sexta-feira, 31 de maio de 2024

Sobre livrófilos e homofóbicos extremos/About extreme bookphiles and homophobes

 Não é uma relação absoluta, mas parece ser relativamente comum, especialmente no segundo caso...


Então, temos o pseudo heterossexual, o homofóbico extremo, que faz de tudo para convencer os outros e a si mesmo de que é totalmente heterosexual e não um provável bi ou homossexual enrustido. Por isso, ele capricha em sua atuação, enquanto que, internamente, continua a sentir uma atração forte e natural pelo mesmo sexo... (E, às vezes, ou com frequência, a extravasa em encontros discretos).


E também temos o pseudo intelectual, que ou aquele que também investe em sua aparência, mas almejando convencer os outros e a si mesmo de que é um verdadeiro intelectual e não um ignorante e tolo que não sabe pensar por conta própria, de maneira racional ou sensata e que sente uma necessidade narcísica de se sentir e ser visto como mais inteligente do que "as massas". Por isso, ele capricha em sua indumentária de falsário da sapiência e duas maneiras típicas de fazê-lo é pela adoção acrítica de ideias, posicionamentos e pensamentos dos "bien pensants" (que estão "na moda") e pela aquisição compulsiva de livros, muitos que lê uma ou duas vezes e sequer entende, de maneira mais precisa, suas propostas ou significados, provavelmente porque sua indução ou doutrinação ideológica tende a prejudicar sua capacidade contextualizá-los em cenários reais, especialmente os de natureza política e estilo mais sutil (que não criticam apenas um lado do espectro político), tal como A Revolução dos Bichos e 1984, obras geniais de mesmo autor (George Orwell). Mas também porque o mais importante para esse tipo é aparentar e não de fato ser (ainda que também possa ser do tipo menos cínico e chegar a confundir o aparentar com o ser). 

It's not an absolute relationship, but it seems to be relatively common, especially in the second case...

Then we have the pseudo heterosexual, the extreme homophobe, who does everything to convince others and himself that he is completely heterosexual and not a probable closeted bi or homosexual. Therefore, he takes great care in his performance, while, internally, he continues to feel a strong and natural attraction to the same sex... (And, sometimes, or often, expresses it in discreet encounters).


And we also have the pseudo intellectual, who also invests in his appearance, but aims to convince others and himself that he is a true intellectual and not an ignorant and foolish person who does not know how to think for himself, and rationally and who also feels a narcissistic need to feel and be seen as more intelligent than "the masses". Therefore, he takes care of his attire as a faker of wisdom and two typical ways of doing so are by uncritically adopting ideas, positions and thoughts from "bien pensants" (which are "in fashion") and by compulsively acquiring books, which many them he read it once or twice and don't even understand, in a more precise way, its proposals or meanings, probably because his ideological induction or indoctrination tends to harm his ability to contextualize them in real scenarios, especially those of a political nature and a more subtle style ( that do not criticize just one side of the political spectrum), such as Animal Farm and 1984, brilliant works by the same author (George Orwell). But also because the most important thing for this type is to appear and not actually be (although they can also be the less cynical type and end up confusing appearing with being).


Uma lição de lógica ou coerência aos "familiaristas"/A lesson in logic or coherence for "familiarists"

Uma lição de lógica ou coerência aos "familiaristas"


Familiarismo (minha interpretação): uma ideologia primariamente de natureza conservadora ou tradicionalista que se consiste em uma adoração acrítica* à família, diga-se, tradicionalmente constituída, que se baseia em laços sanguíneos. 


E a lição que todo familiarista deveria aprender é a de que a família, de acordo com o conceito que mais adotam, deveria significar acima de tudo 


Respeito 

Solidariedade 

Compreensão 


E, no entanto, todavia, contudo, parece que, na maioria das vezes**, se manifesta como um compromisso empurrado de discórdia, inveja, competição, desunião, falta de solidariedade... entre os núcleos familiares genealogicamente relacionados.


* Talvez como uma maneira de incentivo natalista


* * Falo por experiência própria.


 Familiarism (my interpretation): an ideology primarily of a conservative or traditionalist nature that consists of an uncritical* adoration of the family, that is, traditionally constituted, which is based on blood ties.


And the lesson that every familiarist should learn is that family, according to the concept they most adopt, should mean above all


Respect

Solidarity

Understanding


And yet, nevertheless, it seems that, most of the time**, it manifests itself as a forced compromise of discord, envy, competition, disunity, lack of solidarity... between genealogically related family nuclei.


*Perhaps as a form of pro-natalist encouragement


* * I speak from experience.

Um sinal primário e inequívoco de estupidez específica: literalizar generalizações/A primary and unmistakable sign of specific stupidity: literalizing generalizations

 Ainda mais as que são claramente inverídicas...


Tal como de dizer que todos os indivíduos de um grupo são culpados por crimes cometidos pelos seus antepassados ou por outros indivíduos só porque pertencem ao mesmo grupo. Um exemplo atual é a infame "culpa branca", a demonização generalizada de indivíduos de raça branca de origem europeia por crimes cometidos no passado colonialista e mesmo os que continuam a ser cometidos por indivíduos de raça branca na atualidade. Enfim, mais uma imprecisão grosseira dos fatos para fins ideologicamente doutrinários.

Even more so those that are clearly untrue...

As in saying that all individuals in a group are guilty of crimes committed by their ancestors or other individuals just because they belong to the same group. A current example is the infamous "white guilt", the widespread demonization of white individuals of European origin for crimes committed in the colonialist past and even those that continue to be committed by white individuals today. In short, another gross imprecision of the facts for ideologically indoctrinal purposes.

quinta-feira, 30 de maio de 2024

Sobre o mais importante da personalidade/About the most important thing about personality

 É sobre quem somos, mas também sobre como temos reagido ou nos adaptado aos ambientes em que temos vivido, eu diria mais, especialmente como temos reagido aos outros. De que existe uma parte essencial da personalidade e uma outra parte que é uma resposta reagente, adaptativa e específica a um meio (de novo, geralmente significa "os outros"). No meu próprio exemplo, a minha timidez, que também é parte de quem eu sou, mas mais como o resultado das minhas respostas adaptativas e reativas aos "ambientes sociais" em que tenho vivido, do que uma parte essencial da minha personalidade, à qual expressamos com mais liberdade quando estamos sozinhos ou mais relaxados (ou menos reativos/influenciáveis às interações com os outros). No entanto, a minha timidez, apesar de ser uma resposta ao meio, também é uma predisposição do meu temperamento ou personalidade. Só acredito que não corresponda à essência de quem eu sou e/ou o meu todo, se com as pessoas/seres às quais apresento maior intimidade e comigo mesmo, não tenho maiores pudores, preocupações ou inseguranças. Também pode ser possível de se dizer que os nossos próprios traços de personalidade expressam, tanto sobre quem somos, essencialmente, quanto sobre como temos reagido aos "ambientes" (pessoas) em que transitamos e, vezes, podem refletir de maneira absoluta, não apenas nós mesmos, nossas reações, mas também o estado de coisas do meio em que estamos. Por exemplo, uma pessoa com disposição percebida para um temperamento mais neurótico apresentando uma expressão máxima dessa disposição também por causa do meio familiar ou social problemático (hostil) em que tem vivido (mas mesmo no caso de uma pessoa relativamente menos expressiva nessa tendência, também pode ter essas reações). 


It's about who we are, but also about how we have reacted or adapted to the environments in which we have lived, I would say more, especially how we have reacted to others. That there is an essential part of the personality and another part that is a reactive, adaptive and specific response to an environment (again, usually meaning "the others"). In my own example, my shyness, which is also part of who I am, but more as the result of my adaptive and reactive responses to the "social environments" in which I have lived, rather than an essential part of my personality, to which we express more freely when we are alone or more relaxed (or less reactive/influenced by interactions with others). However, my shyness, despite being a response to the environment, is also a predisposition of my temperament or personality. I just believe that it does not correspond to the essence of who I am and/or my whole self, if with the people/beings to whom I am more intimate and with myself, I have no greater modesty, concerns or insecurities. It may also be possible to say that our own personality traits express both who we are, essentially, and how we have reacted to the "environments" (people) in which we move and, sometimes, they can reflect in an absolute way, not just ourselves, our reactions, but also the state of things in the environment in which we are. For example, a person with a perceived disposition towards a more neurotic temperament presenting a maximum expression of this disposition also because of the problematic (hostile) family or social environment in which he or she has lived (but even in the case of a person relatively less expressive of this tendency, also may have these reactions).

segunda-feira, 27 de maio de 2024

O pobre do terraplanista e aqueles terraplanistas disfarçados/The poor flat-earther and those flat-earthers in disguise

 O pobre do terraplanista virou referência de estupidez para muita gente, porque ele acredita que a Terra é plana e que fotos e vídeos do espaço sideral não são legítimos ou foram produzidos pelos estúdios de Hollywood. O pobre do terraplanista também pensa que existe um fim da borda da Terra e está na Antártica. Ele é visto como o mais ignorante, digno de pena e de risos dos mais estudados... 


