quarta-feira, 27 de julho de 2016

Eu sou dois pequenos olhos do universo e outros lares

As estrelas brilham em mim
dentro há vida
eu sou uma nação e as represento
eu sou o reflexo de uma noite estrelada
de uma sorte contida
eu brilho contrastes e paixões
eu luto contra o luto
eu sou feliz
sou dois pequenos e faiscantes olhares
eu sou o universo que sente a si mesmo
e isto é a vida
eu sou a lógica da existência
eu sou a luta em vão contra o caos


Cala o verso,
no silêncio de se escutar,
em seio nu, de se deitar,
na preguiça, braços a navegar,
um corpo só,
calando em pontos finais,
na angústia, em seu disfarce,
em suas palavras,
e paladares...

Na ousadia de continuar,
na luta e no sonho, põe-se a mirar,
Na sanha que faz sentido,
vai todo quente ao topo,
se esquece que foi sem querer,
sem saber,
sem de fato saber que valeria apena
foi-se e assim vão as vidas


Na persiana da vida
eu espreito as estrelas
confronto o céu nu de verdades
brilho perguntas pelos ares
penso no amanhã, no antes,
mas só existe o agora
e nesta lógica
busco a razão
porque busco a mim mesmo
a me encontrar sem lembrares
que a lembrança é um vento bom
que ser feliz e triste é apenas melancolia
acalma o coração
que o sol brilhará de manhã
e mais um dia, mais uma página virá
e na força da vida
que sempre prepara 
e na dispersão, em que-se despede 
o melancólico, quase parando o tempo em seu triste olhar
alegre pela beleza, a se contentar
todos estão à luta,
correndo, atrasados,
distraídos, ocupados,
todos querem o topo,
e você já chegou lá
e não há nada demais,
nada daquilo que acreditam ter
não tem um baú dourado 
não tem o paraíso
apenas se entender
que o paraíso só pode ser você




Nenhum comentário:

Postar um comentário