Capitalista sonhador e outro trovador

Consome-se em sonhos,
Os consome, na venda, nas cidades, em seus centros,
Em sorrisos, risonhos, em esperanças, em preços camaradas,  
Em doces, salgados, azedos,
Quando está em promoção,
Capitaliza-se tem oportunidade,
Seduz pela emoção, no calor da mocidade,
Moedas, cédulas, cifrões, não lhe bastam,
Precisa da essência, mais que o símbolo, 

Precisa do corpo, mais que o dígito,
Capitalista sonhador,
Consumista de esperanças, de alegrias, de sonhos, de amor

Resistir ou existir

Os dois por favor,
Resistindo ou existindo,
Resistindo ao tudo, se consumindo, te consumindo,
Indivíduo e só, em sua luta, 

Empurrando a maré, e ela, o engolindo aos poucos, e vencendo, 
E você, morrendo, por tanto viver, 
Resistindo à existência, 
Quer ser pra sempre, diz que terá paciência, que nunca enjoará de si mesmo, que nunca haverá nunca, será sempre, uma eternidade, 
Mesmo quando se esquecer, mesmo quando se lembrar, depois de tanto morrer, que será o infinito, 
Mas acorda e vê que apenas resiste, que é apenas um grito,
Que é a primeira resistência, que somos os primeiros rebeldes, de um mundo sem penitência, sem piedade, 
Re-existência, somos nós, pobres mortais,
Re-existimos, se somos mais que um, se existimos em dobro, se primeiro estamos, e depois somos,
Em sopros,
Em assombros,
Se a soma da vida sempre subtrai, 
De um todo só nosso, conquistado, 

Mentira, nunca o conquistamos, sequer o desejamos, 
Até ao zero consumado, até aos ossos revelados,
No ócio e mesmo assim resiste,
De tão frágil, de tão perturbado,
As mentiras até soam verdadeiras,
Quer esquecer que a vida não tem eira,
Que só vive quem resiste,
Quer apenas ser, mas ser, já é mais que um deslize...

A cor laranja, e o fim da tarde

A cor de luto, e o fim da vida
Jaz na memória, a vizinhança
A infância, os anos de turbulência
De bom dias, de boas tardes
De boas sortes, de viver perto mas tão distante
Deu-me água num dia tão longe, num momento que não mais existe, 
Nem há dor na separação
Tem que forçá-la, tem que mentir um pouco pra si mesmo, que liga tanto assim, mas é preciso fazer mais
Prestar homenagem, mesmo n'atuação
Fazê-la de coração, de alma
De tristeza, mesmo sem senti-la, mesmo pensando, que é apenas impressão, que é apenas um quadro, uma natureza morta 
Um amigo morreu, mais uma vida, mais uma caminhada que finalmente parou,
Mais um céu que finalmente apagou

Mais uma reticências, esperando, torcendo,
Que a vida não tem fim,
Que a sua vida se encontrou...

terça-feira, 30 de maio de 2017

Mais ''criativo'' ou mais/muito ''inteligente''*



Fonte: https://www.psychologytoday.com/blog/the-imprinted-brain/201408/can-you-be-both-mad-and-creative

1- ''Solução nova e útil de problemas'' versus ''Solução útil de problemas''

Eu pensei, novamente, em estabelecer uma tabela de pontuação, claro que de maneira totalmente especulativa [zero rigor matemático, mas com certeza muito rigor lógico/aproximativo] tal como eu tenho usado: correlação de 0 a 1. 0 a 0,3= baixo; 0,3 a 0,6= médio; 0,6 a 1= alto.

''Solução nova e útil de problemas'' [criatividade]

Acho difícil analisar este traço em mim porque não foram muitas as vezes em que o acessei de maneira prática. No entanto desde que comecei a navegar pela web que tenho tentado solucionar os problemas com os quais eu tenho me deparado, que tem sido subjetivamente novos pra mim, e claro, em sua maioria de maneira ''teórica''. Parece-me que o que diferencia esta capacidade de sua [suposta] versão ''inteligente'' é a dependência de uso do conhecimento/e entendimento internalizado, claramente atribuindo a fluidez [quase um sinônimo para improvisação] à criatividade e a cristalização à inteligência. Inteligência ''é acessar a memória'' para solucionar problemas, criatividade ''é criar novas soluções e com menor dependência do conhecimento/entendimento cristalizado''. Aqui até parece que estão a confundir inteligência com [uma das facetas da] sabedoria.

 No mais, eu acho que tenho sido muito bem sucedido nesta tarefa, dois exemplos. Uma maneira de reduzir o valor racial dos comportamentos negativos/conflitivos/competitivos que são mais comuns aos negros, especialmente entre os homens negros. Então, eu encontrei uma maneira de falar sobre esses assuntos, sem cair na armadilha da ênfase excessivamente racial, atacando o problema de maneira direta e cirúrgica. Não é a cor da pele ou o nariz mais largo que tornam os negros, em média desproporcional, especialmente os homens, mais propensos a tipos de comportamentos anti-altruístas ou instintivamente/irracionalmente conflitivos, mas sim os seus níveis psico-biológicos de masculinidade comportamental, especialmente as suas facetas mais confrontativas / problemáticas. Outro paradigma em que eu consegui achar uma solução possível: se o consumo de carne for tão importante assim para o ser humano então como manter esta ''dieta'' sem ser anti-ético com os outros seres vivos que são os mais ''consumidos''** Ao internalizar que, assim como nós eles também apresentam variações de personalidade, então concluí que uma maneira para solucionar este paradigma se daria com base no fim da generalização dos seres vivos que são os mais consumidos principiando pela seleção diferenciada daqueles que são os menos sencientes, isto é, aqueles que podem ser denominados de ''psicopatas'', em analogia ao mesmo tipo humano, e talvez ou provavelmente selecionando apenas para a criação limitada [sem ''consumo-ação''] aqueles que são mais sencientes. Em outras palavras, ao invés de pegarmos vacas no pasto, generalizando-as como se fossem todas iguais, com o intuito de matá-las para aproveitar a sua carne e o seu leite, passaríamos a selecionar ou a filtrar aquelas com os maiores níveis de ''psicopatia'' ou falta de senciência, para o nosso consumo. Será que daria certo* Bem, parece que até então ninguém havia pensado nessa solução. Esses são apenas dois exemplos, e os meus blogues, especialmente o atual, falam por mim quanto à minha capacidade criativa. Interessante pensar que, por não ter motivação suficiente para apreender de maneira estritamente convergente e claro, além de uma menor [ou talvez, mais assimétrica] capacidade de memorização semântica, pareço ter a minha capacidade intelectual fluida ''mais desenvolvida''.  Portanto neste quesito eu dou-me uma ''pontuação'' 0,6

Solução útil de problemas [''inteligência'']

Se a solução útil/conhecida de problemas dá-se com base em nossas capacidades cristalizadas ou de recobrar conhecimentos/entendimentos apreendidos ou internalizados, então eu acho que irei pontuar, talvez, mais baixo que a ''sua versão criativa''. Eu realmente tenho a impressão de me sair melhor na parte criativa da solução de problemas do que em sua parte ''inteligente'. Portanto: 0,4

No entanto é sempre bom ressaltar que as diferenças entre os dois me parecem ser mais forçadas do que reais, se não existe tal coisa ''solucionar problemas sem prévio conhecimento'', se já nascemos, pode-se dizer, com facilidade para aprender/apreender certas facetas da macro realidade, de maneira intuitiva/instintiva. Então é assim: nos deparamos com um problema e por analogia, selecionamos a solução que nos é conhecida, que determinamos como a mais condizente para solucioná-lo [solução útil de problemas] versus modificamos ou combinamos algumas informações cristalizadas com o problema, com o intuito de solucioná-lo [solução nova e útil de problemas] de uma maneira que ainda não havia sido pensada, aquilo que fiz em relação ao paradigma: consumir carne sendo ético ou moralmente correto com os seres vivos ''aproveitados''. No mesmo exemplo, uma pessoa qualquer poderia sugerir de maneira convergente que: ''a carne é imprescindível para a dieta humana e portanto é um mau/mal necessário''. Percebam novamente o ciclo de vida da criatividade, porque este argumento é provável que já foi uma ''solução nova e útil''. No mais, uma hora, há de se chegar à conclusões mais definitivas, e eu acredito que a minha sugestão se caracteriza justamente por ser ou por parecer definitivamente correta, claro a partir desta linha de procedibilidade.

