sábado, 30 de abril de 2016

A colheita de se ser



todo dia,
o servo põe-se ao trabalho,
a colher os seus dias com as mãos,
a colher sensações,
raízes que podem dar frutos,
de sentir dor ou aquelas emoções,
profundas, 
que nos causam arrepios,
a comoção...

A colheita é um fenótipo,
todo dia é uma vida,
nasce, vive e morre,
se chove ou faz sol,
se na montanha ou se misturando à areia da praia,
se na cidade ou na zona rural,
se se enxergando ou pelo tato do ouvido,
ou por ruelas, por cortiços,

Nos colhemos,
para depois nos devorarmos,
o dia nasce a luz da ilusão dourada
e morre na verdade dum céu d'estrelas,

A lembrança é o blefe do vício,
de se viver,
de querer um início,
e do fim,
se ver,

e perceber que,
o fim é apenas uma palavra,
um começo,
mais iludido estamos 
quando pensamos de fato saber

pela ilusão de tal símbolo,
acreditamos viver
mas nos enganamos com as suas curvas
e promessas
e naufragamos n'além mar,
quando não temos terra firme,
pois não sabemos remar,

colhemos ilusões,
corremos sem parar,
respiramos sem buscar por sua razão,
pelo simples ato de respirar,

A colheita da vida,
é a colheita do ser,
de se ser,
só sabemos porquês,
se rezamos, 
ou na meditação,
ou num simples coçar,
como a um macaco,
que nós somos,
com roupas e um nariz empinado,
fino a soprar pedantes ilusões,

no coletivo da vida,
é ser indivíduo,
de fazer o próprio trabalho,
e de preferência não dá-lo aos demais,
se já é um estorvo este ritual mecânico,
se somos autômatos,
viciados por nós mesmos,

porque estamos em nossos precipícios,
nos segurando,
a mão que nos mantém é de nossos espíritos,
o espelho d'água abriu nossos olhos de tal maneira que,
nos vemos mais
 e queremos o sempre,
mas sempre não existe,
aliás, não se sabe se.

O curioso caso de um neurótico relaxado (???)




Estou pretendendo redigir um texto para comentar sobre os traços comportamentais que compõe a minha personalidade via"big five", um das mais famosas categorizações sobre as características psicológicas dos seres humanos que tem estado em constante circulação pela internet. 

Mas eu estou um pouco preocupado se conseguirei ser bem sucedido nesta tarefa ''árdua''. A 'complexidade' (ou complicacionalidade) de minha personalidade leva a crer que de fato eu terei problemas para finaliza-la (sem falar que não sou muito bom para cumprir promessas desta natureza). Só pra começar, você já ouviu falar de alguém que seja neurótico e relaxado ao mesmo tempo?? Isso faz sentido?? Não seria contra as leis da física??

Eu não sei se eu poderia dizer que sou neurótico da mesma maneira que um diabético tipo I é diabético, mas que nasci com grande disposição para este estado ; desde cedo tenho demonstrado este estado psicológico e que a partir do momento em que acordei para este mundo dominado por estúpidos, insanos e psicopáticos, passei para um estado mental neurótico não-auto-depreciativo, porque rir das desgraças que o ser humano é especial para produzir não me parece muito racional de se fazer, ainda que possa ser instrumental para amaciar este caminho de flores e espinhos.

O mais racional a ser feito em um mundo problemático é de se tornar neurótico porque problemas serão tão prolíficos quanto os filhos daqueles que recebem benesses de programas sociais do governo. 

No entanto eu tenho a leve impressão de que o neuroticismo muitas vezes será acompanhado pela conscienciosidade, isto é, a tendência psicológica para ser responsável para com os seus compromissos diários (dependendo da ênfase ou direção para determinado compromisso). O tipo super certinho é provável de comungar neuroticismo com conscienciosidade. 


Não sei o que isso tem exatamente a ver com o texto mas enfim...
parece que tem, mas eu ainda não encontrei. Voltando...

Se ociosidade fosse um dos cinco traços mais característicos da psique humana eu não pensaria duas vezes em me identificar. O ócio é o meu ópio, eu tenho mais forças para pensar/ruminar e no entanto estou 'muito' fraco para sair do lugar com frequência. Dar um passeio no centro da cidadezinha onde eu moro já costuma ser cansativo.

Parecem existir dois tipos específicos de conscienciosos, o clássico ''certinho'', conformista e preocupado em atender ansiosamente a todas as suas ''obrigações'', e o consciencioso super-específico ou tendenciosamente não-mundano, que enquanto um pensador mais livre, age de acordo com a sua própria consciência e portanto tenderá a ser mais assimétrico ou seletivo em sua conscienciosidade, que pode ser uma coisa boa, média ou ruim.


Pode-se ser neurótico e relaxado ao mesmo tempo?? 



Isto não seria apenas uma das supostas idiossincrasias de minha personalidade auto-declarada singular ou será que é a nossa visão em relação a este fenômeno que está precisando de um melhor aprofundamento??

O ser-ou-não-ser novamente nos vence, sem sequer nos darmos conta. A estupidez é como um craque de futebol dando milhares de dribles por segundo enquanto babamos à espera de alguma sobra e resquícios de dignidade intelectual ou sinestésica.

