sábado, 23 de setembro de 2017

A questão existencial, o primeiro estágio da percepção humana

Que o [tipo psico-filosófico] existencial nunca "resolve".

O primeiro desafio de uma mente auto-consciente (e não "apenas" consciente) é a de se ver cercada pela consciência de sua própria finitude e a de responder à essa realidade ou verdade essencial.


O escapismo é de longe o método mais popular e natural para a maioria dos seres humanos, seja por meio do naturalismo pragmático [uma espécie de escapismo bruto ou mesmo ''pseudo-escapismo''] ou por meio do surrealismo cultural/religião ou como no caso da ideologia, que mais parece ser uma espécie de cultura intermediária, entre o surrealismo e o realismo. O hiper realismo ou existencialismo se consiste no caminho ou melhor, posição menos procurada. Eu disse posição porque se o primeiro desafio humano ou neste nível de autoconsciência é o de enfrentar a questão existencial, então a sua não-resolução mais parece que consistirá em uma inércia de reação ou de aceitação de sua onipresença, do que de lutar contra ela, coisa que todos os escapistas fazem.

Ao olharmos para o espelho da vida, os escapistas surrealistas o pintarão com cores aberrantes [religião, ideologia, cultura], os realistas terão um espelho encardido, sujo, difícil de ser visto e que os colocará em um ângulo favorável [super-auto-confidência natural-instintiva] enquanto que, por fim, os hiper-realistas/existencialistas terão sempre à frente um espelho limpo, totalmente visível, representando a auto-consciência e portanto, a consciência da própria finitude/da morte. 

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