2- ''Raciocínio abdutivo'' versus ''raciocínio dedutivo''

Tal como no caso da investigação policial, o raciocínio abdutivo mais parece ser como uma espécie de raciocínio dedutivo mais avançado, isto é, enquanto que o mesmo já se faz com base em pistas conhecidas, usando-as para a dedução, o abdutivo é justamente aquele que, primeiramente, as encontra/abduz. [obs.: não encontrei explicações facilmente entendíveis na internet sobre o  raciocínio abdutivo, e portanto eu posso estar cometendo algum erro em sua descrição]. 

O primeiro abduz as pistas, o segundo analisa e conclui/deduz com base nessas pistas. Novamente, ''inteligência'' fluida versus cristalizada.  Eu deduzo que me sairei bem em ambos e talvez um pouco melhor no primeiro, no abdutivo. O pensamento abdutivo é quase um sinônimo para ''insight'', ainda que não o seja, porque todo insight precisa ser muito provável de estar plenamente correto, enquanto que a abdução pode se dar em relação a uma maior diversidade qualitativa de possibilidades ou com maior chance de erros.  Portanto: 0,7 em raciocínio abdutivo e 0,5 em raciocínio dedutivo.

3- Abstração/metáfora versus causa/efeito

Eu não precisaria falar muito sobre a minha capacidade metafórica de pensamento se a tenho demonstrado aqui, de muitas maneiras e talvez níveis. Em relação ao pensamento abstrato, como quase sempre acontece, eu acho que me dou bem em algumas particularidades, até mesmo porque iremos encontrar abstrações em todo o tipo de ação intelectual humana. Também me acho igualmente bom na capacidade de encontrar/ou aceitar causas e efeitos especialmente em relação às minhas ''especialidades''. Portanto acho-me, não sei se acima da ''média'', mas conclusivamente bom o suficiente para ter confiança nessa afirmativa. Especulo 0,8 em abstração/metáfora e 0,6 em causa/efeito, novamente, MAIS específico às minhas áreas de ''especialização''. No final desta análise eu me compararei ao cidadão médio até para que se possa ter uma ideia, tendo um ponto anterior de referência mais generalizado. 

4- Pensamento divergente versus pensamento convergente

Outro déjà-vu**

O pensamento divergente parece ser um sinônimo para o raciocínio abdutivo assim como também o convergente está em relação ao dedutivo. No mais parece que estamos lidando com diferentes partes de um mesmo processo ou mecanismo. Os raciocínios abdutivo e dedutivo parece que se consistem nas etapas em que se constrói a totalidade de um pensamento, desde a captura de uma possibilidade factual até à sua análise via dedução. Por exemplo, capturou-se uma relação entre frequência de consumo de sorvete e baixas taxas de criminalidade, visto que os países que mais o consomem estão na Escandinávia. O pensamento ou ''etapa abdutiva'' foi realizada. Agora será a ''etapa dedutiva'' que deduzirá se essa relação: consumo de sorvete e baixa criminalidade, é causal ou correlativa. Os pensamentos divergente e convergente mais parecem se consistir em motivações ou disposições que estão diversamente arraigadas entre os indivíduos de uma determinada população. A ideia de divergência e convergência é claro que tem o fator novidade como o seu ponto universal, que não é subjetivo. No mais é isso: aquele que busca por novas soluções para os 'problemas' [paradigmas, paradoxos..] será mais propenso a ser divergentemente motivado a pensar assim, deste jeito, e claro, tendo razões pessoais anteriores, o meu exemplo novamente, do consumo ético de carne. Se eu não tivesse em mim, ao mesmo tempo, uma tendência forte para o pensamento lógico [o princípio da sabedoria] e também de ter internalizado essa imprescindibilidade do bem-estar ''animal'', é provável que sequer teria pensado nessa nova e possível solução para esse paradigma. A partir daí eu combinei o conhecimento recém-internalizado ''os outros seres vivos também variam em personalidade'' com esse assunto e então parece que esta combinação resultou no meu insight. O pensamento divergente que também poderia ser entendido como ''janela para o perfeccionismo'', é usualmente fundamental para o aprofundamento ou melhoria de um entendimento, revelando o caráter utilitário perfeccionista da criatividade de alta qualidade. Pensar convergentemente é quase o mesmo que conformadamente, isto é, usando o conhecimento cristalizado/internalizado que não é ''novo'' ou que tem sido considerado por outros como ''seguro'', para solucionar os problemas que lhes são correspondentes. Não é de todo ruim até mesmo porque pode ser muito útil dependendo da situação. No mais, também tende a se consistir numa das principais forças que bloqueiam ou atrasam o perfeccionismo que a disposição para a divergência pode resultar. 

Como sempre aqui, me considero melhor no pensamento divergente, relacionado à criatividade, do que no pensamento convergente, relacionado à inteligência, até mesmo por não ter uma memória semântica muito larga ou organizada, que torna o uso qualitativo e constante do pensamento convergente menos provável de ser no meu caso. Como resultado ponho-me os seguintes valores [''qualitativamente correlativos'']: pensamento divergente = 0,7/0,8 e  pensamento convergente = 0,4

Lembrando as possíveis diferenças entre o criativo contínuo e o criativo descontínuo. Por me considerar como um criativo contínuo, então vejo-me mais frequente em pensamento divergente, assim como também em relação à minha própria personalidade, generalização característica que sentenciei como típica deste tipo, que, no entanto, não o tornará mais provável de produzir grandes insights, apenas ou especialmente de manifestá-la, isto é, a criatividade, de modo mais constante. O valor 0,7 parece de bom tamanho, apesar de revelar certa presunção de minha parte. Talvez o considere com base na criatividade contínua [frequência criativa que geralmente resulta em uma maior porção de ''pequenas criatividades''], e que no caso de uma auto-análise quanto à minha capacidade ou potencial e mesmo realizações criativas de grande magnitude, me pontuaria em uma realisticamente humilde ~0,3, não tão baixo, mas ainda no limiar de um potencial para ir mais longe neste sentido, apesar de ter poucas de chances de, de fato, alcançá-lo, e especulando que a maioria das pessoas, partindo desta lógica, dificilmente serão capazes de sequer ''pontuar'' nesta escala em termos de potencial para grandes realizações criativas não-convergentes ou decididamente novas e de qualidade'' [enquanto que poderíamos denominar de ''grande potencial para realizações criativas'' as possibilidades do criativo contínuo].

