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sábado, 4 de janeiro de 2025

Sobre liberais da economia, comunistas e social-democratas/About economic liberals, communists and social democrats

 Desses três, os únicos que podem realmente se vangloriar por suas escolhas de modelo socioeconômico são os social-democratas, por causa do sucesso relativo da social-democracia em sua prática ou experiência, enquanto comunistas e liberais não podem fazer o mesmo, afinal, o comunismo nunca foi sequer implementado e todas as suas experiências de socialismo real têm sido fracassadas e/ou reverteram para um modelo econômico mais capitalista, como no caso da China. Já quanto ao liberalismo, existiu em sua forma mais pura até os anos 20 do século passado e foi um dos grandes responsáveis pela crise de 29, nos EUA, a maior crise do sistema capitalista que se tem registro, que precipitou a emergência do neoliberalismo, sua versão menos extrema, com um maior controle do estado nas travessuras do livre mercado. Pois mesmo que agora se percebam problemas crescentes em países que são democracias sociais, não dá para atribuí-los totalmente ao modelo adotado, se, por exemplo, os países escandinavos resolveram introduzir políticas radicais de imigração, não é por causa desse modelo de sociedade e economia, que busca por um equilíbrio entre os setores econômico e social. 


E se uma das razões para o sucesso do modelo social-democrata é justamente sua parcimônia de buscar ampliar benefícios sociais de maneira constante sem necessariamente romper com o sistema dominante, o capitalista, como propõe o comunismo, mas também sem seguir em direção completamente oposta, de romper com o compromisso do bem estar social, limitando a intervenção do estado nesse objetivo para favorecer setores de "elite", como o liberalismo. Nesse sentido, é possível concluir que o modelo social-democrata é o menos utópico se comparado com os outros dois.


Of these three, the only ones who can truly boast about their choices of socioeconomic model are the social democrats, because of the relative success of social democracy in its practice or experience, while communists and liberals cannot do the same, after all, communism was never even implemented and all their experiments in real socialism have been failures and/or reverted to a more capitalist economic model, as in the case of China. As for liberalism, it existed in its purest form until the 1920s and was one of the main causes of the 1929 crisis in the US, the greatest crisis of the capitalist system on record, which precipitated the emergence of neoliberalism, its less extreme version, with greater state control over the mischief of the free market. Even though we now see growing problems in countries that are social democracies, we cannot attribute them entirely to the model adopted. If, for example, Scandinavian countries decided to introduce radical immigration policies, it is not because of this model of society and economy, which seeks a balance between the economic and social sectors.

And if one of the reasons for the success of the social-democratic model is precisely its parsimony in seeking to constantly expand social benefits without necessarily breaking with the dominant system, the capitalist one, as communism proposes, but also without going in the completely opposite direction, of breaking with the commitment to social welfare, limiting the intervention of the state in this objective to favor "elite" sectors, such as liberalism. In this sense, it is possible to conclude that the social-democratic model is the least utopian when compared to the other two.

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