Ok. Eu concordo parcialmente. Ainda que acredite que muitos terraplanistas são gente boa, humildes, só um pouco fora de órbita...

Mas se você perguntar a um terraplanista típico se um homem pode se tornar mulher ou pode ser considerado como tal se assim se identificar, eu aposto que ele lhe dirá que isso não é possível, porque já se nasce um ou outro... 

E se você também perguntar a um terraplanista típico se as raças humanas são apenas uma construção social, eu aposto que ele irá discordar, que ele irá dizer que existem brancos, negros, asiáticos (amarelos), índios...

E talvez se você perguntar a um terraplanista típico se todo ser humano tem o mesmo potencial de inteligência, é possível que ele responda que não, também com base apenas no que está percebendo...

Pois são justamente aqueles que mais debocham do pobre terraplanista que concordariam com tudo, com todos os "terraplanismos" acima, disfarçados e infiltrados nas universidades, se fossem questionados. Pois Zé... 


The poor flat-earther has become a reference of stupidity for many people, because he believes that the Earth is flat and that photos and videos from outer space are not legitimate or were produced by Hollywood studios. The poor flat-earther also thinks that there is an end to the edge of the Earth and it is in Antarctica. He is seen as the most ignorant, worthy of pity and laughter of the most educated... 

Okay. I partially agree. Even though I believe that many flat-earthers are good, humble people, just a little out of orbit...

But if you ask a typical flat earther if a man can become a woman or can be considered as such if he identifies as woman, I bet he will tell you that this is not possible, because is already born one or another... 

And if you also ask a typical flat-earther if human races are just a social construction, I bet he will disagree, that he will say that there are whites, blacks, Asians (yellow), Indians...

And perhaps if you ask a typical flat-earther if every human being has the same intelligence potential, it is possible that he would answer no, also based solely on what he is perceiving...

Because it is precisely those who most mock the poor flat-earther who would agree with everything, with all the "flat-earthers" above, disguised and infiltrated in universities, if they were questioned. Well Ze...

Em condições normais de temperatura e pressão..../Under normal temperature and pressure conditions....

 ... todos os canais de YouTube, blogs, etc, que perpetuam, em frequência constante, qualquer tipo de pseudociência, notícias ou informações falsas, narrativas parciais, incluindo em especial aquelas que, atualmente, são propagadas por governos, mídia e educação, ditas "de esquerda", deveriam ser, no mínimo, taxados como "canais ideologicamente tendenciosos, excessivamente enviesados"..., dos "galãs feios" aos canais bolsonaristas. E, no máximo, deveriam ser punidos por indução à doutrinação e à desinformação, até com a possibilidade de serem excluídos das plataformas. 


... all YouTube channels, blogs, etc., which constantly perpetuate any type of pseudoscience, fake news or misinformation, partial narratives, including in particular those currently propagated by governments, media and education, so-called "left-wing", should be, at the very least, labeled as "ideologically biased, excessively biased channels".... And, at most, they should be punished for inducing indoctrination and misinformation, even with the possibility of being excluded from platforms.

sábado, 25 de maio de 2024

Sobre um mito: racionalidade e matemática/About a myth: rationality and mathematics

 Para se tornar ou ser mais racional, é necessário ser excelente em matemática?? 


Não exatamente, se a capacidade racional é, primeiro de tudo, sobre a percepção objetiva e imparcial de fatos e que, consequentemente, tende a contribuir para fazer julgamentos mais justos. 


Mas, então, de onde vem esse mito?? 


Provavelmente da confusão muito comum que se faz entre pensamento lógico-racional e matemática, em que se acredita que o primeiro é especial ou especificamente útil na resolução de problemas matemáticos e de lógica. E é até interessante de concluir que o primeiro e grande equívoco dessa confusão está justamente na suposição de que a racionalidade é uma capacidade puramente cognitiva e mais complexa do que realmente é: uma qualidade tanto psicológica quanto cognitiva e mais simples, por se tratar do básico ato de reconhecer um fato sem tentar agradar a si próprio, crenças ou sentimentos pessoais. Básico, mas também difícil, se se trata de estar sempre lutando contra a própria subjetividade, contra esse impulso muito básico e forte de querer adulterar mentalmente a realidade pela própria auto projeção de sentidos, instintos, até de crenças, desejos... almejando uma melhor compreensão de mundo.


To become or be more rational, is it necessary to be excellent in mathematics? 


Not exactly, if rational capacity is, first of all, about the objective and impartial perception of facts and which, consequently, tends to contribute to making fairer judgments. 


But then, where does this myth come from? 


Probably due to the very common confusion between logical-rational thinking and mathematics, in which it is believed that the former is especially or specifically useful in solving mathematical and logical problems. And it is even interesting to conclude that the first and biggest mistake in this confusion is precisely the assumption that rationality is a purely cognitive capacity and more complex than it really is: a quality that is both psychological and cognitive and simpler, as it is the basic act of recognizing a fact without trying to please oneself, beliefs or personal feelings. Basic, but also difficult, if it is about always fighting against one's own subjectivity, against this very basic and strong impulse of wanting to mentally tamper reality through one's own self-projection of senses, instincts, even beliefs, desires... aiming for a better understanding of the world.

sexta-feira, 24 de maio de 2024

Hipótese radical sobre a correlação entre saúde e consumo de alimentos específicos/Radical hypothesis about the correlation between health and consumption of specific foods

 Basicamente, que pode se tratar de um caso de "genetic confounding", de uma correlação entre fatores extrínsecos e resultados específicos, confundida com uma causalidade. Especificamente, nesse caso, de que os indivíduos que tendem a adotar hábitos saudáveis, tal como uma alimentação rica em vegetais e frutas, também tendem a ser os mais saudáveis, talvez e, justamente, por se preocuparem mais com a própria saúde. É daí que pode ter se originado a correlação entre consumo de certos alimentos e melhores indicadores de saúde. E não estou dizendo que o consumo de alimentos considerados mais saudáveis não tenha qualquer benefício, mas que, para obtê-lo, é necessário consumir mais de um, sem cair na falácia do "alimento milagroso", e também que esteja aliado a uma rotina de exercícios físicos e de cuidado com a saúde mental. De qualquer modo, "já nascer mais saudável", ajuda bastante na maximização dos efeitos de uma adoção de hábitos saudáveis a longo prazo. 


Basically, it could be a case of "genetic confounding", a correlation between extrinsic factors and specific results, confused with causality. Specifically, in this case, individuals who tend to adopt healthy habits, such as a diet rich in vegetables and fruits, also tend to be the healthiest, perhaps precisely because they are more concerned about their own health. This is where the correlation between consumption of certain foods and better health indicators may have originated. And I'm not saying that consuming foods considered healthier has no benefit, but that, to obtain it, it is necessary to consume more than one, without falling into the "miracle food" fallacy, and also that it is combined with a routine physical exercise and mental health care. In any case, "being born healthier" helps a lot in maximizing the effects of adopting healthy habits in the long term.



terça-feira, 21 de maio de 2024

Sobre o problema da medicalização excessiva, com dois exemplos: autismo e transexualidade/About the problem of excessive medicalization, with two examples: autism and transsexuality

 Anos 90: "Filho de fulana é mais tímido, introvertido... prefere brincar sozinho do que com as outras crianças e tem um vocabulário avançado"


Diagnóstico típico: "ele parece ser uma criança 'normal'. Só é um pouco diferente dos outros". 