5- Variação cega versus retenção seletiva

Apenas olhando para os termos já parece nos dar uma certa noção sobre o que desejam explicitar. E quase tudo aqui pode ser regredido à 'fluidez = criatividade' e 'cristalização = inteligência'. ''A'' inteligência seleciona e retém informação que considera útil. ''A'' criatividade trabalha com base numa espécie de cristalização fraca ou auto-desconfiada, tal como se, a inteligência fosse sempre definitiva, enquanto que a criatividade fosse sempre esperançosa que algo mais pudesse ser descoberto ou inventado, para o nosso bem ou mal, diga-se de passagem, além do que já existe. A inteligência é um ponto final, a criatividade é uma reticência[s]. Também gosto de ver a criatividade como uma continuação da inteligência e se ambas não estivessem sendo selecionadas em separado, até mesmo para que as massas de trabalhadores pudessem ser possíveis de existirem, em um mundo ideal, todo aquele que fosse muito inteligente [em termos cristalizados], também deveria ser muito criativo, justamente por causa desta relação intensamente complementar entre a inteligência e a criatividade, se a segunda é a força que faz a primeira se mover do lugar em que se encontra e/ou que [se]conserva. Aqui também parece estar falando sobre níveis de inibição latente que resulta na ''variação cega''... de informações para os muito criativos, e forte ''retenção seletiva'' [filtro] de informações para os muito inteligentes. Parece um pouco difícil pra mim estimar o quão bom ou talvez, descritivamente autêntico eu devo estar nas duas. Como sempre, acreditando que penda muito mais para o ''lado criativo'', eu acredito que serei mais característico na ''variação cega'' do que na ''retenção seletiva''. Portanto: 0,7 em variação cega [criatividade] e 0,4 em retenção seletiva [inteligência].

No entanto se fosse levar ao ''pé da letra'' o termo ''retenção seletiva'' no sentido de, de fato, selecionar mais as informações de acordo com as minhas motivações ou interesses intrínsecos, tanto em termos de qualidade quanto de quantidade, então acho que talvez pudesse me dar alguns pontos mais, mas partindo da ideia que, quando pensa, o ''inteligente'' debruça sobre o ''conhecimento'' que tem armazenado para responder à perguntas, enquanto que o ''criativo'' prefere confrontá-las sob novos ângulos, então também posso manter o valor que dei a mim mesmo nesta particularidade proposta por este modelo dicotômico que estou usando.

6- Implícito versus explícito

Ou ''conspiração'' versus ''senso comum''*

Ou ''sutileza'' versus ''escancaramento''**

Os muito criativos pensam mais no mundo implícito onde poderão encontrar/abduzir possíveis ou novas combinações de entendimento em relação à certa particularidade. Os muito inteligentes pensam mais no explícito onde poderão trabalhar com aquilo que já é conhecido, com maior segurança, pressupõe-se, em condições ideais de temperatura e pressão. Os muito criativos tem como matérias primas: achismos, teorias, ideias, etc... Os muito inteligentes, pasmem, usam justamente o ''velho material'' [que foi descoberto ou produzido pelos muito criativos] enquanto que os muito criativos saem à caça de ''novos materiais''. Neste sentido, eu me vejo novamente, bom nos dois, isso quer dizer, ''acima da média'', e claro, em relação às minhas áreas de ''excelência'' [ou não], mas continuo a crer e com boas razões que inevitavelmente pendo mais para ''a criatividade'', se estou mais motivado para o implícito, e com o intuito de torná-lo mais explícito, e uma das principais justificativas para esta minha tendência forte é porque quando, tenho por mim, que farejei uma incongruência em alguma de minhas áreas de gracejos intelectuais, então passo a buscar por soluções, o farol do muito criativo e em especial quando está conurbado com ''grande perspicácia'', é o perfeccionismo. Portanto pontuo-me com 0,8 em ''implícito'' e 0,6 em ''explícito''.

7- ''Desinibição neuronal'' versus ''fidelidade neuronal''

Como já sabem eu patino em neurociência e tenho zero motivação para melhorar, porque é uma área muito grande e que exige muito daquele que se interessar por ela. Eu sou mais prático, talvez não tenha as habilidades necessárias para me enveredar por este caminho, mas já sei que em termos motivacionais, a neurociência me faz brochar, ainda que, claro, nada me impeça de achá-la importante e necessária [com exceção de qualquer CRIME contra a fauna terrestre como nos inúmeros ''estudos'' demoníacos que abusam de seres vivos indefesos e muitas vezes apenas para constatar o óbvio ou então para provar uma teoria teoricamente mal construída, enfim, feitos por gente cretina e maligna que sequer deveria ter nascido]. No mais, quando a motivação brocha, mesmo um possível talento escondido na área, ainda não será suficiente. Desprezando esta parte, e analisando ''fluidamente'' os termos acima,  com base em parcos conhecimentos que tenho sobre o assunto, talvez seja assim mesmo: o cérebro muito inteligente vai construindo os seus ''caminhos neuronais'' e sendo fiel a eles, resultando numa sobreposição progressiva de camadas/memórias/instinto expandido, enquanto que o cérebro muito criativo o faz de modo menos eficiente, se tornando mais plástico ou livre para produzir novos caminhos ou mesmo de desconstruí-los. Não sei como que me pontuaria aqui, no mais, sigo a lógica que tem permeado todo este texto até agora, de que estou mais para a criatividade do que para a inteligência, e portanto dou-me uns 0,7 em ''desinibição neuronal'' mas 0,6 em ''fidelidade neuronal'', porque um excesso apenas na primeira e provavelmente eu teria problemas psicológicos ainda mais graves do que já tenho e que não são causados apenas por mim mesmo, isto é, como se fossem ações primárias da minha mente me fazendo agir de maneira errática ou sem fundamento racional, porque na verdade eu, talvez, possa afirmar sem peso na consciência que, no meu caso ''o inferno são [quase sempre] os outros''.


8- ''Default mode network'' versus ''Cognitive control network''

Eu procurei pela definição de ambas as redes, mas resolvi colocar as suas funções, que as descrevem melhor: 

''Default Mode Network''

A rede de modo padrão é conhecida por estar envolvida em muitas funções aparentemente diferentes:

É a base neurológica para o eu: 

Informação autobiográfica: Memórias de coleta de eventos e fatos sobre si mesmo

Auto-referência: Referindo-se a traços e descrições de si mesmo

Emoção do próprio eu: Refletir sobre o próprio estado emocional
Pensando nos outros

Teoria da Mente: Pensando nos pensamentos dos outros e no que eles poderiam ou não saber

Emoções dos outros: Entender as emoções de outras pessoas e empatizar com seus sentimentos

Raciocínio moral: Determinar o resultado justo e injusto de uma ação

Avaliações sociais: julgamentos de atitude boa-ruim sobre conceitos sociais

Categorias sociais: Reflexão sobre as características sociais e status de um grupo

Lembrando o passado e pensando no futuro

Lembrando o passado: Lembrando de  eventos que aconteceram no passado

Imaginar o futuro: Imaginar eventos que podem acontecer no futuro

Memória episódica: memória detalhada relacionada a eventos específicos no tempo

Compreensão da história: compreensão e lembrança de uma narrativa''

Fonte: Wikipedia

+ Acredita-se que uma hiper-conectividade nessa área esteja associada à depressão, huuumm...

''Cognitive Control Network''

'' o sistema imunológico da mente'' 

Encontrei poucos textos falando sobre esta rede neurológica que tem sido associada à inteligência. Como resultado tentarei explicá-la de maneira resumida de ''próprio punho''. Como o próprio nome diz a ''rede de controle cognitivo'' parece estar associada à funções executivas extremamente importantes como a capacidade de atenção bem como também a de responder ''corretamente' a um estímulo. 

Partindo das tarefas da ''Default Mode Network'', logo acima, eu acredito que a tenha bem grossa e intrometida, ainda que muito bem vinda, de uma maneira ou de outra, ;). ''Pontuação'': 0,7 para ''default mode network'' e 0,7 para ''cognitive control network'' [com a impressão que essa segunda foi desacreditada porque não a vi mais nem na ''wikipedia'']. No mais, ambas parecem estar essencialmente associadas aos termos logo acima, de alguma maneira que não estou conseguindo explicar, se vale apena, deixá-lo-ei implícito, ;) 

9- Psicoses versus Autismo

Partindo do fato que ''esquizotípico'' e ''perseveração/rigidez'' são praticamente os mesmos ['sintomas'] que ''psicoses'' e ''autismo'' então eu resolvi pular este ponto dicotomizado para o próximo, justamente sobre as tendências ''patológicas' que ''criatividade'' e ''inteligência'' podem ser mais propensas a se relacionarem, talvez, em suas manifestações mais caracteristicamente puras.

