terça-feira, 18 de agosto de 2020

Mais uma metáfora visando explicar o comportamento: espectro de cores

Vamos imaginar que temos um espectro que vai do vermelho até o azul para representar, metaforicamente, a nossa propensão para cometer crimes hediondos. Mais pra vermelho você está, maior o risco de cometê-los. Mais para azul, menor. E, no meio desse espectro, essa propensão será mais influenciada por outros fatores. Portanto, mais azul, mais pacífico. Mesmo em situações muito desfavoráveis, a sua chance de cometer crimes hediondos é extremamente baixa. No entanto, se a sua cor for um azul arroxeado, então, não será praticamente nula. Já se a sua cor for violeta, o seu risco de cometer crimes hediondos será mediado de maneira mais significativa por fatores que estão além da natureza de seu caráter. Percebam que no meio do espectro de comportamentos, parece haver uma maior diversidade de respostas possíveis de acordo as circunstâncias que envolvem o indivíduo.  Para certos ou, talvez, para todos os tipos de comportamentos, existe uma variação individual de previsibilidade de resposta de acordo com o nível de estabilidade dos padrões percebidos. Variação individual, que pode ser de categorizada em subgrupos. 

Genético ou intrinsecamente estável??

Ainda que a proporção genética ou biológica dos nossos comportamentos seja cientificamente válida ou viável, estou preferindo por um conceito que define o nível de flexibilidade dos mesmos de maneira mais precisa e abrangente, por isso que o "intrinsecamente estável" me parece mais adequado, não necessariamente para substituir a perspectiva genética e sim para estabelecer mais um ponto de perspectiva comparativa e descritiva em relação a esse assunto. 

Se não sabemos o quão genético pode ser a propensão individual à agressividade e ao sadismo, podemos, ao menos, perceber, por observação, o nível de estabilidade ou robustez dos seus padrões, Inclusive numa diversidade de circunstâncias. 

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