Eu posso ser neurótico para alguns aspectos ou perspectivas e o completo oposto em relação a outros pontos de observação. E de fato isso parece se consistir na realidade


Adeus binarismo enfadonho! Olá múltiplas perspectivas!!

Por exemplo, eu sou perfeccionista mas não para fazer qualquer atividade de natureza técnica. O meu perfeccionismo se relaciona com a moralidade objetiva, como é o costume entre os mais sábios. Em outras palavras, eu me torno muito mais vigilante, crítico e ao mesmo tempo talentoso justamente no meu epicentro psico-cognitivo, a percepção holístico-qualitativa de pensamentos, ideias, e se possível, ações (consciência estética), em especialmente quando são direcionadas para vieses de natureza moral porque afinal de contas, a moralidade é tudo e sem ela, sem tê-la comigo me influenciando, eu  poderia, por exemplo, estar neste exato momento propagandeando mentiras como muitos fazem e ganham muito com isso.

Quem se conhece e portanto se ama de maneira racional, será muito mais propenso a reconhecer as suas próprias forças e a direcionar as suas vidas para alimentá-las, que muitos chamam de talento. Claro que o talento não se dá apenas pela ênfase qualitativamente construtiva em relação às forças ou potenciais positivos mas também em relação às fraquezas e talvez se possa afirmar categoricamente que o talento só pode ser plenamente desenvolvido até mesmo ao ponto de transformar-se em gênio, a partir do momento em que, forças e fraquezas forem consideravelmente entendidas e respectivamente trabalhadas, isto é, neutralizando a segunda e expandindo a primeira.


Eu estou muito calmo em meu interior e no entanto em relação ao mundo humano exterior, extremamente estúpido, eu me transtorno em um tipo tipicamente neurótico. No entanto, as emoções negativas ainda que obviamente me afetem, não o fazem a ponto de se misturarem com a minha essência, como antes acontecia. Uma típica constância neurótica terá como resultado esta promíscua mistura entre o verdadeiro ser e os fenótipos (interação entre ser e espaço) que colhemos todos os dias e ''preferencialmente'' os negativos resultando na ''contaminação'' enraizada desta ''negatividade''. 


Neurótico psicoticista .... ou ... sem paciência pra burrices bizarramente óbvias


Se você está ou tem estado em uma constância neurótica, os profissionais da saúde mental lhe diagnosticarão como, sei lá,

- bipolar,
- depressivo,
- negativo ('você precisa de ''positividades'' ')

... e muitas vezes sem tentar entender realmente o que está se passando contigo, o porquê de estar agindo assim e mais, se não fazem sentido o seu estado.

As personalidades, segundo a psicologia, são fenótipos espectralmente reduzidos de comportamentos ou estados emotivos constantes ... . A extroversão, a introversão, a timidez, etc

Estados estes que podem ou não ser revertidos, e que geralmente será uma ''reversão'' parcial e quase nunca total.

Tudo aquilo que emanamos, isto é, que vem de nós, as nossas respectivas expressões (re)ativas, tem alguma carga de naturalidade ou origem-do-ser, que muitos chamam de ''genes'' ''influência genética'' ou genômica. 

No entanto, assim como acontece com a maioria das palavras abstratas, estes estados da mente, constantes (clima ou personalidade) ou efêmeros (tempo ou comportamento), que também são abstratos, estão destituídos de valores morais mais específicos ou precisos, pois precisam da contextualidade ou fenótipo ser-espaço para que possam ser devidamente moralizadas ou qualificadas.

Eu sei que o neuroticismo é uma constância em ideações/emoções/etc negativas. Mas precisa estar direcionado pra algum lugar, isto é, é preciso ser mais claro sobre esta relação ser e espaço. 

No entanto, por outro lado eu estou bem relaxado, cínico quando posso, divertido, quando posso ou devo. 

Pode ser um caso curioso, pode ser apenas uma observação mais precisa e portanto menos vaga sobre esta fissura idiossincrática e aparentemente atípica de minha personalidade... ou pode ser os dois. 




O aprender: perceber, aceitar e internalizar....



O famoso estereótipo equivocado do aprendizado: ''você precisa ler mais...''

Mas o mais importante é o perceber ....



O verdadeiro aprender se consiste em 3 etapas:

- o perceber,

- o ACEITAR,

- e o internalizar...

claro, informações que forem corretas.

Perceber é o primeiro passo para o aprender, todas as 3 etapas propostas são importantes em suas respectivas áreas, tal como uma produção ao estilo fordista, um precisa do outro para que possa resultar no produto final.

Mas o ponto crítico parece ser justamente no aceitar, quando nos deparamos com muros enormes que chamamos de ''preconceito cognitivo''. Quando precisamos abdicar de nossa própria natureza (histrionicamente falando, é claro) para aceitar certa verdade ou possibilidade factual.

E claro que as verdades mais dolorosas (ou descompensadamente dolorosas, isto é, um exagero de nossa parte) costumam ser aquelas que tendem a comunicar diretamente com as nossas realidades pessoais.

Por exemplo, dizer a um negro que o grupo ao qual ele ''pertence' é/está o mais (curto prazo) violento,

ou para uma mulher que as mulheres tendem a ser menos lógicas que os homens em alguns aspectos,

ou a uma pessoa que está acima do peso que a sua condição é proto-patológica (dependendo é claro do tamanho) ou que obesidade tende a se relacionar com baixa inteligência cognitiva.