Eu já fiz dois textos de auto-análise falando justamente se eu estou mais para as psicoses ou para o espectro do autismo, e acabei por concluir que me encontro mais para as primeiras, mas que também apresento muitos traços ou níveis de intensidade que caracterizam o segundo. Em termos de intensidade, creio eu que estou alto nos dois, e possivelmente [presunçosamente também] pegando mais os traços ''positivos'' do que os ''negativos'', ainda que, por causa destes níveis de intensidade, termine também por expressar algumas expressões mais negativas ou desafiadoras, por exemplo, uma maior tendência para a paranoia. Como resultado dou-me 0,5/0,6 nas psicoses e 0,5/0,6 no autismo. [0,7 ou mais já é indicação de transtorno diagnosticável, por isso que me coloquei na fronteira de ambos, porque pareço estar mesmo ''na fronteira'' em termos de intensidade expressiva ou de comportamentos].


Estimativa para o ser humano médio/medianamente ideal

Partindo do pressuposto que o ser humano médio não tende a ser mais criativo então já começo com esta estimativa tendo-o como um importante ponto de referência. 


Respectivamente,

1- Solução nova e útil de problemas 
Eu = 0,6 e 0,4    ''pessoa comum'' = 0,2 e 0,3

2- Raciocínio abdutivo e dedutivo
Eu = 0,7 e 0,5  ''pessoa comum'' = 0,2 e 0,3

3- Abstração/metáfora e causa/efeito
Eu = 0,8 e 0,6   ''pessoa comum'' = 0,2 e 0,3

4- Pensamento divergente e convergente
Eu =0,7/0,8 e 0,4  ''pessoa comum'' = 0,2 e 0,4/0,5

5- Variação cega e retenção seletiva
Eu = 0,7 e 0,4  ''pessoa comum'' = 0,2 e 0,3

6- Implícito versus explícito 
Eu = 0,8 e 0,5 ''pessoa comum'' = 0,2 e 0,4

7- Desinibição neuronal versus fidelidade neuronal
Eu = 0,7 e 0,6  ''pessoa comum'' = 0,3 e 0,5

8- Default mode network versus Cognitive control network
Eu = 0,7 e 0,7  ''pessoa comum'' = 0,3 e 0,4

9- Psicoses versus Autismo
Eu = 0,5/0,6 e 0,6  ''pessoa comum'' = 0,2/0,3 e 0,2

Portanto em termos de intensidade correlativa, eu avaliei-me como ''mais intenso'' na maioria dos termos dicotomizados usados, e pendendo mais para a ''criatividade''. Ao longo desta releitura antes de publicá-lo eu me lembrei de uma ideia que tive sobre a sabedoria, como uma condição intermediária e mesmo idealmente julgadora entre a inteligência, em sua [suposta] manifestação mais pura/cristalizada e a criatividade, em sua [suposta] manifestação mais fluida. Talvez continue usando este modelo em um novo texto só que para falar, espero que de maneira resumida e entendível, sobre a sabedoria.










segunda-feira, 29 de maio de 2017

Impulso simulado= imaginação. Tentativa de re-explicar a minha teoria sobre a imaginação

No meu último texto sobre imaginação parece que eu não deixei muito bem explicado do que se tratava. Então agora com este texto possivelmente pequeno eu pretendo fazê-lo. Eu disse que a imaginação ou que a sua composição fundadora se consistiria em uma assimetria entre a vontade de fazer muitas coisas ou impulsividade e maior auto controle. Ficou estranho o uso do termo assimetria ainda que possivelmente falando faça sentido de alguma maneira. No entanto tive outras ideias de como explicar esta minha teoria de maneira menos confusa ou cavernosa. Vamos lá!

O próprio nome diz: impulso simulado. Vou pegar um exemplo proto-erótico, o nobre ato da masturbação. O sexualmente impulsivo que é incapaz de se conter, quando lhe vem à mente a vontade de fazer sexo, geralmente ou esperadamente, se porá a buscar pela consumação de tal ato até mesmo por vias extremamente imorais como o estupro. Em compensação quem é muito imaginativo pode ser capaz de, em partes, se contentar com uma "homenagem" no banheiro, imaginando cenas e forçando sensações. O que percebemos? Ele tem impulsos fortes. Mas também tem auto controle e pode ter a imaginação como aliada, como uma maneira de sanar temporariamente uma vontade que não pode satisfazer ao vivo, isto é, com uma pessoa de carne e osso. Não sei quanto a vocês mas eu sempre fui muito imaginativo e quando fico muito nervoso com uma pessoa ou situação eu imagino cenas sei lá, de assassinato/justiça final ou de brigas. Percebam que o imaginativo parece ou pode ser muito impulsivo mas também auto-controlado, tudo ao mesmo tempo. A imaginação aparece como uma maneira de conter a impulsividade ao menos parcialmente. Aquele que é muito impulsivo poderia ser o tipo que "vive a própria fantasia" tendo ou vendo poucas barreiras (geralmente morais) que o impeça de tentar consumar certo ato, imoral ou não.

Evidente que  a imaginação é um produto do pensamento abstrato [pensar além do imediato], de um maior autocontrole [via reflexão ideacional ou planejamento antes da ação], mas também de um maior impulso, se funciona justamente como uma simulação mental daquilo que se impulsionou ou desejou fazer.


Portanto quando sentimos a necessidade de fazer algo e não é possível de se consumá-lo ao vivo ou de maneira literal, então tenderemos a apelar para as nossas capacidades imaginativas, e claro que, aquele que as exibi-las de maneira, constante e [minimamente] vívida, muitas vezes o fará por causa de seu maior auto-controle, transbordamento em pensamentos vívidos, aquilo que não pôde consumar no exato momento. Também poderíamos pensar no imaginativo como alguém que tem muita vontade ou impulso de viver de maneira mais agitada mas por causa tanto de suas capacidades imaginativas quanto de seu maior auto-controle acaba utilizando deste artifício como compensação, ''concordando'' em partes com o meu primeiro texto sobre esse assunto. Portanto temos o impulsivo e o impulsivo com maior auto-controle, e que pode usar a imaginação como descarga de seus impulsos, de praticar no pensamento aquilo que pretendeu fazer de maneira literal ou real. Claro que, altos níveis de imaginação podem comungar com altos níveis de impulsividade comportamental, e mesmo a maioria dos mais imaginativos, por serem ou parecerem ser mais vívidos, acabarão sendo menos auto-controlados do que por exemplo uma pessoa com níveis mais baixos de imaginação, mais ''pé no chão''. Aqui eu propus que a imaginação parece funcionar como uma válvula de compensação, por parecer que se manifesta com maior intensidade em indivíduos que são ao mesmo tempo, mais vívidos/instintivos/impulsivos mas também mais auto-controlados. Transformam o impulso instintivo em simulação mental, ao invés de praticá-lo, de irem diretamente do pensamento para a ação. Portanto apesar de sua maior energia vívida, em média, pelo que parece ser, o muito imaginativo, justamente por causa de sua maior tendência para a deliberação ideacional/imaginativa, será mais propenso a dialogar e refletir mais, a priore, antes de praticar uma ou outra ação, tal como, metaforicamente, se tivéssemos uma grande massa de água seguindo em direção a certo porto e ao invés de invadi-lo e subsequentemente a cidade em frente, parasse em meio às barreiras e portanto jorrasse de maneira mais esparsada e fraca do que direta e portanto intensa. O imaginativo ou talvez alguns tipos, seria aquele que apresentaria uma grande carga de pensamentos ou impulsos instintivos mas que ao invés de se entregar à correspondência imediata dos seus desejos, ''dialogaria'' consigo mesmo com o intuito de frear as suas disposições impulsivas. O famoso ''contar até 10'', mas com imagens e sensações.