Ano 2024


Diagnóstico: "ele deve ser autista"


Problematização: por um lado, é problemático sempre atribuir diferenças cognitivas e psicológicas à norma local ou padrão à psiquiatria. Por outro lado e, por causa das próprias irregularidades constitutivas das sociedades humanas, às vezes é necessário apelar para um diagnóstico médico visando um suporte extra aos indivíduos que se vêem negativamente afetados por suas diferenças em atrito adaptativo aos seus meios social e econômico ( que eu já comentei, minha proposta de categorização e diferenciação diagnóstica: transtorno contextual). 


Anos 90: "aquela menina gosta de 'coisas de menino'... não se veste como as outras meninas de sua faixa etária"


Diagnóstico típico: "ela só é uma menina diferente. Pode ser coisa da idade, de sua personalidade ou de sua orientação sexual e nada mais que isso"


2024: 


Diagnóstico: "ela deve ser trans"


Problematização: crianças com severa disforia de gênero existem. Mas nem toda criança que é inconformista ao seu gênero tem disforia, porque não é toda menina que gosta de coisas de meninos ou vice-versa que se sente ou que gostaria de ser do sexo oposto. Por isso, é necessário ter muita cautela nesses casos, para não fazer julgamentos prematuros que podem ter sérias consequências a médio e longo prazo na vida dos envolvidos (na verdade, mesmo no caso de crianças com disforia grave de gênero, candidatas ideais à legítima condição de transexualidade, ainda não é racionalmente recomendável que sejam incentivadas a se identificarem como trans ou mesmo submetidas à intervenções médicas visando uma suposta transição sexual, por serem crianças e pelos efeitos notórios e potencialmente negativos dessas intervenções em mentes e corpos que estão em fase de desenvolvimento).


90s: "So-and-so's son is more shy, introverted... he prefers to play alone than with other children and has an advanced vocabulary"


Typical diagnosis: "He seems like a 'normal' child. He's just a little different from the others."


Year 2024


Diagnosis: "he must be autistic"


Problematization: on the one hand, it is problematic to always attribute cognitive and psychological differences to the local norm or standard on psychiatry. On the other hand, and because of the very constitutive irregularities of human societies, it is sometimes necessary to appeal to a medical diagnosis in order to provide extra support to individuals who find themselves negatively affected by their differences in adaptive friction to their social and economic environments (which I I have already commented on my proposal for categorization and diagnostic differentiation: contextual disorder).


90s: "that girl likes 'boy things'... doesn't dress like other girls in her age group"


Typical diagnosis: "she's just a different girl. It could be her age, her personality or her sexual orientation and nothing more than that"


2024:


Diagnosis: "she must be trans"


Problematization: children with severe gender dysphoria exist. But not every child who is gender nonconforming has dysphoria, because not every girl who likes boy things or vice versa feels or would like to be the opposite sex. Therefore, it is necessary to be very careful in these cases, so as not to make premature judgments that could have serious consequences in the medium and long term in the lives of those involved (in fact, even in the case of children with severe gender dysphoria, ideal candidates for the legitimate condition of transsexuality, it is still not rationally recommended that they be encouraged to identify as trans or even subjected to medical interventions aimed at a supposed sexual transition, as they are children and due to the notorious and potentially negative effects of these interventions on minds and bodies that are in the development phase. ).



Quando o ativismo LGBT.... perdeu a noção de respeito: o bolo da discórdia (e do privilégio)/

 Isso já aconteceu algumas vezes. Não irei comentar sobre data, local ou nomes dos envolvidos. Só que, o primeiro caso, que depois gerou novos casos parecidos, se consistiu em um casal de LGBTs , em algum estado nos EUA, que queria encomendar um bolo de casamento de uma confeitaria e teve o seu pedido negado, porque o dono alegou que a relação civil entre pessoas do mesmo sexo vai contra suas crenças religiosas (pessoais) e, por isso, não iria confeccionar o bolo. 


Pronto. 

Foi só isso acontecer para que o casal resolvesse processar a confeitaria querendo forçar o seu proprietário a fazer o bolo para eles. Então, a mídia, geralmente mais "para a esquerda", e muitos "progressistas", aplaudiram a decisão do casal, enquanto condenaram o confeiteiro. 

Tudo certo. Só que não... Porque, a priori, ninguém deveria ser obrigado a nada que não quisesse fazer, ainda mais nessa situação. De fato, isso pode parecer discriminação. E é. Mas não significa que seja imoral, porque as pessoas podem, idealmente, se negar a fazer coisas para as outras mesmo por essas razões. Por mais tola possa ser a alegação usada, ainda é válida, pois atende ao direito de livre associação. 

Então, o que temos aqui não é a luta por respeito, necessariamente, mas o privilégio do poder, de querer se impor aos outros mesmo à revelia. 

Eu, sinceramente, penso que, se uma pessoa não quer conviver comigo, não quer a minha presença na residência dela, ser minha amiga ou não quer fazer um bolo de aniversário ou de casamento para mim por causa da minha orientação sexual, por mais que isso possa soar desagradável e desrespeitoso para mim, eu ainda preciso aceitar que não sou unanimidade e esquecer desta pessoa. 

A exceção 

Mas e se todos os confeiteiros estadunidenses se recusassem a fazer bolos de casamento para casais LGBT????

Aí teríamos um problema e é até interessante comentar sobre esse cenário de exceção, pois o direito à livre associação, aqui, mais no sentido de discriminação e que também depende do caso, pode resultar em exclusão absoluta de um grupo, que o problematizaria bastante em termos morais ou de justiça. Porém, todavia, contudo, enquanto não existir uma "máfia de fundamentalistas religiosos donos de confeitarias" sistematicamente discriminando seus clientes com base em orientação sexual ou por outra categoria...

(Eu fico pensando se o confeiteiro que se negou a fazer o bolo fosse muçulmano... Se o caso seria abafado ou mesmo se muitos "progressistas' o justificariam...) 

When LGBT activism.... lost its sense of respect: the cake of discord (and privilege)

This has happened a few times. I will not comment on the date, location or names of those involved. However, the first case, which later generated new similar cases, consisted of an LGBT couple, in some state in the USA, who wanted to order a wedding cake from a bakery and had their request denied, because the owner claimed that civil relationships between people of the same sex go against their (personal) religious beliefs and, therefore, they would not bake the cake.

OK.

So the couple decide to sue the bakery, wanting to force its owner to make the cake for them. Then, the media, generally more "on the left", and many "progressives", applauded the couple's decision, while condemning the confectioner/baker.

All very well. But no... Because, a priori, no one should be forced to do anything they don't want to do, especially in this situation. In fact, this may seem like discrimination. And is. But it doesn't mean it's immoral, because people can, ideally, refuse to do things for others even for these reasons. No matter how silly the claim used may be, it is still valid, as it meets the right of free association.

So, what we have here is not the fight for respect, necessarily, but the privilege of power, of wanting to impose oneself on others even in spite of themselves.

I honestly think that if a person doesn't want to spend time with me, doesn't want me to be at their home, be my friend or doesn't want to bake a birthday or wedding cake for me because of my sexual orientation, no matter how this may sound unpleasant and disrespectful to me, I still need to accept that I am not unanimous and forget about this person.

The exception

But what if all American bakers refused to make wedding cakes for LGBT couples????

Then we would have a problem and it is even interesting to comment on this exceptional scenario, as the right to free association, here, more in the sense of discrimination and which also depends on the case, can result in the absolute exclusion of a group, which would greatly problematize it in moral or justice terms. However, as long as there is no "mafia of religious fundamentalists who own bakery stores" systematically discriminating against their customers based on sexual orientation or another category...

(I wonder if the baker who refused to make the cake was Muslim... If the case would be hushed up or even if many "progressives" would justify it...)

Limites do conceito de racismo, com um exemplo: o direito à livre associação/Limits of the concept of racism, with an example: the right to free association

 É racismo não querer conviver ou limitar o convívio com indivíduos da raça y ou da etnia x??


Muitos diriam que sim, que é um exemplo clássico e indiscutível de racismo. Mas o direito à livre associação (que também pode ser chamado de "auto segregação") não é racismo. Como acontece com frequência, preconceitos, tal como o racismo*, e preferência pessoal, também entram em conflito por aqui, porque parece difícil determinar onde que um começa e o outro termina... 

