Quando não temos trabalhos "científicos' alheios para buscar entender uma realidade histórica a única e melhor via é a busca ou reconhecimento de padrões. Padrões são "pedaços" ou ''pontes'' de fatos que "se encaixam", ou também, tendências de comportamentos//dinâmica dos fatos que se repetem. Tudo começa com a capacidade de evitar cair na tentação das falácias lógicas básicas. Controlado o desejo, mesmo que concordemos com o que acabamos de ler, ouvir ou ver, jamais devemos nos usar como referência ABSOLUTA, na melhor das hipóteses como referência RELATIVA, se quisermos mesmo nos tornar pensadores natos, já que sempre partimos "de nós mesmos" quando buscamos pensar ou raciocinar sobre a realidade, aliás, este exercício, que começa muito antes, que é constante, quando estamos apenas existindo e/ou vivenciando a existência, por exemplo, em estado de inércia, sentados em um gramado, mesmo com os olhos fechados.
A todo momento estamos percebendo padrões, mesmo que isso não emerja de modo verbalizado. Os pensadores ativos, portanto, são aqueles que não esperam que "a montanha venha até eles" pois, voluntariamente, vão até ela. Aí haveríamos de diferenciar os "engajadores" dos "pensadores ativos" e especialmente dos "mais sábios". À priore demonstrar maior ativismo quanto a certo assunto, não quer dizer que: o saiba mais do que os outros; que ao menos busca entendê-lo, indo até à sua "cordilheira", como se, a partir disso, automaticamente começaria a escala-la. E para falar a verdade, a maioria dos engajadores parecem ter menor entendimento sobre o que defendem (e inevitavelmente em relação ao que não defendem) do que a pessoa comum, especialmente se for uma questão advinda da "espinha dorsal da macro realidade", de nossa esfera absoluta de vivência.
Algo que já comentei sobre isso, mas aqui parece que consegui expor este pensamento, diga-se, pouco original, de maneira menos verborrágica.
Vocês, com certeza, já devem ter percebido como que as pessoas, em média ou comuns, são acomodadas no que diz respeito aos seus pontos de vista, geralmente internalizando-os de maneira excepcionalmente ''bovina'', como se fossem extensões simbólicas ou culturais de si mesmos [e talvez sejam], como se estivessem internalizando os seus próprios reflexos de personalidade e cognição, e também de suas conjugações pessoais dentro de uma dinâmica sócio-existencial maior ou encapsulante. Esta transformação da realidade em verdade, por parte do ser humano, tem se mostrado em sua maioria falha, já que não buscam primeiramente compreender a primeira, pois não conseguem entender e mesmo aceitar que existem fronteiras que n'os separam do mundo ao redor, e o ideal seria então de aceitarmos os fatos, especialmente aqueles que estão mais íntimos a nós, e depois, aí sim, nos colocar no jogo da existência como sujeitos, quando pensarmos sobre os valores, que desenvolvemos, ou que apenas temos, e que gostaríamos que os outros também os expressassem, mesmo de pensarmos, novamente de maneira fatual, quanto à extensão demográfica desses ''outros'' em relação aos nossos nicho cultural ou existencial.
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