Ou nem tanto....

Andar sozinho e outros ninhos

Seguindo a própria sombra
A lua em cima, de vigília
Mãe urra em silêncio
As cores são sóbrias
O lamento, soerguia
Só, e não é de momento
Minha perspectiva
Meu existir 
Meu barco, apenas um marujo
Meu leme, leva-me ao nada
De onde eu vim,
O vento da vida
Sopra fundo em meu coração
É melancolia
Mais que desperto 
Mais que alerta
Mais que adaptação 
Ou sobrevivência
Se o que mata é a vida
Num universo
Entre ego-versos
Cá estou, um verso de mim,
Eu rezo sem ver deus
Eu espelho o mistério de ser
Eu sou puro reflexo 
De corpo e alma
De torso e chama


O meu vácuo 


Aqui, escuro e silencioso,
O som quer ser ouvido, mas sussurra em voz baixa,
A luz quer brilhar mas é fraca,
Muito aqui dentro, onde os sonhos são eternos,
Onde a essência é solta e imperiosa,
Onde o olhar vivo procura por vida, na morte da existência, 
Num olho sem matéria ou energia,
No centro da terra, no meu umbigo,
Numa frequência muito baixa,
O barulho do vácuo, o núcleo do núcleo,
O meu laço com o sentido,
Os meus passos, na rua, ou pisos,
A minha teia, em veias,
Em lágrimas ou pêssegos,
Sentir o vazio dentro de mim,
E ver este fenômeno, este sentir,
De buscar em minha'alma,
As origens deste, do meu existir.

Criatividade [logicamente produtiva]: Perfeccionismo e originalidade [novamente)

Pré condições 

Perspicácia ou atenção aos detalhes = perfeccionismo

 e pensamento divergente = originalidade

Criatividade [logicamente produtiva] ou "apenas" super perfeccionismo [geralmente específico]?? 

Obviedade/facilidade perceptiva e intimidade utilitária: tudo aquilo que mais importa, por que a ''espinha dorsal da macro realidade'' é o mais importante de tudo*

Tudo aquilo que é, a priore, fácil de ser reconhecido, que é influente ou atuante em nossas vidas, enfim, que compõem a ''espinha dorsal da macro-realidade'' [eu, você, nós, eles, o ambiente: todos os padrões intimamente reconhecíveis, a priore], que é de grande importância para as nossas vidas assim como também para as vidas dos outros, seres vivos humanos e não-humanos, que nos moldou, que nos é íntimo, constante ou essencial e que irá desembocar em padrões futuros de interação e existência...

sexta-feira, 26 de maio de 2017

Imaginação: assimetria entre a vontade de fazer muitas coisas + auto-controle

Será*

Tive um insight agora sobre a possível composição fundadora da imaginação: assimetria entre a vontade de fazer ''muitas coisas'' ''ao mesmo tempo'' [ou apenas faze-las] + maior autocontrole, tal como se a impulsividade comportamental fosse internalizada ao invés de praticada ao ''ar livre'', e em especial, ''as coisas'' que não estão facilmente acessíveis pra serem vividas. Enfim, mais uma ''teoria'', talvez a desenvolva um pouquinho mais, como eu, um homem econômico, gosto de fazer.  

terça-feira, 23 de maio de 2017

A poesia que não se escreve

Quando a poesia esconde
Sequer brota ou nasce
Se nivela nas paredes, nas camas
Nos campos, no tempo 
No humor do dia
Em noites de solidão, de alegria 
Da mais pura chama 
Com ou sem música
A poesia que se vive 
Na beleza do simples ato
Lutando brevemente
Domando a morte
Acalmando a alma
Enquanto dorme
Despertam os sonhos 
Enche de esperança
Pensa que faz sentido

Fica menos rancoroso
Que ao menos o conhece 
Que será eterno
Que sempre, será o seu ÚNICO verbo

A cristalização ou internalização de certo ''conhecimento'' ou ''informação'' é a instintivização dos mesmos

A capacidade de memorização e especialmente a humana é a capacidade de transformar ''informações'' em instintos, isto é, em conhecimentos intuitivamente reconhecíveis, que se torna entendido ''sem saber'', tal como acontece com os instintos inatos ou ''instintos verdadeiros''. Esta capacidade de expansão do próprio instinto, especialmente por parte do ser vivo humano pode ser denominada de ''de novo instinto''.

segunda-feira, 22 de maio de 2017

Capitalismo: O sistema às cegas

Às cegas
A curto prazo
Ou a curto circuito
Às sombras do futuro
Livre mas cativo
Livre pra comprar
Cativo pra pensar
Como que seria 
Se o capital não fosse Deus
Se os ricos não fossem judeus 
De quatro em quatro
De eleito em eleito
A falsa dama democracia
Casou por interesse com o capital
É mais uma miragem do que real 
É representante mas não é povo
E o povo, massas de gado, risos e agrados, gritos e tolos
Mansos, sugestionáveis, apáticos,
Moldáveis, retornáveis, o lixo que recicla
Desde sempre, desde os primórdios
Que a civilização é brutal 
Que o civilizado é obediente

Que o civilizado é crente 
Que o capitalismo inconsciente
Às cegas
Sobrevive em cada guerra
Em cada dor
Em cada estupidez
Em cada tormento

O artista sábio é a morte do ator

N'atuação, fingindo ser,
Alguém que não se é,
Imitando, espelhando, 
Sem ser autêntico,
Sendo outro, como um ator,
Como uma sombra, como um adorador,
N'apropriação, vive um sonho, talvez uma inspiração,
Nunca uma realização, nunca de si próprio, sempre o outro, para o outro,
Sempre o palco, e a fama, vem junto o narciso, a derrama, nunca as luzes de si mesmo, em si mesmo, nunca o autoconhecer, 

Precisa de palmas, de elogios, de fãs, de burburinho,
Na morte do ator, do ato de ser o outro, 
Nasce o artista sábio, ainda um princípio, ainda pouco, mas um começo, um despertar, talvez nunca desperte totalmente, ma[i]s sábio será, não mais atua para os outros, torna-se o próprio juízo, que toma ideais, a qualidade, o seu primeiro espelho, não mais os outros, e seus impulsos emotivos, sua confusão, ou seus sinais vermelhos, 

Torna profundo e real este compromisso,
Mesmo o ator, como profissão, 
Torná-lo paixão, 
Mesmo no ato de nunca ser a si mesmo,
Ainda sê-lo,
Deixa de ter impressões e achismos,
Quando descobre o caminho,
Da penumbra, um sentido,
De risos frouxos, de cócegas, um guizo,
Um aviso, um barulhinho, 
Um rito, e a vida fica mais fácil,
Descobre mais e mais, e talvez retorne,
mais e mais, em si, e ergo, 
Jaz tua farsa, deitada e morta,
Vive a tua graça, quente, ansiosa,
Pronta para sê-lo, e tua hora, mais tua,
Descobre um princípio,
Uma rua,
Não sabia onde sair ou ir,
Agora o controla,
Seu verde e cuidado labirinto,
E depois, busca n'outro maior,
Que encobre a própria vida,
Que é a própria vida,
E assim, o sábio artista,
Ser.


Estabilidade emocional ou neuroticismo** Qual que você ''herdou' e expressa com maior tendência**

Espera...