É por isso que as ciências humanas são tão complicadas, porque o ser humano já é assim, bem complicado.... e em especial quando complica aquilo que deveria ser mais simples de entender ou melhor, de aceitar.

Portanto, o ACEITAR é o divisor de águas entre o aprendizado e a apreensão e também tende a se relacionar com conhecimentos que são puramente cognitivos ou impessoais, como a física ou a matemática. Há de se ter empatia e reciprocidade para que se possa perceber, aceitar ou tomar como importante/verossímil e finalmente, internalizar para que possa recobrar esta informação quando achar mais conveniente. 

O aceitar significa que você está transformando uma percepção, correta, meio correta ou equivocada, em sua realidade e que a partir disso passará a operar ou a enfatizar com base nela especialmente quando for exposto à (nano,micro,macro) realidade que for mais condizente, utilizando-se desta informação para interpretá-la. 

Nós vemos, interagimos com as verdades e as interpretamos de acordo com os nossos respectivos arcabouços de apanhados e/ou achados, isto é, informações.

No entanto o real aprendizado e a partir desta macro-perspectiva perceptiva será aquele que estiver mais correto ou refletível (o espelhamento perfeito, descrever perfeitamente aquilo que se ''vê'', que se percebe) em relação à realidade condizente. E o aprendizado ideal na maioria parte das vezes nunca será 100% correto porque quase sempre haverão mais coisas a serem descobertas sobre esta realidade particular. No entanto, o simples fato de ter alguns fatos em mãos já deveria ser motivo para estar seguro ao menos em relação a este pouco que tem. No entanto, é do feitio do estúpido mas também paradoxalmente do trans-bordante criativo, de pular etapas racionais de reconhecimento exponencialmente perfeccionista de um fenômeno e especialmente aqueles que são de natureza abstrata ou inter-relativa. A própria ''religião'' ou melhor, cultologia, já se consiste neste pulo de etapas.

Todo mundo apreende, aprender é bem menos comum e portanto, ensinar também será difícil. 


''Empatia'' cognitiva específica...



A verdadeira e precisa leitura da mente....


''Eu não consigo entender a maldade''

Muitas pessoas realmente boas gostam de dizer isso e de fato muitas delas não compreendem como que muitas outras pessoas podem ser más.

As pessoas de mentes mais parecidas são mais propensas a se entenderem do que aquelas com mentes discrepantes. Um empata extremo e neste caso, ''puro'' de uma constância em pensamentos maledicentes, pode ser realmente incapaz de compreender os mecanismos cognitivos que produzem comportamentos anti-sociais. 

Mas parece simples de entender. 

Nós temos aqueles que andam na linha e aqueles que se aproveitam destes primeiros para andar fora da linha e arriscarem manobras rápidas, eficientes e de baixo esforço pra serem bem sucedidos. 

Todo o tipo de crime que tem como finalidade o enriquecimento ou aumento exponencial de vantagens pessoais se consiste basicamente no ''conquistar algo de valor mundano mas sem se esforçar''. O rico que fez o seu patrimônio sozinho versus o criminoso que deseja o mesmo mas fazendo o mínimo de esforço possível.

A capacidade de entender o outro precisa de uma similaridade de mente. Do contrário, é provável que conflitos inter-pessoais das mais diversas naturezas possam se suceder nesta hipotética e rarefeita relação.

A partir daí eu regrido a um aforismo que parece atípico por sua precisão....

''Para entender a mente de uma pessoa ruim, você precisa ser um pouco-a-tão ruim quanto ela''

E é a partir deste ponto que escreverei em breve um texto mostrando que ao contrário do que muitos pensam, os psicopatas e especialmente os mais prodigiosos, podem e geralmente serão MUITO criativos, justamente por serem capazes de pensar em mais de uma perspectiva moral, de compreenderem esses dois mundos, daqueles que seguem a linha, daqueles que não o fazem e claro, dos outsiders.

Precisão semântica: cultologia sim.... ideologia não....



Eu já usei o termo ''dogmalogia''. Este esteve bem perto do termo que criei para dissociar  ideologia, filosofia ou sabedoria, que tem pouco a ver com todas essas sandices esquizofórmicas de sempre. 

Mas agora eu encontrei um termo que é semanticamente PERFEITO

CULTOLOGIA 

O estudo do culto

Pronto, acabou!!

Dogmalogia: o estudo dos dogmas. Chegou bem perto mesmo, mas nada parece resumir de maneira tão eficiente e correta do que este neologismo, principalmente porque dogma é uma palavra abstrata e pode ser ruim ou bom, dependerá do contexto/moralização. Cultologia deixa bem claro, bem explícito o que quer dizer.

Cultólogos, que ou aquele que estuda sobre cultos.

Sim, porque ''religião'' de verdade não pode ser culto. 

A verdadeira religião não pode se reduzir ou se limitar à uma pobreza de detalhes e achismos, não pode ser contraditória, pois se consiste em um das buscas mais importantes da espécie humana, a incessante procura por uma razão definitivamente lógica sobre o fundamental por que, de TUDO isso.

Ideologia eu já expliquei em um texto anterior diretamente relacionado ao assunto no que realmente se consiste, a partir de seu conceito mais puro e portanto correto.

