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domingo, 25 de março de 2018

Analogia de proficiência com o violino para explicar qi/educação e produto bio cultural

Vamos imaginar que você nasceu em uma sociedade em que todo mundo é obrigado a aprender a tocar violino e a compor músicas com este instrumento. Este ensino é transmitido desde a infância. Então depois de um tempo as crianças da geração anos 90 cresceram e uma diversidade ou nível de proficiência com o violino apareceu tal como tem acontecido desde a invenção do mesmo e a democratização e imposição do seu uso como etapa cultural importante. Então [número 2] um grupo de psicólogos resolvem criar um teste para mensurar o nível de proficiência dos habitantes deste país para tocar violino e compor músicas. O teste basicamente comprova novamente a realidade da variação na proficiência, dos mais talentosos aos menos. Sem o ensino das técnicas de como tocar violino e compor músicas a maioria das pessoas deste país fictício não saberiam como fazê-lo por si mesmas especialmente quando ainda são crianças. Algo possivelmente similar pode ser afirmado em relação aos testes cognitivos, alfabetização e ensino da matemática. Sem o ensino e claro feedback ou reciprocidade positiva por parte das pessoas para aprender, a maioria delas não teria aprendido nem a tocar e nem a compor músicas (o mínimo possível) e os testes de proficiência teriam como resultado uma muita baixa capacidade média desta população para com o instrumento. Vamos imaginar então que este modelo cultural é adotado por um outro país, mas diferenças aparecem na hora de compará-los. O país que adotou o modelo do primeiro simplesmente apresenta um desempenho médio mais baixo e com uma menor proporção de violinistas super talentosos. Se eu fosse analfabeto e fizesse um teste de QI, onde evidentemente haveria o QI verbal, eu com certeza obteria uma pontuação muito baixa do que se eu tivesse sido alfabetizado. O mesmo em relação às capacidades matemáticas e também espaciais [que exigem conhecimentos verbal e matemático].

QI, que não é o mesmo que inteligência, pode ser então, na minha opinião, facilmente comparado a qualquer [outro] tipo de potencial de capacidade que necessita do aprendizado de técnicas/invenções culturais como o vocabulário e a matemática.. Isso, como todos deveriam saber, não significa que os testes não mensuram inteligência, mas parte importante dela com certeza e é justamente aquela em que apreendemos a escrever os símbolos associativos que foram inventados para facilitar e mesmo aprofundar a comunicação humana. 

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