terça-feira, 25 de abril de 2017

QI: tamanho do instinto cognitivo culturalizado

Definições de instinto cognitivo [intuição convergente] e psicológico [impulsividade/espontaneidade]:

Eu já comentei que o instinto não é apenas ou especialmente uma ''maior agressividade'', porque esta se correlacionaria com ele, especialmente por causa do vigor da seleção natural que tende a selecionar os seres vivos mais agressivos. O instinto na verdade se consistiria nos comportamentos inatos do ser vivo, que não foi apreendido, mas que é intuitivamente compreendido e espontaneamente usado [ ou o inverso, que também dá no mesmo, ;), espontaneamente compreendido e intuitivamente usado, ou é até melhor ). 

O instinto, assim como muitos outros conceitos da psicologia, pode ser dividido em dois: o afetivo ou comportamental/psicológico e o cognitivo. O instinto afetivo se manifestaria com base no comportamento inatamente impulsivo ou espontâneo e o instinto cognitivo se manifestaria com base no ''comportamento cognitivo intuitivo'', por exemplo, a capacidade da aranha de tecer a sua teia. Se a aranha aprende a produzi-la via ''cultura'', eu realmente não sei, eu tenho quase certeza que não, que a aranha já nasce com essa habilidade. Outro exemplo é o voo dos pássaros, que parece ser menos instintivo que o tecer das teias pela aranha, porque os pássaros não nascem sabendo voar, mas já apresentam ''disposições'' intrínsecas, mentais e fisiológicas, muito fortes, que tornam este aprendizado possível, natural e esperado pra eles. 

Da mesma maneira que o pássaro já nasce com as disposições fisiológicas e mentais aptas para o voo, só que precisa ser ensinado por seus pais para desenvolver essas habilidades, o mesmo acontece com o ser humano em relação a uma série de atividades psico-cognitivas, em especial a linguagem. E em ambos os casos, é papel do instinto e do seu tamanho fazê-lo. Como as bases instintivas humanas são superlativas, então nós podemos agregar mais ''conhecimentos'' ou melhor, ''técnicas'', além daquilo que já temos, desde ou a partir do nascimento. Então, podemos expandir os nossos instintos além dos valores que ''herdamos'. Entenderam bem, eu quis dizer ''expandir os nossos instintos''. E o fazemos principalmente com base na cultura, que nada mais é do que a externalização de nossas tendências, técnicas/cognitivas e comportamentais, especialmente as mais basais, em que, ao invés de nascermos sabendo todas elas, nós vamos, ao longo de nossos vagarosos desenvolvimentos, apreendendo-as, para mais ou para menos. Ainda há de se pensar o quão importante a cultura é para nos forjar, porque se fosse verdade mesmo que tivesse todo esse poder que behavioristas e similares tendem a ressaltar, então existiria uma homogeneidade muito mais significativa de ''normalização'' ou ''equalização'' dessas tendências, e o que na verdade nós temos é uma tendência para uma maior variedade de respostas de curto e longo prazo a essas interações. Em relação às nossas capacidades psico-cognitivas o principal divisor de águas é a sua verbalização ou culturalização. Devidamente impregnada por essa memorização semântica inicial, a segunda etapa é a de aprender a lê-la e a replicá-la em palavras e números. terceira etapa será a de manipulá-las, em folhas de papel, ou ''ao vivo'', com as outras pessoas, e mesmo, consigo mesmo. 

Os testes cognitivos capturam, portanto, o tamanho médio de nossos instintivos cognitivos, já culturalizados. 

O tamanho do instinto cognitivo/extensões instintivas mecanicistas ou cognitivas é o tamanho/valor quantitativo da inteligência genotípica, que também pode ser denominada de ''inteligência instintiva', que na espécie humana é mais expansível do que de qualquer outra espécie.

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