Daquela música, que é especial,
Que chama a chama, ardente e celestial,
Que puxa a alma, e esquece do corpo,
Que fala bem perto, que chega ao núcleo,
Que toca a Deus, com os seus dedos tortos, de fada,
Que grita o eterno, a poesia mais bela, a mais amada,
Com os seus versos vibrados,
Que nos deixam nus, sem defesa, sem escapismos,
Apenas a vida e o seu espelho, e o seu brilho,
Apenas o olhar da vida, e o nosso olhar sobre ela,
Apenas o sentir, mais puro, mais íngreme, mais profundo, mais honesto,
Vendo a vida ainda mais sincera,
Bem perto da profunda inércia, transpira a essência, e na emoção,
Transpira o nosso tempo, a nossa ação,
Na mais bela música, nos versos dos ventos, no canto dos padrões, Na simetria do belo, onde a alma chora em silêncio, amando a vida, em profundo amor, em profundo tormento,
No fervor, do sentimento mais profundo, e mais íntimo,
Quando a vida abraça a vida,
Quando o contido entorna,
Quando tudo faz sentido,
Mesmo que, por alguns segundos,
E retorna, em não fazer, nunca mais, do mesmo jeito,
Quando o tempo pára, quando os pés descansam,
Quando expira o peito,
Quando a pureza lança,
E o seu olhar cintila,
E a sua espera dança,
E a minha pressa, demora,
Não mais grita,
Como se tudo parasse,
Como se o lábio risse, sem rir,
Como se o jarro jorrasse,
E a alma molhasse,
E tornasse, e nascesse,
E sê-se, como se fosse pra sempre,
E completo,
Sem nunca partir.
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