Estruturas complexas dificilmente podem se formar de maneira abrupta
Pré vida
Eu já comentei ou devo ter comentado que a vida foi forjada com base em uma espécie de pré seleção natural de elementos que a tornaram possível de ser. Portanto antes da vida devem ter existido pré vidas ou estruturas intermediárias entre o inanimado e o animado, o elo perdido da vida, tal como acontece com a evolução das espécies.
Assim como ''aconteceu'' com o universo, a sua origem se deu quando elementos, que antes, encontravam-se separados, se uniram, o gerando. Quando os elementos que não podem ocupar o mesmo espaço, passam a ocupar o mesmo território de espaço, entrando em um estado de convergência e cooperação ou estruturalização, quando os elementos terminam por se organizar para sustentar uma mesma estrutura em comum.
Poder-se-ia pensar, novamente, se, o fenômeno da seleção natural, que também pode ser denominada de ''método de tentativa e erro'', não se manifestaria também entre os elementos não-orgânicos, e em especial, nos elementos pré-orgânicos ou que, encontram-se separados uns dos outros, mas que, estão presentes em cada forma de organismo ou vida.
Enfim, é isso, mais um delírio ou ''chute calculado''.
sexta-feira, 28 de abril de 2017
Você pode aumentar o seu qi real?? Claro que sim..
Comece por humildade e honestidade intelectuais
Cheque a sua compreensão factual
"Aumente o seu qi em 20 pontos"
Q.I = quociente de inteligência
Inteligência: dentre os muitos conceitos ou melhor, facetas conceituais válidas que já foram criadas sobre a inteligência, eu acredito que a compreensão factual seja uma das mais simples e precisas. A capacidade de discernir fatos de factoides e até mesmo ao ponto de conseguir desenvolvê-los, consiste-se em uma das características mais importantes da inteligência. Poder-se-ia afirmar que, se a compreensão factual falhar todo resto a seguirá, não importa o quão brilhante possa ser para acobertar e/ou sofisticar inverdades.
Portanto tê-la sempre afiada e aberta para atualizações é de vital importância para a saúde intelectual. Também parece ser necessário a humildade e a honestidade intelectuais, juntas, completando o autoconhecimento, para que se possa atualizar ou mesmo retroceder se for necessário, sempre visando o fato, a priore, controlando o instinto e buscando agir como a um verdadeiro cientista.
Então se quiser aumentar a sua inteligência, de maneira qualitativa, comece pelo começo, com a compreensão factual. E lembre-se que também existem fatos morais.
Não existem meios naturais para aumentar ou estender o instinto/capacidade de armazenamento ou memória [tamanho da inteligência], além de suas limitações naturais, se os testes cognitivos de fato refletem o tamanho ou extensão média da inteligência, e aculturado/verbalizado. Mas talvez possa ser possível melhorar em termos qualitativos, e de maneira até ''mais' simples, com base na melhoria da compreensão factual = aprendendo a pensar e a diferenciar uma informação verdadeira ou fato, de um factoide...
quinta-feira, 27 de abril de 2017
Os paranoicos são narcisistas com baixa auto-estima
O paranoico pensa que é o centro das atenções, porque gosta muito de si mas sabe [mesmo não estando totalmente correto sobre isso] que não é unânime nem perfeito, seja em relação ao seu aspecto físico ou psico-cognitivo. Uma das características do narcisismo é a vontade ou sensação de ser o centro das atenções, por acreditar que seja total ou consistentemente superior aos outros [apesar de tender a esconder esse sentimento] e por isso merecedor de todas as atenções e elogios [e de fato, esta sensação de superioridade, pode estar parcial a predominantemente correta, ainda que a mesma valha pouco, se para vencer na vida é necessário a ação, transformar potencial em realidade] ou ao menos de considerações.
No entanto, apesar de narcisista, o paranoico também tende a ter baixa auto-estima, novamente, por saber que não é unanimidade [positiva] ou superior, por desejar que assim fosse considerado pelos outros e por sentir que seja, ao menos pra si mesmo.
Queremos ou tendemos a querer que os outros nos reconheçam de acordo com as nossas próprias auto-impressões. Isto é, que não alimentemos expectativas erráticas, que não se construa uma assimetria entre aquilo que queremos passar e aquilo que os outros pensam sobre nós. Isso pode ser denominado de ''espectro da justiça intrapessoal''. Acreditamos que somos desta ou daquela maneira e gostaríamos, em sua maioria, que fôssemos assim reconhecidos, especialmente em relação ao que passamos sobre nós mesmos aos outros.
Este conflito entre baixa auto-estima [interpessoal] e narcisismo [ou alta auto-estima intrapessoal] pode ser considerado um fomentador importante para o estado ou vício mental da paranoia ou especialmente de seu potencial/vulnerabilidade. E sempre ressaltando que existe um espectro de racionalidade ou justificabilidade lógica e de irracionalidade, mesmo em relação a estados mais viciados da mente, como no caso da paranoia.
Portanto nós temos o nível de disposição para a paranoia [narcisista com tendência à baixa auto-estima] ou intrinsecabilidade e também o nível qualitativo das interações inter-pessoais de curto e de longo prazo, que interagem com os seres e dessas interações resultando em enfatizações comportamentais.
Paranoia racional, novamente...
Outra possibilidade ou cenário, é a de que o paranoico (mais racional), ao ser mais agudamente detalhista/perfeccionista (que eu já comentei, sobre a intolerância à ambiguidade interpessoal) em termos intra e interpessoais, acabará se tornando mais alerta a erros genuínos de conduta [assim como também de exagerá-los] por parte das outras pessoas em relação a si mesmo [mas também em relação aos outros].
Este tipo nasceu ou apresenta grande naturalidade para enfatizar por um mundo social perfeccionista, só que vive em uma realidade que está bastante aquém de suas necessidades [exageradamente necessitadas ou não] e portanto acaba desenvolvendo mecanismos de defesa ou colocando parte de sua personalidade em um estado mais defensivo do que receptivo às intempéries sociais que o rodeia.
O paranoico tende a ser mais narcisista justamente por ser mais introspectivo, e geralmente de maneira mais desequilibrada, criando uma atomização ou um excesso de personificação das intenções e sinais externos, tal como se o mundo girasse em torno de si mesmo, como se ''tudo'' estivesse relacionado à sua pessoa, que fosse pessoal. Introspectivos tendem a ser mais narcisistas, não necessariamente da maneira estereotipada, mas tão ou mais auto-centralizado [e não necessariamente de maneira egoísta] que os tipos mais comuns.
Mini trauma psicológico ou paranoia
O estado vicioso da paranoia também pode ser entendido como um mini-trauma ou mesmo mini-fobia, por manifestar-se de maneira característica, abrupta, especialmente nas situações que lhe são mais cabíveis, e por ser o resultado ou uma resposta mais defensiva em relação ao histórico de interações interpessoais, exageradamente negativas, ou não. A mente se acostuma a um estilo de resposta mais intensa e passa a executá-lo quase que por osmose, especialmente quando o indivíduo se encontrar exatamente nas situações que são mais propensas a desencadeá-la.
E por último, novamente, maior a intrinsecabilidade ou intensidade de uma característica comportamental, mais propensa de se manifestar por osmose/ ação primária do que como resposta/ reação secundária. Aquilo que já falei sobre comportamentos defensivos/mais extremos racionais e irracionais, em que os segundos seriam mais generalizados ou indiscriminados do que os primeiros, resultando justamente em maior chance para o cometimento de erros de conduta, que por sua vez, podem ser denominados de ''sinais de loucura''.
E por último, novamente, a paranoia racional, e não apenas a paranoia, mas qualquer comportamento racional, tende a dar-se com base no encaixe diversamente perfeccionista em relação ao tipo de interação, e de curto a longo prazo, isto é, busca reagir [e agir] de acordo com a natureza da ação ou da reação, de modo menos bruto ou direto, mas ainda assim, mais recíproco. Portanto, a racionalidade comportamental tende a ser dependente do ''humor ambiental'', enquanto que, o comportamento pendendo para a sub-lógica ou mesmo para a irracionalidade total, tende a principiar-se pela negação desta relação recíproca de ação e reação.
O que leva uma pessoa à paranoia [interpessoal], especialmente a de expressões/intensidades mais brandas à medianas, parece ser a conjugação entre elevados níveis de narcisismo [não necessariamente do tipo mais estereotipado, que geralmente combina-se com níveis ''saudáveis' a altos de autoestima] e baixa autoestima. Se gosta muito, por isso se sente o centro das atenções, e não tolera desrespeitos reais, mas também os exagerados. Também se poderia pensar ou dizer que, as manifestações mais coesas ou racionalmente justificadas de paranoia, se consistiriam em ''mal-adaptações'', não necessariamente por suas naturezas intrínsecas, mas por causa da falta de encaixe entre a mesma e o estado qualitativo dos ambientes sociais humanos. É como ter uma criança academicamente superdotada em uma sala de aula normal, para crianças normais.
No entanto, apesar de narcisista, o paranoico também tende a ter baixa auto-estima, novamente, por saber que não é unanimidade [positiva] ou superior, por desejar que assim fosse considerado pelos outros e por sentir que seja, ao menos pra si mesmo.
Queremos ou tendemos a querer que os outros nos reconheçam de acordo com as nossas próprias auto-impressões. Isto é, que não alimentemos expectativas erráticas, que não se construa uma assimetria entre aquilo que queremos passar e aquilo que os outros pensam sobre nós. Isso pode ser denominado de ''espectro da justiça intrapessoal''. Acreditamos que somos desta ou daquela maneira e gostaríamos, em sua maioria, que fôssemos assim reconhecidos, especialmente em relação ao que passamos sobre nós mesmos aos outros.
Este conflito entre baixa auto-estima [interpessoal] e narcisismo [ou alta auto-estima intrapessoal] pode ser considerado um fomentador importante para o estado ou vício mental da paranoia ou especialmente de seu potencial/vulnerabilidade. E sempre ressaltando que existe um espectro de racionalidade ou justificabilidade lógica e de irracionalidade, mesmo em relação a estados mais viciados da mente, como no caso da paranoia.
Portanto nós temos o nível de disposição para a paranoia [narcisista com tendência à baixa auto-estima] ou intrinsecabilidade e também o nível qualitativo das interações inter-pessoais de curto e de longo prazo, que interagem com os seres e dessas interações resultando em enfatizações comportamentais.
Paranoia racional, novamente...
Outra possibilidade ou cenário, é a de que o paranoico (mais racional), ao ser mais agudamente detalhista/perfeccionista (que eu já comentei, sobre a intolerância à ambiguidade interpessoal) em termos intra e interpessoais, acabará se tornando mais alerta a erros genuínos de conduta [assim como também de exagerá-los] por parte das outras pessoas em relação a si mesmo [mas também em relação aos outros].
Este tipo nasceu ou apresenta grande naturalidade para enfatizar por um mundo social perfeccionista, só que vive em uma realidade que está bastante aquém de suas necessidades [exageradamente necessitadas ou não] e portanto acaba desenvolvendo mecanismos de defesa ou colocando parte de sua personalidade em um estado mais defensivo do que receptivo às intempéries sociais que o rodeia.
O paranoico tende a ser mais narcisista justamente por ser mais introspectivo, e geralmente de maneira mais desequilibrada, criando uma atomização ou um excesso de personificação das intenções e sinais externos, tal como se o mundo girasse em torno de si mesmo, como se ''tudo'' estivesse relacionado à sua pessoa, que fosse pessoal. Introspectivos tendem a ser mais narcisistas, não necessariamente da maneira estereotipada, mas tão ou mais auto-centralizado [e não necessariamente de maneira egoísta] que os tipos mais comuns.
Mini trauma psicológico ou paranoia
O estado vicioso da paranoia também pode ser entendido como um mini-trauma ou mesmo mini-fobia, por manifestar-se de maneira característica, abrupta, especialmente nas situações que lhe são mais cabíveis, e por ser o resultado ou uma resposta mais defensiva em relação ao histórico de interações interpessoais, exageradamente negativas, ou não. A mente se acostuma a um estilo de resposta mais intensa e passa a executá-lo quase que por osmose, especialmente quando o indivíduo se encontrar exatamente nas situações que são mais propensas a desencadeá-la.
E por último, novamente, maior a intrinsecabilidade ou intensidade de uma característica comportamental, mais propensa de se manifestar por osmose/ ação primária do que como resposta/ reação secundária. Aquilo que já falei sobre comportamentos defensivos/mais extremos racionais e irracionais, em que os segundos seriam mais generalizados ou indiscriminados do que os primeiros, resultando justamente em maior chance para o cometimento de erros de conduta, que por sua vez, podem ser denominados de ''sinais de loucura''.
