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domingo, 6 de dezembro de 2020

Diferença[s] entre o intelectualmente inteligente e o cognitivamente inteligente

Com perdão pela redundância no segundo...

É a diferença entre aquele que analisa, sintetiza e julga melhor as informações que recebe, com honestidade e humildade intelectual, curiosidade, autoconhecimento, pensamento divergente e atenção aos detalhes e/ou padrões de natureza moral e emocional. E daquele que apresenta maior capacidade para aprender ou absorver informações e conseguir replicá-las com precisão. O cognitivamente inteligente tende a ser reconhecido, desde cedo, por professores e suas capacidades refletidas por testes de QI. Ele é o famoso "CDF". Já o intelectualmente inteligente é mais propenso a passar despercebido pelo sistema de ensino e sua performance nos testes não fazer jus à sua real inteligência até por ser mais divergente que convergente e, portanto, menos obediente ou mais curioso//desconfiado ao que lhe é passado. Este é o "intelectual".

Também é interessante observar que os testes cognitivos e os de escola parece que foram projetados por indivíduos do tipo ''mais cognitivamente inteligente'', daí por também se saírem melhor neles...

O intelectualmente inteligente é mais holístico e preciso ao emocional e ao essencial, existencial ou filosófico.

O cognitivamente inteligente é mais específico e preciso ao técnico e ao científico.

Claro que também existem tipos híbridos e desequilibrados.

Os tipos desequilibrados que, inclusive, parecem ser mais comuns, são aqueles indivíduos que excedem em um desses dois estilos. Daí, a existência do cientificista e, talvez, também, do filosofista. O primeiro tipo é fanático pela ciência e preconceituoso principalmente em relação à filosofia. E o segundo, o oposto.

O primeiro abusa de falácias de natureza cientificista, por exemplo, o ingênuo (ou mal intencionado) "a ciência é unicamente sobre a busca pela "verdade' ", desprezando que cientistas não vivem isolados da sociedade e que suas descobertas, invenções e ideias podem e são usadas para todos os fins, inclusive para o maligno, especialmente para sofisticar meios de exploração, alienação, opressão e desarmonia...

O segundo costuma cair no erro mais básico que todo aquele com inclinação para a filosofia jamais deveria cometer, no de considerar as palavras [sua estética] como mais importantes que os conteúdos concretos e abstratos que visam simbolizar. Como consequência, ao invés do legítimo abraço à sabedoria, acabam se tornando agentes ativos ou silenciosos de ideologias que a negam em prol de suas perspectivas existencial e essencialmente desequilibradas/ excessivas.

Novamente e finalizando...

Ao ser exposto à uma tarefa de natureza mais cognitiva, o cognitivamente inteligente apresentará facilidade de aprendizado e absorção, tal como uma esponja em relação à água.


Já o intelectualmente inteligente, se capaz ou não de realizar a mesma tarefa, apresenta o ímpeto primário de analisá-la, criticá-la, compará-la, de vê-la por mais de um ângulo ou perspectiva. Ele tem o talento para detectar excessos, frivolidades, injustiças de julgamento ou falácias, etc...

Um busca por detalhes.

O outro pela "imagem maior" ("big picture").


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