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sábado, 4 de maio de 2024

São os mais racionais mais para a esquerda ou para a direita??/ Are the most rational ones more to the left or to the right?

 Eu disse nesse texto: "Você é ou se considera uma pessoa altamente racional??", que os indivíduos mais racionais estão mais propensos a se declararem como progressistas e até especifiquei e reforcei alguns posicionamentos que mais estariam propensos a adotar. Eu também enfatizei no mesmo texto que os mais racionais seriam uma minoria muito pequena e isso talvez ajude a corroborar primariamente essa especulação sobre a correlação entre alta capacidade racional e inclinações político-ideológicas. De qualquer maneira, ainda se trata de um salto especulativo que eu fiz e influenciado pela atmosfera política daquela época e ano em que escrevi esse texto. Pois de uns tempos para cá, eu comecei a repensar se é real ou possivelmente válido, ou seguro, fazer essa afirmação, afinal, da mesma maneira que a direita ocidental tem vários posicionamentos variavelmente desviantes da ponderação racional, o mesmo pode ser dito e até um pouco mais sobre a esquerda. Então, ao mesmo tempo que reafirmo a possibilidade de que o meu salto especulativo esteja correto, ainda que tenha feito uma afirmação mais forte, de "ser muito provável", também deixo uma dúvida, se, como tenho feito, me baseei em mim mesmo, em minha maneira idiossincrática de me categorizar ideológica e politicamente, como um progressista não-partidário, dissidente e/ou discordante de boa parte das narrativas, dos discursos e das políticas "de esquerda". Se é razoável pressupor que os mais sensatos, nesse contexto, tendam a buscar por pontos de vista racionais, independente de qual lado que estão sendo defendidos e de, consequentemente, acabarem se posicionando mais no centro do espectro político-ideológico, diga-se, uma lógica, a priori, primária (redundantemente falando). E mesmo me usando como exemplo (pedante?), apesar do meu modo de auto categorização , apenas com base em como se distribuem as tendências de posicionamentos nesse espectro, eu acabo caindo mais para o centro (um tipo mais aberrante de "centrista"). Como conclusão, quanto aos "outros' indivíduos altamente racionais, aplico a mesma lógica demonstrada acima. Ainda assim, acredito que muitos desse grupo, talvez a maioria, se inclinem mais para a esquerda do que para a direita, especialmente porque, historicamente, a direita sempre defendeu certas ideologias (pensamentos, ideias, argumentos...) e políticas abertamente contrárias à razão. Mas, claro, os atropelos tão profundos e constantes da ou, das esquerdas, também são notórios demais para não serem percebidos pelos pensadores mais sensatos. Portanto, se, e se apenas com base em como que o espectro político-ideológico está constituído, é logicamente menos provável que a maioria dos indivíduos mais racionais acabe muito para um lado ou para o outro, se ambos apresentam falhas intrínsecas e profundas. O que pode acontecer é de serem mais coerentemente reativos às ondulações sociais, culturais e políticas, em que, quando um lado está como a "situação" e, portanto, tende a se exceder no poder, se tornam mais críticos ao mesmo, ao invés do típico irracional que tende a se posicionar muito convictamente em um dos lados e a defendê-lo independente do que possa fazer de errado, agindo tal como um partidário inflexível. 



I said in this text: "Are you or do you consider yourself a highly rational person?", that the most rational individuals are more likely to declare themselves as progressive and I even specified and reinforced some positions that they would be more likely to adopt. I also emphasized in the same text that the most rational would be a very small minority and this perhaps helps to primarily corroborate this speculation about the correlation between high rational capacity and political-ideological inclinations. In any case, it is still a speculative leap that I made and influenced by the political atmosphere of that time and year in which I wrote this text. For some time now, I have started to rethink whether it is real or possibly valid, or safe, to make this statement, after all, in the same way that the Western right has several positions that varyly deviate from rational consideration, the same can be said and even a little more on the left. So, at the same time that I reaffirm the possibility that my speculative leap is correct, even though I have made a stronger statement, of "being very likely", I also leave a doubt, if, as I have done, I based it on myself , in my idiosyncratic way of categorizing myself ideologically and politically, as a non-partisan progressive, dissident and/or discordant with much of the "left-wing" narratives, speeches and policies. If it is reasonable to assume that the most sensible, in this context, tend to search for rational points of view, regardless of which side they are defending and, consequently, end up positioning themselves more in the center of the political-ideological spectrum, let's say, an a priori, primary logic (redundantly speaking). And even using myself as an example (pedantic?) . In conclusion, regarding the "other" highly rational individuals, I apply the same logic demonstrated above. Still, I believe that many of this group, perhaps the majority, lean more to the left than to the right, especially since, historically, the The right has always defended certain ideologies (thoughts, ideas, arguments...) and policies that are openly contrary to reason. But, of course, the deep and constant abuses of the left are also too notorious not to be noticed by the most sensible thinkers. Therefore, if, and if only based on how the political-ideological spectrum is constituted, it is logically less likely that the majority of the most rational individuals will end up very much on one side or the other, if both have intrinsic and profound flaws. What can happen is that they are more consistently reactive to social, cultural and political undulations, in which, when one side is like the "situation" and, therefore, tends to overreach in power, they become more critical of it, instead of the typical irrational person who tends to position himself very firmly on one side and defend it regardless of what he may do wrong, acting like an inflexible partisan.


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