E por último, novamente, a paranoia racional, e não apenas a paranoia, mas qualquer comportamento racional, tende a dar-se com base no encaixe diversamente perfeccionista em relação ao tipo de interação, e de curto a longo prazo, isto é, busca reagir [e agir] de acordo com a natureza da ação ou da reação, de modo menos bruto ou direto, mas ainda assim, mais recíproco. Portanto, a racionalidade comportamental tende a ser dependente do ''humor ambiental'', enquanto que, o comportamento pendendo para a sub-lógica ou mesmo para a irracionalidade total, tende a principiar-se pela negação desta relação recíproca de ação e reação.
O que leva uma pessoa à paranoia [interpessoal], especialmente a de expressões/intensidades mais brandas à medianas, parece ser a conjugação entre elevados níveis de narcisismo [não necessariamente do tipo mais estereotipado, que geralmente combina-se com níveis ''saudáveis' a altos de autoestima] e baixa autoestima. Se gosta muito, por isso se sente o centro das atenções, e não tolera desrespeitos reais, mas também os exagerados. Também se poderia pensar ou dizer que, as manifestações mais coesas ou racionalmente justificadas de paranoia, se consistiriam em ''mal-adaptações'', não necessariamente por suas naturezas intrínsecas, mas por causa da falta de encaixe entre a mesma e o estado qualitativo dos ambientes sociais humanos. É como ter uma criança academicamente superdotada em uma sala de aula normal, para crianças normais.
quarta-feira, 26 de abril de 2017
QI versus inteligência
O que está subjacente/universal na inteligência:
- Capacidade ou ''constância progressiva'' para fazer julgamentos corretos [que eu já comentei que até poderia ser considerado como uma boa descrição conceitual];
- Boa a excepcional capacidade perceptiva: localizada/específica ou generalizada
Uma boa capacidade de percepção está subjacente à inteligência.
Portanto, a priore, não importam as pontuações em testes cognitivos, MAS no quão progressivo e qualitativamente preciso e constante o indivíduo está em relação à sua capacidade de perceber [compreensão factual], de maneira particular [talento específico] ou generalizada.
Confiar nas pontuações dos testes cognitivos sem antes ter analisado a capacidade perceptiva, geral e/ou específica, do indivíduo, é como ''colocar a carroça na frente dos 'bois' ''.
O que está 100% causal à inteligência, específica ou generalizada, é [novamente] o correto reconhecimento de padrões, a origem ou a conquista/aprendizado do comportamento inteligente, não importa de qual natureza, dá-se pela compreensão factual [e consciência estética].
- Capacidade ou ''constância progressiva'' para fazer julgamentos corretos [que eu já comentei que até poderia ser considerado como uma boa descrição conceitual];
- Boa a excepcional capacidade perceptiva: localizada/específica ou generalizada
Uma boa capacidade de percepção está subjacente à inteligência.
Portanto, a priore, não importam as pontuações em testes cognitivos, MAS no quão progressivo e qualitativamente preciso e constante o indivíduo está em relação à sua capacidade de perceber [compreensão factual], de maneira particular [talento específico] ou generalizada.
Confiar nas pontuações dos testes cognitivos sem antes ter analisado a capacidade perceptiva, geral e/ou específica, do indivíduo, é como ''colocar a carroça na frente dos 'bois' ''.
O que está 100% causal à inteligência, específica ou generalizada, é [novamente] o correto reconhecimento de padrões, a origem ou a conquista/aprendizado do comportamento inteligente, não importa de qual natureza, dá-se pela compreensão factual [e consciência estética].
terça-feira, 25 de abril de 2017
Naruto e os diferentes tipos de excepcionais
Naruto
Sakura
Sasuke
Rock Lee
Rock Lee é o super especialista que não atingiu o nível completo de superdotado/ninja, só que encontrou um jeito de compensar esta desvantagem naquilo em que ele é melhor.
Análogo à ginasta holandesa Sanne Wevers que tem compensado uma suposta dificuldade para realizar sequências acrobáticas, através daquilo em que ela é melhor, ao menos na ginástica, isto é, nos exercícios de dança, especialmente nos giros.
O curioso caso de Rock Lee
Rock Lee é um emblemático personagem do desenho japonês Naruto. Ele se destaca ao mesmo tempo por aquilo que tem e por aquilo que não tem. Rock é o único ninja a nível profissional que não é capaz de realizar golpes de magia, que qualquer um em seu nível deveria saber ou já ter aprendido. Por outro lado Rock conseguiu compensar o que seria uma falha fatal para alcançar o nível de ninja profissional por meio de suas incríveis habilidades super desenvolvidas tanto para o combate corpo a corpo, no caso: socos, pontapés, etc quanto em relação à velocidade desses golpes.
Desde a primeira vez que assisti à primeira temporada de Naruto, acho que já fazem uns 7 ou 8 anos, eu me identifiquei um monte com este personagem: por ter sofrido discriminação no colégio, por sempre ter sido desacreditado pelos outros [no meu caso, sequer creditado, diga-se], mas também por ser um tipo raro provido de um talento raro e gana para se superar desenvolvendo-se a níveis extremos (ainda que no meu caso esta comparação possa ser corretamente reduzida ;).
Eu me sinto parecido com ele porque eu vejo em mim um grande talento para a atenção e apreensão aos detalhes e com o intuito de construir um mapa coerente da realidade. No entanto assim como ele falta-me alguns componentes que me fariam mais autenticamente superdotado. Por exemplo, em termos de QI/ estimativa do tamanho da inteligência, eu sei que não vou pontuar alto, especialmente na inteligência psicométrica geral. Em termos de conhecimentos gerais/memória semântica eu também patino em ter um "tamanho" ao nível esperado de um superdotado. Eu tenho a níveis bem desenvolvidos a capacidade de apreensão aos detalhes (insulada em alguns ramos do saber humano), de argumentação que a priore todo superdotado deveria ter e de criatividade. No entanto como eu já falei, falta-me algo mais para que possa alcançar o nível basal de superdotação, ao menos a do tipo acadêmico.
O mesmo acontece com Rock Lee em relação às suas habilidades ninjas, querendo indicar, no meu caso, um perfil psico-cognitivo, em que, se tem uma grande facilidade ou horizonte de desenvolvimento só que relacionada às habilidades psico-cognitivas mais basais ou primárias, por exemplo, em relação ao raciocínio fluido (analítico-crítico) do que tradicionalmente acontece com as avaliações de superdotação, que se dá em relação ao raciocínio cristalizado.
Poderíamos pensar neste personagem como basal e especificamente superdotado em relação às suas habilidades ninjas, por ter desenvolvido uma grande capacidade apenas neste nível, apensar de não ter conseguido alcançar o limite básico para se tornar um ninja, isto é, por não ser capaz de aprender e usar magias.
O mesmo em relação àqueles que são excepcionais pensadores analítico-críticos, mas que não são capazes de ir muito além disso, que se consistiria na base para a superdotação.
Tal como, são dos golpes comuns que as magias são forjadas, o mesmo poderia ser analogamente pensado para as habilidades analítico-críticas e a superdotação, que se consistiria em uma expansão mais geral de alcance dessas habilidades, ainda que, geralmente em termos quantitativos, que é o critério geralmente requisitado, e não em termos qualitativos. Para se tornar um ninja, o critério básico fundamental seria o de saber magias. Para ser considerado um superdotado, ao menos do tipo mais ''arredondado'', o critério básico fundamental seria o de apresentar conhecimentos gerais mais alargados do que as outras pessoas.
Rock Lee super-desenvolveu algumas habilidades, a partir do seu estado mais superficial.
Aqueles que são de excelentes pensadores analítico-críticos, talvez se possa dizer que, também o fazem, isto é, super-desenvolvem habilidades, só que a partir delas mesmas, com as suas características qualitativas intactas. Por exemplo, as habilidades analítico-críticos tendem a se tornar mais encorpadas e complexas quando feitas por superdotados, enquanto que, entre as pessoas comuns, elas são realizadas de modo mais simples, especialmente sem o catatau de ''conhecimentos que podem ser armazenados'' por cérebros mais quantitativamente superlativos.
Sakura
A típica superdotada de talento cristalizado e portanto escolástico bem desenvolvido. Acho que não tem muito o que dizer de novo sobre este tipo.
Sasuke
Este personagem também se assemelha à Sakura em termos de inteligência cognitiva geral elevada, mas com o seu forte em suas habilidades (psico) cognitivas específicas (no desenho, seria mais relacionado ao seu poder de magia).
Naruto
"O que me fortalece pode me transformar em um monstro"
Naruto representaria o típico caso do gênio provido de poderes superlativos mas que pode demorar para serem reconhecidos, desenvolvidos e controlados. A mesma criatividade elevada que faz um indivíduo genial também pode lhe trazer consequências negativas, desde as patologias mentais até às de natureza mais social, terminando por literalizar esta metáfora nipônica ainda mais. A ''raposa de sete caudas'' que faz Naruto um ninja excepcional se não for plenamente controlada e desenvolvida pode transforma-lo em um monstro descontrolado. Percebem-se muitas semelhanças entre Naruto e Rock Lee. A diferença é que, naquilo que Rock Lee simplesmente não pode alcançar, Naruto exibe de maneira ''natural'' ou intuitiva, só que ainda não está plenamente conhecida por ele.
Eu vejo o tipo de Rock Lee como um dos mais interessantes e possivelmente menos estudados tipos de excepcionais, no mundo real, que, apesar de não conseguir alcançar o limite mínimo para a excelência em sua área, ainda é capaz de ter e de desenvolver um grande talento [e eu sempre penso em algo mais inato ainda que também necessite de ser desenvolvido] conseguindo superar e muito as suas limitações.
QI: tamanho do instinto cognitivo culturalizado
Definições de instinto cognitivo [intuição convergente] e psicológico [impulsividade/espontaneidade]:
Eu já comentei que o instinto não é apenas ou especialmente uma ''maior agressividade'', porque esta se correlacionaria com ele, especialmente por causa do vigor da seleção natural que tende a selecionar os seres vivos mais agressivos. O instinto na verdade se consistiria nos comportamentos inatos do ser vivo, que não foi apreendido, mas que é intuitivamente compreendido e espontaneamente usado [ ou o inverso, que também dá no mesmo, ;), espontaneamente compreendido e intuitivamente usado, ou é até melhor ).
O instinto, assim como muitos outros conceitos da psicologia, pode ser dividido em dois: o afetivo ou comportamental/psicológico e o cognitivo. O instinto afetivo se manifestaria com base no comportamento inatamente impulsivo ou espontâneo e o instinto cognitivo se manifestaria com base no ''comportamento cognitivo intuitivo'', por exemplo, a capacidade da aranha de tecer a sua teia. Se a aranha aprende a produzi-la via ''cultura'', eu realmente não sei, eu tenho quase certeza que não, que a aranha já nasce com essa habilidade. Outro exemplo é o voo dos pássaros, que parece ser menos instintivo que o tecer das teias pela aranha, porque os pássaros não nascem sabendo voar, mas já apresentam ''disposições'' intrínsecas, mentais e fisiológicas, muito fortes, que tornam este aprendizado possível, natural e esperado pra eles.
Da mesma maneira que o pássaro já nasce com as disposições fisiológicas e mentais aptas para o voo, só que precisa ser ensinado por seus pais para desenvolver essas habilidades, o mesmo acontece com o ser humano em relação a uma série de atividades psico-cognitivas, em especial a linguagem. E em ambos os casos, é papel do instinto e do seu tamanho fazê-lo. Como as bases instintivas humanas são superlativas, então nós podemos agregar mais ''conhecimentos'' ou melhor, ''técnicas'', além daquilo que já temos, desde ou a partir do nascimento. Então, podemos expandir os nossos instintos além dos valores que ''herdamos'. Entenderam bem, eu quis dizer ''expandir os nossos instintos''. E o fazemos principalmente com base na cultura, que nada mais é do que a externalização de nossas tendências, técnicas/cognitivas e comportamentais, especialmente as mais basais, em que, ao invés de nascermos sabendo todas elas, nós vamos, ao longo de nossos vagarosos desenvolvimentos, apreendendo-as, para mais ou para menos. Ainda há de se pensar o quão importante a cultura é para nos forjar, porque se fosse verdade mesmo que tivesse todo esse poder que behavioristas e similares tendem a ressaltar, então existiria uma homogeneidade muito mais significativa de ''normalização'' ou ''equalização'' dessas tendências, e o que na verdade nós temos é uma tendência para uma maior variedade de respostas de curto e longo prazo a essas interações. Em relação às nossas capacidades psico-cognitivas o principal divisor de águas é a sua verbalização ou culturalização. Devidamente impregnada por essa memorização semântica inicial, a segunda etapa é a de aprender a lê-la e a replicá-la em palavras e números. terceira etapa será a de manipulá-las, em folhas de papel, ou ''ao vivo'', com as outras pessoas, e mesmo, consigo mesmo.
Os testes cognitivos capturam, portanto, o tamanho médio de nossos instintivos cognitivos, já culturalizados.
