Especulação hiper extrapolativa
Primeiro, são todos os mais intuitivos mais introspectivos?? Ou, são todos os mais introspectivos mais intuitivos??
Depois respondo (chuto) essa...
Teve uma sexta em que eu fui passear na cidade grande, isto é, a cidade de porte médio que engolfa em influência a micro (ou mico, dependendo da demografia) região onde me encontro. Então eu fui para o ponto de ônibus espera-lo e apareceu um que é de uma cidade vizinha. Cheguei à porta e perguntei ao motorista se o ônibus iria para a "cidade grande". O mesmo com um olhar de tédio disse que sim. Cheguei a perguntar duas vezes para ver se me entendeu e para ter certeza, em minha sofrível, pouco uniforme e involuntariamente não-verbal capacidade de comunicação. Qual é o problema disso?? Simples, a cidade desse ônibus fica em direção oposta ao da "cidade grande". Eu sabia, mas na hora algo me fez esquecer. Talvez a minha memória cambaleante. Talvez porque eu tinha acabado de escrever uns pensamentos ou frases para outro texto, estava concentrado neles, vi o ônibus se aproximando e corri para perto do meio fio para chama-lo com o típico sinal de mão. Interrompi bruscamente, tal como um freio, uma imersão à uma atividade intelectual intuitiva, já que escrevo geralmente a partir deste estilo ''vazante'', para realizar uma atividade excepcionalmente corriqueira. Agora pouco eu tive um insight que me fez chegar até esse texto, de que uma das possíveis razões para a tendência de desatenção de tipos como eu, que conjugam altos níveis de introspecção e intuição, seja justamente as mesmas, e em atrito com a realidade, se, para nos concentrarmos, precisamos desligar parte de nossas atenções à interação imediata com o redor. E até "voltarmos" "100%" para ela, pode ser que esse processo ocorra de modo mais lento. E isso parece se aproximar à minha ideia sobre a natureza de multitarefa da atividade imaginativa, que, ao se manifestar, tenderia ou o faria de modo categórico, a fracionar a capacidade de atenção à realidade imediata, resultando, por exemplo, em um aumento de vulnerabilidade para fazer perguntas idiotas.
Então voltemos à pergunta do início do texto. Eu não sei, acho que primeiro devemos voltar aos conceitos de ambas, intuição e introspecção, para ver até onde que uma se comunica conceitualmente com a outra. A intuição é um estilo de pensamento ou raciocínio que acontece de modo consideravelmente subconsciente, quando o indivíduo não sabe como que aquela ideia lhe veio à cabeça. A introspecção é outro estilo de pensamento, diga-se, consideravelmente distinto, já que se caracteriza por altos níveis de deliberação intelectual, geralmente relacionada com tópicos intrapessoais, ainda que tudo aquilo que pensamos sempre principia por nós mesmos, e isso parece óbvio de ser constatado.
Portanto, pessoas que comungam os dois tipos de pensamento é possível que, em média, não sejam conscientes quanto ao grau de diversidade de estilos que estão a efetuar cotidianamente por meio de suas mentes, do mais subconsciente ao mais consciente.
Quando temos os dois estilos em uma mesma pessoa é esperado, talvez, que, como resultado, apresente um potencial para a criatividade, especialmente para os níveis mais altos de realização criativa, visto que, quem pensa mais sobre as suas ações ou atividades pode ser ou se tornar mais apurado para melhora-las, enquanto que, apenas a intuição em altos níveis, e teremos uma pessoa com menor controle sobre essa capacidade imaginativa.
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