sexta-feira, 29 de novembro de 2024

Sobre a problemática da narrativa do "feminicídio" /On the problem of the "feminicide" narrative

 O mesmo do feminismo moderno 



São todas as mulheres santas, sem defeitos?? 

Não.

Mesmo que exista uma desproporção masculina na prática de crimes, isso não significa que a proporção de mulheres de má índole nesse mundo seja minúscula. Infelizmente não é. Talvez seja menor que a de homens, especialmente em termos de comportamento violento. Mas existem maneiras não-diretamente violentas e mal intencionadas de agir, tal como de uma mulher acusar um homem por um crime que não cometeu e ser beneficiada pela narrativa atual em que sua palavra tem sido alçada à condição de pré evidência de culpa ou crime. 

São todos os homens culpados até que se prove o contrário?? 

Evidentemente que não e isso deveria ser muito óbvio para quem se julga apto a lutar pela justiça... Além do benefício da dúvida, é sempre necessário buscar por evidências conclusivas para se chegar a um veredito e o que muitas feministas e apoiadores delas querem é que essa abordagem racional seja substituída pela confiança cega na palavra de uma mulher, claramente injusto, deixando implícito que se pensa que toda mulher está certa até que se prove o contrário. 

Todo ato de violência praticado contra uma mulher é sempre injustificável??

Não. Justamente pela lógica muito básica anteriormente comentada, se existem mulheres que não tem boa índole ou agem de maneira leviana e mal intencionada em relação a outras mulheres e também com homens, é claro que existe a probabilidade de que suas ações resultem em reações violentas justificáveis. 

Todo homicídio praticado contra uma mulher por um homem é feminicídio??

Não. Um homem matar uma mulher apenas por ser mulher é bem possível que exista. Mas, em contextos de conflitos conjugais, outros fatores tendem a ser mais relevantes, tal como o sentimento de posse do homem em relação à mulher e iminente perda, em caso de fim de relacionamento. 

O que pode ser considerado uma constante relativa em casos de homens que matam mulheres é o impulso praticamente instintivo de homens tóxicos de as agredirem sabendo que tendem a ser mais frágeis fisicamente. Nesse caso, a covardia de ferir alguém mais fraco também deve ser levada em conta. 

Nenhuma mulher é capaz de agredir física e/ou verbalmente um homem??

Não. Casos de mulheres que se aproveitam de homens e se tornam abusivas também existem e não duvido se não forem estatisticamente insignificantes. 

E nada disso dito acima visa justificar a violência ou agressão injustificável. O que visa mesmo é fazê-lo sem "discriminação positiva", em que o contexto é tão ou mais importante que os elementos envolvidos e suas identidades. Eis aí o maior problema da política identitária "de esquerda" em relação à prática mais ideal ou genuína da justiça, de colocar identidades acima da própria identificação de injustiça e usando-as como o critério mais importante de julgamento. 


The same as modern feminism

Are all women saints, without defects??

No.

Even if there is a male disproportion in the practice of crimes, this does not mean that the proportion of women with bad intentions in this world is tiny. Unfortunately, it is not. Perhaps it is smaller than that of men, especially in terms of violent behavior. But there are non-directly violent and malicious ways of acting, such as a woman accusing a man of a crime he did not commit and benefiting from the current narrative in which her word has been elevated to the status of pre-evidence of guilt or crime.

Are all men guilty until proven innocent??

Obviously not, and this should be very obvious to anyone who considers themselves capable of fighting for justice... In addition to the benefit of the doubt, it is always necessary to seek conclusive evidence to reach a verdict, and what many feminists and their supporters want is for this rational approach to be replaced by blind trust in a woman's word, which is clearly unfair, implying that every woman is right until proven otherwise.

Is every act of violence committed against a woman always unjustifiable?

No. Precisely by the very basic logic previously discussed, if there are women who do not have good character or act frivolously and with bad intentions towards other women and also towards men, it is clear that there is a probability that their actions will result in justifiable violent reactions.

Is every homicide committed against a woman by a man a femicide?

No. A man killing a woman just because she is a woman is quite possible. However, in contexts of marital conflicts, other factors tend to be more relevant, such as the man's feeling of possession of the woman and imminent loss in the event of the end of the relationship.

What can be considered a relative constant in cases of men who kill women is the practically instinctive impulse of toxic men to attack them, knowing that they tend to be physically weaker. In this case, the cowardice of hurting someone weaker must also be taken into account.

Is no woman capable of physically and/or verbally attacking a man?

No. Cases of women who take advantage of men and become abusive also exist and I have no doubt that they are not statistically insignificant.

And none of the above is intended to justify violence or unjustifiable aggression. What it really aims to do is to do so without "positive discrimination", in which the context is as important or more important than the elements involved and their identities. Therein lies the biggest problem with "left-wing" identity politics in relation to the most ideal or genuine practice of justice, of placing identities above the very identification of injustice and using them as the most important criterion for judgment.

Nenhum comentário:

Postar um comentário