sábado, 23 de setembro de 2017

Racismo, hiper tribalismo versus antipatia

Eu posso detestar "um grupo de pessoas" mas isso necessariamente não significar que eu seja racista, xenófobo ou hiper-tribalista... e vou explicar [ou re-explicar] o porquê.

Eu posso ter antipatia ou desgostar MAS não ser hiper-tribalista, ao menos em termos raciais ou nacionais... isto é, eu posso odiar mas sem com isso sem se dar em relação ao aspecto racial ou nacionalmente nepotista [ainda que pareça ser a regra que um se relacione com o outro].

E claro, como eu já ''joguei essa pedra'', nós podemos odiar todo mundo/todos os grupos, que seria o equivalente a ''adorar todo mundo'', anulando qualquer tentativa de ''injustiça de tratamento''.

Novamente a tentativa de precisão semântica, começando pela palavra racismo: raça + ismo, ênfase em relação à ideia de raça.


Semelhante a:

capitalismo: ênfase no capital/bens materiais.
socialismo: ênfase no social/bens sociais-vitais.
individualismo: ênfase no indivíduo/individual.

botulismo: err... não, esse não.

Eu disse ênfase, isto é, uma atenção redobrada, que é mais significante.

Também comentei que a maioria das palavras terminadas em ''idade'', parecem [querer] expressar a ideia de ''natureza'', do que de ''ênfase'', os exemplos acima, claro, ''corrigidos'' a partir de uma pedante precisão semântica:

socialidade,
individualidade,

capitalidade**

E em relação à última, claro, quando estivermos falando DO capital, e não DA capital, ainda que o termo original tenha sido criado para se referir À capital.

Portanto, a priore, a palavra racismo não significa aquilo que a maioria das pessoas acreditam, especialmente a partir da precisão/pureza semântica, que se consiste na interpretação conceitual mais literalmente condizente com a ''morfologia'' ou construção semântica das palavras, como o exemplo principal, racismo [raça + ismo].

Como eu tenho sempre falado, seria muito importante que buscássemos pela precisão semântica especialmente em relação às palavras abstratas visando tornar esse canal associativo entre o elemento e o símbolo/palavra, o mais curto e auto-entendível possível. Atribuir funções extras para uma palavra tem sido a meu ver um grande erro, porque com isso, ao invés de tornarmos a nossa capacidade de comunicação e entendimento mais eficiente, fazemos/fizemos o caminho oposto, ao torná-la vaga, deixando-a a deus-dará

Racista: Que ou aquele que enfatiza em relação ao assunto raça.


 
Raciologia: estudo das raças.


Raciologista: Que ou aquele que estuda sobre o assunto raça.


Estudar não é necessariamente o mesmo que enfatizar, ainda que se assemelhem bastante, porque o segundo verbo também pode ser entendido como ''prioridade'', ou ''tornar prioritário, importante, relevante'' [dogmatizar/fixar]. 

 

Tribalismo: preferência tendenciosamente indiscriminada por aqueles que pertencem à tribo/identidade da qual se faz parte. 


Tribo esta que pode ser racial, ideológica/religiosa/cultural/mais explicitamente psico-cognitiva, sexual...

Já que temos muitas identidades, então inevitavelmente caminharemos para ser de multi-tribalistas/multi-identitários.


Hiper tribalismo: hiper preferência ou nepotismo em relação ao(s) indivíduo(s) que pertencem à tribo da qual faz parte. 




Antipatia: estado antônimo à simpatia. 

Antipatia racial: desaprovação ou falta de identificação/ de simpatia em relação a certo grupo racial [que geralmente quer realmente indicar ''antipatia em relação a certo subgrupo (psicológico/comportamental) deste grupo racial, e que é o mais demograficamente predominante].

Antipatia psicológica: falta de identificação em relação a certos tipos de  estados psicológicos ou de personalidades.

Antipatia psicológica coletivamente específica: falta de identificação receptiva/simpatia de natureza psicológica em relação a certos grupos ou indivíduos que apresentam uma predominância de certos tipos de personalidades.


Antipatia psico-racial coletivamente específica: falta de identificação .... .......

Portanto, a priore, as palavras: racismo, tribalismo e antipatia, a partir de uma abordagem semanticamente precisa e mais, HONESTA, apresentam diferentes conceitos. 

No mais, também é aquilo que já comentei, desenvolvemos antipatia por aquilo/expressões/comportamentais ou físicas que:

- não temos e/ou que são muito distintos de nós;
- são considerados ameaçadores;


- e que na maioria das vezes, a antipatia mais forte se dará em relação a traços psicológicos, porque ter antipatia por um nariz grande, por exemplo, a priore, não costuma ter grande impacto do que ter antipatia por um tipo de personalidade/ou dimensão de comportamento [geralmente associada à alegorias culturais].  

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