Não herdamos ''o neuroticismo'' ou a ''estabilidade emocional'', mas todo esse espectro de variabilidade responsiva. Até podemos defini-los como ''de natureza introspectiva'', porque como eu já falei, quando nos tornamos mais neuróticos ou mesmo quando estamos mais emocionalmente estáveis, o fazemos de maneira mais intrínseca ou intrapessoal. Quando estamos a falar sobre comportamento e genética, estamos a falar sobre ''espectros responsivos'' e não necessariamente de um desses traços. Ainda é fato que alguns nascem mais de um jeito, ou mais para um dos ''lados'' deste ou daquele espectro, do que outros. No mais, eu uso a metáfora do estojo com lápis de cor [bem infantil] para explicar-lhes esta minha ideia, mais um devaneio proto-calculado, aliás nem tão nova porque já o expus em um combo de ideias, só que sem desenvolvê-lo, metaforicamente, à moda da casa. Então, vamos imaginar que você ganhou um estojo de lápis de cor da ''tia'', por causa de seu excelente comportamento em sala de aula + ótimas notas [gente, é só pra imaginar ok* Como diz o Chaves, é apenas um supositório!!]. Aí você, todo alegrinho, começa a usá-los para colorir, desenhar [diga-se, rabiscar e gastar folhas de papel, as árvores agradecem], etc... Ao longo do tempo você começa a usar mais algumas cores do que outras. O verde te agrada mais do que o vermelho. Aí progressivamente você vai se tornando mais tendencioso, e sempre usando mais certas cores do que outras. Então vamos imaginar que o ''ambiente'' [outras pessoas] começam a influencia-lo. É a professora [fessora] que passa tarefas para colorir só que com certa obrigatoriedade de uso das cores frias do que das cores quentes, por exemplo, ''desenhar uma floresta tropical úmida e bem no meio de uma chuva torrencial de verão em algum recanto sortudo de Mata Atlântica''. É o seu pai que lhe pede que desenhe a bandeira da Líbia, enfim... Percebam que você já tinha uma certa preferência por cores frias. Aí o ambiente começou a reforçar esta tendência ou disposição. Você continua a ter todos os lápis de cor à sua disposição, mas: certa preferência inata + ambiente o direcionaram para enfatizar-se em certo caminho do que em outro. É isso...

domingo, 21 de maio de 2017

Não sei se já falei sobre isso [quase certo que sim, mas com outras palavras]...

... Que seja rápido!!

Frieza versus maturidade/controle emocional

Pra ter controle emocional é preciso ter emoções, primeira e obviamente, e de preferência muitas delas. Quem é emocionalmente frio geralmente ou definitivamente não terá uma grande carga emocional para que possa ser controlada. É fácil controlar algo quando o tem em valores parcos. É um desafio e uma possível conquista quando se tem algo em valores mais superlativos e consegue impor-lhes o seu controle. 

E a maturidade emocional se oriunda a partir deste controle e não da frieza ou de uma falta de impulsos emotivos. Novamente, não confundir uma possível sabedoria [empatia cognitiva/emotiva elevadas === que são importantes para um verdadeiro entendimento da realidade, ao menos em relação às suas particularidades mais importantes, a tal ''espinha dorsal da macro-realidade''] com uma provável psicopatia [empatia cognitiva elevada/emotiva permanentemente debilitada]. 

A arte é a descrição estética do efeito... A ciência é a busca pela origem ou causa [literal] do efeito, partindo é claro por sua própria literalização.. A filosofia é por conclusão aqui determinada a meio caminho entre as duas

Isso talvez explique o provável porquê do domínio "artístico" sobre a narrativa [existencial] de sociedades mais "primitivas" ou simples, para explicar a realidade vivida, assim como também o surgimento da religião e da cultura... e mais tarde da ideologia, e do aparecimento mais atrasado da ciência e/ou de seu atrasado processo de dominação [generalização] sobre as sociedades humanas, principiando pelo domínio técnico simples [invenção de armas e utensílios] até aos voos cada vez mais ousados adentro de um dos domínios mais artística e ''filosoficamente'' [culturalmente] dominados, as ciências humanas/mentalistas e sócio-econômicas.  

Abstração ou simbolização do efeito ou da causa... Literalização científica ou procura pela causa...

... se a origem ou causa é sempre física.

A abstração muitas vezes consistirá na simbolização do efeito ou da causa com base numa descrição diversamente próxima do idealmente físico ou conclusivamente real.

A ideologia da ciência é a física. O processo científico é muitas vezes o processo da dessimbolização do conhecimento, com o intuito de transformá-lo em um derradeiro ou físico entendimento, ainda que, talvez se possa ter um ótimo entendimento sem a estrita necessidade de torná-lo físico ou ''mais real''.


A abstração é caracteristicamente metafísica. 

Por que as habilidades emocionais são parte essencial e natural da inteligência, especialmente a humana*

Porque a inteligência não é o traço [de comportamento] em si mas o seu uso e com finalidades característica, intensa e diversamente inteligentes, que também podem ser entendidas como ''tomada estratégica e realização correspondente'', isto é, tem-se em mente um plano, o realiza e o faz o de modo bem sucedido, claro, desprezando parcialmente a necessidade da compreensão factual.

sábado, 20 de maio de 2017

Por que a filosofia é anti "científica"

A filosofia é o bem mais precioso que a humanidade poderia dar pra si mesma. A incrivelmente poderosa possibilidade de sua harmonização holística e constante é com certeza a maior revolução que o homem poderia ter pensado. No entanto, a ciência tem aparecido cada vez mais  como uma antagonista da filosofia e além de sua natureza pragmática, a própria filosofia, ou a filosofia descaracterizada de sua autenticidade essencial,  também aparece como uma das maiores culpadas por esta situação progressivamente conflitiva.

No mais, poder-se-ia dizer que, a verdadeira filosofia advoga pelo fim da cadeia alimentar entre os seres humanos e se possível estendê-lo aos seres vivos mais próximos, enquanto que a ciência foi desde os seus primórdios sequestrada por mentes primitivas justamente com o intuito de cultivar os conflitos humanos, de normalizá-los, ou pior, de tratá-los como uma espécie de naturalidade característica humana. A ciência é usada para acumular e usar o poder contra os outros, a filosofia em condições ideais deveria ser usada para compartilhá-lo.

sexta-feira, 19 de maio de 2017

A religião mais parece ser um aprofundamento ou intensidade da imposição cultural sobre uma determinada população, justamente por principiar a sua força a partir da ''camada existencial'', que se consiste na perspectiva mais primordial da vida enquanto agente de observação

... enquanto que culturas comparativamente menos intrusivas tenderão a focar com maior intensidade nas importâncias existenciais menos essenciais...

1. Existencial 

2. Evolutiva

4. Cognitiva/lógica

3. Social 

4. Cultural


Esta parece ser a diferença entre a religião monoteísta ''ocidental' e as religiões do extremo oriente

Realizações pequenas: constantes, onipresentes e onipotentes [princípio da sabedoria]...

... realizações médias: mais esporádicas e realizações grandes [de gênio]: extremamente raras e geralmente possíveis apenas em uma fração minoritária de seres humanos.

Exemplos de realizações pequenas: aprender com erros de conduta comportamental.


Realizações médias: salvar um ser vivo em apuros.

Realizações grandes: genialidade.

Obs.: surpreendentemente uma predominância de realizações pequenas também tende a escassear entre os seres humanos, se se consiste em uma expressão comum aos muito sábios.

Criatividade convergente (manipula os elementos de uma narrativa...

... resultando em uma nova combinação, mas não em um novo produto)

Criatividade divergente/transcendente: / Manipula os elementos resultando não apenas em uma maneira diferente de ver o mesmo produto mas também em um novo produto \

Entre a cognição convergente e a divergente partindo da lógica gradual do espectro esperar-se-á que também exista uma cognição intermediária entre as duas. Talvez também possamos vê-la como a fonte principal para a criatividade e não apenas ou especialmente a cognição divergente se a criatividade é uma fonte que conecta e expande o velho ou conhecido para o novo, isto é, que conecta o convergente ao divergente. 

