terça-feira, 29 de novembro de 2022

O que também está por trás da crença religiosa (autocentrismo)

 Explicando novamente... 


Todas as espécies ou formas de vida têm um impulso extremamente básico e primordial de sentir e perceber a realidade em que se encontram por suas próprias perspectivas. Eu chamo esse impulso de autocentrismo. Isso significa que todos elas "se colocam" no centro de seus mundos, isto é, de suas percepções e sensações. Pois algo extremamente parecido, isso se não for uma derivação direta, acontece com a crença religiosa de qualquer tipo, se monoteísta ou politeísta, animista ou "civilizada", porque se consistem em uma interpretação humana ou antropocêntrica da realidade, em que o ser humano se coloca no centro dela, ao invés de tentar compreendê-la de maneira objetiva e imparcial. Por isso que, me parece que esse impulso extremamente primitivo e universal de autocentrismo, em humanos, tem se manifestado tradicionalmente pela "religião", ainda que também se manifeste por qualquer outro tipo de interpretação humana que se sobreponha a uma observação mais imparcial e objetiva da realidade. O autocentrismo é inevitável, porque sempre começamos a sentir, perceber, interpretar e compreender a realidade por nós mesmos. Mas, para nós, humanos, existe ao menos a possibilidade de expandirmos nossos horizontes de conhecimento, de compreensão factual e existencial, particularmente pela ciência e filosofia (verdadeira) e não por aquilo que chamamos de "religião". Inclusive, eu já comentei que existiria uma verdadeira religião, que preferi chamar de "inteligião", inexistente em termos oficiais, que busca ser coerente e responder as perguntas de caráter universal, objetivo e existencial que toda religião faz, com respostas que correspondam com esse caráter, e não com respostas paroquiais ou fabricadas, como toda religião tem respondido. Em outras palavras, a crença religiosa é um exemplo clássico de interpretação autocêntrica, de antropocentrismo, de modo que, até pode ser concluído que as outras espécies, não-humanas, também têm suas próprias "religiões", porque apresentam vivências autocêntricas, a formiga o formigocentrismo, a barata o baratocentrismo, o cachorro o cachorrocentrismo, a bactéria o bacteriocentrismo... 

7 comentários:

  1. Porque é um termo extremamente vago.

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  2. Liberdade religiosa no sentido de cada um ter o direito de ter a crença e religião que quiser, ou a falta dela

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  3. Detesto concepções vagas sobre o termo liberdade.

    Eu aprovaria, mas ainda depende de uma série de condições que esse transtorno muitas vezes ultrapassa.

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  4. Como assim transtorno? Eu falo no sentido da pessoa ter a liberdade para escolher ser cristã, muçulmana, judia, budista, ortodoxa, atéia ou qualquer outra religião ou crença

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