quinta-feira, 29 de agosto de 2024

A partir da verdadeira "justiça social", segregação e discriminação podem ser moralmente justificadas/From the perspective of true "social justice", segregation and discrimination can be morally justified

 A partir da verdadeira "justiça social", segregação e discriminação podem ser moralmente justificadas


Também no sentido de necessárias, afinal, ao menos em relação à segregação, ninguém deveria ser obrigado a conviver, ainda mais se for com pessoas cronicamente "problemáticas'... Nesse texto, apresentarei rapidamente uma maneira de solucionar esse problema de convívio forçado e injusto, sem cair na tentação do "racismo', mas com uma ressalva que problematiza ainda mais as narrativas dominantes sobre o tema...

Bairros exclusivos para os "mais educados"??

Mais educados não apenas ou unicamente no sentido acadêmico, mas especialmente em termos de polidez, empatia, inteligência emocional, enfim, de capacidade real de convívio respeitoso... Então, seriam construídos ou estabelecidos "condomínios fechados" que excluiriam aqueles que não conseguem conviver socialmente de maneira educada ou, moradores de qualquer bairro poderiam escolher apenas aqueles que comprovadamente conseguem fazê-lo com consistência... Portanto, nada mais justo do que segregar quando existem razões lógicas que justifiquem tal ato. E que, nesse caso, ainda se consistiria em uma auto segregação, menos passível de recriminação moral coerente.

Mas mesmo quando, aparentemente, não existe uma razão lógica para a segregação, tal como no caso de fazê-lo com base em aspectos físicos ou raciais, todo indivíduo, em uma sociedade que respeita seus direitos mais básicos, está no direito de se segregar, se quiser, ou de se associar com quem ele desejar, e isso inclui até mesmo o critério da etnia ou raça, invalidando a associação absoluta da ideia de racismo com a de segregação racial que tem sido estabelecida como um dogma moral desde a segunda metade do século XX. Mesmo no caso mais famoso, que aconteceu durante o regime do Apartheid, na África do Sul, se as questões mais objetivamente discutíveis ali foram: a imposição da segregação racial a nível nacional, sem deixar para a livre escolha de indivíduos e grupos, e a administração rudimentar do governo sul africano em relação aos territórios destinados à população negra, além da repartição muito desigual de terras. 

Se a "verdadeira justiça social" não sacrifica injustamente certos grupos, pela criação de bodes expiatórios, para supostamente corrigir equívocos históricos cometidos contra indivíduos de grupos marginalizados, até porque processos sociais de marginalização não costumam acontecer de maneira unilateral, como se fossem sempre ou absolutamente injustos, o que quase nunca é o caso. 

E quanto à discriminação??

Idealmente falando, toda sociedade humana deveria se constituir por filtros justos ou racionais de seleção e, portanto, de discriminação, que incluem ou excluem com base em critérios moral e intelectualmente justificáveis, tal como o estabelecimento de quotas para deficientes (mas não para outros critérios, como o de raça ou sexo) e a seleção dos indivíduos mais objetivamente capazes para determinada função. Pois é conclusivo quanto à inevitabilidade dos filtros de discriminação, se toda seleção é uma discriminação, no sentido de exclusão implícita, e se sempre se baseia em critérios específicos, também a especificação como sinônimo de discriminação...

Pois é quase certo de se concluir que a maioria daqueles que advogam pelo fim de qualquer medida de discriminação e de segregação: não compreende com profundidade do que se tratam esses conceitos, e os praticam em suas esferas pessoais, como bons hipócritas, se todo ser humano tem os seus próprios critérios ou gostos pessoais.



From the perspective of true "social justice", segregation and discrimination can be morally justified

Also in the sense of being necessary, after all, at least in relation to segregation, no one should be forced to live together, especially if it is with chronically "problematic" people... In this text, I will quickly present a way to solve this problem of forced and unfair coexistence, without falling into the temptation of "racism", but with a caveat that further problematizes the dominant narratives on the subject...

Exclusive neighborhoods for the "more educated"??

More educated not only or solely in the academic sense, but especially in terms of politeness, empathy, emotional intelligence, in short, a real capacity for respectful coexistence... Then, "gated communities" would be built or established that would exclude those who are unable to socialize in a polite manner, or residents of any neighborhood could choose only those who have proven to be able to do so consistently... Therefore, nothing is fairer than segregating when there are logical reasons to justify such an act. And in this case, it would still be self-segregation, less subject to coherent moral recrimination.

But even when there is apparently no logical reason for segregation, such as when segregation is based on physical or racial characteristics, every individual in a society that respects their most basic rights has the right to segregate themselves if they wish, or to associate with whomever they wish, and this even includes the criteria of ethnicity or race, invalidating the absolute association of the idea of racism with that of racial segregation that has been established as a moral dogma since the second half of the 20th century. Even in the most famous case, which occurred during the Apartheid regime in South Africa, the most objectively debatable issues there were: the imposition of racial segregation at the national level, without leaving it up to the free choice of individuals and groups, and the rudimentary administration of the South African government in relation to the territories destined for the black population, in addition to the very unequal distribution of land. If "true social justice" does not unfairly sacrifice certain groups by creating scapegoats to supposedly correct historical mistakes made against individuals from marginalized groups, then social processes of marginalization do not usually occur unilaterally, as if they were always or absolutely unfair, which is almost never the case.

What about discrimination?

Ideally speaking, every human society should be constituted by fair or rational filters of selection and, therefore, of discrimination, which include or exclude based on morally and intellectually justifiable criteria, such as the establishment of quotas for the disabled (but not for other criteria, such as race or sex) and the selection of the most objectively capable individuals for a given function. For it is conclusive as to the inevitability of discriminatory filters, if all selection is discrimination, in the sense of implicit exclusion, and if it is always based on specific criteria, then specification is also synonymous with discrimination...

For it is almost certain to conclude that the majority of those who advocate for the end of any measure of discrimination and segregation: do not understand in depth what these concepts are about, and practice them in their personal spheres, like good hypocrites, if every human being has their own criteria or personal tastes.

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