A natureza extremamente primitiva de um zumbi



O zumbi não pode reconhecer a própria condição,
pois lhe falta autoconsciência,
lhe falta razão,

ele pode se ver no espelho,
mas não pode aceitar os próprios erros,
claro que,
oriundos de seus defeitos,

e se não tem o básico da inteligência complexa,
então não poderá desenvolver o autoconhecimento,
e especialmente se for de maneira espontânea,

O zumbi pode reconhecer aqueles que lhes são iguais
 e os que lhes são diferentes, 
porém, 
não pode reconhecer a sua própria individualidade,
enquanto um ser único, 

pois exibe uma grave falha na construção de sua personalidade,
esta
 que necessita da extrema necessidade de se conhecer a realidade,

se somos parte dela, 
se somos um contínuo, 
hermeticamente fechados, 
dentro de nossas clausuras existenciais, 
mas o que temos dentro de nós, 
também existe lá fora,

portanto quem não conhece a realidade,
 em sua base mais simples e evidente, 
conhecerá pouco de si mesmo,

pois aquilo que expressa, 
será uma mistura entre a própria identidade e a percepção internalizada,
o seu entorno,
e o transformará em um trans-torno,
torna o círculo do tolo,
a girar em torno de si mesmo,
cometendo os mesmos erros,
acreditando em milagres,

esta promíscua mistura entre a essência interior e a existência exterior,

o que chamamos de cultura,

 que pode ser chamado de fenótipo essencial,

do ser 

e do seu cenário de experiências,

se internalizamos distorções como se fossem reflexos perfeitos,
nos tornaremos caricaturas deste malfeito,

o zumbi é menos do que um ser, 
do que um indivíduo,
porque se transtorna em uma propriedade,
é um ser coisificado,
 uma máquina orgânica que foi programada para responder sempre da mesma maneira, 
como uma linda caixinha de músicas, 
ou como um boneco moderno, 
com todas as suas multi-funções,
 um autômato,

é artificial por excelência,
pois não expressa a sua verdade,
 apenas a sua vaidade,
uma clara distorção da essência,
é o fenótipo d'um quadro abstrato,
e digamos, d'um ''artista'' falsário,
que não é um realismo pintado,
quer forçar o seu falso puritanismo,
quer pichar os muros com a sua verdade,
que na verdade, nem sua é,

é só um arremedo de lógica,
 faz sentido,
como a tudo o que existe,

mas não é racional,

faz sentido em sua fração,
mas é ridículo em sua totalidade,

e se fosse tocada pela luz da razão,
por seu brilho indiscriminado,

pois a tudo olha, 
ou ao menos tenta,
encharca com os seus olhos a tudo o que vê,
e justamente por isso,

tem ao menos a chance de decidir pelo melhor,
por ver todos os lados,

e procurar pelo melhor lugar para ficar,

passar uma gostosa tarde de preguiça e literatura,

o deleite da vida, 
desta passagem imoral,
deste sem-sentido
e em busca de um,
consciente ou não,

ou de brincadeiras,

desenhando as nuvens com os dedos,
ou o pensar n'absolutamente nada,

apenas vivendo,
a ação mais literal, 
de ouvir o próprio respirar,
de sentir-se,
de celebrar,
enquanto dá,

o zumbi não fala sobre si, 
na primeira pessoa, 

não confunda o ''eu'' de um zumbi, 
não o é, 

ele o apropria para o seu próprio narcisismo,
e o usa para expressar o seu estado intelectualmente vegetal,

o zumbi é o escravo de si mesmo,
o completo oposto da consciência,
a des-consciência,

é vítima de uma droga natural que todos nós temos,
e que se muito alimentada,

nos transforma em demônios auto-penitentes,
em seus escravos, em seus agentes,

que perderam as suas almas,
e vivem ausentes de si mesmos,

perderam os seus eu's,
as suas autenticidades,

se transformaram em produtos,
como soldados de qualquer partido,

como bonecos bonitos,
impecavelmente repetitivos por fora,

extremamente confusos por dentro,


sobre as suas ideias, sobre os seus preconceitos,

sobre os seus reais defeitos, 
os mascaram como se fossem feitos,

porque ele se transformou em um propagandista, 

perdeu também o seu espírito,

o seu senso de crítica

 e especialmente o  de auto-crítica,

é levado por seu culto, 

e não mais por seus próprios pés,

entrou em um estado de transe,

 se tornou obsoleto mas se diz a favor do progresso,


o seu pensamento deixou de ser fresco e aberto para melhorias,

como uma casa velha, 

que teima em continuar suja, 

com teias no teto, 

a escadaria podre,

 e o brilho escuro d 'abandono,


o zumbi cultológico se abandonou, 
se antes já não sabia muito de si mesmo,
agora então, 
está mais perdido do que nunca,
do que cego em tiroteio,

ele é em si ou por si
 uma tentativa de liberdade, 
de emancipação,

quer ser mais do que é, 
mas ninguém pode ser,
apenas o trans-tornante criativo que o faz,
e muitas vezes também se perderá,

por isso que comprou à vista esta sua carta de alforria,
se libertou,
da sanidade,
parece agora um trans-humanista,
mas é um dis-humanista,

