação mais vaga e portanto imprecisa enquanto que o segundo já se auto-define, mesmo sem ter um contexto associado, isto é, independente do mesmo, rabiscar é rabiscar. Pintar é desenhar + colorir algo. Rabiscar é fazê-lo, com ou sem desenho, com ou sem colorimento, mas sempre com linhas tortas ou formato indefinido, com padrões aleatórios ou que não foram trabalhados para passarem uma imagem logicamente coerente. Alguns verbos são mais pré-definidos que outros.

Portanto, quando uma migração ocorre de um lugar para outro lugar só que já está ocupado, então o termo forçosamente mudará para invasão, e no caso humano, em especial quando, aqueles que ''estão sendo invadidos'' ou tendo o seu território invadido, não estão plenamente conscientes OU bem informados sobre o que está se passando e/ou -- também quando se dá com base em caráter conspiratório, neste caso, quando junta-se a ignorância do governado com o mal caratismo do governante. 

terça-feira, 25 de abril de 2017

Não houve descobrimento, mas invasão... mas também não ocorreu uma colonização, pelo menos em boa parte do antigo ''território colonial europeu''

Até uns anos atrás fomos transtornados por uma vil e indecente verdade: o Brasil e vários outros lugares, não foram descobertos, mas invadidos ''pelos'' europeus. Uma obviedade que até então passava batido em muita gente. 

Ainda que, para os europeus, a invasão das Américas [especialmente], que naquela época sequer tinham esse nome geograficamente unitário, também foi uma descoberta... As duas ''expressões'' estão corretas, a partir do momento em que forem  devidamente bem posicionadas. 

No entanto, aqueles (((esquerdistas))) que vieram com este neo-pensamento sobre as ''grandes navegações [europeias]'', parecem ter se esquecido de continuarem a melhorar o entendimento semântico deste longo e obscuro período da estória humana. E, não surpreendentemente, não é que, quando a questão lhes é ideologicamente sensível eles desprezam o uso da precisão semântica**

Um caso mais do que recomendável para a aplicação da mesma é o uso da palavra ''colonização'' para se referir ao domínio europeu [ou japonês, ou americano, ...] sobre várias regiões do mundo durante todo este período das ''grandes navegações e subsequente colonialismo'', a primeira fase da globalização.

''Os'' europeus realmente colonizaram a África**

Sim, pode-se dizer que ''os'' europeus realmente colonizaram a América do Norte, porque ocorreu uma massiva transferência de pessoas do velho para o novo continente. Colonizar não é apenas tomar posse de um território, mas também povoá-lo e de preferência com as pessoas do grupo invasor. E na maioria das regiões [meridionais] que os europeus tomaram posse  por determinado período, não ocorreu uma massiva transferência de pessoas com o intuito de [re]povoá-las. De fato, o termo colônias de exploração e de povoamento, fazem muito sentido, principalmente quando percebemos que a ideia de colonização ou de expansão real do território, com a posse ou domínio de novos territórios, e posterior colonização/povoamento, de fato, não aconteceu na maioria dessas regiões. A África não foi esbranquiçada com milhões de colonos europeus, apenas algumas partes que foram parcialmente povoadas genuinamente por europeus. Nem a Ásia. No caso das Américas e da Oceania, aí nós vamos ter uma situação um pouco mais diversa, porque, enquanto que, em algumas áreas como a Austrália, a América do Norte e partes da América Central e do Sul, ocorreu o que de fato se pode chamar de ''colonização'', o mesmo não aconteceu totalmente no restante. Portamento podemos ter como veredito final que, o processo de colonização europeia deu-se de maneira parcial nessas regiões citadas acima, e primário no caso da África e da Ásia, porque de fato, houve o domínio administrativo desses territórios, mas não houve a substituição demográfica ou o povoamento dos mesmos com gente de fora.