Portanto estamos muito mais convergentemente criativo ou de curto prazo no sentido de criar ou recriar algo novo especialmente em relação às nossas narrativas diárias tal como na brincadeira do telefone sem fio, sem chegarmos a de fato criar novos produtos. A cognição divergente apenas, seria mais como uma completa e constante rebelião ou originalidade contra o conhecimento ou convergência acumulada. 

Em termos de pureza  e/ou precisão semântica o termo criatividade refere-se ao ato de criar e não necessariamente ao ato de criar com qualidade. Esta é uma maneira semanticamente pura e precisa de se entender o termo criatividade. A criatividade lógico-transcendente que se consistiria no verdadeiro conceito daquilo que tem sido tratado como definição original e correta da criatividade. E o ato de criar por sua vez parece estar onipresente ao raciocínio e portanto à inteligência, especialmente a mais autoconsciente, que se manifesta quase que exclusivamente entre os humanos e mais intensamente em uma minoria deles.

A evolução da verdadeira democracia: a eugenia

E se as massas fossem mais sábias??

A maioria das modernas democracias não são idealmente democráticas, especialmente porque existe uma grande assimetria de poder e de entendimento factual entre as muitas classes sociais que compõem essas sociedades, em que falsos ''representantes do povo'' são eleitos,só que geralmente não o representam. Um exemplo muito evidente: se a democracia fosse real nessas nações neste exato momento não estariam acontecendo imigrações/invasões ou ocupações em massa nas ditas ''sociedades ocidentais democráticas'', porque a maioria das pessoas são contrárias à mesma, especialmente as classes trabalhadoras, por razões mais do que evidentes e jamais foram consultadas sobre essas transformações impostas. Democracia sem diálogo com o povo não é democracia. Também é interessante pensar o papel da ideologia ''igualitária'' que tem sido desenvolvida... para justificar esta ''fase'' da globalização, eufemismo para ''mais um capítulo da estória podre da dita humanidade''.  

Para que um povo se torne capaz de gerir-se sem a necessidade de classes dominantes ou muito assimétricas em relação a si próprio, há de se ter melhores capacidades racionais, isto é, de discernimento, e o que vemos é o predomínio de uma esquálida racionalidade entre as massas, que ''ainda'' estão dominadas e mesmo reproduzem a ''psicologia da força'', mesmo dentro de suas próprias famílias, como eu já falei. Se já se sabe ao menos entre os mais particularmente interessados e espertos, que as características psicológicas são intrínsecas aos seres vivos/humanos, ainda que o ambiente também tenha o seu papel nesta conjugação ou dinâmica de ação e reação, e que portanto também são geneticamente transmitidas, então podemos com isso pular para a conclusão '' é possível selecioná-las em maior predomínio e constância'' ao invés de remediar possíveis ''imprevistos' ou ''erros' de percurso. 

Sim, parece inevitável pensar que, apenas uma população mais racional que de fato conseguirá gerir a si mesma = verdadeira democracia.

Por que os seres humanos ''precisam' de uma explicação [independente de sua qualidade factual] para tudo aquilo em que se interessam*

Porque eles precisam construir fronteiras do pensamento para que então possam agir a partir deste território, tal como reconstituir as fronteiras do instinto que encontram-se dominantes nos outros seres vivos. 

O mais do mesmo, só que dito de outra maneira e possivelmente mais entendível.... Inteligência/estupidez intelectual e cognitiva [QI]

Eu já comentei várias vezes e sob vários ângulos sobre esse assunto, por exemplo, construindo os conceitos de ''idiota/estúpido universal'' e o de ''idiota/estúpido contextual''. Só que agora eu vi uma maneira mais entendível para nos referirmos a esses tipos. Vamos lá, será bem rápido!

Inteligência/estupidez COGNITIVA [geralmente bem mensurada por testes cognitivos/QI] e Inteligência/estupidez INTELECTUAL [compreensão factual + consciência estética]

Podemos ter um clérigo muito cognitivamente inteligente, isto é, com excelentes habilidades secundárias/acessórias: vocabulário amplo, agilidade mental, habilidades matemáticas avançadas, bom conhecimento geral.... só que, com habilidades primárias/essenciais que deixam a desejar ou que se contrastam com as suas habilidades secundárias, que são a compreensão factual/racionalidade intelectual e a consciência estética/racionalidade moral. Em outras palavras, este clérigo pode escrever textos belíssimos mas na hora de diferenciar fatos de factoides ele se perde completamente, e mais, porque pelo simples fato de ser um ''agente do senhor todo poderoso'' e em especial se acreditar nisso, denotando níveis mais profundos de pensamento mágico, já o condenará em termos intelectuais, especialmente em relação ''ao que mais importa'' ou à ''camada existencial factual'' que o ser humano pode capturar e vivenciar. Eu acho que já tentei explicar quais seriam as diferenças entre o intelectual e o cognitivo, o primeiro uma combinação entre o emocional e o cognitivo, enquanto que o segundo se relacionaria mais à ''máquina ou computador humano'', que apenas processa as informações, mas sem avaliá-las. O cognitivo expressa a capacidade de processamento, o intelectual a capacidade de julgamento ou de ''processamento final'', isto é, a finalidade de todo este processo. O intelectual revela a integração de todos os ''sistemas'' mentais enquanto que o cognitivo expressa apenas a parte mais mecânica e acessória, por exemplo, as capacidades verbais, que servem como ''identificações'' ou ''marcações'' de nossos pensamentos, tal como quando usamos aquela caneta de cor verde-limão aberrante para marcar as partes mais importantes de um texto, para estudar pra prova.

Big five Brazil

BraZil [médias atuais ''estimadas'']

de 0 a 1 em nível de ''intrinsecabilidade''

baixo 0 a 0,3
médio 0,3 a 0,6
alto 0,6 a 1

Neuroticismo 0,6
Introversão   0,3
Amabilidade  0,4
Conscienciosidade/escrupulosidade  0,4
Abertura para a experiência  0,3

Rio Grande do Sul

Neuroticismo 0,7
Introversão   0,5
Amabilidade  0,6
Conscienciosidade/escrupulosidade  0,6
Abertura para a experiência  0,5

São Paulo 

Neuroticismo 0,7
Introversão  0,4
Amabilidade  0,5
Conscienciosidade/escrupulosidade 0,5
Abertura para a experiência 0,5

Rio de Janeiro

Neuroticismo 0,7
Introversão 0,2
Amabilidade 0,4
Conscienciosidade/escrupulosidade 0,3
Abertura para a experiência  0,6

Bahia

Neuroticismo 0,3
Introversão 0,2
Amabilidade 0,4
Conscienciosidade/escrupulosidade 0,3
Abertura para a experiência 0,5

Comparações internacionais [estimativas]

Argentina

Neuroticismo 0,7
Introversão 0,5
Amabilidade 0,4
Conscienciosidade/escrupulosidade 0,5
Abertura para a experiência 0,5

Canadá 

Neuroticismo 0,7
Introversão 0,6
Amabilidade 0,6
Conscienciosidade/escrupulosidade 0,7
Abertura para a experiência 0,6

Japão 

Neuroticismo 0,7
Introversão 0,8
Amabilidade 0,7
Conscienciosidade/escrupulosidade 0,7
Abertura para a experiência 0,3

fontes: estereótipos [a maioria deles são muito acurados]; ''lógica intuitiva'' ou ''chute calculado''; falta de vergonha na cara.

quinta-feira, 18 de maio de 2017

Por que a vida tem um padrão geral de funcionamento*

Pergunta idiota, resposta cretina...

Porque o padrão geral de funcionamento de um organismo é derivado do próprio universo que por sua vez também é um organismo físico ou fenomenológico. Planetas, estrelas também apresentam ''núcleos'', fronteiras ou limites, padrões estáveis/gerais de funcionamento, etc


quarta-feira, 17 de maio de 2017

A paranoia interpessoal TAMBÉM pode ser entendida como...