é apenas um louco 
e sem ser vívido,

por isso se passa como normal,

diz absurdos com a mais absoluta calma,

sua mente se abriu,
e de nada dela saiu,

ele não investiga,
é investigado,

ele não pergunta,
não procura por respostas,
são elas que o caçam,
ele é passivo,

sempre tem raposas à espreita, 

não perdem tempo de convocar os primeiros tolos que avistam,

elas lhes alimentam de suas próprias inseguranças,

claro, 
como bons comerciantes,

lhes mostra um espelho mágico,

onde os defeitos não são refletidos, 

o espelho só mostra o ego,

pois quem é muito teimoso
 e por grandes tolices,

tem muito ego para queimar
 e pouca realidade para tocar,

tudo é sobre a sua vaidade,
 mesmo quando diz que não há,

tudo é sobre auto-afirmação,
 para então, 
se reafirmar,

perante, rente aos ...,

e por isso, se tornam caos,

quando se expressam, 
apenas pelo expressar,
de se mostrar,

e compram esta falta de responsabilidade,
 como se esta
fosse uma grande verdade,

a maior revelação do reflexível sobre o zumbi,
 é que ele é refém de si mesmo,

a maior revelação para o irrefletido, 
o zumbi,
é a de que se transformou em um próprio Deus, 

onde o sábio vê escravidão,
o zumbi vê a sua liberdade...










sexta-feira, 29 de abril de 2016

Intuição pura (não sabe como) e intuição parcial (apreensão de detalhes)




Tive uma percepção -da- percepção um dia desses. Foi a ideia metafórica de associar a tragédia do Titanic com a farofada da decadência ocidental atual que me veio de uma maneira puramente intuitiva, isto é, sem ter qualquer conhecimento de sua origem, de como que cheguei a ela, ou que ela chegou até mim. Foi com certeza uma intuição pura. Em compensação ''ontem'' eu tive uma intuição parcial, isto é, eu estava ruminando sobre um certo assunto e me veio uma nova maneira (ao menos pra mim) de se pensar sobre ele. Intuição pura é mágica, misteriosa e avassaladora. Algumas de nossas melhores ideias, versos ou pensamentos vem justamente por ela. Em relativo contraste, a intuição parcial não parece ser muito impressionante ainda que seja instrumentalmente fundamental de qualquer maneira.

A intuição parcial parece se relacionar com a apreensão de detalhes ou reconhecimento de novos padrões advindos de um esforço mental direcionado anterior. Isto é, parece que se consiste em um exercício mental sistematicamente reflexivo, pensar várias vezes e objetivamente sobre o objeto de interesse até tropeçar em alguma nova associação.



A metáfora do Titanic para explicar a decadência auto destrutiva, leia-se, o eterno dramalhão, do ocidente e a disposição das classes sociais



Salvem os (ocidentais/brancos/judeus) ricos, 

afoguem os pobres (?????)

Deixem as classes (brancas) trabalhadoras serem devoradas pelo mar gelado do norte (massas vibrantes do sul) e acomodem os ricos em seus botes...

Titanic versão Televisa!!!


um dramalhão....




É mesmo um dramalhão tosco toda esta bobagem que o sub-humano é prodigioso pra praticar...

o seu eterno besteirol...




Campo de concentração psicológico ou culpa branca atemporalmente generalizada (todos os erros do passado, do presente e do futuro são ''da'' raça branca ou indivíduos brancos)


O POLÍTICA-mente correto é uma campo de concentração psicológico onde todos os brancos comuns foram jogados.

Uma prisão do pensamento, como muitos sabem...

É uma metáfora muito útil e atrevida pois reverte a posição de oprimido e opressor, e de fato é justamente o que está acontecendo...

o opressor é um certo povinho que nunca aprende....

Qual é o grau de "herdabilidade" da heterossexualidade..



Alguns blogueiros daquela comunidade que eu decidi parar definitivamente de visitar e interagir, acreditam que o grau de herdabilidade de alguns traços quase que totalmente universais entre os seres humanos seja de.... 0%... mas 0%???? Por que?? 

Pelo contrário. Por exemplo. Nascer com dois olhos. Eu penso que só pode ser 100% "herdável" ou "herdabilitável" (de acordo com a "herdabilidade", diferente de hereditariedade). 


Todos os irmãos gêmeos univitelinos, bivitelinos e os que não são gêmeos, é muito provável que nascerão com dois olhos, um nariz e uma boca... 100% (110%) ''herdáveis''...

E sobre a heterossexualidade...


 Qual que seria o percentual de herdabilidade, nomeadamente entre os gêmeos idênticos, para este "traço"?? 

Eu também poderia pensar no tipo de heterossexualidade, sim porque não existe apenas um único tipo de heterossexualidade....

 Estamos falando de espectros, de gradações de uma expressão

Qual que seria a proporção de herdabilidade entre gêmeos idênticos para os diferentes tipos de heterossexuais?? 

Voltando um pouco a primeira ideia. Qual que seria o grau de herdabilidade do comportamento sexuado????


 Mesmo o mais assexuado dos seres humanos sabe que pertence à uma espécie de reprodução sexuada. 

