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quarta-feira, 17 de setembro de 2025

The most important thing has always been to keep the door open to freedom of speech

Regardless of whether no one listens to what I say or reads what I write. Regardless of whether I'm just another lone voice, I can continue to exercise my right to use my voice, without it generating any serious repercussions that threaten my integrity as a human individual and citizen. Okay, even a citizen living on the margins of society, still a human being. So, it wouldn't even matter what I write, but I can continue writing and publishing, if I wish, without waiting for the thought police to come and get me in a patrol car. At most, dissenting opinions and heated debates emerging. Because I no longer envision a perfect world in which everyone will learn to think and disagree, but never with common sense. Let them do so, because they too have that right in this imperfect world we live in. That's always been important: keeping this door to freedom of speech open. This little bit of participative democracy we have, but it's also its essence. Because if we can't open other democratic doors, let's at least preserve this one. Better a little than nothing...

O mais importante sempre foi manter a porta aberta para a liberdade de expressão

Independente se ninguém me escutasse o que eu falo ou lesse o que eu escrevo. Independente se eu fosse apenas mais uma voz solitária, que continue exercendo o meu direito de usar a minha voz, sem que isso gere qualquer repercussão grave que ameace a minha integridade como indivíduo humano e cidadão. Ok, mesmo um cidadão habitante das margens da sociedade, ainda um ser humano. Então, não importaria nem o que eu escrevo, mas que possa continuar escrevendo e publicando, se for do meu desejo, sem esperar que a polícia do pensamento venha me buscar em um camburão. Que, no máximo, apareçam opiniões dissonantes e debates acalorados. Porque eu já não vislumbro um mundo perfeito em que todos aprenderão a pensar e a discordar, mas nunca do bom senso. Que o façam, porque eles também têm esse direito nesse mundo imperfeito em que vivemos. O importante sempre foi isso, de manter essa porta de liberdade de expressão aberta. Esse pouco de democracia participativa que temos, mas que também é o seu essencial. Porque, se não vamos conseguir abrir outras portas democráticas, que pelo menos essa seja preservada. Melhor esse pouco do que nada...

Why isn't Charlie Kirk's murder similar to the murder of UnitedHealthCare CEO Brian Thompson?

Charlie Kirk, an American conservative activist, was murdered during a presentation at a university in Utah. He was murdered because he was conservative, right-wing, pro-Israel, anti-DEI (diversity, equity, and inclusion), pro-"big business"... In other words, he lost his life because of his beliefs. Even if I don't agree with many of them, being tolerant means precisely that: accepting that ideological differences exist. As insensitive and ignorant as it may seem to me for someone to defend Israel and not stand with the Palestinian people, for example, I still can't prevent that specific position from being adopted by others. I can lament that the average human being is so irregular in moral and rational terms. I can try to convince those who believe this or that, but I can't stop anyone from having their own beliefs and expressing them publicly.


(Although I believe that certain types of beliefs, positions, or modes of expression should be inhibited, as I already discussed in this text "The Only Rationally Acceptable Limit to Opinion Censorship: Absolute Dehumanization")


I would only agree with Charlie Kirk's political assassination if I were a person driven by unhealthy ideological fanaticism and believed that dissenters should be punished, imprisoned, or even eliminated. Although I also believe that, while tolerance of dissent is a rule of civility, there are more urgent contexts in which, at the very least, harsher measures may be necessary, or when the maximum limits of tolerance based on rational criteria—moral and intellectual—are being exceeded.


Aside from some "conspiracy theories" that have emerged to explain what happened in this case, the official police version is that Charlie's killer was a young man in his early 20s (Tyler Robinson) who seemed to identify as "left-wing." A relatively similar case of politically or ideologically motivated murder occurred in the US last year, also committed by a young man identified as Luigi Mangioni, who took the life of UnitedHealthCare CEO Brian Thompson. But these primary similarities end there, because while Michael Kirk was an activist who made videos and lectures about his beliefs, ideas, and thoughts—some quite sensible, in line with common and necessary criticisms of certain "progressive" policies—Brian Thompson oversaw the systematic denial of payment for certain medical treatments to thousands of his health insurance company's members, while continuing to increase his profits by cutting these "costs." So, although his murder was a barbaric crime, it is more difficult to fully condemn it, precisely because of his cruelty in denying payment for the treatment of sick people out of pure greed. Both cases show how important the context is in determining the type and severity of the crime, because when justice is too slow to severely punish serious crimes that are committed, or even tolerant, especially if they are committed by "upper class" people and based on cruel legalities, typical of systems that are designed to favor "elite" interests, such as capitalism, certain acts of "taking justice into one's own hands" end up filling these gaps, doing the job that should be done by the "system."

Por que o assassinato de Charlie Kirk não é similar ao assassinato do CEO da UnitedHealthCare, Brian Thompson?

Charlie Kirk, ativista conservador estadunidense, foi assassinado durante uma apresentação em uma universidade no estado de Utah. Ele foi assassinado porque era conservador, de direita, pró-Israel, anti-DEI (diversity, equity and inclusion), pró-"big business"... Em outras palavras, ele perdeu sua vida por causa de suas crenças. Mesmo que não concorde com muitas delas, ser tolerante significa justamente isso, de aceitar que existem divergências ideológicas. Por mais insensível e ignorante possa ser pra mim alguém defender Israel e não ficar ao lado do povo palestino, por exemplo, ainda assim, eu não posso impedir que esse posicionamento específico seja adotado por outras pessoas. Eu posso lamentar que o ser humano, em média, seja tão irregular em termos morais e racionais. Posso tentar convencer quem acredita nisso ou naquilo, mas não posso impedir ninguém de ter suas próprias crenças e de expressá-las publicamente.


