Quando os raios da vida se escondem,
Entre as montanhas de nuvens, lá longe,
Onde o céu de tarde é um quadro azul,
De algodões e sonhos de açúcar,
Quando o cinza encobre os fios do sol,
Inebria e assusta,
E as nuvens abraçam de amor,
O amarelo sol e os meus desejos, rubor,
De ouro, de dor, de versos tardios,
De doces beijos,
De pulso firme, de joelhos,
Rezando por sua beleza,
Buscando em suas cores, a minha pureza,
No pôr, quando a tarde é um quadro azul,
Quando os sonhos dançam no céu,
Onde as montanhas levitam ao leu,
Quando o sol e os nossos sonhos,
Mesmo tão longe, tão lá no horizonte,
Quando o abraço nunca é assim, como antes,
Se abraçam forte, de fronte,
Se abraçam, e a vida com os seus braços,
Nos prende em sua loucura,
Nos alucina,
Fina flor, obstante,
Murcha em amor, num frio d'antes,
Queima em ardor, sua força, imante,
Não precisa dizer,
Já sabemos que é, nossa única amante.
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