domingo, 14 de agosto de 2016

Justiceiro social: o que cabe e o que não cabe

Tornou-se comum nos dias de hoje criticar os auto-declarados "justiceiros sociais" e com isso descreditar como subsequência as suas causas sociais de especialização ou preferência pessoal. Isso não está certo porque uma coisa não tem que levar exatamente à outra. Como sempre o ser humano médio tem dificuldade para perceber essas sutilezas e agir adequadamente. No entanto há de se de fato focar neles e estudar caso a caso. O que, me parece que, nos faz odiar a maioria dos ''justiceiros sociais'' é justamente as suas tendências para: pensamento ilógico/estupidez, ignorância/ incompreensão factual e uma paixão arrogante e desmedida por aquilo que julgam ser a mais pura e derradeira das verdades. Eu não gosto do esquerdismo moderno apenas por ser contrário aos valores da direita até porque na verdade eu nem tenho qualquer grande zelo pelos mesmos mas especialmente por se consistir em uma clássica manifestação de estupidez. Estamos aqui "privilegiados", assistindo ao nascimento de um culto e vendo quem são aqueles que se de deixam enfeitiçar pela estupidez, passando-se de pura razão, acreditando que farão o mundo um lugar melhor, mas tendo o efeito contrário.

Portanto há de se separar o agente da causa social que ''escolheu'' ''lutar'' (ou melhor, bagunçar). Também há de se compreender que algumas causas já estão plenamente corretas mesmo na maneira com que são apresentadas e (virtualmente) defendidas pelos justiceiros sociais. Por exemplo, os direitos à dignidade para os animais não-humanos. Não restam dúvidas ao menos pra mim que a defesa pelos animais não-humanos e pela natureza em geral se consiste em uma das mais irrepreensíveis causas sociais. Em compensação os justiceiros sociais que tratam criminosos como vítimas fundamentais da sociedade encontram-se em uma posição diametralmente oposta em relação à causa dos direitos de dignidade dos animais não-humanos justamente por ser altamente passível de crítica.

Eu me vejo como um ''justiceiro social'' (e que não é um completo imbecil) em relação aos direitos dos animais não-humanos, já arrumei briga em redes sociais, por razões mais do que racionais, ainda que pudesse ter recuado (o grande problema é que estamos sempre recuando, especialmente os mais verdadeiramente racionais .. por isso que decidi não fazê-lo neste caso por considerá-lo de extrema urgência) e pelo andar da carruagem continuarei neste caminho. As diferenças de qualidade ou imprescindibilidade & verdade das causas tendem a ser significativas entre si mesmas. Por exemplo os defensores ou justiceiros sociais que são epicentricamente ''anti- racistas'' tendem a defender uma causa que tradicionalmente tem se apresentado (enquanto currículo acadêmico) de maneira vaga, dogmática, ignorante em relação ao que de fato está acontecendo no mundo e (portanto) contraditória. É vaga por fixar-se em narrativas extremamente superficiais que não explicam de modo preciso o que de fato se passa com o assunto que diz tratar. É dogmática e em um sentido negativo justamente por prender-se à pseudo-explicações de uma extrema superficialidade ou sem sustância analiticamente correta. Não é porque é dogmática que será equivocada, apenas ou fundamentalmente quando, além de se mostrar vaga e com poucas palavras também o fizer de maneira logicamente errada organizando-se em torno de falsas causas e efeitos, por exemplo, a ideia de que a pobreza dos afrodescendentes tenha como únicas causas o legado da escravidão e o racismo. Ainda que se possa considerar perifericamente essas causas é fato que outras mais importantes estão sendo sumariamente desprezadas no percurso, não apenas desprezadas mas também tratadas como ''narrativas de seus algozes''.

Portanto como eu sempre digo há de se analisar grupo por grupo de modo a prover o melhor julgamento, de aprender a pensar sutilmente, e apenas assim começar a pensar de modo mais sábio e menos vulnerável às constantes investidas de crápulas psicopatas verbalmente habilidosos.


Cabe criticar um histérico pré-psicótico, no mínimo, e em condições ideais, dependendo do grau de ignorância, estupidez e periculosidade, intervir com terapias psicológicas de choque e claro, que sejam absolutamente humanitárias, seus meios e suas finalidades (e possivelmente fazer o mesmo com muitos ''da direita'' ... se não com toda humanidade, eu mesmo incluído). Será que é possível libertar um ser humano que foi escravizado por suas próprias fraquezas ( lugar comum entre os seres humanos) e fazê-lo ver a luz da razão novamente**

Não cabe:

- generalizar em relação a todas as causas sociais,
- confundir o agente, usualmente histérico, ignorante e alucinado, com a causa social que diz ''defender''.

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