Parece existir uma hierarquia espectral ou um outro espectro, entre os traços universais que também são encontrados entre os seres humanos e aqueles ''traços'' que são 'exclusivamente'' humanos. Em que ponto deste espectro ''traços universais'' x ''traços 'exclusivamente'' humanos'' que se situaria a sexualidade?? E as gradações desta expressão?? Todos os seres humanos, gostando ou não de fazer sexo, precisam se reproduzir uns com os outros, obviamente, para que possam passar os 'seus' genes adiante. Portanto, a sexualidade 'ou'' reprodução sexuada será universal ((obviamente)) entre os seres humanos minimamente saudáveis, mas não será universal entre todos seres vivos. Também percebe-se que a composição sexual coletiva média (sexual-tipicalidade) variará entre as espécies de reprodução sexuada, no que tange ao ''sexo dominante'', por exemplo.

Qual é o grau de herdabilidade da sexualidade entre os seres humanos via gêmeos idênticos (que em sua totalidade não serão de clones)? 100%? Claro né (risos)...


E da heterossexualidade total?? (0% de atração sexual pelo mesmo sexo) E da(s) predominante(s)?? (alguma atração sexual, apenas ''atração sexual'', independente do sexo, ou tolerância, por exemplo, de conseguir transar com uma pessoa do mesmo sexo, ainda que não o desfrute de maneira espontânea, é capaz de fazê-lo, sentir prazer e gozar.)

Qual é o grau de desconcordância sexual entre os gêmeos idênticos??


 Isto é, qual é a proporção de pares de gêmeos idênticos em que um é predominantemente heterossexual e o outro é predominantemente homossexual?

- Diferentes posições dentro do ambiente uterino, 

- Diferentes cargas hormonais recebidas assim como também de nutrientes dado pela mãe,

etc....


(Se existem traços desconcordantes entre gêmeos idênticos, então isso significa que eles não são tão clones assim como muitos devem pensar ..., ao contrário da ideia anterior e fortemente tendenciosa, em um sentido prejudicial ou negativo, que ''os traços'' onde foram encontrados menor herdabilidade, sejam essencialmente de natureza patológica).







Esta imagem acima nos diz que ao contrário da porcentagem fixa ''20%'', a variação de concordância de herdabilidade entre os gêmeos idênticos para o comportamento homossexual tem variado entre 20 e 52%...


Parece que o ''grupo'' que eu parei de seguir e de interagir (hbd) apresentam esta tendência para interpretar rigidamente os dados estatísticos que tem em suas mãos. Semelhante à mensagem fixa e vaga, ''qi asiático=105'', ''qi euro-caucásico=100'', ;)

Uma pré-conclusão fixa e vaga sobre um certo assunto, a repetição da mesma e com adendos visualmente pretensiosos e tendenciosos.

''Homossexualidade é radicalmente anti-darwiniana. Portanto, 'não pode' ser geneticamente transmitida''.

....

Parece que não sou só eu que estou confundindo hereditariedade com herdabilidade...


Neste texto, um estudo, infelizmente sem fonte, encontrou que 30% daqueles (daqueles quem* quantos* em que condições precisamente falando*) que nasceram sob o grande stress da ''batalha de Stalingrado'', na segunda guerra mundial, uma das piores de todos os tempos, se ''tornaram'' homossexuais na vida adulta. 

Mães mais naturalmente estressadas (maior agressividade** maior testosterona**)  ((( razões biológicas))) podem ser mais propensas a se casarem com homens, mais calmos (menos testosterona**) e a ter uma maior proporção de filhos sexualmente heterogêneos....

Isso pode acontecer também no caso ambientes mais estressantes** Mas aí neste caso, como que o temperamento da mãe poderia influenciar na biologia do filho* 

Ou estaremos regredindo novamente à ideia lamarckiana**

É da forma (genes) que se expressarão os ecos de sua constituição, leia-se, comportamento.

Outras possibilidades podem ser levantadas. Por exemplo, a proporção de casais geneticamente propensos a ter filhos sexualmente heterogêneos naquele ambiente altamente estressante que foi a cidade de ''Stalingrado'', atual Volgogrado, mas eu não duvido que fatores ambientais  possam e geralmente influenciem de alguma maneira em nossas respectivas composições biológicas e em especial aqueles com maiores suscetibilidades bio-metamórficas.




''Medianizar'', um ''novo'' verbo ou uma nova aplicação ....




Generalizar não!!

eu estou apenas medianizando...

Generalizar é tomar um caso como se representasse todos os casos de um certo fenômeno, nomeadamente neste caso, grupos. 

Medianizar se assemelha com generalizar porque ambos tomarão a média como objeto de potencial escrutínio. No entanto, o ''medianizar'' não generalizará a média como se representasse o todo, mas apenas como a média, partindo da óbvia porém esquecida ideia de que ''metade não é um inteiro'', as coisas são aquilo que elas são, e nada mais. A precisão semântica não tem como finalidade ''apenas'' a precisão da interpretação em relação aos significados das palavras e o seu melhor uso subsequente, mas também, como reverberação lógica, no melhor entendimento da realidade, se navegamos por este mundo com o auxílio muito importante das palavras. 

Portanto, ao falarmos ou quando estivermos enfatizando a média, por exemplo, do comportamento de um certo grupo, estaremos medianizando e não generalizando. Especialmente porque geralmente as exceções provam as regras, porque se são exceções então as regras serão... regras, tal como um inteiro é um inteiro.