Então, como resolver esse impasse?? 

Aplicando a minha proposta de conceito para o racismo, buscando pelo conceito mais objetivo e imparcial possível, ainda mais se tratando de uma palavra ou termo abstrato e que, ainda por cima, é mais específico a contextos sociais, com implicações morais... Finalmente, ao invés de usar o conceito mais adotado, de comportamento discriminatório com base na raça ou etnia, enfatizar em sua própria raiz, que é o estabelecimento de uma relação equivocada de causalidade ou generalização (e não de correlação interseccional) entre fenótipo racial e comportamentos, até como maneira de separar, por definitivo, preferência pessoal de racismo, bem como de qualquer outro tipo de preconceito. Também ajuda a não super-enfatizar racismo ou preconceitos às ideias de discriminação e segregação, se, como eu já comentei em outro texto**, não são unilateralmente imorais, por estarem dependentes de contexto para que se possa determinar o quão injustas, insensatas, cruéis, ou o oposto, podem ser. 

* O racismo pode ser por preconceito (racismo negativo ou generalização pejorativa de um ou mais grupos raciais) ou por fanatismo (racismo positivo ou supremacia racial de um ou mais grupos raciais). Eu falei sobre esses tipos de racismo que propus nesse texto: Racismo "negativo" e "positivo".

** "Sobre mais dois casos de manipulação semântica para fins políticos supostamente benignos: discriminação e segregação"

Esse texto busca justificar e defender o direito à livre associação, de que, a priori, nenhum indivíduo deve ser obrigado a conviver com ninguém que não queira, mesmo se por motivação racial ou por outra razão parecida (por orientação sexual, religião...). 

Is it racist not to want to socialize or limit socializing with individuals of race y or ethnicity x?

Many would say yes, that it is a classic and indisputable example of racism. But the right to free association (which can also be called "self-segregation") is not racism. As often happens, prejudices, such as racism*, and personal preference also come into conflict here, because it seems difficult to determine where one begins and the other ends...

So, how to resolve this impasse??

Applying my proposed concept for racism, searching for the most objective and impartial concept possible, especially when it is an abstract word or term and which, on top of that, is more specific to social contexts, with moral implications... Finally , instead of using the most adopted concept, of discriminatory behavior based on race or ethnicity, emphasize its own root, which is the establishment of a mistaken relationship of causality or generalization (and not of intersectional correlation) between racial phenotype and behaviors , even as a way to definitively separate personal preference from racism, as well as any other type of prejudice. It also helps not to overemphasize racism or prejudice against the ideas of discrimination and segregation, if, as I have already commented in another text**, they are not unilaterally immoral, as they are context dependent so that one can determine how unfair, unwise, cruel, or the opposite, can be.

* Racism can be due to prejudice (negative racism or pejorative generalization of one or more racial groups) or fanaticism (positive racism or racial supremacy of one or more racial groups). I talked about these types of racism that I proposed in this text: "Negative" and "Positive" racism.

** "About two more cases of semantic manipulation for supposedly benign political purposes: discrimination and segregation"

This text seeks to justify and defend the right to free association, that, a priori, no individual should be forced to live with anyone they do not want to, even if for racial motivation or for any other similar reason (sexual orientation, religion... ).

quinta-feira, 16 de maio de 2024

Sobre o conceito mais universal de inteligência.../About the most universal concept of intelligence...

 ... compartilhado por todas as formas de vida*


Capacidade de adaptação e que, em termos mais objetivos, significa capacidade de sobrevivência, em especial pela busca por fontes de energia/alimento e pela detecção de riscos e perigos, sendo que, a segunda capacidade seria ainda mais universal, por se manifestar de maneira mais conceitualmente homogênea (meios e objetivo) entre as espécies, porque a primeira capacidade, ainda que igualmente fundamental, pode se manifestar de maneira diversa, inclusive com o mínimo de esforço cognitivo ou perceptivo, tal como no caso das espécies autotróficas, que não encontram sua fonte de energia pela predação (estratégica) de outras formas de vida.

* E que eu já comentei nesse outro texto: "Evolução, inteligência e justiça social"


Então, e sobre QI??

São as pessoas que pontuam mais alto nos testes cognitivos, em média, mais inteligentes para encontrar fontes de energia/alimento e na detecção de riscos, perigos...?? 

Em relação à primeira capacidade, sim, por haver uma correlação positiva entre alto QI e maior renda, mas, com um grande porém, se as sociedades modernas têm sido, em partes, desenhadas para acomodar essa parcela da população, facilitando sua adaptação, aliás, uma invenção justamente dos mais inteligentes... Já em relação à segunda capacidade, de detecção de riscos, essa relação se torna mais complexa e até surpreendentemente destoante da dedução mais lógica, pois se usarmos pontuações em testes cognitivos como parâmetro comparativo e as confrontarmos com comportamentos e crenças de pessoas de diferentes faixas de inteligência, ainda mais nessa primeira metade da terceira década de século XXI, chegaremos ao resultado de que, pontuar alto se correlaciona positivamente com ideias e pensamentos que refletem mais sobre ingenuidade e fidelidade ideológica do que sobre uma real compreensão específica aos tópicos relacionados, que pode contribuir para uma tomada de julgamento mais adequado, no sentido de mais racional ou alinhado aos fatos. Por exemplo, se pegarmos discussões sobre políticas de imigração e multiculturalismo, particularmente indivíduos de raça branca e ideologia à esquerda, abundantes entre aqueles que pontuam alto em testes de QI, estarão mais propensos a ter opiniões excessivamente positivas sobre os mesmos, de que, portanto, os países onde vivem, mas também outros países, especialmente se forem similares, devem ser mais receptivos a imigrantes e refugiados do que cautelosos ou céticos, enquanto que, é justamente uma opinião contrária a essa maior receptividade (discursiva) que é a mais ponderada, se se baseia nos prós e contra que têm acumulado sobre tais políticas e desequilibrando para os contra, como o aumento da criminalidade e de conflitos culturais, além do predomínio de argumentos fracos usados para apoiá-las, tal como de que os imigrantes são importantes para combater o envelhecimento demográfico e seus efeitos na economia ou que países com histórico de colonialismo devem ser generosos na recepção de imigrantes como maneira de compensar suas atitudes do passado, como se fossem medidas plenamente sensatas e certas que resolverão seus respectivos problemas, se quanto à primeira, o mais adequado seria de, primeiro, incentivar a natalidade da população nativa, com políticas social e economicamente pró-natalistas (mas também preferencialmente pró- ambientalistas, que busquem por um equilíbrio e não uma nova explosão demográfica) e, quanto à segunda, a melhor maneira de compensar seria ajudando os países outrora colônias a se desenvolverem, se não adianta receber os seus efetivos em grande número, já que isso não irá acabar com as mazelas dos seus países, além do potencial (que tem sido comprovado) de causar mais problemas nos países que os recebem. Um outro exemplo em que o básico bom senso traduzido a um contexto de segurança pública e pessoal e que uma parte nada modesta da população de maior QI, guiada por doutrinação e conformidade ideológica, tem se posicionado contrariamente é sobre a lógica da aplicação de políticas mais severas no combate à criminalidade, preferindo por políticas mais brandas que são comprovadamente menos efetivas, até por contribuírem para aumentar a insegurança e o crime ao invés de combatê-los. Pois pode até ser o caso de que muitas dessas pessoas, por não conviverem diariamente com o grosso da "bandidagem", confortáveis em seus bairros de classe média e alta, tenham opiniões, diga-se, ignorantes sobre isso, porém adaptativo aos seus ciclos sociais, tal como nos da educação superior, saturados de conformismo ao politicamente correto vigente, dito "de esquerda"; o que não as redime totalmente, se continua a se tratar de uma grande falha na detecção de perigos, riscos, problemas, de curto, médio a longo prazo... mesmo se não as atingem diretamente, ainda que praticamente todo aquele que vive em uma cidade de porte médio ou grande em boa parte do mundo ocidental, pelo menos, se sente inseguro em alguns ou muitos contextos em seu cotidiano, demonstrando que, mesmo vivendo em bairros distantes dos periféricos ou mais pobres não os torna completamente imunes à insegurança pública.