(Ainda que acredite que certos tipos de crenças ou posicionamentos, ou modos de se expressar, devam ser inibidos, que eu já comentei nesse texto "O único limite racionalmente aceitável da censura de opinião: a desumanização absoluta")

Eu apenas concordaria com o assassinato político de Charlie Kirk se eu fosse uma pessoa tomada por um fanatismo ideológico doentio e acreditasse que discordantes devem ser punidos, presos ou mesmo eliminados. Ainda que também acredite que, apesar de ser uma regra de civilidade a tolerância à divergência, existem contextos mais urgentes em que, no mínimo, medidas mais duras podem ser necessárias, ou quando os limites máximos de tolerância com base em critérios racionais: morais e intelectuais, estão sendo extrapolados. 

Tirando algumas "teorias conspiratórias" que têm aparecido para explicar o que aconteceu nesse caso, a versão oficial da polícia é a de que o assassino de Charlie se trata de um jovem de 20 e poucos anos (Tyler Robinson) e que parecia se declarar como "de esquerda". Pois um caso relativamente parecido de assassinato por razões políticas ou ideológicas aconteceu nos EUA no ano passado, cometido também por um jovem, identificado como Luigi Mangioni, que tirou a vida do CEO da UnitedHealthCare, Brian Thompson. Mas essas semelhanças primárias acabam por aí mesmo, porque enquanto Michael Kirk era um ativista que fazia vídeos e palestras sobre as suas crenças, ideias e pensamentos, algumas bem sensatas, em consonância com críticas comuns e necessárias a certas políticas "progressistas", Brian Thompson comandava a negação sistemática de pagamento de determinados tratamentos médicos a milhares de segurados de sua empresa de plano de saúde, enquanto continuava aumentando seus lucros com o enxugamento desses "custos". Então, apesar do seu assassinato ter sido um crime bárbaro, é mais complexo condená-lo por completo, justamente por sua crueldade de negar o pagamento do tratamento de pessoas doentes por pura ganância. Os dois casos mostram o quão importante é o contexto para configurar o tipo e a gravidade do crime, porque quando a justiça é muito lenta para punir, com severidade, crimes graves que são cometidos, ou mesmo tolerante, especialmente se são cometidos por pessoas de "classe alta" e a partir de legalidades cruéis, típicas de sistemas que estão desenhados para favorecer interesses de "elite", como o capitalismo, certos atos de "justiça com as próprias mãos" acabam completando essas lacunas, fazendo o serviço que deveria ser do "sistema". 

sexta-feira, 12 de setembro de 2025

I'm a far-centrist

 But not because my ideological and political views are exclusively centered on the center-right and center-left, if I consider them to be excessively diluted and therefore corrupt versions of the more traditional right and left. Rather, they are constituted by a likely majority of positions originating from the extremes of the political-ideological spectrum: from the anti-capitalism of the Marxist left to the perception of more intrinsic differences between individuals and human groups of the far right. This would, in my opinion, be true moderation or balance, by placing equal weights on the extremes or ends of both sides, if a scale doesn't balance by concentrating the weight on its center of gravity.


Still, I consider myself a progressive, simply because I consider myself an example of someone who seeks to strictly follow the most basic ideals or essence of progressivism, said to be the most direct heir to the Enlightenment movement, the search for reason rather than superstition, and for true human emancipation rather than oppression.

Eu sou extremo-centrista

 Mas não porque os meus pontos de vista ideológicos e políticos estejam exclusivamente baseados na centro-direita e na centro-esquerda, se as considero como versões excessivamente diluídas e, portanto, corruptas, da direita e da esquerda mais tradicionais. E sim por estarem constituídos por uma provável maioria de posicionamentos oriundos dos extremos do espectro político-ideológico: do anti-capitalismo da esquerda marxista à percepção de diferenças mais intrínsecas entre indivíduos e grupos humanos da extrema direita. Que seria, na minha opinião, a verdadeira moderação ou balanço, ao colocar pesos iguais nas pontas ou extremidades de ambos os lados, se uma balança não se equilibra concentrando o peso em seu centro de gravidade. 


Ainda assim, eu me considero um progressista, pelo simples fato de me considerar um exemplo de alguém que busca seguir à risca os ideais mais básicos ou a essência do progressismo, dito ser o herdeiro mais direto do movimento iluminista, de busca pela razão e não pela superstição e pela verdadeira emancipação humana e não por sua opressão. 

quarta-feira, 10 de setembro de 2025

Parar um pouco

 E sentir o vento circular a pele 


Parar um pouco 
E ver o entardecer transformar a luz do dia na escuridão da noite 

Parar um pouco 
E pensar nas vidas que amou e se foram pra sempre

Parar um pouco 
E sentir o momento presente como um ritual de meditação

Parar um pouco 
E pensar nas pessoas e seres que ama e continuam contigo 

Até mesmo nos que não estão 

Parar um pouco 
E pensar nas vidas que já viveu

Parar um pouco 
E pensar em não pensar sobre o amanhã