quarta-feira, 2 de março de 2016
A confusão entre sabedoria e melancolia na velhice
A consciência quanto à finitude da própria existência e também em relação à essencial complementaridade da morte se tornarão gradualmente influentes em nossas vidas a partir do momento em que envelhecemos. A redução do ímpeto sexual da juventude, nos faz cada vez mais melancólicos, especialmente porque o amadurecimento mental existencial ou perceptualmente (uber)-holístico tende a ser bastante tardio entre os neuro-típicos.
A ideia de que a velhice nos faça mais sábios está muito parcialmente correta porque de fato a melancolia tende a se relacionar consideravelmente com a sabedoria, mas esta relação causal será muito indireta e geralmente ocorrerá sem a manifestação mais significativa da sabedoria ou em seu estado expressivo mais protuberante/genial, este que tende a se manifestar em idade muito mais precoce naqueles que já nasceram predestinados para vivenciá-lo.
A redução do vigor sexual é uma das principais razões para o aparecimento da melancolia e de uma rasa sabedoria em idade mais avançada, que eu denominei como sabedoria fenotípica. Isto é, principalmente por causa do desenvolvimento típico do ser humano, a partir do momento em que vamos nos tornando mais velhos, que a ''sabedoria'' predominantemente melancólica se tornará muito mais comum do que nas primeiras décadas de vida, para a grande maioria dos seres humanos.
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