Seria esse o maior teste dos testes de QI??


..shared by all life forms*

Capacity to adapt and which, in more objective terms, means survival capacity, especially through the search for energy/food sources and the detection of risks and dangers, and the second capacity would be even more universal, as it manifests itself in a more conceptually homogeneous (means and objective) between species, because the first capacity, although equally fundamental, can manifest itself in different ways, even with minimal cognitive or perceptual effort, such as in the case of autotrophic species, which do not find its source of energy through (strategic) predation of other life forms.

* And which I have already commented on in this other text: "Evolution, intelligence and social justice"


So, what about IQ??

Are people who score higher on cognitive tests, on average, more intelligent in finding energy/food sources and in detecting risks, dangers...??

In relation to the first capacity, yes, because there is a positive correlation between high IQ and higher income, but, with a big caveat, if modern societies have been, in part, designed to accommodate this portion of the population, facilitating their adaptation, in fact , an invention of precisely the most intelligent... In relation to the second capacity, risk detection, this relation becomes more complex and even surprisingly different from the more logical deduction, because if we use scores in cognitive tests as a comparative parameter and confront them with behaviors and beliefs of people of different intelligence ranges, even more so in this first half of the third decade of the 21st century, we will arrive at the result that scoring high correlates positively with ideas and thoughts that reflect more on naivety and ideological loyalty than on a real specific understanding of related topics, which can contribute to making a more appropriate judgment, in the sense of being more rational or aligned with the facts. For example, if we take discussions about immigration policies and multiculturalism, particularly individuals of white race and leftist ideology, abundant among those who score high on IQ tests, will be more likely to have overly positive opinions about them, which therefore , the countries where they live, but also other countries, especially if they are similar, should be more receptive to immigrants and refugees than cautious or skeptical, while it is precisely an opinion contrary to this greater (discursive) receptivity that is the most considered , if it is based on the pros and cons that have accumulated about such policies and imbalanced towards the cons, such as the increase in crime and cultural conflicts, in addition to the predominance of weak arguments used to support them, such as that immigrants are important to combat demographic aging and its effects on the economy or that countries with a history of colonialism should be generous in welcoming immigrants as a way of compensating for their past attitudes, as if they were completely sensible and certain measures that will solve their respective problems, if in terms of first, the most appropriate would be to, first, encourage the birth rate of the native population, with socially and economically pro-natalist policies (but also preferably pro-environmentalist, which seek a balance and not a new demographic explosion) and, as for the second , the best way to compensate would be to help the countries that were formerly colonies to develop, otherwise there is no point in receiving their troops in large numbers, as this will not end the problems of their countries, in addition to the potential (which has been proven) to cause more problems in the countries that receive them. Another example in which basic common sense translated into a context of public and personal security and in which a far from modest part of the population with higher IQ, guided by indoctrination and ideological conformity, has taken a contrary position is regarding the logic of applying more stringent policies. severe measures to combat crime, preferring softer policies that are proven to be less effective, even as they contribute to increasing insecurity and crime instead of combating them. Because it may even be the case that many of these people, because they do not live daily with the bulk of the "banditry", comfortable in their middle and upper class neighborhoods, have opinions that are, let's say, ignorant about this, but adaptable to their social cycles, such as higher education, saturated with conformity to the current political correctness, so-called "left-wing"; which does not completely redeem them, if it continues to be a major failure in detecting dangers, risks, problems, in the short, medium to long term... even if they do not affect them directly, even though practically everyone who lives in a medium or large city in much of the Western world,at least, feel insecure in some or many contexts in their daily lives, demonstrating that even living in neighborhoods far from peripheral or poorer neighborhoods does not make them completely immune to public insecurity.

Could this be the biggest test of IQ tests?

Sobre a confusão entre liberdade e ilimitadismo/About the confusion between freedom and unlimitedism

 É o mesmo que confundir um conceito e sua expressão básica com uma de suas expressões mais extremas. Tal como confundir alegria com algazarra ou tristeza com depressão.


It is the same as confusing a concept and its basic expression with one of its more extreme expressions. Such as confusing joy with noise or sadness with depression.

Frequentemente, a polarização não é entre conservadorismo e progressismo, mas.../Often, the polarization is not between conservatism and progressivism, but...

 .... entre "limitadismo" e "ilimitadismo"


Entre duas ideologias antagônicas, uma que quer limitar tudo e outra que não quer limitar nada. Uma que é sobre menos liberdade e outra que é sobre mais liberdade, ambas dependentes de contexto.


.... between "limitedism" and "unlimitedism"


Between two antagonistic ideologies, one that wants to limit everything and the other that doesn't want to limit anything. One that is about less freedom and another that is about more freedom, both context dependent.

O Brasil sempre foi o país da burrice e da falta de personalidade, da esquerda à direita/Brazil has always been the country of stupidity and lack of personality, from left to right

 Praticamente tudo o que se faz lá fora, especialmente de insensato, o Brasil adora copiar. É inacreditável!! E essa dificuldade de pensar por contra própria e com racionalidade está democraticamente distribuída por todo o espectro político-ideológico nesse país. Porque, de um lado, temos a "esquerda" tupiniquim traduzindo de maneira literal as chucrices das esquerdas gringas, principalmente a estadunidense, e impondo-as sempre que podem, sem direito a um mínimo de reflexão bem direcionada e objetiva, sem que seja mais uma divagação estilosa (sua especialidade)... E do outro lado, também não há nada de novo no front, porque o mesmo acontece, a(s) "direita(s)" brasileira(s) apenas copiando e repetindo posicionamentos, pensamentos, ideias e crenças vindos de fora, alimentando essa polarização que desune e enfraquece ao invés de unir o povo. São tradutoras impecáveis, mas carentes de personalidade e de real inteligência. Nós que sofremos...



Practically everything that is done abroad, especially foolish things, Brazil loves to copy. It's unbelievable!! And this difficulty in thinking independently and rationally is democratically distributed across the entire political-ideological spectrum in this country. Because, on the one hand, we have the national "left" literally translating the nonsense of the foreign Lefts, mainly the American one, and imposing them whenever they can, without the right to a minimum of well-directed and objective reflection, without it being more a stylish digression (his specialty)... And on the other side, there is nothing new on the front either, because the same thing happens, the Brazilian "right wing(s)" just copying and repeating positions, thoughts , ideas and beliefs coming from outside, fueling this polarization that disunites and weakens instead of uniting the people. They are impeccable translators, but they lack personality and real intelligence. We who suffer...

terça-feira, 14 de maio de 2024

Quanto vale um jornalista, atualmente??/How much is a journalist worth these days?

 Ou talvez desde sempre...


Com um exemplo que se tornou a regra em muitos países ocidentais:

'Homem negro comete crime hediondo"

Filtro jornalístico atualmente, mancomunado com o "politicamente correto da 'esquerda' burguesa":

"SUJEITO/JOVEM/INDIVÍDUO... comete crime hediondo"

Homem branco comete crime hediondo 

Filtro "jornalístico" atual:

"Homem BRANCO comete crime hediondo" 

Com que intuito manipular informações desta maneira?? 

Parece que já está subentendido. Ênfase na narrativa de demonização de brancos e santificação de negros... 



How much is a journalist worth these days?

Or maybe sincever...

With an example that has become the rule in many Western countries:

'Black man commits heinous crime'

Current journalistic filter, submitted with the "political correctness of the bourgeois 'left'":

"SUBJECT/YOUNG/INDIVIDUAL... commits heinous crime"

White man commits heinous crime

Current "journalistic" filter:

"WHITE man commits heinous crime"

What is the purpose of manipulating information in this way?

It seems like it's already understood. Emphasis on the narrative of demonization of white people and sanctification of black people...

Diferença exemplificada entre tristeza, melancolia e depressão /Difference exemplified between sadness, melancholy and depression

 "Luisinho ficou TRISTE com a nota vermelha na prova"


Estado emotivo básico, temporário, superficial e comum, que pode se relacionar com qualquer tipo de situação.

"Luís teve um momento de MELANCOLIA naquele domingo, refletindo sobre a sua vida, o que deixou saudades e o que virá"

Estado emotivo mais denso ou profundo, geralmente específico (relacionado com questões mais gerais ou existenciais) e que também pode se manifestar de maneira mais constante, como um traço de personalidade (e que está relacionado a um risco maior de ter depressão). 

