terça-feira, 3 de maio de 2016
O pensamento enfático, tendencioso, teimoso e binário e a metáfora das massas de ar
Alguns são alísios,
Constantes e fracos,
Choram densos e melancólicos,
ou que são menos performáticos,
Em florestas que pulsam no coração do mundo,
Outros são massas polares,
Frios e objetivos,
saem donde o calor perde força,
Vem com neve,
pesado,
Desce o ar,
o faz visível numa manhã de inverno,
Tem o gelo como mensagem,
Persegue a morte de árvores sem folhas,
A frieza de um pragmático caçador,
O lobo sério que não caça por prazer,
Mas por uma teimosia de não sentir outra dor,
Apenas a sua satisfação,
Apenas o seu sobreviver,
Outros são incomuns
Até são previsíveis
Mas costumam aparecer
em momentos improváveis
Parecem o caos
Mas são apenas desordem
Quando a natureza está bipolar
Criativa
Rasga o seu script
Quer fazer o que lhe vier à cabeça
Quer se surpreender
Eis a marca do original
A diversidade do pensar
A super especialização
Provoca alienação
Ventos são os olhares
A se direcionarem
Apenas numa perspectiva
E dela
Tentar em vão
Se extrair toda uma paisagem
Mas confunde-se a metade com uma imagem maior
A flecha do pensamento tendencioso
Que foca apenas n'alvo
Sem perceber o redor
E se voltando
Como a um boomerang
Puxa tudo em volta apenas numa direção
E se equivoca
Sem ver os próprios erros
O caminho parece tão óbvio
Confunde objetivo com pressa
Lógico com racional
Age como a um animal
Com o seu gênio pela metade
Em sua teimosia de não saber
De também ser como a um vento
sem o desejo de se direcionar
deixa se levar
Como a uma borboleta monarca
Destinado a seguir a sua massa de ar
A percorrer o mesmo caminho até segunda ordem
Neste infeliz e por agora eterno fraquejar
De não ter mais que a própria verdade nas mãos
E de não querer a verdade dos outros
Para ter toda ela
como a um sábio
em sua mais comum ação
e de poder de fato escolher
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