O tamanho do instinto cognitivo/extensões instintivas mecanicistas ou cognitivas é o tamanho/valor quantitativo da inteligência genotípica, que também pode ser denominada de ''inteligência instintiva', que na espécie humana é mais expansível do que de qualquer outra espécie.
Eu já comentei que o instinto não é apenas ou especialmente uma ''maior agressividade'', porque esta se correlacionaria com ele, especialmente por causa do vigor da seleção natural que tende a selecionar os seres vivos mais agressivos. O instinto na verdade se consistiria nos comportamentos inatos do ser vivo, que não foi apreendido, mas que é intuitivamente compreendido e espontaneamente usado [ ou o inverso, que também dá no mesmo, ;), espontaneamente compreendido e intuitivamente usado, ou é até melhor ).
O instinto, assim como muitos outros conceitos da psicologia, pode ser dividido em dois: o afetivo ou comportamental/psicológico e o cognitivo. O instinto afetivo se manifestaria com base no comportamento inatamente impulsivo ou espontâneo e o instinto cognitivo se manifestaria com base no ''comportamento cognitivo intuitivo'', por exemplo, a capacidade da aranha de tecer a sua teia. Se a aranha aprende a produzi-la via ''cultura'', eu realmente não sei, eu tenho quase certeza que não, que a aranha já nasce com essa habilidade. Outro exemplo é o voo dos pássaros, que parece ser menos instintivo que o tecer das teias pela aranha, porque os pássaros não nascem sabendo voar, mas já apresentam ''disposições'' intrínsecas, mentais e fisiológicas, muito fortes, que tornam este aprendizado possível, natural e esperado pra eles.
Da mesma maneira que o pássaro já nasce com as disposições fisiológicas e mentais aptas para o voo, só que precisa ser ensinado por seus pais para desenvolver essas habilidades, o mesmo acontece com o ser humano em relação a uma série de atividades psico-cognitivas, em especial a linguagem. E em ambos os casos, é papel do instinto e do seu tamanho fazê-lo. Como as bases instintivas humanas são superlativas, então nós podemos agregar mais ''conhecimentos'' ou melhor, ''técnicas'', além daquilo que já temos, desde ou a partir do nascimento. Então, podemos expandir os nossos instintos além dos valores que ''herdamos'. Entenderam bem, eu quis dizer ''expandir os nossos instintos''. E o fazemos principalmente com base na cultura, que nada mais é do que a externalização de nossas tendências, técnicas/cognitivas e comportamentais, especialmente as mais basais, em que, ao invés de nascermos sabendo todas elas, nós vamos, ao longo de nossos vagarosos desenvolvimentos, apreendendo-as, para mais ou para menos. Ainda há de se pensar o quão importante a cultura é para nos forjar, porque se fosse verdade mesmo que tivesse todo esse poder que behavioristas e similares tendem a ressaltar, então existiria uma homogeneidade muito mais significativa de ''normalização'' ou ''equalização'' dessas tendências, e o que na verdade nós temos é uma tendência para uma maior variedade de respostas de curto e longo prazo a essas interações. Em relação às nossas capacidades psico-cognitivas o principal divisor de águas é a sua verbalização ou culturalização. Devidamente impregnada por essa memorização semântica inicial, a segunda etapa é a de aprender a lê-la e a replicá-la em palavras e números. terceira etapa será a de manipulá-las, em folhas de papel, ou ''ao vivo'', com as outras pessoas, e mesmo, consigo mesmo.
Os testes cognitivos capturam, portanto, o tamanho médio de nossos instintivos cognitivos, já culturalizados.
O tamanho do instinto cognitivo/extensões instintivas mecanicistas ou cognitivas é o tamanho/valor quantitativo da inteligência genotípica, que também pode ser denominada de ''inteligência instintiva', que na espécie humana é mais expansível do que de qualquer outra espécie.
Não existem múltiplas inteligências... Existem sistemas psico-cognitivos
Toda estrutura tem o seu fator g. Tudo aquilo que existe tem o seu centro, o seu núcleo. O fator g de uma célula, por exemplo, é o seu núcleo. Para que haja equilíbrio ou sustentação, é necessário que exista um fator g, a "ligação-mor"/ o padrão primordial subjacente, que reúne toda uma entidade e a torna possível de existir, de estar agrupada e coesa. E com a inteligência não seria diferente.
A inteligência é um macro-conceito que apresenta muitas perspectivas, lados ou facetas. De fato, estruturalmente falando, só existe uma inteligência, tal como só existe um organismo humano, por exemplo. No entanto o organismo humano, é a soma ''ou' a média de um todo, e este todo é composto por vários sistemas que colaboram uns com os outros, ou se complementam, mas que também apresentam funções próprias. Não existe tal coisa como "organismos do organismo", mas "sistemas/sub-organismos do organismo". Assim como também não existe "inteligências da inteligência" mas sim "sub-inteligências ou habilidades da inteligência", e que eu estou preferindo denominar de "sub-sistemas", e que também não é o mesmo que habilidades, mas em uma união entre aquelas que apresentam complementaridades entre si.
Nesses dois casos, o todo, novamente, é a soma de suas partes. Assim como um organismo humano, a inteligência também apresenta sistemas que apresentam funções específicas ou próprias e que também colaboram ou complementam uns com os outros.
A inteligência, apesar de ter a sua raiz concreta ou forma/ fisiologia, também é uma expressão, e na verdade nós só podemos defini-la com base em seu comportamento. Talvez todos os tipos de comportamentos e em especial aqueles que podem ser denominados como ''mais inteligentes'', tenham as suas respectivas e específicas assinaturas fisiológicas/neurobiológicas. Por exemplo, entre acreditar em deus, não importa a religião, e a de se tornar mais agnóstico [caracteristicamente falando, e não apenas da ''boca pra fora''], a 'escolha'' que é a mais ou unicamente inteligente será a segunda. Se existem assinaturas neurológicas específicas que resulte nesses comportamentos, crença ou agnosticismo, e de fato é muito provável de haverem, então esta assinatura os ''representará'', ou melhor, o comportamento [reação secundária] será forjado com base na interação entre o organismo [que já apresenta as suas características] e o seu ambiente, isto é, somos expostos, agimos e reagimos [interagimos], resultando disso em efeitos específicos, como os exemplos usados. E como eu sempre gosto de salientar, esses ''efeitos'' geralmente tendem a obedecer às suas respectivas ''causas''. É o que já falei rapidamente em um texto anterior, sobre a relação entre maior disposição para o pensamento literal e o ceticismo [quase conclusivo] aos sistemas de crenças de apelo metafísico.
Não usamos os nossos cérebros apenas por usar mas também ou especialmente para entender a realidade, de preferência, principiando pelo que mais importa, a espinha dorsal da macro-realidade, para sobreviver e/ou nos conservar o máximo que pudermos, e se possível, passar os nossos genes adiante. Entre rezar e esperar por milagres e de fato buscar pela solução concreta de um paradigma, é muito mais preferível o segundo. No quesito "compreensão factual" da realidade, trocar um ceticismo saudável pela internalização acrítica de um conjunto de crenças, especialmente em um cenário perigoso, pode ter graves consequências porque se estará trocando uma relação direta de compreensão entre o ser e o seu meio, por um sistema de crenças que se sobrepõe à realidade. Mas o caráter da inteligência não é apenas utilitário e portanto o simples fato de não nos deixarmos dominar por pensamentos estapafúrdios, já se consiste em uma importante vitória e que, pode não ser útil a curto prazo, mas que poderá ser a longo prazo. De qualquer maneira é sempre bom se basear em fatos, palpáveis, observáveis e comprováveis ou comprovados, para não cometermos erros que possam ser fatais para a conservação da vida e especialmente de nossas próprias vidas. É claro que, inevitavelmente acabaremos nos engajando em comportamentos de risco, com maior ou menor frequência, dependendo da pessoa e de suas disposições comportamentais ou ''gratificações existenciais''. O mais importante é, ter consciência ou conhecimento do grau de risco de cada ação, isto é, sabendo diferenciar correlação de causalidade, e causa de efeito, antes sabendo identificá-los, é claro. Este pode ser considerado como o núcleo da inteligência, se se consiste em duas das capacidades mais íntimas, basais e/ou estruturais ao reconhecimento de padrões.
Múltiplas inteligências
O modelo das múltiplas inteligências, como eu tenho falado, não está totalmente equivocado, porque o seu autor apenas especificou algumas das facetas mais importantes que compõem a inteligência, muitas dessas que os testes cognitivos tradicionais tem sumariamente desprezado. O problema é que ele [e muito de seus entusiastas] tem tomado cada uma dessas facetas como se fossem inteligências por seus próprios domínios, como se fossem independentes entre si, e não parece ser plenamente verdade que seja assim. De fato existe um modelo básico de inteligência que a priore todos aqueles sem graves sequelas ou anomalias apresentam a nível basal. Todos nós, superficialmente falando, estamos equipados com as mesmas "ferramentas" psico-cognitivas. No entanto nos diferimos nos dois aspectos fundamentais, psicológico e cognitivo, e por três vias: Tipo/combinação da arquitetura ou hierarquia, qualidade/autenticidade e quantidade/ intensidade.
Existe um modelo basal de inteligência tal como existe um modelo basal ou pretensamente ideal de corpo humano, moderadamente alto, musculoso e simetricamente construído. No entanto a diversidade biológica faz com que existam diferentes tipos de corpos assim como também em relação à mente.
Eu acredito sim que o cérebro seja mais descentralizado, e não necessariamente dividido em domínios independentes. Isto é, quando pensamos a partir de um certo estilo de pensamento, tendemos a nos enfatizar nele, obviamente falando, mas isso não significa que outros estilos ou recursos psico-cognitivos não estarão sendo secundariamente usados/ como auxiliares. É possível de se afirmar que, quanto mais pura ou homogeneamente carregada for uma tarefa, maior será a ênfase para certa função/parte do cérebro ou ''circuito'' da psico-cognição/inteligência. Por exemplo, quando estamos escrevendo um texto, ou quando estamos estudando gramática ou ortografia. No primeiro, é requerida uma abordagem mais integrada de vários recursos psico-cognitivos diferentes, desde a imaginação, até ao pensamento lógico. No segundo, a criatividade, por exemplo, será, tradicionalmente falando, menos requerida.
Os entusiastas da teoria das múltiplas inteligências, pelo que parece, dizem que o cérebro é modular, que existe mais de uma inteligência, porque existem diferentes ''circuitos'' e ''partes'' do cérebro que são independentes entre si, dando liga à ideia de ''múltiplas inteligências''. Se isso for mesmo verdade, e eu não vou pesquisar mais a fundo, então eu não concordarei porque parece claro que, nós temos um modelo, eu não diria ideal mas basal de inteligência, e que a partir dele, que a mesma se diversificará. Tal como dizer que, porque temos diferentes raças humanas, então devemos tratá-las como ''humanos literalmente diferentes'' ou ''espécies'' [''múltiplas espécies humanas'']. Percebam que todo o ser humano tem ''humanidades'' em comum, que lhes/nos são universais. Existe um modelo universal do que é ser humano, do nível humano de ser, que define e delimita a humanidade da ''não-humanidade''. Claro que esse modelo pode e geralmente muda. Por exemplo, o que se consistia em ser humano há 100 mil anos atrás, ou ''proto-humano'', hoje em dia, já não seria considerado como tal. Este fator g da humanidade faz com que não seja possível termos diferentes espécies humanas dentro de seu seio, claro, apenas se de fato, elas existissem, aí não teria como dizer o contrário. O mesmo para a inteligência humana, e talvez para qualquer outra espécie ou ser vivo. Não existem múltiplas inteligências humanas, porque o que de fato acontece é uma diversificação do seu modelo universal ou basal. Todo ser humano é capaz de aprender uma língua. Mas alguns são capazes de aprender várias línguas. Outros terão dificuldade para aprender ''idealmente'' o seu próprio idioma ou língua-materna. Existem ''múltiplas' combinações do mesmo modelo, em relação ao tipo dominante [ habilidades verbais, por exemplo], aos seus valores quantitativos [intensidade/ maiores habilidades verbais =grande vocabulário] e qualitativos [autenticidade/ melhores habilidades verbais = maior capacidade de ideações verbalmente criativas].
Deste modo existe uma estrutura que sustenta ou que interliga o cérebro/e o sistema nervoso periférico, fazendo-os aptos para funcionarem de maneira basal. E dentro desta estrutura existe o "comportamento inteligente", que por sua vez, revela outro sistema, o sistema da inteligência. Esta mesma estrutura também tende a mostrar-se de maneira mai polimórfica ou diversa, tanto a nível individual quanto a nível coletivo. Então temos a forma ou as características fisiológicas do sistema nervoso central/cérebro e sistema nervoso periférico/ligações nervosas nas outras partes do corpo. E em relação ao primeiro, mais particularmente falando, nós temos o sistema da inteligência intelectual ou psico-cognitiva, em contraste à cinestésica, que já se baseia no sistema que promove o comportamento desta natureza/sistema nervoso central.