"Prostrado na cama de tanta tristeza, Luís foi diagnosticado com DEPRESSÃO pelo psiquiatra, na semana passada"

Condição psiquiátrica ou de saúde, transtorno mental, sintomático, mais constante ou inflexível, que exige tratamento adequado e urgente...

Em suma e, respectivamente: estado comum de tristeza; estado profundo, mas não-patológico (mais reflexivo) de tristeza e, por fim, um estado patológico. 

Claro que é uma proposta de interpretação, se tratando de termos abstratos, especialmente no caso da melancolia...


"Luisinho was SAD about the lower score on the test"

Basic, temporary, superficial and common emotional state, which can relate to any type of situation.

"Luís had a moment of MELANCHOLY that Sunday, reflecting on his life, what he missed and what will come"

A denser or deeper emotional state, generally specific (related to more general or existential issues) and which can also manifest itself in a more constant way, as a personality trait (and which is related to a greater risk of having depression).

"Prostrate in bed with so much sadness, Luís was diagnosed with DEPRESSION by the psychiatrist last week"

Psychiatric or health condition, mental disorder, symptomatic, more constant or inflexible, which requires adequate and urgent treatment...

In short and, respectively: common state of sadness; deep but non-pathological (more reflective) state of sadness and, ultimately, a pathological state.

Of course, it is a proposal for interpretation, when it comes to abstract terms, especially in the case of melancholy...

O perfil mais ingrato/The most ungrateful profile

 Quem olha pra mim, até pode dizer que eu sou tímido, mais fechado, mas também pode dizer que eu sou educado e até calmo e simpático, dependendo da pessoa e do contexto de interação comigo. Também pode dizer que eu sou inteligente, no sentido de mais inteligente, de mais capaz. E, apesar de gostar de um elogio, ainda mais quando não é exagerado ou falso, esse último pode ou, costuma servir como um argumento em potencial para me criticarem por, até hoje, em que escrevo esse texto, do alto dos meus 35 anos e à beira de completar mais um ciclo, não ter conseguido um emprego. Porque as aparências mostram o que não é visível e essencial sobre a minha inteligência, em que, se estou acima da média, não é sobre as capacidades mais requisitadas para uma larga fração de empregos que inclui capacidades de interação social típica e de memorização ou aprendizado superficial e convergente. Esse, talvez, seja um dos principais motivos para que neurodivergentes, como eu, não tenham ou consigam ser empregados, porque além das nossas capacidades mais fortes não serem as mais requisitadas na maioria das profissões, ainda tendemos a apresentar perfis cognitivos muito assimétricos, cuja distância entre forças e fraquezas é grande o suficiente para limitar de maneira significativa o nosso rol de possibilidades profissionais. E, para piorar, no meu caso e que, talvez, também seja o de outras pessoas, como mostrado no início do texto, a ausência de uma deficiência cognitiva evidente, mas que se manifesta de modo mais específico e relativo, torna um diagnóstico oficial bem mais difícil, preferencialmente para autismo de suporte 1, antiga síndrome de Asperger (ou TDAH, mas com características autistas??), afinal, como que uma pessoa que aparenta ser, não apenas normal, mas, também, acima da média, tão articulada e supostamente capaz de aprender qualquer coisa ou se adaptar a qualquer ambiente de trabalho, não consegue passar com folga para a universidade pública, em um concurso ou estar empregada?? No meu caso, porque o meu perfil psico-cognitivo parece perfeitamente compatível só com algumas poucas profissões, como eu tenho mostrado em meus textos e versos: para a escrita, para funções repetitivas e simples e/ou para o trabalho acadêmico*, diga-se, o de fato, que não é só para tirar diploma, mestrado, doutorado... Pois quanto ao primeiro é muito difícil que um escritor consiga ganhar a vida só escrevendo e publicando livros (ingrata profissão de artista em que apenas uma minoria consegue se sustentar apenas trabalhando nessa área). Já, quanto ao segundo, novamente, a educação superior parece estar organizada para funcionar como uma fábrica de diplomas e de status social, ainda mais nas ciências humanas, totalmente dragadas por pseudociências "do bem" (que eu comentei mais a fundo nesse texto: Sobre as "pseudociências do bem", "de esquerda" e o mais grave). Sem falar que, como eu já comentei em outros textos, seus processos seletivos e avaliativos tacitamente discriminam de maneira excludente indivíduos com perfis cognitivos assimétricos, ao se basearem em provas generalistas, isto é, dificultando nossa entrada na universidade. 


* Eu ainda poderia trabalhar como professor, mas as minhas idiossincrasias psicológicas, mais um ambiente muito tóxico (com jornada de trabalho exaustiva, competição e picuinhas entre colegas da profissão, classes superlotadas e estudantes, em sua maioria, muito mal educados) tornam essa opção pouco viável para mim. 

Pinguins de Galápagos 

Existe uma espécie de pinguins que, por alguma razão que desconheço, acabou alocada no arquipélago de Galápagos, localizado na região intertropical, próxima à linha do Equador. Uma espécie até então conhecida por se adaptar apenas ao clima frio da Antártica... Então, eu penso o mesmo para mim e outros neurodivergentes na mesma situação e com o mesmo perfil que os meus, se também estamos em um limbo de sub adaptação, alocados longe do ideal que seria de estarmos direcionando nossas capacidades especialmente no mundo das ciências, com base nas nossas capacidades de percepção de padrões e paixão genuína por nossas áreas de interesse, ainda que tenha conseguido me firmar como escritor e poeta por meios próprios e, por enquanto, sem qualquer fim lucrativo.

 The most ungrateful profile

Anyone who looks at me might say that I'm shy, but they might also say that I'm polite and even calm and friendly, depending on the person and the context of interaction with me. They can also say that I am intelligent, in the sense of more capable. And, although I like a compliment, even more so when it is not exaggerated or false, the latter can or usually serves as a potential argument for criticizing me for, even today, when I write this text, at the age of 35 and on the verge of completing another cycle, not having found a job. Because appearances show what is not visible and essential about my intelligence, in which, if I am above average, it is not about the skills most required for a large fraction of jobs that include typical social interaction skills and memorization or learning, superficial and convergent. This, perhaps, is one of the main reasons why neurodivergent people, like me, do not have or are able to be employed, because in addition to our strongest abilities not being the most required in most professions, we still tend to present very asymmetrical cognitive profiles, whose the distance between strengths and weaknesses is great enough to significantly limit our range of professional possibilities. And, to make matters worse, in my case, and perhaps also in other people's cases, as shown at the beginning of the text, the absence of an obvious cognitive deficiency, but which manifests itself in a more specific and relative way, makes an official diagnosis much more difficult, preferably for autism level/support 1, former Asperger syndrome (or ADHD, but with autistic characteristics??), after all, how can a person who appears to be not only normal, but also above average, so articulate and supposedly capable of learning anything or adapting to any work environment, can't easily pass to a public university or be employed? In my case, because my psycho-cognitive profile seems perfectly compatible with only a few professions, as I have shown in my texts and verses: for writing, for repetitive and simple functions and/or for academic work*, say, de facto, not just to get a diploma, master's degree, doctorate... Because as for the first, it's very difficult for a writer to be able to make a living just by writing and publishing books (a thankless artist's profession in which only a minority can support yourself just by working in this area). As for the second, again, higher education seems to be organized to function as a factory of diplomas and social status, even more so in the human sciences, totally dredged by "good" pseudosciences (which I commented in more depth in this text: About the "pseudosciences of good", "leftist" and the most serious). Not to mention that, as I have already commented in other texts, its selection and evaluation processes tacitly discriminate in an exclusive manner against individuals with asymmetrical cognitive profiles, by being based on generalist tests, that is, making it difficult for us to enter university.

* I could still work as a teacher, but my psychological idiosyncrasies, plus a very toxic environment (with exhausting working hours, competition and nitpicking among colleagues in the profession, overcrowded classes and students, for the most part, very poorly educated) make this an option hardly viable for me.

