quinta-feira, 21 de abril de 2016
Entre a ação e a negação
Por causa de uma mente muito autocrítica e analítica como a minha, que desde a um certo tempo eu tenho me questionado sobre se existe a real necessidade de se escrever, isto é, produzir algo ou não. Claro que as ações são muito mais importantes do que prelúdios para a mesma como a escrita. No entanto tenho me questionado se esta minha dedicação não passaria de pura demonstração de ego e vaidade ainda que parcialmente preparados para potenciais chuvas de tomates via intermitente humildade.
Pensar sobre as próprias ações de maneira constante nos faz parar por alguns instantes de seguir o caminho que estamos trilhando, lhe chamo de teimosia, sem ter exatamente o significado moralmente negativo, como eu já falei sobre as abstrações, e nos questionar se realmente vale a pena continuar. Se todos tomassem este exercício reflexivo como muito importante em suas vidas eu acredito que alguma esperança sobre a humanidade e a sua inteligência poderia ser renovada.
A minha teimosia de continuar a escrever tem por agora o suporte de uma tentativa exponencialmente constante de se separar qualquer lampejo tolo de vaidade (diga-se, sem sentido) em relação a esta, digamos, missão pessoal. Estamos indissociáveis da própria essência e portanto, há de se aceitar tal orgulho mas sem deixá-lo tomar conta e continuar com este exercício, que em partes, ocupa parte do meu tempo além de poder tornar concreto ideias e pensamentos que por ventura possam ser úteis para alguém, se já são pra mim, de grande valia.
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