Quando o indivíduo realiza uma ação inteligente, que pode ser baseada em qualquer uma das facetas do sistema-inteligência [criatividade, racionalidade, cognição, memória, etc] e a priore destituída de julgo moralmente benigno, ele está acessando o seu próprio sistema, agindo e reagindo. Dependendo do tipo de comportamento ele pode estar acessando mais ''os circuitos emocionais'' ou, sei lá, verbais, do sistema-inteligência. Sabe-se que a natureza do sistema-inteligência é onisciente ao comportamento, isto é, em cada ação nossa, precisamos acessá-lo, de modo que, como eu já falei algumas vezes, mediante certas perspectivas mais primordiais, inteligência e comportamento podem ser tratados como sinônimos.
O sistema-inteligência divide-se em muitas facetas/perspectivas/partes, algumas que já foram bem capturadas pela teoria das múltiplas inteligências: verbal, matemática ou numérica, musical, intrapessoal, interpessoal, corporal, naturalística (impessoal ou científica?)... No entanto eu resolvi propor uma maneira diferente de entender esse sistema, acoplando possíveis "novos" sub-sistemas e reunindo os já existentes só que dentro das mesmas categorias que, a meu ver, lhes são mais pendentes, e claro, me afastando da ideia de ''múltiplas'' inteligências, porém preservando a diversidade psico-cognitiva.
Vamos então à minha proposta semi-alfabetizada..
Sistema sensitivo:
5 sentidos
Primeiro ''sentimos''.
De acordo com a wikipédia, os órgãos dos sentidos é um conjunto de órgãos receptores externos de estímulos sensoriais. As suas funções são transformar os estímulos (luz, som, calor, pressão, sabor) em impulsos nervosos, onde esses percorrem as células nervosas até o centro nervoso, o cérebro (receptor interno).
Agora eu vou usar um pouco da teoria do cérebro trino para fomentar o que seria um desses sub-sistemas psico-cognitivos.
Sistema perceptivo:
- ''instintivo'',
-límbico ou emocional,
- lógico a racional
As ''3 percepções''**
Primeiro temos os tijolos ou sentidos, depois nós temos uma construção com tijolos e argamassa, ou percepções. Dos comportamentos mais básicos, mais oniscientes, tal como a constante percepção sensitiva ou via cinco sentidos, até aos que já começam a se tornar mais elaborados, como as percepções ''instintivas'', emocionais ou lógico/a racionais. Antes de tudo há de se dar nomes mais corretos a esses ''bois''. Como eu tenho falado, o instinto não é necessariamente ou especialmente a expressão de medo ou de qualquer outro sinal que nos avise de perigo iminente, fazendo com que busquemos por nossas sobrevivências. Ainda que essas expressões sejam universalmente presentes entre os seres vivos e que, quase todos eles sejam muito instintivos/não-reflexivos.
O que de fato se constitui o instinto é a sua natureza comportamental inata, isto é, que não pode ser apreendida. Se consiste no comportamento auto-projetado, isto é, expressando as ''intrinsecabilidades'', os traços intrínsecos em direção ao ambiente de vivência, pela forma, se projetando em comportamentos que apenas expressam as suas características. Existe uma grande relação entre instinto e agressividade, justamente porque esta tem sido uma das estratégias individuais mais bem sucedidas para a sobrevivência. Isto é, em um ambiente constantemente perigoso, muitos se não boa parte das espécies, e em especial as mais bem sucedidas, tem sido selecionadas para uma maior agressividade.
O potencial humano para aprender uma ou mais línguas, é instintivo ou apresenta bases instintivas. Em compensação a ou as línguas que aprendemos, não são intrínsecas ou instintivas, porque não nascemos sabendo falá-las, apesar de apresentarem bases ou raízes instintivas de qualquer maneira. A razão é muito simples, ''nós'' inventamos as línguas ou idiomas, e precisamos ser expostos aos mesmos para que possamos aprendê-los, aprendizado que tende a ser veloz/intuitivo, especificamente se acontecer durante a primeira infância.
Em compensação, haverá maior variedade e menor instintividade ou intrinsecabilidade para aprender a ler e a escrever, porque a influência ou dependência do ambiente, e não de si mesmo, será ainda maior. Não há a necessidade de lápis ou de escrita, para aprender uma língua, especialmente se, desde os primeiros meses de idade, já for sendo exposto a ela. Maior é a dependência pelas criações do homem, menor será a sua intensidade instintiva, ainda que, como todo comportamento [cognitivo ou psicológico/afetivo], tenha como base o instinto [geneticabilidade].
Em relação às nossas capacidades de detecção de perigos e instinto, por essa capacidade ser de extrema importância para a sobrevivência, então tem havido esta correlação extrema e talvez continue a haver, só que de maneira cada vez mais sofisticada, em um cenário futurista benigno em que a humanidade finalmente começará a deixar de chafurdar na lama da ignorância [rezem].
Sistema cognitivo [mecanicista]:
As cognições ou ''roldanas''
- comunicativo/descritivo [verbal]
- comparativo/quantitativo [numérico]
- manipulativo/ dimensional [espacial]
- memória
- autobiográfica [mentalista]
- semântica [mecanicista]
- curto prazo ou de trabalho
- longo prazo
- raciocínio
- fluido
- cristalizado
- convergente
- divergente
- transcendente/criativo
Interagimos, sentimos, percebemos, analisamos, criticamos, julgamos e internalizamos...
Eu enfatizei nesta ordem, do sistema sensitivo ao sistema cognitivo, para mostrar a origem e a finalização do pensamento, que brota pela simples sensação, e se finaliza, já de maneira bem mais elaborada, com base nos outros ''dois' sistemas, perceptivo e cognitivo.
Por exemplo, eu estou olhando para uma camisa amarela. Primeiramente eu estou ''sentindo'' ou reconhecendo com os olhos, a sua cor, se está amarrotada ou não, a sua textura, enfim, eu estou reconhecendo padrões via foco sensitivo, focando com a visão em uma determinada particularidade do ambiente em que estou despojado. Como é um objeto inanimado e que apresenta um nível excepcionalmente baixo de periculosidade ou de qualquer outra outra possibilidade mais aflorada, então o meu sistema perceptivo está em um estado emotivo, digamos assim, neutro. A existência de uma camisa amarela na cama dos meus pais, é um fato frio pra mim, é um fato porque é real, porque existe, e é frio, porque eu sou indiferente a ela. Se a camisa fosse minha, se eu lhe tivesse grande apreço e se um dos meus irmãos a estivesse usando, então é muito provável que a minha abordagem perceptiva se daria de maneira menos neutra e mais emocional. Em ambas as situações, eu estou reconhecendo padrões e os julgando de maneira emocional, que pode variar, desde a neutralidade até à grande importância pessoal. Em ambas as situações eu estou apenas usando a níveis mais básicos a minha compreensão factual, em relação à verdade objetiva, concreta ou imediata, assim como também a minha consciência estética, apregoando valor. Eu gosto da cor amarelo-esverdeado dessa camisa, especialmente quando está exposta à luz fraca de uma tarde nublada.
Os sistemas sensitivo e perceptivo apreendem ''impressões'' [realidades não-verbalizadas], o sistema cognitivo as transforma em verbalizações OU aumenta os seus níveis de nitidez. No entanto, este, a meu ver, seria o primeiro passo deste processo de análise-crítica. Isto é, o exemplo novamente: eu estou vendo a camisa amarelo-esverdeado amarrotada na cama dos meus pais, reconhecendo os seus padrões, e pelo fato de se consistir em uma interação não-dinâmica ou menos dinâmica, então isso não está aumentando a minha carga responsiva [''instintiva'', emocional ou neutra/lógica], que também pode ser denominado de ''estado emocional de descanso''. Depois do reconhecimento de padrões, inevitavelmente virá o julgamento do mesmo via sistema perceptivo. O sistema cognitivo talvez [parece evidente que sim] trabalhe de maneira integrada com os outros sistemas, ao invés de fazê-lo por último como pareço ter deixado a entender. Eu vejo a camisa, associo o seu formato à palavra ''camisa'', a sua cor à palavra ''amarelo'', percebo que tem um tom mais puxado pra verde, e a re-qualifico como ''verde-esverdeada''. A minha memória de longo prazo pode tentar lembrar dela, se a minha mãe já a usou outras vezes. A minha memória de curto prazo ou de trabalho pode ou não internalizá-la associando-a a um pertence de minha mãe. Se eu não tivesse a linguagem humana, talvez ainda pudesse ser capaz de entendê-la como um objeto específico/individual pertencente a uma classe específica de objetos [reconhecimento de similaridades e organização das mesmas em classes de elementos] assim como também pertencente à uma pessoa. O reconhecimento de padrões, então parece necessitar de todos os sistemas, enquanto que a consciência estética ou julgamento de valor, parece ter como ''última palavra'' o sistema perceptivo. O sistema cognitivo parece ser ao mesmo tempo auxiliar em relação aos demais, assim como também adicional, e claro que também me refiro ao sistema cognitivo avançado que apenas os humanos apresentam e que se manifesta com base em nossas tecnologias culturais como por exemplo os idiomas.
Autoconsciência e pensamento reflexivo, repensando o instinto...
Todos os seres vivos de uma maneira ou de outra: interagem/vivem, sentem, analisam e julgam. É na capacidade qualitativa/diversidade e quantitativa/tamanho de memorização + a autoconsciência alargada que se encontra parte importante do diferencial humano. E ambos estão diretamente relacionados com a redução do predomínio do instinto ou auto-projeção comportamental via impulsos inatos. O ser humano tem maiores horizontes de aprendizagem, enquanto que a maioria dos outros seres vivos não tem. O ser humano pode julgar a si mesmo de maneira mais sofisticada, pode repensar os seus atos com maior frequência e qualidade. O ser humano pode ficar mais vezes em segunda pessoa, como se pudesse sair do próprio corpo e se analisar. A grande maioria, se não a quase totalidade dos outros seres vivos não podem fazê-lo, ao menos em termos menos instintivos. Ressaltando que eu não acredito que o ''instinto foi reduzido'', mas sim o seu predomínio [sem falar que também tem sido deslocado para o lado social], porque se pensarmos nele como um potencial psico-cognitivo [tamanho e qualidade], então o instinto humano será dos maiores e mais sofisticados/ cérebros maiores.
Sistema mentalista**
Sentimos [sistema sensitivo], percebemos [sistema perceptivo], verbalizamos/ associamos a símbolos, analisamos, criticamos e julgamos [sistema cognitivo e perceptivo]... no entanto também combinamos os três, e disso pelo que parece resultará no sistema mentalista, que seria uma espécie de ''sistema-fantasma'' por não ser um domínio em si mesmo, por se consistir na mescla das 3 macro-estruturas que, supostamente, definem as nossas capacidades psico-cognitivas. Aí residiria a ''teoria da mente'' ou empatia. Usamos o reconhecimento sensitivo de padrões [reconhecer uma pessoa pelos cinco sentidos, mas primeira e geralmente pela visão], perceptivo e cognitivo, para realizá-la, que aliás se consiste em uma das atividades mais essenciais da mente, não apenas a humana. Não reconhecemos apenas o estado da mente dos outros seres humanos, mas também da própria realidade [seres de outras espécies, padrões impessoais, por exemplo, reconhecer a temperatura de um elemento não-humano, etc]. Claro que, quase sempre usamos abordagens integradas para entender a realidade [de maneira ideal], que deveria ser a nossa missão ''não-escrita'' e totalmente onisciente, se vivos, o que mais precisaríamos fazer seria justamente isso. No entanto, como eu já falei acima, dependendo da atividade, se poderá enfatizar mais em um desses sistemas, ''descentralizando'', ainda que no final, todas as abordagens serão de uma maneira ou de outra integradas.
Por enquanto é ''só'' isso...
A inteligência é um macro-conceito que apresenta muitas perspectivas, lados ou facetas. De fato, estruturalmente falando, só existe uma inteligência, tal como só existe um organismo humano, por exemplo. No entanto o organismo humano, é a soma ''ou' a média de um todo, e este todo é composto por vários sistemas que colaboram uns com os outros, ou se complementam, mas que também apresentam funções próprias. Não existe tal coisa como "organismos do organismo", mas "sistemas/sub-organismos do organismo". Assim como também não existe "inteligências da inteligência" mas sim "sub-inteligências ou habilidades da inteligência", e que eu estou preferindo denominar de "sub-sistemas", e que também não é o mesmo que habilidades, mas em uma união entre aquelas que apresentam complementaridades entre si.