Galapagos penguins

There is a species of penguins that, for some reason I don't know, ended up living in the Galápagos archipelago, located in the intertropical region, close to the Equator. A species hitherto known to adapt only to the cold climate of Antarctica... So, I think the same for me and other neurodivergents in the same situation and with the same profile as mine, if we are also in a sub-adaptation limbo, allocated far from the ideal that would be directing our capabilities, especially in the world of science, based on our ability to perceive patterns and genuine passion for our areas of interest, even though I managed to establish myself as a writer and poet through my own means and, for now, without any profit purpose.

Por que eu "ainda" me declaro como progressista??/Why do I "still" declare myself as progressive??

E eu me pergunto por que a maioria dos autodeclarados progressistas ainda se declaram progressistas?? 


Porque, diferente deles, eu jamais abaixo a cabeça ou desvio o olhar para uma injustiça mesmo se estiver sendo praticada pelo meu melhor amigo, quiçá por um partido político ou grupo identitário...


Deve ser por isso que eu continuo me declarando como progressista, por pura coerência e, também, deve ser por isso que eles fazem o mesmo, por pura incoerência... 


 And I wonder why most self-declared progressives still declare themselves progressive??


Because, unlike them, I never lower my head or look away from an injustice, even if it is being practiced by my best friend, perhaps by a political party or identity group...


That must be why I continue to declare myself as progressive, out of pure consistency and, also, that must be why they do the same, out of pure inconsistency...

Sobre a correlação (proposta) entre transtorno de personalidade borderline ou limítrofe e talento dramático/On the (proposed) correlation between borderline personality disorder and dramatic talent

 Ana Beatriz Barbosa é uma psiquiatra conhecida nos meios de comunicação brasileiros por sua capacidade de auto promoção, pelos seus livros e pelo seu carisma. Então, desde a um tempo que, aleatória e esporadicamente, comecei a acompanhar suas entrevistas e que também comecei a discordar de algumas de suas afirmações, por achá-las demasiado fantásticas*. Uma que mais me chamou a atenção foi a afirmação de que existe uma relação praticamente causal entre transtorno borderline ou limítrofe e ter um potencial para o talento dramático, justamente por causa da natureza deste transtorno de personalidade, cujo sintoma mais característico é uma instabilidade emocional crônica. De maneira mais literal, ela afirmou que, (praticamente) todo grande ator ou atriz é "borderline". Porém, contudo, todavia, existem alguns exemplos bastante notórios de que essa afirmação de causalidade não se replica para todos, talvez nem mesmo para a maioria dos casos, tal como o da brilhante atriz estadunidense Meryl Streep, que, se com base em observação dos seus traços de personalidade, definitivamente não aparenta qualquer desequilíbrio emocional severo, até o oposto disso. Pois ela não é a única. Eu também poderia citar outra camaleoa da atuação, a australiana Toni Collette, que apresenta o mesmo perfil: personalidade aparentemente tranquila e um talento gigante para incorporar diferentes personagens. No entanto, isso não significa que uma possível correlação positiva entre apresentar transtornos de humor e talento para a atuação não tenha qualquer respaldo científico, se já existem estudos que têm encontrado essa correlação em outras áreas do mundo das artes, como na escrita. O que parece ser mais provável ou próximo a uma verdade nesse tópico específico é de que transtornos de humor, como o de personalidade borderline ou limítrofe, pode ajudar no tipo literalmente mais dramático de atuação, que não é o mesmo que o tipo mais camaleônico. Para esse, eu até penso que o oposto é o mais provável, de que uma personalidade equilibrada, se não serve como um elemento de destaque na promoção de uma maior capacidade de atuação, pelo menos atua como um elemento de suporte, necessário para quem se especializa em incursões psicológicas profundas (um outro exemplo de grande atriz que não parece sofrer de transtorno de humor é Liv Ullmann, musa e ex esposa do lendário diretor Ingmar Bergman, conhecida por suas atuações dramáticas muito intensas/ e, para não ser injusto, dois exemplos de atores ou atrizes de grande talento que provavelmente sofriam de algum transtorno mental e faleceram de maneira precoce e trágica: Heath Ledger e Brittany Murphy). 


Claro que não estou pretendendo substituir uma proposta de causalidade por outra, mas de sugerir uma correlação interseccional entre os dois tipos de capacidade de atuação e os dois perfis psicológicos. 

* Desprezando completamente a pseudagem "quântica" que ela tem se enveredado ultimamente...

On the (proposed) correlation between borderline or borderline personality disorder and dramatic talent

Ana Beatriz Barbosa is a psychiatrist known in the Brazilian media for her ability to self-promote, her books and her charisma. So, since a while ago, I randomly and sporadically started following her interviews and I also started to disagree with some of her statements, finding them too fantastic*. One that caught my attention was the statement that there is a practically causal relationship between borderline disorder and having a potential for dramatic talent, precisely because of the nature of this personality disorder, whose most characteristic symptom is chronic emotional instability. More literally, she stated that (practically) every great actor or actress is “borderline”. However, there are some very notable examples that this statement of causality does not apply to everyone, perhaps not even to the majority of cases, such as that of the brilliant American actress Meryl Streep, who, if based on observation of his personality traits definitely do not appear to have any severe emotional imbalance, even the opposite of that. Well, she's not the only one. I could also mention another acting chameleon, Australian Toni Collette, who presents the same profile: an apparently calm personality and a huge talent for incorporating different characters. However, this does not mean that a possible positive correlation between having mood disorders and acting talent does not have any scientific support, if there are already studies that have found this correlation in other areas of the arts, such as writing. What seems more likely or closer to truth on this specific topic is that mood disorders, such as borderline personality disorder, can help with the literally more dramatic type of acting, which is not the same as the more chameleonic type. For this one, I even think that the opposite is more likely, that a balanced personality, if it does not serve as a prominent element in promoting a greater capacity for action, at least acts as a supporting element, necessary for those who specializes in deep psychological forays (another example of a great actress who does not seem to suffer from a mood disorder is Liv Ullmann, muse and ex-wife of legendary director Ingmar Bergman, known for her very intense dramatic performances/ and, not to be unfair, two examples of highly talented actors or actresses who probably suffered from some mental disorder and died prematurely and tragically: Heath Ledger and Brittany Murphy).

Of course, I am not intending to replace one causality proposal with another, but to suggest an intersectional correlation between the two types of acting capacity and the two psychological profiles.

* Completely disregarding the "quantum" bullshit she's been into lately...

O que é extremamente irritante de cada lado da polarização político-ideológica?/What is extremely irritating on each side of the political-ideological polarization?

 Para mim, é a pretensão/presunção intelectual e a hipocrisia do lado esquerdo e a insensibilidade e a neurose do lado direito...


For me, it's the intellectual pretension/conceit and hypocrisy on the left and the insensitivity and neurosis on the right...

"Esquerdistas sofrem de transtorno do espectro autista"?/"Leftists suffer from autism spectrum disorder"?

 Pergunta do Quora. Minha resposta 


Se partindo do provável pressuposto de que existe uma maior correlação entre alta carga mutacional e filiação político-ideológica mais à esquerda, a resposta é um não, mas não um não redondo, porque sua pergunta é uma generalização absurda e gratuitamente provocativa, ainda que, sem, necessariamente, estar sem qualquer respaldo, se, com base no fato provável acima, então, há uma maior proporção de indivíduos diagnosticados com autismo e dentro do espectro, mas sem um diagnóstico oficial, entre os ditos esquerdistas. No entanto, acredito que, para qualquer filiação ideológica extremista, radical ou fora do "mainstream" (senso comum corrente), existe uma tendência de ter mais indivíduos "neurodivergentes". Esse também parece ser o caso da extrema direita e existem até evidências anedóticas de terem mais autistas entre eles. A correlação popular que muitos têm "acusado" de existir entre autismo e esquerdismo pode ser por dois fatores, um mais concreto, confirmado por estudos, e outro por percepção anedótica: a correlação entre autismo, ateísmo ou irrreligiosidade e esquerdismo, e entre autismo, ingenuidade (causada por déficit em teoria da mente) e, novamente, esquerdismo. Nesse último, seria mais ou menos de que, contextualmente, indivíduos de esquerda tendem a julgar mal o caráter de outras pessoas e a também fazê-lo embalados por indução ideológica, tal como de considerar aqueles de grupos historicamente marginalizados como menos passíveis de expressar comportamentos cruéis por indução intrínseca, de algo da própria personalidade, se pensam que tendem a ser induzidos por circunstâncias socioeconômicas ou culturais, enquanto que tendem a generalizar e de maneira mais negativa aqueles que não compactuam com as suas crenças com fidelidade canina. Em outras palavras, parece que, indivíduos mais à esquerda usam suas crenças ideológicas como referências primárias de análise comportamental ao invés de analisarem o comportamento por si mesmo, bem como a sua frequência, por acreditarem que os contextos histórico, social e cultural (abstrações que se manifestam de maneira mais estrutural) se sobrepõem ao contexto individual, influenciando-o de maneira decisiva.