... uma espécie ou classe de transtorno obsessivo compulsivo, em que o ''expressador'' [ou o paranoico] transfere expectativas de conduta aos outros indivíduos, ao invés de fazê-lo com ''impessoalidades'', por exemplo, nos casos clássicos do transtorno obsessivo compulsivo, em que se busca descarregar desejos intensos de ordenamento de parte da realidade por meio de rotinas ritualizadas ou mesmo em relação aos objetos ou ''bens materiais'', geralmente que estão dentro de casa. Portanto, poder-se-ia, talvez, denominar a paranoia interpessoal como uma espécie de ''transtorno obsessivo compulsivo parcial inter-pessoal'', e o próprio transtorno obsessivo em ''transtorno obsessivo compulsivo intra-pessoal'' [que quase sempre exibe uma natureza parcial ou específica, ao invés de generalizar-se a todos os hábitos do indivíduo afetado] e impessoal. O segundo cria pra si mesmo rituais rígidos de comportamento, enquanto que o primeiro o faz, de modo diversamente menos rígido, ainda assim caracteristicamente rígido, em relação ao comportamento alheio, criando expectativas quanto às suas condutas em relação a si mesmo. Seria como a ''expectativa da reciprocidade comportamental'' levada ao extremo, ou nem tanto, porque como eu tenho falado, especialmente no caso do ''paranoico' racional, as suas atitudes serão mais justificáveis ou entendíveis do que no caso de ''paranoicos' irracionais.

O processo empático [interpessoal] finaliza-se justamente pela espera [consciente ou não] da reciprocidade, de ação e reação, depois da abordagem empática, de reconhecimento mútuo de padrões, e enquanto que a maioria das pessoas tende a vê-lo e a vivenciá-lo de maneira menos intensa, o paranoico interpessoal o fará de modo histriônico, super enfatizando-o, não necessariamente de maneira ritualística, mas intuitivamente prevendo como que os outros poderão agir em relação a ele. O uso constante do pensamento preditivo interpessoal, amplificado pela internalização acumulativa de padrões comportamentais, pode resultar na paranoia, se antecipando às interações, e/ou reagindo de maneira hiper-sensível às mesmas. Percebe-se claramente a existência de uma hiper-sensibilidade perceptiva desta natureza. Por exemplo, depois de experienciar interações negativas com um certo tipo de pessoa [em termos culturais, invariavelmente étnicos, comportamentais], sempre quando ''a'' vejo andando na rua, eu tendo a me antecipar, e isso parece ser uma espécie de ''memória autobiográfica específica'' a essas particularidades de nossas interações. 

Super vigilância preditiva evolutiva

Super-reação ao comportamento não-verbal [mas também verbal] hostil

Não é sempre que uma pessoa com disposições paranoicas se manifesta deste modo, apenas quando ela sente que está sendo ameaçada, de alguma maneira, corretamente identificada ou não. Portanto, sim, a paranoia como muitos sabem também se consiste em uma manifestação geralmente histriônica em relação ao comportamento [não-verbal/verbal] hostil, só que tende a acontecer de modo mais introspectivo do que abertamente declarativo. Até poderíamos dizer que o paranoico tenda a ser o tipo ''impulsivamente agressivo'' só que dotado de maior capacidade de controle, que pode variar de indivíduo para indivíduo, em que, ao invés de partir para a agressão física, consome os sentimentos negativos ''dentro de si''.


OU NÃO, ;)

Psicose tradicional (em relação à concretude), psicose abstrata (em relação à verdade subjetiva) ou "psicose inteligente")

O esquizofrênico/psicótico [assim como também os tipos menos intensos como os esquizotípicos] tem alucinações tanto em relação à verdade objetiva ou concretude quanto em relação à verdade subjetiva ou abstrata. Em compensação também é possível ser ou se tornar mais psicótico"apenas" em relação à verdade subjetiva ou abstrata. Isto é, pode-se ter uma capacidade perceptiva primária dentro da normalidade, em relação à verdade imediata ou concreta, mas não em relação à [potencial] verdade que se produz mais além do imediato e concreto/físico. É justamente aí nesta falha comum da espécie humana que toda sorte de sistemas de crenças factualmente diversos em qualidade (ou falta dela) tem sido construídos. Acho que já falei sobre isso mas não a partir desta [micro, nano...] perspectiva. Eu disse que o ser humano exibe uma capacidade perceptiva/sensorial balanceada em relação à verdade objetiva ou concretude [em contraste aos outros seres vivos], enquanto que em relação à verdade subjetiva ou abstrata ele se torna perceptivamente assimétrico, resultando em uma multitude de psicoses parciais abstratas, isto é, distorções da macro-realidade, expandida além da concretude/verdade objetiva. O ser humano pode reconhecer os padrões imediatos ou concretos de uma floresta, mas pode se confundir para compreender além daquilo que os seus sentidos captam e que a sua percepção interpreta de imediato, em relação a este cenário, isto é, pode produzir pensamentos conclusivos de causa e efeito contraditórios a equivocados, por exemplo, em relação à dinâmica da cadeia alimentar presente neste lugar hipotético. E esta situação se torna mais grave quando ele precisa interpretar a realidade social de sua própria espécie, mas especialmente, a ''realidade ou verdade existencial'', isto é, sobre si mesmo ou tudo aquilo que está mais vinculado a si mesmo. Para escapar de todas essas incertezas existenciais, que se relacionam umbilicalmente com as suas próprias existências ou vidas, um número invulgarmente alto de seres humanos optará pela certeza das crenças do que pela incerteza dos fatos desta natureza [existencial]. Isso também se relaciona com o deslocamento de uma perspectiva eu-cêntrica para uma perspectiva mais impessoal, em que deixamos de ser o centro até mesmo de nossas próprias atenções, para nos tornarmos ''insignificantes'' aos olhos da grandiosidade cósmica.  

Portanto quando começamos a elaborar e a priorizar os tipos de pensamentos, ideias e ''ânsias ou expectativas'' que hegemonizarão as nossas mentes [que está sob a influência dos genes/instinto], nos tornaremos mais vulneráveis para internalizar sistemas proto-psicóticos de crenças que alimentarão nossos ''egoísmos perceptivos [irracionais]''. Parece que temos dois tipos de pessoas que acabam priorizando ou enfatizando por ''pendengas existenciais'': os medrosos ou escapistas e os valentes ou realistas. Os primeiros exibem uma motivação intrínseca para pensar com maior frequência e importância sobre essas questões existencialistas, só que, por alguma razão, provavelmente de natureza instintiva/genética [tipo, nível de inteligência, especialmente a de natureza analítica; tipo ou nível de personalidade, etc],  acabarão buscando pelo escapismo das crenças humanas, tendendo a abraçar aquela que melhor se comunicar, sob vários níveis [psicológico, fisiológico ou étnico...], com eles. Os segundos também exibem a mesma motivação intrínseca mas reagem de maneira diametralmente oposta, em que, ao invés de fugirem do desafio que escolheram, o aceitam de maneira substancialmente significativa. Os escapistas assim como os realistas não ''escolheram'' priorizar por questões existenciais, mas precisam reagir a este constante assalto, e na totalidade das vezes [a partir do momento em que estamos delineando o conceito de maneira explícita: o escapista] o farão com base na fuga desta interação OU com meios para se enganarem, isto é, tal como se estivessem sempre olhando para morte no espelho [principal de casa] mas acreditando ou passando a acreditar que depois dela haverá vida novamente ou qualquer outro tipo de metafísica infinita. E uma conclusão óbvia deste assunto é que a maioria dos seres humanos serão muito mais escapistas [ideologia, cultura, religião] do que realistas.

Mesmo a maioria dos ateus, ao menos hoje em dia, tem escapado de um abraço sincero e completo à realidade, e trocado a religião pela ideologia, tal como eu tenho comentado desde quando eu tinha o velho blogue.