Nesses dois casos, o todo, novamente, é a soma de suas partes. Assim como um organismo humano, a inteligência também apresenta sistemas que apresentam funções específicas ou próprias e que também colaboram ou complementam uns com os outros.
A inteligência, apesar de ter a sua raiz concreta ou forma/ fisiologia, também é uma expressão, e na verdade nós só podemos defini-la com base em seu comportamento. Talvez todos os tipos de comportamentos e em especial aqueles que podem ser denominados como ''mais inteligentes'', tenham as suas respectivas e específicas assinaturas fisiológicas/neurobiológicas. Por exemplo, entre acreditar em deus, não importa a religião, e a de se tornar mais agnóstico [caracteristicamente falando, e não apenas da ''boca pra fora''], a 'escolha'' que é a mais ou unicamente inteligente será a segunda. Se existem assinaturas neurológicas específicas que resulte nesses comportamentos, crença ou agnosticismo, e de fato é muito provável de haverem, então esta assinatura os ''representará'', ou melhor, o comportamento [reação secundária] será forjado com base na interação entre o organismo [que já apresenta as suas características] e o seu ambiente, isto é, somos expostos, agimos e reagimos [interagimos], resultando disso em efeitos específicos, como os exemplos usados. E como eu sempre gosto de salientar, esses ''efeitos'' geralmente tendem a obedecer às suas respectivas ''causas''. É o que já falei rapidamente em um texto anterior, sobre a relação entre maior disposição para o pensamento literal e o ceticismo [quase conclusivo] aos sistemas de crenças de apelo metafísico.
Não usamos os nossos cérebros apenas por usar mas também ou especialmente para entender a realidade, de preferência, principiando pelo que mais importa, a espinha dorsal da macro-realidade, para sobreviver e/ou nos conservar o máximo que pudermos, e se possível, passar os nossos genes adiante. Entre rezar e esperar por milagres e de fato buscar pela solução concreta de um paradigma, é muito mais preferível o segundo. No quesito "compreensão factual" da realidade, trocar um ceticismo saudável pela internalização acrítica de um conjunto de crenças, especialmente em um cenário perigoso, pode ter graves consequências porque se estará trocando uma relação direta de compreensão entre o ser e o seu meio, por um sistema de crenças que se sobrepõe à realidade. Mas o caráter da inteligência não é apenas utilitário e portanto o simples fato de não nos deixarmos dominar por pensamentos estapafúrdios, já se consiste em uma importante vitória e que, pode não ser útil a curto prazo, mas que poderá ser a longo prazo. De qualquer maneira é sempre bom se basear em fatos, palpáveis, observáveis e comprováveis ou comprovados, para não cometermos erros que possam ser fatais para a conservação da vida e especialmente de nossas próprias vidas. É claro que, inevitavelmente acabaremos nos engajando em comportamentos de risco, com maior ou menor frequência, dependendo da pessoa e de suas disposições comportamentais ou ''gratificações existenciais''. O mais importante é, ter consciência ou conhecimento do grau de risco de cada ação, isto é, sabendo diferenciar correlação de causalidade, e causa de efeito, antes sabendo identificá-los, é claro. Este pode ser considerado como o núcleo da inteligência, se se consiste em duas das capacidades mais íntimas, basais e/ou estruturais ao reconhecimento de padrões.
Múltiplas inteligências
O modelo das múltiplas inteligências, como eu tenho falado, não está totalmente equivocado, porque o seu autor apenas especificou algumas das facetas mais importantes que compõem a inteligência, muitas dessas que os testes cognitivos tradicionais tem sumariamente desprezado. O problema é que ele [e muito de seus entusiastas] tem tomado cada uma dessas facetas como se fossem inteligências por seus próprios domínios, como se fossem independentes entre si, e não parece ser plenamente verdade que seja assim. De fato existe um modelo básico de inteligência que a priore todos aqueles sem graves sequelas ou anomalias apresentam a nível basal. Todos nós, superficialmente falando, estamos equipados com as mesmas "ferramentas" psico-cognitivas. No entanto nos diferimos nos dois aspectos fundamentais, psicológico e cognitivo, e por três vias: Tipo/combinação da arquitetura ou hierarquia, qualidade/autenticidade e quantidade/ intensidade.
Existe um modelo basal de inteligência tal como existe um modelo basal ou pretensamente ideal de corpo humano, moderadamente alto, musculoso e simetricamente construído. No entanto a diversidade biológica faz com que existam diferentes tipos de corpos assim como também em relação à mente.
Eu acredito sim que o cérebro seja mais descentralizado, e não necessariamente dividido em domínios independentes. Isto é, quando pensamos a partir de um certo estilo de pensamento, tendemos a nos enfatizar nele, obviamente falando, mas isso não significa que outros estilos ou recursos psico-cognitivos não estarão sendo secundariamente usados/ como auxiliares. É possível de se afirmar que, quanto mais pura ou homogeneamente carregada for uma tarefa, maior será a ênfase para certa função/parte do cérebro ou ''circuito'' da psico-cognição/inteligência. Por exemplo, quando estamos escrevendo um texto, ou quando estamos estudando gramática ou ortografia. No primeiro, é requerida uma abordagem mais integrada de vários recursos psico-cognitivos diferentes, desde a imaginação, até ao pensamento lógico. No segundo, a criatividade, por exemplo, será, tradicionalmente falando, menos requerida.
Os entusiastas da teoria das múltiplas inteligências, pelo que parece, dizem que o cérebro é modular, que existe mais de uma inteligência, porque existem diferentes ''circuitos'' e ''partes'' do cérebro que são independentes entre si, dando liga à ideia de ''múltiplas inteligências''. Se isso for mesmo verdade, e eu não vou pesquisar mais a fundo, então eu não concordarei porque parece claro que, nós temos um modelo, eu não diria ideal mas basal de inteligência, e que a partir dele, que a mesma se diversificará. Tal como dizer que, porque temos diferentes raças humanas, então devemos tratá-las como ''humanos literalmente diferentes'' ou ''espécies'' [''múltiplas espécies humanas'']. Percebam que todo o ser humano tem ''humanidades'' em comum, que lhes/nos são universais. Existe um modelo universal do que é ser humano, do nível humano de ser, que define e delimita a humanidade da ''não-humanidade''. Claro que esse modelo pode e geralmente muda. Por exemplo, o que se consistia em ser humano há 100 mil anos atrás, ou ''proto-humano'', hoje em dia, já não seria considerado como tal. Este fator g da humanidade faz com que não seja possível termos diferentes espécies humanas dentro de seu seio, claro, apenas se de fato, elas existissem, aí não teria como dizer o contrário. O mesmo para a inteligência humana, e talvez para qualquer outra espécie ou ser vivo. Não existem múltiplas inteligências humanas, porque o que de fato acontece é uma diversificação do seu modelo universal ou basal. Todo ser humano é capaz de aprender uma língua. Mas alguns são capazes de aprender várias línguas. Outros terão dificuldade para aprender ''idealmente'' o seu próprio idioma ou língua-materna. Existem ''múltiplas' combinações do mesmo modelo, em relação ao tipo dominante [ habilidades verbais, por exemplo], aos seus valores quantitativos [intensidade/ maiores habilidades verbais =grande vocabulário] e qualitativos [autenticidade/ melhores habilidades verbais = maior capacidade de ideações verbalmente criativas].
Deste modo existe uma estrutura que sustenta ou que interliga o cérebro/e o sistema nervoso periférico, fazendo-os aptos para funcionarem de maneira basal. E dentro desta estrutura existe o "comportamento inteligente", que por sua vez, revela outro sistema, o sistema da inteligência. Esta mesma estrutura também tende a mostrar-se de maneira mai polimórfica ou diversa, tanto a nível individual quanto a nível coletivo. Então temos a forma ou as características fisiológicas do sistema nervoso central/cérebro e sistema nervoso periférico/ligações nervosas nas outras partes do corpo. E em relação ao primeiro, mais particularmente falando, nós temos o sistema da inteligência intelectual ou psico-cognitiva, em contraste à cinestésica, que já se baseia no sistema que promove o comportamento desta natureza/sistema nervoso central.
Quando o indivíduo realiza uma ação inteligente, que pode ser baseada em qualquer uma das facetas do sistema-inteligência [criatividade, racionalidade, cognição, memória, etc] e a priore destituída de julgo moralmente benigno, ele está acessando o seu próprio sistema, agindo e reagindo. Dependendo do tipo de comportamento ele pode estar acessando mais ''os circuitos emocionais'' ou, sei lá, verbais, do sistema-inteligência. Sabe-se que a natureza do sistema-inteligência é onisciente ao comportamento, isto é, em cada ação nossa, precisamos acessá-lo, de modo que, como eu já falei algumas vezes, mediante certas perspectivas mais primordiais, inteligência e comportamento podem ser tratados como sinônimos.
O sistema-inteligência divide-se em muitas facetas/perspectivas/partes, algumas que já foram bem capturadas pela teoria das múltiplas inteligências: verbal, matemática ou numérica, musical, intrapessoal, interpessoal, corporal, naturalística (impessoal ou científica?)... No entanto eu resolvi propor uma maneira diferente de entender esse sistema, acoplando possíveis "novos" sub-sistemas e reunindo os já existentes só que dentro das mesmas categorias que, a meu ver, lhes são mais pendentes, e claro, me afastando da ideia de ''múltiplas'' inteligências, porém preservando a diversidade psico-cognitiva.
Vamos então à minha proposta semi-alfabetizada..
Sistema sensitivo:
5 sentidos
Primeiro ''sentimos''.
De acordo com a wikipédia, os órgãos dos sentidos é um conjunto de órgãos receptores externos de estímulos sensoriais. As suas funções são transformar os estímulos (luz, som, calor, pressão, sabor) em impulsos nervosos, onde esses percorrem as células nervosas até o centro nervoso, o cérebro (receptor interno).
Agora eu vou usar um pouco da teoria do cérebro trino para fomentar o que seria um desses sub-sistemas psico-cognitivos.
Sistema perceptivo:
- ''instintivo'',
-límbico ou emocional,
- lógico a racional
As ''3 percepções''**
Primeiro temos os tijolos ou sentidos, depois nós temos uma construção com tijolos e argamassa, ou percepções. Dos comportamentos mais básicos, mais oniscientes, tal como a constante percepção sensitiva ou via cinco sentidos, até aos que já começam a se tornar mais elaborados, como as percepções ''instintivas'', emocionais ou lógico/a racionais. Antes de tudo há de se dar nomes mais corretos a esses ''bois''. Como eu tenho falado, o instinto não é necessariamente ou especialmente a expressão de medo ou de qualquer outro sinal que nos avise de perigo iminente, fazendo com que busquemos por nossas sobrevivências. Ainda que essas expressões sejam universalmente presentes entre os seres vivos e que, quase todos eles sejam muito instintivos/não-reflexivos.
O que de fato se constitui o instinto é a sua natureza comportamental inata, isto é, que não pode ser apreendida. Se consiste no comportamento auto-projetado, isto é, expressando as ''intrinsecabilidades'', os traços intrínsecos em direção ao ambiente de vivência, pela forma, se projetando em comportamentos que apenas expressam as suas características. Existe uma grande relação entre instinto e agressividade, justamente porque esta tem sido uma das estratégias individuais mais bem sucedidas para a sobrevivência. Isto é, em um ambiente constantemente perigoso, muitos se não boa parte das espécies, e em especial as mais bem sucedidas, tem sido selecionadas para uma maior agressividade.
O potencial humano para aprender uma ou mais línguas, é instintivo ou apresenta bases instintivas. Em compensação a ou as línguas que aprendemos, não são intrínsecas ou instintivas, porque não nascemos sabendo falá-las, apesar de apresentarem bases ou raízes instintivas de qualquer maneira. A razão é muito simples, ''nós'' inventamos as línguas ou idiomas, e precisamos ser expostos aos mesmos para que possamos aprendê-los, aprendizado que tende a ser veloz/intuitivo, especificamente se acontecer durante a primeira infância.
Em compensação, haverá maior variedade e menor instintividade ou intrinsecabilidade para aprender a ler e a escrever, porque a influência ou dependência do ambiente, e não de si mesmo, será ainda maior. Não há a necessidade de lápis ou de escrita, para aprender uma língua, especialmente se, desde os primeiros meses de idade, já for sendo exposto a ela. Maior é a dependência pelas criações do homem, menor será a sua intensidade instintiva, ainda que, como todo comportamento [cognitivo ou psicológico/afetivo], tenha como base o instinto [geneticabilidade].
Em relação às nossas capacidades de detecção de perigos e instinto, por essa capacidade ser de extrema importância para a sobrevivência, então tem havido esta correlação extrema e talvez continue a haver, só que de maneira cada vez mais sofisticada, em um cenário futurista benigno em que a humanidade finalmente começará a deixar de chafurdar na lama da ignorância [rezem].