E zé-fi-ni!

quinta-feira, 28 de abril de 2016

Os ateus são menos lógicos do que os crentes quanto ao assunto Deus* (deus leia-se = humano, geralmente branco, com cepas nórdicas, com chinelos, cabelos grandes e um sorriso maroto)*




https://americanvision.org/12630/atheists-embarrassed-study-proves-atheism-uses-less-brain-function/

A oposição do momento, isto é, os conservadores, também gostam de fazer lambanças ''em nome da ciência''. Esta pesquisa acima é um exemplo. Conservadores e (socialmente) liberais se parecem, em média, muito mais do que o senso comum permite notar. Em termos essenciais, os dois grupos são muito mais próximos do que em relação aos verdadeiros pensadores independentes e coerentes, justamente porque para ambos os casos, existem filtros extremistas que distorcem a realidade, como ela é, como ela vem. 

Conservadores e (socialmente) liberais devem achar que a realidade é como água suja que precisa ser decantada para que possa ser então consumida.

Eu posso concordar sobre uma série de verdades negativas sobre ''ateus/agnósticos'' 'mainstream', que são geralmente proferidas por seus algozes mais interessados neste tipo de escrutínio neurótico particular, mas não posso compactuar com o que foi, me parece, erroneamente proposto nesta pesquisa. 

Que se auto declarar ateu ou agnóstico não previne ninguém de continuar a chafurdar na lama da estupidez, disto eu não duvido. Mas que, além de não prevenir, ainda colocá-lo em uma situação pior do que dos ''crentes em 'Deus' '' ou teístas (em média), me parece que está definitivamente equivocado de se supor, não em seu todo e principalmente em relação ao pensamento lógico específico. Pois bem, foi o que essa pesquisa sugeriu. 

Os cientistas envolvidos neste estudo encontraram que, quando ateístas e teístas são forçados ou persuadidos a pensar sobre ''deus'', os primeiros exibem menor atividade nas regiões cerebrais que estão relacionadas com a lógica e a resolução de problemas, se comparados com os teístas analisados. 

Isso significa que os teístas são mais lógicos que os ateus e agnósticos**

Calma lá, a pesquisa parece que foi feita com um grupo pequeno de pessoas. Mesmo que fosse comprovado uma supremacia da cognição teísta, MUITAS VEZES, o que mais importa é a qualidade dos PENSAMENTOS e não das pessoas, que são veículos dos mesmos. Portanto, muitas vezes, a qualidade da mensagem é que valerá mais do que a qualidade do seu mensageiro ou guardião.

Nada impede que um estúpido consistente tenha momentos de lucidez e diga verdades potentes. 

Voltando ao cerne da pesquisa. 

Eu encontrei a seguinte proposta pré-conclusiva para este paradoxo encontrado.

Quando os ateus e os agnósticos são persuadidos ou forçados a pensar sobre a ideia de Deus, eles tendem a dar menor importância ao assunto, resultando em:

menor atividade cerebral nas regiões que estão encarregadas pelo pensamento lógico.

Como o assunto não parece despertar paixões entre ateus e agnósticos, então, eu interpretei que justamente por isso, eles tenderão a gastar menor tempo desenvolvendo teorias, porque afinal de contas, eles, e em especial os ateus, simplesmente não acreditam na existência de Deus e muitas vezes, mesmo na existência de qualquer força sobrenatural ou sei lá, consciente.

Mas o tolo que redigiu o texto do link pensou que pelo fato de exibirem menor atividade cerebral nas regiões encarregadas pelo pensamento lógica 'e' de resolução de problemas, ateístas/agnósticos seriam menos lógicos do que os teístas sobre o assunto ''Deus''. Eu apenas deduzi que eles apenas não dão muita importância e em especial quando estão plenamente convencidos quanto à inexistência de Deus. 

Se você é colocado para pensar sobre um assunto

- que não te interessa

- que considera resolvido

... então será potencialmente provável que não dedicará um maior esforço mental (e a nível cerebral, obviamente) para abordá-lo.

Pergunte para um teísta o que é Deus e os mais verbalmente inteligentes e afoitos até poderão derramar verbos poeticamente condensados de ''amor'' sobre o tema.

Agora pergunte para um ateu/agnóstico, de preferência do tipo mais comum ou 'mainstream'. Se for especialmente o típico ateu, é provável que não derramará muito vigor intelectual para falar sobre o assunto.

O assunto Deus tem uma carga emocional principalmente para os teístas genuínos, enquanto que tenderá a ser um assunto tolo, vencido e resolvido, para uma possivelmente importante parcela de ateus típicos.

E voltando àqueles pensamentos que expus rapidamente aqui mas também em outros textos. Muitas vezes o que mais importa são as ideias corretas e não os mensageiros/guardiões delas. Muitas ideias corretas são desprezadas por uma proporção vulgarmente significativa de pessoas que são mais ''cognitivamente inteligentes''. Claro, porque o seu tipo de inteligência tem como epicentro qualitativo o uso puramente cognitivo do cérebro, e colocando em uma posição periférica o pensamento reflexivo, o pensar sobre o pensar, caminho para a sabedoria, muitas dessas pessoas cometerão ao longo de suas vidas muitos erros de lógica-dedutiva e pensamento crítico-analítico, caminho para a racionalidade, alguns degraus abaixo da magnânima sabedoria.





