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segunda-feira, 22 de junho de 2020

A essência da inteligência humana é a racionalidade (sabedoria) e QI


A racionalidade (sabedoria) independe do tempo, da cultura, da classe social, porque se consiste na básica e, portanto, fundamental capacidade de discernimento do que é verdadeiro e do que não é, assim como também do que é definitivamente essencial e do que é frívolo. A racionalidade ou sabedoria tem como sinônimo a própria sanidade intelectual, visando ampliar a compreensão sobre a realidade para o melhor (sobre)viver.


Os testes cognitivos mensuram nossas capacidades: aritmética, espacial, verbal, de memorização e de reconhecimento de padrões (não contextualizado), que são facetas muito importantes da inteligência humana. No entanto, não avaliam criatividade nem racionalidade, que são fundamentais, respectivamente para a genialidade e para a sanidade intelectual. Isso significa que é totalmente possível pontuar muito alto nos testes e não ser criativo nem racional. Enquanto as facetas da inteligência que são mensuradas e comparadas por esses testes, se expressam em atividades ou finalidades específicas, quando são necessitadas, a racionalidade deriva do básico ato de percepção, sendo requisitada em todo momento de interpretação intelectual ou além-sensorial da realidade, principalmente quanto aos fatos (e fatos morais) dos conhecimentos mais importantes (história, geografia, psicologia, filosofia)..

A racionalidade é a expressão ideal do funcionamento integrado das facetas da inteligência humana, enquanto que, nos testes cognitivos, essas facetas são analisadas de maneira isolada. É o equivalente a comparar o funcionamento individualizado de peças de um dispositivo eletrônico e vê-lo funcionar em sua totalidade. Mesmo quando não aparenta, por exemplo, pelo autoconhecimento, um indivíduo reconhecer inaptidão para certa atividade.


Reconhecimento de padrões

Uma das ações mais básicas [ou fundamentais] da inteligência é a de reconhecimento de padrões (detecção de comportamentos repetitivos que caracterizam fenômenos, elementos e suas expressões; bem como seus níveis de similaridades e diferenças), intrinsecamente auxiliar ao reconhecimento de fatos e/ou verdades. Os testes cognitivos também mensuram esta capacidade, mas,  descontextualizada, por meio de perguntas que não são baseadas no que acontece no mundo/tempo real, porque a partir da interação com suas múltiplas circunstâncias, nossas predisposições psicológicas assumem um papel muito influente e frequentemente deletério para a finalidade racional (ou filosófica), de busca inequívoca pela verdade. Por nossas personalidades, em contextualização constante com os ambientes em que vivemos, temos a tendência ou o risco de, ao invés de reconhecermos fatos e padrões, filtrarmos as informações que, instintivamente, mais nos convêm, que podem e geralmente apresentam um nível variado de veracidade: de verdades, meias-verdades e mentiras. Portanto, se os testes de QI são testes, neste caso, para o reconhecimento de padrões, a racionalidade é sua prática no mundo real e, sinto informar que, a maioria das pessoas não se sai bem nela. É como comparar um exame de direção para tirar a carteira, que também costuma exigir conhecimento técnico, acessado por uma prova escrita, além da prática, e de dirigir pra valer nas ruas. Nem sempre o resultado do exame será espelhado na realidade. Este é o caso dos testes cognitivos, porque resultam em muitos falsos positivos, de indivíduos que pontuam alto neles mas, na prática, mostram-se pensadores passivos, aborrecidos e tendenciosos ou, então, exageram no pensamento divergente. Do mesmo modo que tem muito motorista que passa com louvor nos testes de direção porém, nas ruas, andam rápido demais, desrespeitando as leis de trânsito bem como a segurança dos outros motoristas e pedestres...    


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