terça-feira, 3 de maio de 2016

Uma hipótese porosamente poética, morte e vida metafísica



O universo somos nós
Pequeninos, 

a gritar liberdade num instante 
Numa certa estante da via láctea
A beber na mamadeira até leiga idade


Estamos nós
A sermos vida
Indivíduos, 


soltos neste espacinho de cheiros e de sentimentos 
A viver o nosso ciclo 
Enquanto que,


Somos filhos deste universo
Que um dia também vai morrer


Pra nós 
quando morremos


Ele vai junto 
E renascerá conosco 


A estabilidade é a bruta finalidade da existência 
Pois sem ela, o caos verdadeiro 
Tornaria o existir uma indecência


Nasceremos de novo e viveremos **
Talvez num novo fenótipo ...
Num novo ovo dourado ...
Deja vu,

 daquele gosto salgado de,
Eu já vivi,


Ou será apenas coisa da minha cabeça,
Ou os dois,


Espelhamos o universo
Ele busca aquilo que buscamos 


Da concepção ao ápice 
Do ápice à morte


Idade estendida
A regressão 


Volta a origem
E voltamos

 
Imensidão 


Tudo recomeça 
Mas será a Terra??
Será que a Lua??


Ou será o que será 


Neste corpo ou em outro 
Algumas lembranças nunca morrerão
Elas são eternas 


E por isso
Nós também seremos 


Tentação 


Seremos metafísicos

 sem o corpo a nos imbuir,
essas tarefas evolutivas...


ah não!
Se só queremos o espreguiçar
Queremos vida


A nós mesmos encontrar

e nunca de nós
partir

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