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segunda-feira, 25 de dezembro de 2023

Sobre o apocalipse evolutivo e cognitivo

 "Os tolos dominarão e destruirão o mundo"*


*Ou continuarão dominando, só que seu domínio ainda mais profundo. 

A cena de um casal de PhDs que está sempre adiando ter filhos para se dedicar às suas respectivas carreiras e um casal de "idiotas" com um time de futebol de descendentes, do filme Idiocracia (2006), se tornou uma realidade palpável e já faz umas décadas atrás. Pois se um apocalipse se aproxima no horizonte, é provável que terá como uma de suas causas esse grave desequilíbrio de fertilidade entre os mais e os menos inteligentes. Quer seja por continente, países, grupos étnicos, raciais ou sociais, o padrão muda pouco e assusta, mediante o domínio discursivo e político atual das ditas "pseudociências do bem", em boa parte responsáveis por esse cenário, em que fatos são colocados em segundo plano e "nobres sentimentos" tratados como parâmetros de avaliação intelectual, em outras palavras, a ordem da razão totalmente invertida. Então, a partir disso, passa-se a acreditar que o ser humano é completamente moldável pelo meio e, portanto, que intervenções sociais baseadas nessa crença devem ser adotadas (impostas), já que, supostamente, aquele velho discurso sobre diferenças intrínsecas entre indivíduos e grupos de nossa espécie não passa de um vestígio racista dos séculos passados... Como resultado, é permitido que os menos inteligentes se multipliquem, enquanto que as frações mais capazes quase não deixam descendência e, como as capacidades cognitivas são primariamente hereditárias, ao contrário do que pregam essas pseudociências "do bem", não adianta dar a melhor educação, porque as gerações mais novas, cada vez menos inteligentes, não experimentarão um grande aumento de suas inteligências apenas se forem colocadas diante de livros ou mesmo se a mídia focar apenas em conteúdo educativo. Pois, se de um lado temos essa lavagem cerebral diária, pelo outro, mais à direita, temos uma de suas especialidades, a opressão econômica, não apenas contra a classe trabalhadora, mas também contra a classe média, forçando muitos dos casais mais inteligentes a diminuírem o número de filhos que almejam ter ou que terão. A curto prazo, talvez não seja possível ver o estrago que isso está causando, com certa exceção para países como o Brasil, cuja "fração inteligente" já não é das mais numerosas. Mas acho que já estamos vendo a médio prazo e caminhando para o longo, se parece que as pessoas mais sensatas e inteligentes estão cada vez mais raras. 

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