Sistema cognitivo [mecanicista]:
As cognições ou ''roldanas''
- comunicativo/descritivo [verbal]
- comparativo/quantitativo [numérico]
- manipulativo/ dimensional [espacial]
- memória
- autobiográfica [mentalista]
- semântica [mecanicista]
- curto prazo ou de trabalho
- longo prazo
- raciocínio
- fluido
- cristalizado
- convergente
- divergente
- transcendente/criativo
Interagimos, sentimos, percebemos, analisamos, criticamos, julgamos e internalizamos...
Eu enfatizei nesta ordem, do sistema sensitivo ao sistema cognitivo, para mostrar a origem e a finalização do pensamento, que brota pela simples sensação, e se finaliza, já de maneira bem mais elaborada, com base nos outros ''dois' sistemas, perceptivo e cognitivo.
Por exemplo, eu estou olhando para uma camisa amarela. Primeiramente eu estou ''sentindo'' ou reconhecendo com os olhos, a sua cor, se está amarrotada ou não, a sua textura, enfim, eu estou reconhecendo padrões via foco sensitivo, focando com a visão em uma determinada particularidade do ambiente em que estou despojado. Como é um objeto inanimado e que apresenta um nível excepcionalmente baixo de periculosidade ou de qualquer outra outra possibilidade mais aflorada, então o meu sistema perceptivo está em um estado emotivo, digamos assim, neutro. A existência de uma camisa amarela na cama dos meus pais, é um fato frio pra mim, é um fato porque é real, porque existe, e é frio, porque eu sou indiferente a ela. Se a camisa fosse minha, se eu lhe tivesse grande apreço e se um dos meus irmãos a estivesse usando, então é muito provável que a minha abordagem perceptiva se daria de maneira menos neutra e mais emocional. Em ambas as situações, eu estou reconhecendo padrões e os julgando de maneira emocional, que pode variar, desde a neutralidade até à grande importância pessoal. Em ambas as situações eu estou apenas usando a níveis mais básicos a minha compreensão factual, em relação à verdade objetiva, concreta ou imediata, assim como também a minha consciência estética, apregoando valor. Eu gosto da cor amarelo-esverdeado dessa camisa, especialmente quando está exposta à luz fraca de uma tarde nublada.
Os sistemas sensitivo e perceptivo apreendem ''impressões'' [realidades não-verbalizadas], o sistema cognitivo as transforma em verbalizações OU aumenta os seus níveis de nitidez. No entanto, este, a meu ver, seria o primeiro passo deste processo de análise-crítica. Isto é, o exemplo novamente: eu estou vendo a camisa amarelo-esverdeado amarrotada na cama dos meus pais, reconhecendo os seus padrões, e pelo fato de se consistir em uma interação não-dinâmica ou menos dinâmica, então isso não está aumentando a minha carga responsiva [''instintiva'', emocional ou neutra/lógica], que também pode ser denominado de ''estado emocional de descanso''. Depois do reconhecimento de padrões, inevitavelmente virá o julgamento do mesmo via sistema perceptivo. O sistema cognitivo talvez [parece evidente que sim] trabalhe de maneira integrada com os outros sistemas, ao invés de fazê-lo por último como pareço ter deixado a entender. Eu vejo a camisa, associo o seu formato à palavra ''camisa'', a sua cor à palavra ''amarelo'', percebo que tem um tom mais puxado pra verde, e a re-qualifico como ''verde-esverdeada''. A minha memória de longo prazo pode tentar lembrar dela, se a minha mãe já a usou outras vezes. A minha memória de curto prazo ou de trabalho pode ou não internalizá-la associando-a a um pertence de minha mãe. Se eu não tivesse a linguagem humana, talvez ainda pudesse ser capaz de entendê-la como um objeto específico/individual pertencente a uma classe específica de objetos [reconhecimento de similaridades e organização das mesmas em classes de elementos] assim como também pertencente à uma pessoa. O reconhecimento de padrões, então parece necessitar de todos os sistemas, enquanto que a consciência estética ou julgamento de valor, parece ter como ''última palavra'' o sistema perceptivo. O sistema cognitivo parece ser ao mesmo tempo auxiliar em relação aos demais, assim como também adicional, e claro que também me refiro ao sistema cognitivo avançado que apenas os humanos apresentam e que se manifesta com base em nossas tecnologias culturais como por exemplo os idiomas.
Autoconsciência e pensamento reflexivo, repensando o instinto...
Todos os seres vivos de uma maneira ou de outra: interagem/vivem, sentem, analisam e julgam. É na capacidade qualitativa/diversidade e quantitativa/tamanho de memorização + a autoconsciência alargada que se encontra parte importante do diferencial humano. E ambos estão diretamente relacionados com a redução do predomínio do instinto ou auto-projeção comportamental via impulsos inatos. O ser humano tem maiores horizontes de aprendizagem, enquanto que a maioria dos outros seres vivos não tem. O ser humano pode julgar a si mesmo de maneira mais sofisticada, pode repensar os seus atos com maior frequência e qualidade. O ser humano pode ficar mais vezes em segunda pessoa, como se pudesse sair do próprio corpo e se analisar. A grande maioria, se não a quase totalidade dos outros seres vivos não podem fazê-lo, ao menos em termos menos instintivos. Ressaltando que eu não acredito que o ''instinto foi reduzido'', mas sim o seu predomínio [sem falar que também tem sido deslocado para o lado social], porque se pensarmos nele como um potencial psico-cognitivo [tamanho e qualidade], então o instinto humano será dos maiores e mais sofisticados/ cérebros maiores.
Sistema mentalista**
Sentimos [sistema sensitivo], percebemos [sistema perceptivo], verbalizamos/ associamos a símbolos, analisamos, criticamos e julgamos [sistema cognitivo e perceptivo]... no entanto também combinamos os três, e disso pelo que parece resultará no sistema mentalista, que seria uma espécie de ''sistema-fantasma'' por não ser um domínio em si mesmo, por se consistir na mescla das 3 macro-estruturas que, supostamente, definem as nossas capacidades psico-cognitivas. Aí residiria a ''teoria da mente'' ou empatia. Usamos o reconhecimento sensitivo de padrões [reconhecer uma pessoa pelos cinco sentidos, mas primeira e geralmente pela visão], perceptivo e cognitivo, para realizá-la, que aliás se consiste em uma das atividades mais essenciais da mente, não apenas a humana. Não reconhecemos apenas o estado da mente dos outros seres humanos, mas também da própria realidade [seres de outras espécies, padrões impessoais, por exemplo, reconhecer a temperatura de um elemento não-humano, etc]. Claro que, quase sempre usamos abordagens integradas para entender a realidade [de maneira ideal], que deveria ser a nossa missão ''não-escrita'' e totalmente onisciente, se vivos, o que mais precisaríamos fazer seria justamente isso. No entanto, como eu já falei acima, dependendo da atividade, se poderá enfatizar mais em um desses sistemas, ''descentralizando'', ainda que no final, todas as abordagens serão de uma maneira ou de outra integradas.
Por enquanto é ''só'' isso...
O gênio: muito do talento analítico-crítico do fluido, muito do talento de memorização do cristalizado*
Rapidamente, neste texto, eu pensei, graças ao anterior sobre o mesmo assunto, se o gênio, então, em média, ou logicamente falando, não seria como o fluido em termos de capacidades de raciocínio fluido [lógico, especulativo, implícito, independente] mas também como o cristalizado em sua capacidade de memorização, tendo um maior arcabouço para manipular do que, usualmente, pelo que parece, os mais fluidos costumam ter [menor capacidade de memorização semântica compensada por maior capacidade para o raciocínio analítico-crítico].
Aprendizes [QI] versus pensadores cristalizados versus fluido...
Informação explícita versus informação implícita
A diferença de quem confia, de maneira invariavelmente indiscriminada, nas informações que internaliza, daqueles que quase sempre preferem analisar a realidade [mente proto-científica] antes de comprar ''conhecimentos pré-moldáveis'' às suas mentes.
Me parece que nós podemos ter dois tipos de pessoas, a partir desta perspectiva: aqueles que confiam quase que intuitivamente nas informações que internalizam [sem maior auto-reflexão] até aos que sempre preferem realizar primeiro uma bela análise de padrões [similaridades, contradições, contrastes,..] antes de aceitar, por si mesmo, a veracidade [correta ou incorreta] de certa informação.
Partindo desta linha de pensamento eu percebo que parece existir uma tendência enfática, nos dois tipos [e claro, com as suas misturas devidamente ressaltadas] para diferentes operacionalidades, que serão mais fluidas ou mais cristalizadas. Claro que todo mundo tende a usar os dois modos de operacionalidade, mas também é claro que existem variações individuais e mesmo entre grupos na equidade de uso dos mesmos.
Nós também temos culturas que me parecem ser bem distintas entre si, culturas intelectuais, entre os mais fluidos ou pensadores, e os mais cristalizados ou aprendizes. O primeiro exalta a capacidade de raciocínio puro ou analítico-crítico, o segundo ressalta o aprendizado via ''conhecimentos' como a maneira mais adequada para entender e vivenciar a realidade. O primeiro, claramente, parece ser menos dependente desta aprendizagem, se comparado ao segundo. Ele também pode ser mais propenso a ter uma memória semântica menos larga do que o segundo, que por um lado reduziria o seu arcabouço de ''conhecimentos'' e que por outro lado aumentaria a sua motivação em abordagens analítico-críticas. E, anedoticamente falando, eu tenho percebido este embate entre esses dois tipos, até mesmo porque eu, que acredito ser mais fluido do que cristalizado, também tenho participado desses embates. O fluido também pode ser até muito mais criativo [especulativo] do que o cristalizado, porque ao invés de, preferencialmente falando, recorrer ao conhecimento que já foi cristalizado [abordagem convergente], ele será muito mais propenso a quase sempre re-analisar e re-criticar as informações resultando em uma maior tendência para produzir insights, se prefere, primeiramente, manipular a informação por si mesmo, misturando-a ao conhecimento [específico à ela] que já tem consigo.
O fluido também pode ser mais propenso a ser chamado de ''teorista de conspiração'', ;) e [in]justamente pelos tipos mais cristalizados, ;), porque será muito mais propenso à independência de pensamento [pensador] via motivação intrínseca de se praticá-la, assim como também a pensar de maneira mais impessoal ou sem necessariamente se preocupar com a opinião alheia/pública, tendo em sua mente, parâmetros de idealidade, que todo mundo tem, e que o cristalizado será muito mais propenso a desenvolvê-los justamente com base no senso comum, a dicotomia que propus entre bom senso e senso comum. E os seus parâmetros de idealidade ou referências lógicas, lógica e repetitivamente falando, serão de natureza mais primariamente científica do que socialmente influenciada. E talvez, isso também possa ser um problema para o fluido, porque ele pode se tornar menos empático, acreditando que tudo aquilo que emana do social está errado, confundindo lógica com racionalidade, ou ''instinto'' com verdade.
Eu já falei sobre a dicotomia cinematograficamente pensada dos tipos mais masculinos ''Stanley Kowalski'' versus os mais femininos ''Blanche DuBois'' neste texto.
Stanley seria ou representaria um tipo mais primitivo enquanto que é perfeitamente possível termos, e de fato temos, tipos ''excepcionais'' de ''mais fluidos'', basicamente os pensadores, que estão mais próximos dos intelectuais psicóticos como no caso da personagem Blanche DuBois do que em relação aos primitivos espertos como o Stanley Kowalski, ainda que, compartilhará com o segundo a sua essência de operacionalidade, que pende mais para a lógica.
Porque os testes cognitivos tendem a enfatizar pela cristalização do conhecimento do que pela fluidez do pensamento, especialmente em contextos reais, então será esperado que os cristalizados pontuarão mais alto, em média, do que os fluidos. Outra diferença entre os dois tipos, é a de capacidade para o pensamento holístico. Sendo o fluido naturalmente mais propenso a ser um pensador 'independente' do que o cristalizado, então será esperado que ele também será melhor para este tipo de raciocínio, de pensamento holístico, mas também para o pensamento mais detalhista, especialmente os mais inteligentes.
Por ser um acumulador de informações explícitas, o cristalizado será mais propenso à conformidade social e intelectual, e neste sentido ele se assemelhará em demasia ao ''normie típico'' que também é um ''pensador dependente, mais lento e lerdo'' para, por si mesmo, buscar pelas informações. Ao contrário, ele será mais propenso a esperar que elas ''o alcance'', e também poderíamos denominá-lo de ''pensador passivo'', e o fluido como um ''pensador ativo''.
Por pensar de maneira independente, o fluido também pode se tornar mais propenso à ideações de natureza psicótica, assim como também a toda sorte de estresse psicossomático que a inconformidade social tende a causar nas pessoas.
