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quarta-feira, 31 de maio de 2023

"A Venezuela é vítima de narrativa de antidemocracia e autoritarismo"

 Lula...


Quer dizer então que a Venezuela é democrática??? 

Que Nicolás Maduro é mais uma eterna vítima de narrativas assim como supostamente tem sido o Lula?? 

Infelizmente, Lula representa o modus operandi de boa parte das supostas esquerdas, quase sempre de costas para o mundo fora de sua bolha ideológica. Como resultado, quer impor para o resto da sociedade brasileira o que é determinado como consenso absoluto entre os seus pares de doutrinação; que, ainda por cima, não se consiste na verdade dos fatos e, portanto, não contribui em nada com a justiça social, se é como dizer que um ditador está sendo vítima de narrativas, enquanto despreza suas milhões de vítimas venezuelanas, aliás, as únicas vítimas verdadeiras de narrativas... só que "marxistas", que colocam a culpa apenas nas sanções impostas pelos EUA à Venezuela e desprezam a péssima administração do "governo" de Nicolás Maduro.

"Faz o L"

Eu votei no Lula especialmente para tirar o Bolsonaro do poder. Votaria milhares de vezes, se fosse preciso. Se fosse qualquer outro menos pior que o bozo, eu teria votado. Faria o L, o G, o B, o T, não importa a letra. Mas, jamais votei no molusco, iludido ou doutrinado em seu messianismo particular. Realmente pensei que esses tiques de bolha "marxista-stalinista" seriam evitados. Continuo na expectativa de ver como será o governo dele e que, diga-se, não é apenas dele, mas da coalização que o seu partido fez e a oposição. Ele já falou muita merda, como era de se esperar: associando vídeo games à violência, chamando pessoas com transtorno mental como "com parafuso a menos", como se ele fosse muito racional... Enfim, eu só espero que fique com o bico calado por mais tempo para não dizer mais besteiras; que aprenda a, pelo menos, evitar se associar com regimes explicitamente autoritários, só por serem anti-EUA; se possível não cair nas armadilhas da "esquerda" lacração e fazer o melhor governo que poderia, com base no cenário atual. Tal como eu cheguei a desejar ao Bolsonaro quando foi eleito em 2018. Que o balanço final desse terceiro mandato do Lula seja o menos pior possível, assim espero. 

terça-feira, 11 de agosto de 2020

Termos substitutos para o fascismo

Nos últimos anos, o fascismo tem sido usado de maneira excessiva, especialmente por progressistas (inclusive por mim mesmo), para se referir a qualquer regime autoritário e/ou tirano. No entanto, este é um termo específico de um lugar e período históricos: a Itália do entre-guerras da primeira metade do século XX e, portanto, não deve ser generalizado como se fosse sinônimo primário de autoritarismo. O ideal é o de buscarmos por termos mais abrangentes, sem endereço fixo na história. Por isso que, neste breve texto, irei introduzir minha proposta para solucionar esse equívoco que se tornou prática comum no cenário político. Os dois termos substitutos para o fascismo são:

Ultraconservadorismo e autoritarismo extremista

O autoritarismo extremista é todo regime político, cultural e/ou econômico em que, diálogo, conciliação ou concessão (em busca da justiça ou verdade) não são regras fundamentais em sua dinâmica social e que não tem como objeto principal a maximização do bem estar de todos os indivíduos e grupos que constituem uma sociedade.

Os únicos sistemas ou ideologias conhecidos que são, EM TEORIA, os menos autoritário-extremistas, são: a democracia (moderna) e o comunismo.

O que difere o fascismo do capitalismo é que o primeiro enfatiza seu autoritarismo no aspecto cultural e o segundo no econômico.

Fundamentalismo religioso, absolutismo monárquico e pseudo-comunismo também são autoritarismos extremistas.

Além do fascismo, o nazismo, o absolutismo monárquico e o fundamentalismo religioso também são ultraconservadores.

O ultraconservadorismo é a exacerbação de características comuns ao conservadorismo:

- Obediência ou submissão absoluta às autoridades com base em pouco ou nenhum diálogo entre as partes envolvidas;

- Supressão da individualidade, supostamente em prol do coletivo (na verdade, é em prol das "elites" dominantes). Uma falsa dicotomia;

- Divisão radical dos grupos sociais em: elites "naturais", "asseclas" (classes que sustentam e defendem as "elites"), "marginalizados" e "inimigos da nação" (opositores), visando justificar exploração e opressão, especialmente em relação aos dois últimos (alienação existencial);

- Especismo: tratamento predatório ou conveniente em relação ao meio ambiente, flora e fauna: seres vivos não-humanos, domesticados e silvestres;

- Anti intelectualismo: o conhecimento apenas como um meio para manter o poder ou domínio social das elites, sem se preocupar, de fato, com a melhoria constante da sociedade e de sua compreensão sobre o mundo. Verdades "inconvenientes" sempre descartadas. A arte é reduzida à mera figuração estética e a moralidade relativizada. A filosofia, portanto, é substituída por uma mitologia, em seu papel de guiar nações.

Uma intelectocracia também seria autoritária e extremista??

O ideal não é perguntar se seria ou não autoritária e extremista, mas o quão, para quem e por quais motivos ou intenções. Afinal, é inevitável que ocorram imposições e medidas duras. O que diferencia uma tirania, como o fascismo, e uma sociedade moralmente correta, é a gravidade das consequências das decisões que são tomadas pelas autoridades, mesmo sem participação efetiva do "povo". A intelectocracia, conceitualmente, se assemelharia ao comunismo e à democracia moderna, por também ser favorável pelo bem estar de todos (que o merecerem por suas ações).

Impor medidas ou ordens que causarão sofrimento desnecessário e por razões torpes = tirania

Impor medidas ou ordens mesmo depois de ter havido diálogo e tentativa de conciliação mas que é para o bem de todos os envolvidos = democracia moderna, comunismo e intelectocracia (em teoria e por prática absolutamente alinhada à teoria).