A mentira patológica é um transtorno mental que se caracteriza por uma tendência crônica de mentir ao ponto de acreditar nas próprias mentiras e/ou de apresentar dificuldade para diferenciar o que é mentira do que é verdade. Como de praxe, a psiquiatria tende a considerar como sintomas de mentira patológica apenas as crenças falsas ou delirantes que estão sob o âmbito pessoal do indivíduo. Isso significa que, uma pessoa acreditar com profunda convicção em mentiras de natureza política ou ideológica, por exemplo, não é considerado potencialmente diagnosticável como mentira patológica. Então, se fulano acredita que ficou milionário, sem ter realmente ficado, isso pode ser visto como sintoma do transtorno. Mas se fulano pensar que a sexualidade não é determinada pela biologia, hoje em dia, se tornou uma crença aceitável, no sentido de não ser psiquiatrizável, pelo menos por uma parte da população e mesmo por ditos profissionais das áreas mais relacionadas, como a própria psiquiatria. Porém, se uma doutrinação ideológica tem sido imposta, isso não significa que tenha se tornado verdade só porque se tornou parte das narrativas do governo ou da mídia ou mesmo se a maioria das pessoas acreditam. Pois em relação à pergunta do título, primeiro é preciso destacar que a direita conservadora tem sido historicamente dominante e, durante esse longo período de domínio ideológico e estrutural, a mesma tem se baseado de maneira predominante em distorções factuais, falsas crenças e/ou falácias para se sustentar. Por exemplo, a religião tradicional, essencialmente baseada em afirmações extraordinárias e sem qualquer rastro de evidências extraordinárias: da existência de Deus ou deuses à existência de vida após a morte ou de uma metafísica exclusiva para humanos; e o absolutismo monárquico, também baseado em afirmações extraordinárias, tal como de que aristocratas têm o direito divino de governar, buscando justificá-lo por associação à religião (uma afirmação extraordinária que se baseia em outra afirmação extraordinária). Claro que existem outros exemplos de como a direita tradicional ou o tradicionalismo conservador tem adotado pseudo ciências e pseudo filosofia (sistemas morais baseados em falácias, manipulações de fatos ou verdades...) para justificar, impor e aprofundar o seu poder. Atualmente, a direita conservadora sobrevive especialmente sob a bandeira do capitalismo, que também se baseia ou se justifica primariamente por ficções falaciosas, tal como pela imposição do valor monetário acima do valor da vida. No entanto, desde que as esquerdas marxista e identitária começaram a despontar no cenário acadêmico, cultural e político, que o monopólio do poder, bem como do seu abuso apoiado em mentiras, passou a ser "compartilhado' com as mesmas, mas principalmente com a identitária, e, para os mais sensatos, bem como para os que também se colocam como antagonistas mais naturais às suas ideias, crenças e políticas, geralmente de conservadores descontentes com a "nova ordem", tem se percebido por elas tendências bastante pronunciadas de apego à mentiras, mesmo que obviamente não se baseiem apenas em manipulações ou distorções de fatos e falácias... Pois, por mais mentirosa que a direita conservadora tenha sido ou agido e continue a ser em relação a vários tópicos, ainda tende a se manter fiel à algumas verdades muito básicas, como as diferenças biológicas entre indivíduos e grupos humanos, em oposição à esquerda que, ao já se principiar por ficções humanas, primordialmente a luta pela justiça, tende a mentir ou distorcer mais sobre fatos ou verdades, especialmente os que considera inconvenientes às suas crenças, mesmo alguns dos mais básicos, como o citado: diferenças biológicas e/ou intrínsecas entre indivíduos e grupos humanos, e, por tabela, acaba agindo parecido com a direita tradicional nesse cenário de "poder compartilhado", promovendo e impondo políticas públicas injustas, baseadas nas mentiras em que acredita, mesmo se aparentam ser bem intencionadas, isso quando não age de maneira abertamente opressiva, tal como em cenários de domínio político absoluto, como em países oficialmente socialistas.
Pathological lying is a mental disorder characterized by a chronic tendency to lie to the point of believing one's own lies and/or having difficulty differentiating between lies and truth. As usual, psychiatry tends to consider only false or delusional beliefs that are within the individual's personal sphere as symptoms of pathological lying. This means that a person who believes with deep conviction in lies of a political or ideological nature, for example, is not considered potentially diagnosable as pathological lying. So, if someone believes that they have become a millionaire, without actually having done so, this can be seen as a symptom of the disorder. However, if someone thinks that sexuality is not determined by biology, nowadays, this has become an acceptable belief, in the sense that it is not subject to psychiatry, at least for a part of the population and even for so-called professionals in the most related areas, such as psychiatry itself. However, if an ideological indoctrination has been imposed, this does not mean that it has become true just because it has become part of the government or media narratives or even if most people believe it. For in relation to the question in the title, it is first necessary to highlight that the conservative right has been historically dominant and, during this long period of ideological and structural dominance, it has predominantly relied on factual distortions, false beliefs and/or fallacies to sustain itself. For example, traditional religion, essentially based on extraordinary claims and without any trace of extraordinary evidence: from the existence of God or gods to the existence of life after death or a metaphysics exclusive to humans; and monarchical absolutism, also based on extraordinary claims, such as that aristocrats have the divine right to rule, seeking to justify it by association with religion (an extraordinary claim that is based on another extraordinary claim). Of course, there are other examples of how the traditional right or conservative traditionalism has adopted pseudosciences and pseudophilosophies (moral systems based on fallacies, manipulations of facts or truths...) to justify, impose and deepen its power. Currently, the conservative right survives especially under the banner of capitalism, which is also based on or justified primarily by fallacious fictions, such as the imposition of monetary value above the value of life. However, since the Marxist and identitarian left began to emerge in the academic, cultural and political scene, the monopoly of power, as well as its abuse supported by lies, began to be "shared" with them, but mainly with the identitarian left, and, for the most sensible, as well as for those who also place themselves as more natural antagonists to their ideas, beliefs and policies, generally conservatives dissatisfied with the "new order", they have been perceived as having quite pronounced tendencies of attachment to lies, even though they are obviously not based only on manipulations or distortions of facts and fallacies... Because, as much of a liar as the conservative right has been or acted and continues to be in relation to various topics, it still tends to remain faithful to some very basic truths, such as the biological differences between individuals and human groups, in opposition to the left that, having already started with human fictions, primarily the fight for justice, tends to lie or distort more about facts or truths, especially the that considers inconvenient to their beliefs, even some of the most basic ones, such as the one mentioned: biological and/or intrinsic differences between individuals and human groups, and, by extension, ends up acting similarly to the traditional right in this scenario of "shared power", promoting and imposing unfair public policies, based on the lies in which they believe, even if they appear to be well-intentioned, that is when they do not act in an openly oppressive manner, such as in scenarios of absolute political dominance, as in officially socialist countries.
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