quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

O mecanismo biológico da homossexualidade: Ordem de nascimento mas também em relação a maioria se não todo os outros casos



'Incompletude''

Todos os fetos humanos são femininos ''ou'' sexualmente neutros até um certo período da gravidez quando ''alguns'' deles passam a sofrer a ação mais significativa dos hormônios "masculinos" tornando-se em homens. No entanto existe um provável espectro de funcionamento em que certas características femininas permanecerão dominantes no feto que se tornou fisiologicamente masculino, por exemplo, algumas características femininas do cérebro. Voi laa!! Está feita a diversidade sexual em comportamento...

É possível que tenhamos herdado logo depois de nossa concepção um manual de procedimento sobre como que nos desenvolveremos até o nosso parto (ou não, ;) ) em condições intrauterinas normalmente salubres. Estressores ambientais podem afetar o desenvolvimento normal do feto provocando perturbações nas diretrizes de sua composição ou arquitetura fenotípica/genética (ou não, ;) ). Mas pode-se sugerir que todos os fetos estejam sempre expostos a toda a sorte de estressores e que portanto, mais do que influencias ambientais, também pode ser possível que disposições biológicas tenham um papel muito mais importante. Eu sou um exemplo desta situação mediante o meu histórico familiar de transtornos mentais e por ter um irmão canhoto (e fenotipicamente parecido).

No velho blogue do santoculto eu sugeri que o canhotismo se consista na manifestação ou bio-produto de uma incompletude (e ou extra-completude) congênita invariavelmente comum na espécie humana, isto é, o cérebro ou se desenvolverá excessivamente ou terá o seu período de desenvolvimento encurtado e modificado em relação a média neurotípica. Este processo pode explicar a co-ocorrência das variações de sexualidade e da preferência neuro-manual incomum ou espectro do não-destrismo. Explica porque existem mais canhotos entre esquizofrênicos (baixo peso ao nascer, cabeça pequena na infancia, em média) e entre autistas (grande peso ao nascer, cabeça grande na infancia), assim como também de homossexuais e ou não-heterossexuais.

Por alguma razão que já foi sugerida em algumas hipóteses e especialmente pela ''teoria do antígeno produzido pela mãe'' para a ordem de nascimento, existe uma maior incidência de homossexuais entre os irmãos mais novos em famílias que só produziram filhos homens. Segundo o link que deixei disponível, os fetos masculinos produzem um tipo particular de proteína no útero que ajuda na formação dos órgãos genitais masculinos. Mas, quando esta proteína é produzida, o corpo da mãe responde produzindo anticorpos.
Este é um processo natural e não é perigoso nem para a mãe e muito menos para o bebê. Mas significa que na próxima gravidez estes anticorpos serão produzidos mais rapidamente se o próximo feto também for menino.

A minha teoria se relaciona com o fato de que como todos os fetos humanos nos seus primeiros estágios são sexualmente neutros ''ou'' femininos então durante este processo de metamorfose para o sexo masculino, certas características ''neutras'' e ou ''femininas'' poderão ser retidas no feto que se tornará masculino, produzindo por exemplo, o desejo pelo mesmo sexo entre os homens, assim como também várias outras características, como maior empatia, uma característica demográfica e possivelmente, hormonal feminina, de acordo com o contexto biológico humano. 

Em outras palavras, ao invés de uma ou várias características sexuais se modificarem para se tornarem traços ''masculinos'', estes desenvolvimentos acontecerão de maneira assimétrica, para explicar o homossexual com características sexuais relativamente mistas (e ou heterossexual relativamente ''mais afeminado') ou o ''tipo normal'', 

de maneira simetricamente atípica, para explicar o homossexual (em sua maioria) que for fisiologicamente mais parecido com o sexo oposto (o clássico tipo andrógino)

 e ou pontual, para explicar o homossexual que apresentou um desenvolvimento típico com pontuais atipicalidades, nomeadamente em relação ao desejo sexual. 


Super completude = lesbianismo



No caso das mulheres o oposto acontece, como é de se esperar, em que, no caso das lésbicas, acontece um desenvolvimento extra das características sexuais, tornando-as mais parecidas com os homens, enquanto que os mesmos padrões espectrais serão observados e ou sugeridos para os outros dois tipos de homossexuais femininos, isto é, as lésbicas com fisiologia e comportamento relativamente atípicos, até as lésbicas que apresentaram todas as transformações típicas para o sexo feminino, se diferindo das heterossexuais apenas por causa da atração sexual pelo mesmo sexo. 


Há de se questionar se a natureza sexual da mulher não será substancialmente diferente em relação a sexualidade masculina a ponto de produzir diferentes causas biológicas para a lesbianidade em relação a homossexualidade.

Evidentemente que existem claras e pontuais diferenças, mas a ideia principal da sexualidade é a da atração ou desejo sexual, e portanto, neste aspecto intrínseco, tanto a homossexualidade masculina quanto a feminina serão idênticas, se diferindo especialmente em relação aos papeis mistos bio-culturais ou predominantemente transferidos que assumem, por exemplo, o homem homossexual ''adquirindo'' ou expressando as características psicológicas mais comumente encontradas nas mulheres heterossexuais como maior empatia e menor agressividade e o relativo oposto para alguns subtipos de lésbicas, nomeadamente aquelas que exibirem grande similaridade para com os homens tanto em comportamento quanto em fisiologia (sexual).

Portanto o espectro da heterossexualidade se consiste em uma maior simetria de desenvolvimento ou tipicalidade de desenvolvimento sexual enquanto que o espectro da não-heterossexualidade se consistirá numa assimetria de desenvolvimento, apresentando uma maior diversidade de tipos, especialmente entre aqueles que serão muito andróginos e os que terão apenas atipicalidades pontuais e especificamente aquelas que aumentem o desejo pelo mesmo sexo. O ponto determinativo tanto para a heterossexualidade quanto para a não-heterossexualidade é justamente o desejo sexual,  que está também subjacente a sexualidade, de maneira geral. 

Além das modificações ''secundárias'', existe a clara necessidade de que este traço que é fundamental para o desejo, esteja atípico tanto na homossexualidade masculina quanto na feminina. O aumento de características andróginas, super-desenvolvidas nas mulheres lésbicas que pertencem a este subgrupo, e pouco-desenvolvidas nos homens homossexuais com as mesmas características, pode servir como influencias para o engajamento em relacionamentos do mesmo sexo, se por intermédio da consciencia corporal, identificamos os nossos corpos e suas potencialidades reprodutivas e ou sociais. 

Os padrões atípicos e sexualmente invertidos de ambos os cérebros, de lésbicas e homossexuais, corroboram para esta teoria, ainda que esta não tenha qualquer grande pretensão, assim como também nos induzem a pensar se esta androginia cerebral também não contribui ostensivamente para o comportamento homossexual. 

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