Question from Quora. My answer

If starting from the probable assumption that there is a greater correlation between high mutational load and more left-wing political-ideological affiliation, the answer is a no, but not a round no, because your question is an absurd and gratuitously provocative generalization, even though, without necessarily being without any support, if, based on the probable fact above, then there is a greater proportion of individuals diagnosed with autism and within the spectrum, but without an official diagnosis, among the so-called leftists. However, I believe that for any ideological affiliation that is extremist, radical or outside the "mainstream" (current common sense), there is a tendency to have more "neurodivergent" individuals. This also appears to be the case on the far right and there is even anecdotal evidence that they have more autistic people among them. The popular correlation that many have "accused" of existing between autism and leftism may be due to two factors, one more concrete, confirmed by studies, and the other by anecdotal perception: the correlation between autism, atheism or irreligiosity and leftism, and between autism, naivety (caused by a deficit in theory of mind) and, again, leftism. In the latter, it would be more or less that, contextually, individuals on the left tend to misjudge the character of other people and also to do so under ideological induction, such as considering those from historically marginalized groups as less likely to express behaviors cruel by intrinsic induction, from something in their own personality, if they think that they tend to be induced by socioeconomic or cultural circumstances, while they tend to generalize and in a more negative way those who do not agree with their beliefs with canine loyalty. In other words, it seems that individuals on the left use their ideological beliefs as primary references for behavioral analysis instead of analyzing the behavior itself, as well as its frequency, because they believe that the historical, social and cultural contexts (abstractions that manifest themselves in a more structural way) overlap the individual context, influencing it in a decisive way.

Mais um exemplo de correlação (negativa) entre QI e racionalidade/Another example of a (negative) correlation between IQ and rationality

 Por que parece que uma parte considerável de pessoas "de" QI acima da média se declaram de esquerda, política e ideologicamente?? E o que isso implica à racionalidade?? 


Obter uma alta pontuação em testes cognitivos, a priori, significa apenas isso. Significa que soube ser mais rápido e preciso na resolução das questões propostas, o que é não muito diferente de conseguir encaixar um cubo mágico com rapidez e precisão. E que também não é lá muito diferente do que tirar notas altas no colégio ou vencer disputas de xadrez, se são todos exemplos do uso da inteligência para uma certa finalidade, às vezes mais específica, outras vezes mais generalista. Ainda assim, nenhum deles é uma prova cabal de se ser ou estar mais racional, no sentido de sensato, prioritário aos fatos, às evidências ou à verdade objetiva, isto é, quanto a um, se não o aspecto mais importante da inteligência humana. Na verdade, existem vários estudos que não têm encontrado sequer uma correlação positiva entre os dois. Pois, a partir dos padrões de comportamento relativamente comuns, observados em indivíduos "de alto QI", é possível concluir que, o mais provável é haver uma correlação fraca à negativa. Uma boa demonstração disso, do quão pouco correlativos altas pontuações em testes cognitivos e alta capacidade racional devem estar, é pela quantidade de pessoas "de alto QI" (por dedução ou resultado) que se apegam a pensamentos, ideias e/ou argumentos que são desviantes dos fatos, contraditórios, falaciosos, potencialmente injustos... Particularmente aquelas que se tornam defensoras inflexíveis a ideias e pensamentos ditos "de esquerda", mesmo os desvarios mais óbvios, só por serem originários dos seus pares ideológicos. Desvarios óbvios que, diga-se de passagem, compõem uma parte importante das bases das crenças "esquerdistas", tal como e especialmente a negação do papel da biologia no desenvolvimento e comportamento humanos e em suas diferenças. Então, não parece difícil entender porque é improvável haver uma forte correlação entre QI e racionalidade, se os testes, além de serem testes e não exatamente evidências definitivas de inteligência, não avaliam a racionalidade, nem mesmo os "testes de racionalidade" que já foram inventados, se a melhor maneira de avaliá-la é pela qualidade do sistema individual de crenças, do quão firmado em fatos ou evidências e em argumentos ponderados está, por ser mais abrangente do que uma avaliação com base em como nos comportamos em situações hipotéticas e específicas. Portanto, não é possível que pontuações em testes de QI possam refletir níveis de capacidade racional, ainda mais de indivíduos que pontuam alto neles, mas acreditam com profunda convicção que, por exemplo, as raças humanas e as diferenças entre os sexos são apenas construções sociais (basicamente negando o que os sentidos podem perceber, por conformidade ideológica). Ainda vale dizer que, essa aparente correlação entre fanatismo político e QI, não se limita apenas aos que se declaram "de esquerda" ou "progressistas", apesar de parecer que se manifesta de maneira mais dogmática nesse grupo em particular, também por ser firmarem menos no "senso comum", ou no "bom senso" (pensamento lógico-racional) do que seus antagonistas, "direitistas conservadores", se suas crenças tendem a exigir doses extras de auto convencimento do que simplesmente se convencerem pela percepção de fatos (não significa que tudo o que defendem esteja equivocado, intelectual e moralmente, mas isso é verdadeiro para um bocado do que acreditam). 

Another example of a (negative) correlation between IQ and rationality

Why does it seem that a considerable proportion of people "with" above-average IQs declare themselves to be on the left, politically and ideologically? And what does this imply for rationality?

Getting a high score on cognitive tests, a priori, means just that. It means that I knew how to be faster and more precise in solving the proposed questions, which is not very different from being able to solve a Rubik's cube quickly and accurately. And it's also not much different than getting high grades in school or winning chess matches, if they are all examples of using intelligence for a certain purpose, sometimes more specific, other times more general. Still, none of them is complete proof of being/becoming more rational, in the sense of sensible, prioritizing facts, evidence or objective truth, that is, regarding one, if not the most important aspect of human intelligence. In fact, there are several studies that have not found even a positive correlation between the two. Because, based on the relatively common behavior patterns observed in "high IQ" individuals, it is possible to conclude that there is most likely a weak to negative correlation. A good demonstration of this, of how little correlation high scores on cognitive tests and high rational capacity may be, is by the number of "high IQ" people (by deduction or result) who cling to thoughts, ideas and/or arguments that are deviant from the facts, contradictory, fallacious, potentially unfair... Particularly those who become inflexible defenders of so-called "left-wing" ideas and thoughts, even the most obvious nonsense, just because they originate from their ideological peers. Obvious nonsense that, by the way, makes up an important part of the bases of "leftist" beliefs, such as and especially the denial of the role of biology in human development and behavior and their differences. So, it doesn't seem difficult to understand why there is unlikely to be a strong correlation between IQ and rationality, if the tests, in addition to being tests and not exactly definitive evidence of intelligence, do not assess rationality, not even the "rationality tests" that have already been invented, if the best way to evaluate it is by the quality of the individual belief system, how based on facts or evidence and on thoughtful arguments it is, as it is more comprehensive than an evaluation based on how we behave in hypothetical and specific situations. Therefore, it is not possible that scores on IQ tests can reflect levels of rational capacity, even more so of individuals who score high on them, but believe with deep conviction that, for example, human races and differences between the sexes are just social constructs (basically denying what the senses can perceive, due to ideological conformity). It is also worth saying that this apparent correlation between political fanaticism and IQ is not limited only to those who declare themselves "left-wing" or "progressive", although it seems to manifest in a more dogmatic way in this particular group, also because they are less firm in "common sense", or in "good sense" (logical-rational thinking) than their antagonists, "conservative right-wingers", if their beliefs tend to require extra doses of self-convincing than simply being convinced by the perception of facts ( does not mean that everything they defend is wrong, intellectually and morally, but that is true for a lot of what they believe).