Razão e rasão , apreender e aprender e a metáfora da mira perfeita para explicar a trans-ordem de alto nível ou gênio




Para ter RAZÃO (de estar certo) é preciso ter RAZÃO (sabedoria no julgamento)

Rasão, com s, ainda que possa ter outros significados, neste contexto, eu defini como uma razão/motivo vaga ( objetividade subconsciente) e portanto que será potencialmente equivocada. É a  impressão tomada enquanto razão. Isto é, o pensamento desordenado, salpicado de ''achismos'', uma impressão, tomado como um pensamento conclusivo, perfeito (ou perfeccionista), reflexivo, sábio...

Razão se relaciona com aprender,

''rasão'' se relaciona com apreender.

A maioria das pessoas sempre apreendem, aprendizados são raros, especialmente fora da ''zona de conforto'' de cada um ... e mesmo ''dentro'' dela. 

Os aprendizados predominam dentro do espectro que se relaciona com o epicentro individual/pessoal de forças psico-cognitivas. Quanto mais distante ou periférico deste centro, menor será a proporção de aprendizados e de potenciais aprendizados e maior será a proporção de achismos tomados como certezas perenes e definitivas.



A capacidade para

- entender a si mesmo, exponencialmente muito bem (auto-aprendizado),

- e especialmente as suas forças psico-cognitivas ou sinestésicas, isto é, a partir de uma grande consciência estética, 

... já parece ser muito rara. Agora, imagine se além deste fator também tivermos uma grande inteligência lógico-dedutiva (direcionada para qualquer atividade específica, não apenas matemática, lembre-se, lógica não é apenas fazer contas)  + criatividade... que tendem a se auto-repelirem...

Todos tentam, subconscientemente ou nem tanto, acertar o alvo do autoconhecimento, no entanto, a maioria terminará retirando impressões de si mesmos e passando a operar por definitivo a partir destes auto-achismos. Poucos que se dedicam a tentar entender a si mesmos, e num exponencial requinte de qualidade. E muito poucos que definitivamente acertarão em cheio no (auto)-alvo... 

Inteligência intrapessoal (que parece ser muito rara), inteligência lógico-dedutiva mais criatividade... e sem falar na possibilidade de encontrar o caminho certo e de expor o trabalho.... 


Inteligência interpessoal parece relativamente abundante. Em compensação, a inteligência intrapessoal parece rara.

Ou, a verdadeira inteligência interpessoal (ou emocional) pode estar sendo confundida com outros aspectos, menos qualitativamente intimistas, como as muitas vantagens de estar dentro do espectro predominante de temperamentos e motivações intrínsecas.




A bailar com o essencial



Sem todo esse torpor
A embalar sonhos rasos

Sorri,

 quando deve 
Ri, 

algumas que serão gargalhadas

Sente o frio da tristeza
Chora por dentro 
Se limpa

Mas sempre volta neste frenesi

Interage direto d'alma
Quando se está demasiadamente profundo

 
A amálgama do ''equilibrado'' 
A sua falta

de pura energia 
De sentimentos 
De percepções 
De nostalgias
Ou de previsões

Vive por certezas vagas

Profunda a mente
Só sabe que tem o essencial
Ilusões da máquina humana 
Lhes são apenas ilusões, serpentes
prefere correr pelo madrigal

Toca a única e verdadeira realidade
e está só 

Por ver demais 
Por sentir demais

São poucos os que realmente vivem neste planeta
Neste espaço 
E neste tempo

O transe da ignorância é poderoso 
Ainda estão lá, brincando...

como crianças

E adultos são os outros
A lamentar por esta vida linda e cara

Por toda uma responsabilidade
E de pouco fazer 

Covardia ou fraqueza
A escolher 

Porque o básico é essência 
É pouco
Mas é fundamental 

É sabedoria 
Neste vale de cegos
De iletrados

Poucos podem ler as palavras de Deus
Ignoram o importante
Se afundam no frugal

Estão abençoados
E cá entre nós
Errantes
Errados


No sobrenatural, 
Que é
 esta bendita mente insana
Ainda capaz de profunda razão 

Eles se afogam lá em suas fantasias
Nós aqui, com esta realidade vadia
A nos trair, nos apunhala de esperanças

De nos viciar 
Por esta paixão 
Queremos tanto a vida
Que não queremos perde-la jamais

O melancólico ama tanto 
Que o fim da beleza
O destrói 

A beleza de ver beleza
De saber viver 

E de não entender o partir 
Pois não o quer 
O seu bem querer é sempre ser 

Mas sempre e ser
não condiz

Se para ser 
É preciso padecer
E morrer 

Se ser não é eterno
O que será que deve ser

O que o ser deve ser

Corroer-se é o ser
ver o tempo se deixar
nascer,
crescer,
se desenvolver,
tudo, 
no fim,
é apenas o sentir

somos acúmulo do tempo
somos livros mágicos
acumulamos, 
para depois parir a própria morte

não ver,
para crer,

crer no absurdo,
a principal fé

esmorecer 
crendo que tudo faz sentido

quando não faz 

a única esperança
é saber
que ninguém sabe

quando é que se saberá

talvez eu nem queira estar aqui
pra ver

pior será se,
sabermos ainda mais,
e este saber for decepcionante

fará ainda menos sentido