O cristalizado será mais cultural enquanto que o fluido tenderá a desprezar pela cultura, de maneira geral, claro que estamos falando de médias, e isso ainda não significa que o ''fluido ou pensador médio'' não será tão domado por sua contextualidade cultural como parece acontecer em demasia com o cristalizado. Esta conjectura lógica potencialmente correta, parte de considerações igualmente lógicas, em que se esperará que, por serem dicotômicos, aquilo que falte em um abundará em outro, mas é perfeitamente possível termos diversas facetas de similaridades entre os dois. Estou a especular de maneira rígida, ao construir um modelo de dicotomia, mas isso ainda não significa que será perfeitamente assim. Talvez se possa concordar de maneira bem mais confiante que esse modelo de contrastes que está sendo proposto caiba quase que perfeitamente aos mais caracteristicamente ou autenticamente ''cristalizados'' e ''fluidos''.
A diferença de quem confia, de maneira invariavelmente indiscriminada, nas informações que internaliza, daqueles que quase sempre preferem analisar a realidade [mente proto-científica] antes de comprar ''conhecimentos pré-moldáveis'' às suas mentes.
Me parece que nós podemos ter dois tipos de pessoas, a partir desta perspectiva: aqueles que confiam quase que intuitivamente nas informações que internalizam [sem maior auto-reflexão] até aos que sempre preferem realizar primeiro uma bela análise de padrões [similaridades, contradições, contrastes,..] antes de aceitar, por si mesmo, a veracidade [correta ou incorreta] de certa informação.
Partindo desta linha de pensamento eu percebo que parece existir uma tendência enfática, nos dois tipos [e claro, com as suas misturas devidamente ressaltadas] para diferentes operacionalidades, que serão mais fluidas ou mais cristalizadas. Claro que todo mundo tende a usar os dois modos de operacionalidade, mas também é claro que existem variações individuais e mesmo entre grupos na equidade de uso dos mesmos.
Nós também temos culturas que me parecem ser bem distintas entre si, culturas intelectuais, entre os mais fluidos ou pensadores, e os mais cristalizados ou aprendizes. O primeiro exalta a capacidade de raciocínio puro ou analítico-crítico, o segundo ressalta o aprendizado via ''conhecimentos' como a maneira mais adequada para entender e vivenciar a realidade. O primeiro, claramente, parece ser menos dependente desta aprendizagem, se comparado ao segundo. Ele também pode ser mais propenso a ter uma memória semântica menos larga do que o segundo, que por um lado reduziria o seu arcabouço de ''conhecimentos'' e que por outro lado aumentaria a sua motivação em abordagens analítico-críticas. E, anedoticamente falando, eu tenho percebido este embate entre esses dois tipos, até mesmo porque eu, que acredito ser mais fluido do que cristalizado, também tenho participado desses embates. O fluido também pode ser até muito mais criativo [especulativo] do que o cristalizado, porque ao invés de, preferencialmente falando, recorrer ao conhecimento que já foi cristalizado [abordagem convergente], ele será muito mais propenso a quase sempre re-analisar e re-criticar as informações resultando em uma maior tendência para produzir insights, se prefere, primeiramente, manipular a informação por si mesmo, misturando-a ao conhecimento [específico à ela] que já tem consigo.
O fluido também pode ser mais propenso a ser chamado de ''teorista de conspiração'', ;) e [in]justamente pelos tipos mais cristalizados, ;), porque será muito mais propenso à independência de pensamento [pensador] via motivação intrínseca de se praticá-la, assim como também a pensar de maneira mais impessoal ou sem necessariamente se preocupar com a opinião alheia/pública, tendo em sua mente, parâmetros de idealidade, que todo mundo tem, e que o cristalizado será muito mais propenso a desenvolvê-los justamente com base no senso comum, a dicotomia que propus entre bom senso e senso comum. E os seus parâmetros de idealidade ou referências lógicas, lógica e repetitivamente falando, serão de natureza mais primariamente científica do que socialmente influenciada. E talvez, isso também possa ser um problema para o fluido, porque ele pode se tornar menos empático, acreditando que tudo aquilo que emana do social está errado, confundindo lógica com racionalidade, ou ''instinto'' com verdade.
Eu já falei sobre a dicotomia cinematograficamente pensada dos tipos mais masculinos ''Stanley Kowalski'' versus os mais femininos ''Blanche DuBois'' neste texto.
Stanley seria ou representaria um tipo mais primitivo enquanto que é perfeitamente possível termos, e de fato temos, tipos ''excepcionais'' de ''mais fluidos'', basicamente os pensadores, que estão mais próximos dos intelectuais psicóticos como no caso da personagem Blanche DuBois do que em relação aos primitivos espertos como o Stanley Kowalski, ainda que, compartilhará com o segundo a sua essência de operacionalidade, que pende mais para a lógica.
Porque os testes cognitivos tendem a enfatizar pela cristalização do conhecimento do que pela fluidez do pensamento, especialmente em contextos reais, então será esperado que os cristalizados pontuarão mais alto, em média, do que os fluidos. Outra diferença entre os dois tipos, é a de capacidade para o pensamento holístico. Sendo o fluido naturalmente mais propenso a ser um pensador 'independente' do que o cristalizado, então será esperado que ele também será melhor para este tipo de raciocínio, de pensamento holístico, mas também para o pensamento mais detalhista, especialmente os mais inteligentes.
Por ser um acumulador de informações explícitas, o cristalizado será mais propenso à conformidade social e intelectual, e neste sentido ele se assemelhará em demasia ao ''normie típico'' que também é um ''pensador dependente, mais lento e lerdo'' para, por si mesmo, buscar pelas informações. Ao contrário, ele será mais propenso a esperar que elas ''o alcance'', e também poderíamos denominá-lo de ''pensador passivo'', e o fluido como um ''pensador ativo''.
Por pensar de maneira independente, o fluido também pode se tornar mais propenso à ideações de natureza psicótica, assim como também a toda sorte de estresse psicossomático que a inconformidade social tende a causar nas pessoas.
O cristalizado será mais cultural enquanto que o fluido tenderá a desprezar pela cultura, de maneira geral, claro que estamos falando de médias, e isso ainda não significa que o ''fluido ou pensador médio'' não será tão domado por sua contextualidade cultural como parece acontecer em demasia com o cristalizado. Esta conjectura lógica potencialmente correta, parte de considerações igualmente lógicas, em que se esperará que, por serem dicotômicos, aquilo que falte em um abundará em outro, mas é perfeitamente possível termos diversas facetas de similaridades entre os dois. Estou a especular de maneira rígida, ao construir um modelo de dicotomia, mas isso ainda não significa que será perfeitamente assim. Talvez se possa concordar de maneira bem mais confiante que esse modelo de contrastes que está sendo proposto caiba quase que perfeitamente aos mais caracteristicamente ou autenticamente ''cristalizados'' e ''fluidos''.
Relações evolutivas de convergência, divergência e atrito
Placas tectônicas ou evolutivas*
Exemplo de relação evolutiva de convergência: brancos europeus e amarelos asiáticos, que, por causa de séculos sendo selecionados em sociedades 'civilizadas'', sem falar de cenários ancestrais relativamente parecidos [clima temperado, por exemplo] tem evoluído de maneira mais ou menos convergente.
Exemplo de relação evolutiva de divergência: brancos europeus e negros aborígenes/australianos. O primeiro grupo é psico-cognitivamente diverso, o segundo tem sido selecionado para ser excelente em atividades muito restritas.
Exemplo de relação evolutiva de atrito ou transcorrência: brancos europeus e caucasianos judeus. Ao invés de convergirem ou de divergirem, caucasianos europeus e judeus tem entrado em constante atrito, transcorrência ou inter-concorrência, possivelmente por ocuparem ''os mesmos'' espaços ou territórios e por apresentarem semelhanças [maior inteligência] e diferenças [universalismo e coletivismo] igualmente significativas.
''Seria melhor ter devolvido o Brasil aos índios'' .... ''Os únicos que podem decidir quem entra e quem sai nas Américas são os verdadeiros donos dessas terras: os índios'' Só que...
... ''eu sou totalmente a favor da globalização''
Mais um pouco sobre aquilo que a mente do esquerdista, diga-se, sofrível e em estado de decomposição, internaliza e portanto aceita: contradições à [perder de] vista!!
Mais um pouco sobre aquilo que a mente do esquerdista, diga-se, sofrível e em estado de decomposição, internaliza e portanto aceita: contradições à [perder de] vista!!
Não houve descobrimento, mas invasão... mas também não ocorreu uma colonização, pelo menos em boa parte do antigo ''território colonial europeu''
Até uns anos atrás fomos transtornados por uma vil e indecente verdade: o Brasil e vários outros lugares, não foram descobertos, mas invadidos ''pelos'' europeus. Uma obviedade que até então passava batido em muita gente.
Ainda que, para os europeus, a invasão das Américas [especialmente], que naquela época sequer tinham esse nome geograficamente unitário, também foi uma descoberta... As duas ''expressões'' estão corretas, a partir do momento em que forem devidamente bem posicionadas.
No entanto, aqueles (((esquerdistas))) que vieram com este neo-pensamento sobre as ''grandes navegações [europeias]'', parecem ter se esquecido de continuarem a melhorar o entendimento semântico deste longo e obscuro período da estória humana. E, não surpreendentemente, não é que, quando a questão lhes é ideologicamente sensível eles desprezam o uso da precisão semântica**
Um caso mais do que recomendável para a aplicação da mesma é o uso da palavra ''colonização'' para se referir ao domínio europeu [ou japonês, ou americano, ...] sobre várias regiões do mundo durante todo este período das ''grandes navegações e subsequente colonialismo'', a primeira fase da globalização.
''Os'' europeus realmente colonizaram a África**
Sim, pode-se dizer que ''os'' europeus realmente colonizaram a América do Norte, porque ocorreu uma massiva transferência de pessoas do velho para o novo continente. Colonizar não é apenas tomar posse de um território, mas também povoá-lo e de preferência com as pessoas do grupo invasor. E na maioria das regiões [meridionais] que os europeus tomaram posse por determinado período, não ocorreu uma massiva transferência de pessoas com o intuito de [re]povoá-las. De fato, o termo colônias de exploração e de povoamento, fazem muito sentido, principalmente quando percebemos que a ideia de colonização ou de expansão real do território, com a posse ou domínio de novos territórios, e posterior colonização/povoamento, de fato, não aconteceu na maioria dessas regiões. A África não foi esbranquiçada com milhões de colonos europeus, apenas algumas partes que foram parcialmente povoadas genuinamente por europeus. Nem a Ásia. No caso das Américas e da Oceania, aí nós vamos ter uma situação um pouco mais diversa, porque, enquanto que, em algumas áreas como a Austrália, a América do Norte e partes da América Central e do Sul, ocorreu o que de fato se pode chamar de ''colonização'', o mesmo não aconteceu totalmente no restante. Portamento podemos ter como veredito final que, o processo de colonização europeia deu-se de maneira parcial nessas regiões citadas acima, e primário no caso da África e da Ásia, porque de fato, houve o domínio administrativo desses territórios, mas não houve a substituição demográfica ou o povoamento dos mesmos com gente de fora.
Ainda que, para os europeus, a invasão das Américas [especialmente], que naquela época sequer tinham esse nome geograficamente unitário, também foi uma descoberta... As duas ''expressões'' estão corretas, a partir do momento em que forem devidamente bem posicionadas.
No entanto, aqueles (((esquerdistas))) que vieram com este neo-pensamento sobre as ''grandes navegações [europeias]'', parecem ter se esquecido de continuarem a melhorar o entendimento semântico deste longo e obscuro período da estória humana. E, não surpreendentemente, não é que, quando a questão lhes é ideologicamente sensível eles desprezam o uso da precisão semântica**
Um caso mais do que recomendável para a aplicação da mesma é o uso da palavra ''colonização'' para se referir ao domínio europeu [ou japonês, ou americano, ...] sobre várias regiões do mundo durante todo este período das ''grandes navegações e subsequente colonialismo'', a primeira fase da globalização.
''Os'' europeus realmente colonizaram a África**
Sim, pode-se dizer que ''os'' europeus realmente colonizaram a América do Norte, porque ocorreu uma massiva transferência de pessoas do velho para o novo continente. Colonizar não é apenas tomar posse de um território, mas também povoá-lo e de preferência com as pessoas do grupo invasor. E na maioria das regiões [meridionais] que os europeus tomaram posse por determinado período, não ocorreu uma massiva transferência de pessoas com o intuito de [re]povoá-las. De fato, o termo colônias de exploração e de povoamento, fazem muito sentido, principalmente quando percebemos que a ideia de colonização ou de expansão real do território, com a posse ou domínio de novos territórios, e posterior colonização/povoamento, de fato, não aconteceu na maioria dessas regiões. A África não foi esbranquiçada com milhões de colonos europeus, apenas algumas partes que foram parcialmente povoadas genuinamente por europeus. Nem a Ásia. No caso das Américas e da Oceania, aí nós vamos ter uma situação um pouco mais diversa, porque, enquanto que, em algumas áreas como a Austrália, a América do Norte e partes da América Central e do Sul, ocorreu o que de fato se pode chamar de ''colonização'', o mesmo não aconteceu totalmente no restante. Portamento podemos ter como veredito final que, o processo de colonização europeia deu-se de maneira parcial nessas regiões citadas acima, e primário no caso da África e da Ásia, porque de fato, houve o domínio administrativo desses territórios, mas não houve a substituição demográfica ou o povoamento dos mesmos com gente de fora.
segunda-feira, 24 de abril de 2017
Sintomas de uma síndrome da modernidade: QIismo
''O meu QI é maior que o seu, logo eu sou mais invencivelmente/totalmente inteligente''
''Aquela moça era tão eloquente... mas o seu QI é mediano''
''A relação entre QI [inteligência] e criatividade foi de...''
