sexta-feira, 29 de abril de 2016
Intuição pura (não sabe como) e intuição parcial (apreensão de detalhes)
Tive uma percepção -da- percepção um dia desses. Foi a ideia metafórica de associar a tragédia do Titanic com a farofada da decadência ocidental atual que me veio de uma maneira puramente intuitiva, isto é, sem ter qualquer conhecimento de sua origem, de como que cheguei a ela, ou que ela chegou até mim. Foi com certeza uma intuição pura. Em compensação ''ontem'' eu tive uma intuição parcial, isto é, eu estava ruminando sobre um certo assunto e me veio uma nova maneira (ao menos pra mim) de se pensar sobre ele. Intuição pura é mágica, misteriosa e avassaladora. Algumas de nossas melhores ideias, versos ou pensamentos vem justamente por ela. Em relativo contraste, a intuição parcial não parece ser muito impressionante ainda que seja instrumentalmente fundamental de qualquer maneira.
A intuição parcial parece se relacionar com a apreensão de detalhes ou reconhecimento de novos padrões advindos de um esforço mental direcionado anterior. Isto é, parece que se consiste em um exercício mental sistematicamente reflexivo, pensar várias vezes e objetivamente sobre o objeto de interesse até tropeçar em alguma nova associação.
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