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sábado, 25 de maio de 2024

Sobre um mito: racionalidade e matemática/About a myth: rationality and mathematics

 Para se tornar ou ser mais racional, é necessário ser excelente em matemática?? 


Não exatamente, se a capacidade racional é, primeiro de tudo, sobre a percepção objetiva e imparcial de fatos e que, consequentemente, tende a contribuir para fazer julgamentos mais justos. 


Mas, então, de onde vem esse mito?? 


Provavelmente da confusão muito comum que se faz entre pensamento lógico-racional e matemática, em que se acredita que o primeiro é especial ou especificamente útil na resolução de problemas matemáticos e de lógica. E é até interessante de concluir que o primeiro e grande equívoco dessa confusão está justamente na suposição de que a racionalidade é uma capacidade puramente cognitiva e mais complexa do que realmente é: uma qualidade tanto psicológica quanto cognitiva e mais simples, por se tratar do básico ato de reconhecer um fato sem tentar agradar a si próprio, crenças ou sentimentos pessoais. Básico, mas também difícil, se se trata de estar sempre lutando contra a própria subjetividade, contra esse impulso muito básico e forte de querer adulterar mentalmente a realidade pela própria auto projeção de sentidos, instintos, até de crenças, desejos... almejando uma melhor compreensão de mundo.


To become or be more rational, is it necessary to be excellent in mathematics? 


Not exactly, if rational capacity is, first of all, about the objective and impartial perception of facts and which, consequently, tends to contribute to making fairer judgments. 


But then, where does this myth come from? 


Probably due to the very common confusion between logical-rational thinking and mathematics, in which it is believed that the former is especially or specifically useful in solving mathematical and logical problems. And it is even interesting to conclude that the first and biggest mistake in this confusion is precisely the assumption that rationality is a purely cognitive capacity and more complex than it really is: a quality that is both psychological and cognitive and simpler, as it is the basic act of recognizing a fact without trying to please oneself, beliefs or personal feelings. Basic, but also difficult, if it is about always fighting against one's own subjectivity, against this very basic and strong impulse of wanting to mentally tamper reality through one's own self-projection of senses, instincts, even beliefs, desires... aiming for a better understanding of the world.

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