''Os povos de QI maior [mais inteligentes*] são menos propensos a...''
A tudo aquilo em que se deveria usar o termo inteligência, e com suas as consequências conceituais e práticas embutidas, passou-se a usar a sigla QI. Aos poucos o cérebro vai se desacostumando a falar em inteligência, substituindo-a por QI, como se os dois fossem exatamente a mesma coisa, espelhos mutuamente perfeitos.
Não está errado falar, usar o QI, o problema é passar com isso a desprezar a inteligência, de fato, e/ou tratando-a como se fosse QI, e como se o QI fosse inteligência.
''Aquela moça era tão eloquente... mas o seu QI é mediano''
''A relação entre QI [
''Os povos de QI maior [
A tudo aquilo em que se deveria usar o termo inteligência, e com suas as consequências conceituais e práticas embutidas, passou-se a usar a sigla QI. Aos poucos o cérebro vai se desacostumando a falar em inteligência, substituindo-a por QI, como se os dois fossem exatamente a mesma coisa, espelhos mutuamente perfeitos.
Não está errado falar, usar o QI, o problema é passar com isso a desprezar a inteligência, de fato, e/ou tratando-a como se fosse QI, e como se o QI fosse inteligência.
domingo, 23 de abril de 2017
Ambiversão e individualidade... uma maior diversidade individual pode criar a sensação de ''auto-subsistência psicológica''
Individualidade e europeus*
Acho que já havia proposto esta teoria mas vamos lá, novamente e rapidamente. Os europeus, por estarem, em média, no meio do espectro ''extroversão-introversão'', isto é, por tenderem a ser mais do tipo ambivertidos, do que os negros africanos [mais para a extroversão] e do que os leste asiáticos [mais para a introversão], os tornariam mais propensos à individualidade, do que os outros dois, ainda que, o excesso de extroversão também tenda a resultar em um igual excesso em individualismo. Neste caso, podemos dizer que, enquanto que a extroversão tende a se relacionar com individualismo, a ambiversão, por causa de sua maior ou melhor combinação com a introversão, ou como eu gosto de dizer, por causa de sua tendência de amalgamento dos dois extremos, justamente por se localizar no meio do espectro, tende a ser mais propícia à individualidade, que eu acho que já diferenciei em relação ao individualismo.
Individualidade não é individualismo. A individualidade, em relação ao comportamento, é sobre celebrar, desenvolver e enfatizar as próprias idiossincrasias, uma maior tendência para engajamentos introspectivos. O individualismo, por sua vez, pode ser facilmente traduzido como egoísmo. Níveis muito altos de individualidade podem levar ao narcisismo. Níveis muito altos de individualismo tendem a se relacionarem com o espectro de personalidades anti-altruístas.
Ao contrário do link no texto, eu não acredito mais que os leste asiáticos sejam em média mais empáticos que os europeus, especialmente os ocidentais, mesmo porque, as diferenças entre os dois macro-grupos neste sentido são, historicamente falando, não muito significativas, e que os segundos acabam vencendo literalmente porém parcialmente por causa de suas maiores expressividades emocionais.
Criatividade, ambiversão [ ou omniversão ]
Segundo um longo estudo sobre os traços de temperamento e comportamento que abundam entre os mais criativos, feito por Mihaly Csikszentmihalyi, a dita ''personalidade criativa'' se caracterizaria por exibir muitos contrastes temperamentais, indicando uma natureza mais balanceada, ainda que também mais intensa, ao invés de uma tendência mais homogênea de ênfase para um dos extremos deste espectro. Pela lógica, os ambivertidos mais intensos ou omnivertidos, ao contrário dos típicos ambivertidos, neste quesito, como eu já especulei, seriam os mais criativos, e quanto mais prevalente é a proporção de ambivertidos comuns, maior seria a proporção de tipos intensos. É o que parece acontecer com os europeus e sua diáspora espalhada [e misturada] pelo globo. Uma maioria de ambivertidos comuns, mais uma vez, por essa lógica, inevitavelmente resultaria em uma minoria de ambivertidos intensos ou omnivertidos, que são minoritários em praticamente todas as sociedades humanas.
Então pensemos: os ambivertidos reúnem um pouco de cada tipo, um pouco do autocontrole, da concentração e da precaução do introvertido, um pouco do entusiasmo ou vivacidade, da busca por experiências e da espontaneidade/impulsividade do extrovertido. Este ''pouco'', em doses bem menos parcimoniosas, e vamos ter indivíduos expressando esta androginia temperamental de maneira muito mais intensa. Porém, também há de se diferenciar o omnivertido que reúne todas ou a maioria das qualidades de ambos os ''extremos'', daqueles que fazem o oposto, que ao invés de reunirem os traços positivos, o fazem com as desvantagens de cada um. No entanto, no caso da criatividade, ainda será meramente especulativo concluir que, aqueles que reúnem uma predominância e constância de traços ''positivos' de ambos os extremos de temperamento, serão mais criativos que aqueles que reúnem o oposto. Por exemplo, a maior tendência de distração bem como também de maior impulsividade do extrovertido, em relação à algumas facetas do comportamento, que podem ser entendidos como ''desvantagens'' ou ''traços negativos'', está relacionada com um aumento da ideação criativa, especialmente o primeiro. Portanto calma nessa hora... No mais é isso. A possível prevalência de perfis mais ambivertidos entre os europeus, favoreceria a um maior minoria de ''ambivertidos intensos OU omnivertidos'', que, por essa lógica, seriam muito mais propensos à criatividade.
Acho que já havia proposto esta teoria mas vamos lá, novamente e rapidamente. Os europeus, por estarem, em média, no meio do espectro ''extroversão-introversão'', isto é, por tenderem a ser mais do tipo ambivertidos, do que os negros africanos [mais para a extroversão] e do que os leste asiáticos [mais para a introversão], os tornariam mais propensos à individualidade, do que os outros dois, ainda que, o excesso de extroversão também tenda a resultar em um igual excesso em individualismo. Neste caso, podemos dizer que, enquanto que a extroversão tende a se relacionar com individualismo, a ambiversão, por causa de sua maior ou melhor combinação com a introversão, ou como eu gosto de dizer, por causa de sua tendência de amalgamento dos dois extremos, justamente por se localizar no meio do espectro, tende a ser mais propícia à individualidade, que eu acho que já diferenciei em relação ao individualismo.
Individualidade não é individualismo. A individualidade, em relação ao comportamento, é sobre celebrar, desenvolver e enfatizar as próprias idiossincrasias, uma maior tendência para engajamentos introspectivos. O individualismo, por sua vez, pode ser facilmente traduzido como egoísmo. Níveis muito altos de individualidade podem levar ao narcisismo. Níveis muito altos de individualismo tendem a se relacionarem com o espectro de personalidades anti-altruístas.
Ao contrário do link no texto, eu não acredito mais que os leste asiáticos sejam em média mais empáticos que os europeus, especialmente os ocidentais, mesmo porque, as diferenças entre os dois macro-grupos neste sentido são, historicamente falando, não muito significativas, e que os segundos acabam vencendo literalmente porém parcialmente por causa de suas maiores expressividades emocionais.
Criatividade, ambiversão [ ou omniversão ]
Segundo um longo estudo sobre os traços de temperamento e comportamento que abundam entre os mais criativos, feito por Mihaly Csikszentmihalyi, a dita ''personalidade criativa'' se caracterizaria por exibir muitos contrastes temperamentais, indicando uma natureza mais balanceada, ainda que também mais intensa, ao invés de uma tendência mais homogênea de ênfase para um dos extremos deste espectro. Pela lógica, os ambivertidos mais intensos ou omnivertidos, ao contrário dos típicos ambivertidos, neste quesito, como eu já especulei, seriam os mais criativos, e quanto mais prevalente é a proporção de ambivertidos comuns, maior seria a proporção de tipos intensos. É o que parece acontecer com os europeus e sua diáspora espalhada [e misturada] pelo globo. Uma maioria de ambivertidos comuns, mais uma vez, por essa lógica, inevitavelmente resultaria em uma minoria de ambivertidos intensos ou omnivertidos, que são minoritários em praticamente todas as sociedades humanas.
Então pensemos: os ambivertidos reúnem um pouco de cada tipo, um pouco do autocontrole, da concentração e da precaução do introvertido, um pouco do entusiasmo ou vivacidade, da busca por experiências e da espontaneidade/impulsividade do extrovertido. Este ''pouco'', em doses bem menos parcimoniosas, e vamos ter indivíduos expressando esta androginia temperamental de maneira muito mais intensa. Porém, também há de se diferenciar o omnivertido que reúne todas ou a maioria das qualidades de ambos os ''extremos'', daqueles que fazem o oposto, que ao invés de reunirem os traços positivos, o fazem com as desvantagens de cada um. No entanto, no caso da criatividade, ainda será meramente especulativo concluir que, aqueles que reúnem uma predominância e constância de traços ''positivos' de ambos os extremos de temperamento, serão mais criativos que aqueles que reúnem o oposto. Por exemplo, a maior tendência de distração bem como também de maior impulsividade do extrovertido, em relação à algumas facetas do comportamento, que podem ser entendidos como ''desvantagens'' ou ''traços negativos'', está relacionada com um aumento da ideação criativa, especialmente o primeiro. Portanto calma nessa hora... No mais é isso. A possível prevalência de perfis mais ambivertidos entre os europeus, favoreceria a um maior minoria de ''ambivertidos intensos OU omnivertidos'', que, por essa lógica, seriam muito mais propensos à criatividade.
sábado, 22 de abril de 2017
TODOS os comportamentos são formas de gratificação
Nem sei direito o que poderia escrever sobre isso, por enquanto fica aí este pensamento....
Como eu queria
Que essas horas não passassem
Que esses minutos não cessassem, um sem seguir o outro
Que essa visita não terminasse
Que não tivesse prazo
Que fosse o último trago
Que não precisasse de mais nada
Que pudesse estar onde eu sou feliz
E pudesse mudar de lugar, quando o tempo fechasse
Que pudesse, como eu queria
Que as memórias fossem mais seletivas e intensas
Que pudesse vivenciar as alegrias já vividas
Revive-las quando quisesse
Ou que pudesse ter todo tesouro em um único lugar
Mas tenho que ir lá, visitar
Me despedindo daqui
E me despedindo de lá
E voltando aqui
E lá
E aqui
E aqui
E lá
Deixando parte do meu coração
E me encontrando com a outra
Despedaçado em muitos espaços
Pedindo ao tempo que pare um pouco
Que respire um pouco
Que me deixe um pouquinho
Que me deixe acostumar com essas ilusões
Que as transforme em religião
Que exista a ressurreição, a fé
Que o metafísico exista, que exista um lugarzinho só nosso neste universo imenso
Que acredite como um fanático
Que me absorva em sua loucura
Que me abençoe e faça crer
E descrer quando for preciso
Ah, como eu queria
Que esses minutos não cessassem, um sem seguir o outro
Que essa visita não terminasse
Que não tivesse prazo
Que fosse o último trago
Que não precisasse de mais nada
Que pudesse estar onde eu sou feliz
E pudesse mudar de lugar, quando o tempo fechasse
Que pudesse, como eu queria
Que as memórias fossem mais seletivas e intensas
Que pudesse vivenciar as alegrias já vividas
Revive-las quando quisesse
Ou que pudesse ter todo tesouro em um único lugar
Mas tenho que ir lá, visitar
Me despedindo daqui
E me despedindo de lá
E voltando aqui
E lá
E aqui
E aqui
E lá
Deixando parte do meu coração
E me encontrando com a outra
Despedaçado em muitos espaços
Pedindo ao tempo que pare um pouco
Que respire um pouco
Que me deixe um pouquinho
Que me deixe acostumar com essas ilusões
Que as transforme em religião
Que exista a ressurreição, a fé
Que o metafísico exista, que exista um lugarzinho só nosso neste universo imenso
Que acredite como um fanático
Que me absorva em sua loucura
Que me abençoe e faça crer
E descrer quando for preciso
Ah, como eu queria