Minha lista de blogs

Mostrando postagens com marcador criador. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador criador. Mostrar todas as postagens

domingo, 19 de novembro de 2017

Do típico professor até ao cientista; do apreciador de artes//filosofia até ao criador: níveis de abertura "para a experiência" estética e intelectual

Do apreciador, do transmissor até ao criador de conhecimento.... 

Parece-me que o nível mais alto de abertura para a experiência consiste ou tende a resultar justamente na criatividade, tal como eu tenho comentado, usando os meus conceitos de empatia parcial e total, mas agora tendo em mãos exemplos concretos que talvez possam ser usados para demonstrar essas diferenças em intensidade e qualidade. Neste sentido o transferidor ou transmissor de conhecimento caracteristicamente representado pelo professor, seria o tipo intermediário, capaz de cristalizar invariavelmente maiores montantes de informações e transmiti-los ou ao menos expô-los para as outras pessoas. O apreciador típico ou centralizado em si mesmo, em seu próprio nível, seria mais como um consumidor que é atraído por certo conhecimento ou produto mas que não teria maior motivação ou capacidade para cristaliza-lo e possivelmente transmiti-lo tal como um professor, muito menos para produzi-lo, isto é, se tornando ele próprio, um produtor. Por último, evidentemente, nós vamos ter o produtor e esses níveis esboçam o quão intensa é a abertura para a experiência, ou simpatia e empatia "impessoal // cognitiva" pelo conhecimento, que como eu já falei há certo tempo, pode ser parcial e total, e agora tendo o meu re-conceito de simpatia como possível complemento. Do espelhamento reciprocamente receptivo ou simpatia em que o indivíduo demonstra admiração pelo objeto de adoração, chegando à empatia parcial, em que o indivíduo coloca-se "no local" ou perspectiva do objeto, passando de apreciador passivo para internalizador ativo, mas ainda sendo a si mesmo, e portanto pegando mais as superficialidades//generalidades do que as essencialidades do objeto de interesse. Por último temos a empatia total ou compaixão quando o indivíduo simplesmente se coloca não apenas na perspectiva mas "adentra" ao objeto de interesse o incorporando e como consequência os seus padrões, isto é, entendendo-o de maneira profunda e disto resultando também na possibilidade de prever o seu comportamento ou potencial de desenvolvimento "in loco" e não apenas o de apreciar ou o de apreender de maneira muito interessada porém mais impessoal tal conhecimento já que não se colocará em sua perspectiva mas ainda sendo a si mesmo. [NESTA PERSPECTIVA CURIOSIDADE E EMPATIA PODEM SER ENTENDIDAS COMO SINÔNIMOS, SENDO QUE A SEGUNDA ''EXPLICARIA'' MAIS ESTRUTURALMENTE A PRIMEIRA]. Interessante salientar tal paradoxo, porque quando temos a empatia [interpessoal receptiva] parcial, o indivíduo coloca-se no lugar do objeto de atenção ou interesse, mas ainda sendo a si mesmo, isto é, ainda tendo a si mesmo como referência principal, enquanto que, quando o faz de modo total, então passará a ter como referência fundamental o objeto, isto é, ao mesmo tempo ocorrendo uma despersonalização, porque se tornará mais sincronizado com o objeto, buscando pensar ''como ele'' [e não apenas estando em seu lugar], mas também de personalização em relação a ele, ou melhor de união entre o sujeito e o seu objeto, ambos fundindo ''em apenas um'', metaforicamente [ou nem tão metaforicamente] falando...