segunda-feira, 14 de outubro de 2024

O que veganismo e multiculturalismo têm em comum?? Falácia da bondade absoluta/What do veganism and multiculturalism have in common? Absolute goodness fallacy

 Se fosse possível abdicar totalmente do consumo de carne animal sem ocorrerem repercussões à minha saúde, eu teria me mantido firme na dieta vegetariana que comecei há uns dez anos atrás, nos idos de 2014, e que poucos anos depois acabou se tornando uma dieta "reducionista" ou "peixetariana" (entre aspas, porque sempre consumi pouco peixe), e que, por fim, resultou no meu retorno ao onivorismo, por temer que esse tipo de restrição alimentar pudesse afetar ou já estar afetando a minha saúde. Eu voltaria a essa dieta, porque apenas em termos morais, é o mais certo a se fazer, de minimizar ao máximo o sofrimento das outras espécies de seres vivos, com base no conhecimento de que somos, essencialmente, iguais, por sermos todos seres vivos e ainda mais no caso daqueles que apresentam senciência. Mas em termos funcionais, em um sentido mais evolutivo, não é tão simples assim, já que nossa espécie evoluiu por milhares de anos com uma dieta onívora e isso significa que nossos organismos estão adaptados a ela, de maneira que, mudá-la radicalmente costuma causar mais prejuízos que benefícios à nossa saúde, ainda que os estudos comparativos com diferentes dietas, na minha opinião, costumam ser um pouco oblíquos, com possíveis fatores de confusão, por exemplo, as correlações que têm sido encontradas entre transtornos mentais, asma e adoção de dietas vegetarianas. Pois não dá para afirmar que as mesmas estão causando asma ou transtornos psiquiátricos, se simplesmente não dá para fazer essas comparações sem levar em conta a diversidade dos organismos humanos e a real possibilidade de que alguns organismos se adaptam melhor à certas dietas do que outros, bem como as motivações que levam alguns a adotarem dietas que diferem da que tem sido adotada pela maioria de sua cultura original. Então, pode ser possível afirmar que, apesar de estar muito certo moralmente, o veganismo acaba escorregando parcialmente para um status de falácia, ou pela qual também se baseia, de falácia da bondade absoluta, típico de pseudociências "do bem", se não leva em conta os aspectos citados, funcionais e/ou evolutivos, responsáveis pelo onivorismo humano e que pode colocar em risco a saúde de, talvez, muitos dos que o adotam sem antes terem buscado fazer adaptações estritas visando a minimização desses potenciais prejuízos, ou quando veganos frequentemente incitam à mudanças estruturais relacionadas ao consumo de carne, sem pensarem em todos esses pormenores...


Pois além do veganismo, outra ideologia que se tornou hegemônica especialmente em espaços de poder, o multiculturalismo, também se baseia nessa falácia, de se basear em uma moralidade teoricamente superior, mas que na prática mostra-se bastante deficiente mesmo em sua principal intenção, de melhorar o mundo fazendo o bem. Se faz todo sentido, moralmente, que países, em especial os mais ricos, se tornem ou sejam generosos na recepção de imigrantes econômicos e refugiados fugindo do subdesenvolvimento, da pobreza ou de conflitos armados... Mas, em um outros aspectos, não é tão simples assim, até mesmo no aspecto moral, já que não somos, em média, iguais ou compatíveis cultural, psicológica e cognitivamente, nem perfeitamente dentro dos grupos aos quais nos associamos, imagina em relação a indivíduos oriundos de culturas e perfis psico-cognitivos distintos?? Isso significa que, cedo ou tarde, conflitos culturais, eufemismo para aumento de diferentes tipos de crimes, começarão a acontecer nas regiões mais receptivas a estrangeiros. Segundo que também é importante pensar no bem estar dos que moram nas regiões, cidades, estados ou países que se abrem para a imigração, não apenas nos imigrantes e refugiados. Em outras palavras, a empatia não deve ser direcionada apenas a um grupo... Terceiro que, por mais triste possam ser os problemas e conflitos humanos, é necessário aceitar que não somos capazes de resolver todos os problemas do mundo, também no sentido de receber um fluxo muito grande de refugiados e imigrantes econômicos. De acabar com essa "síndrome do super salvador", substituindo-a por uma abordagem realista. Como resultado, outras medidas poderiam ser pensadas visando ajudar os 'mais necessitados" de fora sem que se apele para a recepção massiva e sem controle de qualidade, pois sim, não parecem poucos os sujeitos mal intencionados que pedem asilo de refugiado ou entram como imigrantes econômicos. O que é certo de se afirmar é que a recepção generosa de estrangeiros teoricamente em situação de risco pouco ajuda na resolução dos conflitos ou problemas dos seus países de origem, tal como jogar baldes de água pensando em apagar um fogaréu. Além de acabar importando problemas para os países receptivos, sem filtro de qualidade... Por fim, o que parece ser um pensamento simples, pragmático e direto de bondade máxima, acaba se comportando como uma grande imprudência bem intencionada que não leva em consideração o máximo de detalhes que fazem toda diferença no julgamento final. 



If it were possible to completely give up eating animal meat without any repercussions on my health, I would have stuck to the vegetarian diet that I started about ten years ago, back in 2014, and which a few years later ended up becoming a "reductionist" or "fishtarian" diet (in quotation marks, because I have always eaten few fish), and which, in the end, resulted in my return to omnivorism, for fear that this type of dietary restriction could affect or was already affecting my health. I would go back to this diet, because in moral terms alone, it is the right thing to do, to minimize as much as possible the suffering of other species of living beings, based on the knowledge that we are, essentially, equal, because we are all living beings and even more so in the case of those that are sentient. But in functional terms, in a more evolutionary sense, it is not that simple, since our species has evolved for thousands of years with an omnivorous diet and this means that our organisms are adapted to it, so that changing it radically usually causes more harm than good to our health, although comparative studies with different diets, in my opinion, tend to be a bit biased, with possible confounding factors, for example, the correlations that have been found between mental disorders, asthma and the adoption of vegetarian diets. After all, it is not possible to affirm that these are causing asthma or psychiatric disorders, if it is simply not possible to make these comparisons without taking into account the diversity of human organisms and the real possibility that some organisms adapt better to certain diets than others, as well as the motivations that lead some to adopt diets that differ from that which has been adopted by the majority of their original culture. So, it may be possible to state that, despite being very morally correct, veganism ends up partially slipping into the status of a fallacy, or as it is also based on, the fallacy of absolute goodness, typical of "good" pseudosciences, if it does not take into account the aforementioned functional and/or evolutionary aspects responsible for human omnivorism and which may put at risk the health of, perhaps, many of those who adopt it without first having sought to make strict adaptations aimed at minimizing these potential harms, or when vegans frequently encourage structural changes related to meat consumption, without thinking about all these details...

Because in addition to veganism, another ideology that has become hegemonic especially in spaces of power, multiculturalism, is also based on this fallacy, of being based on a theoretically superior morality, but which in practice proves to be quite deficient even in its main intention, of improving the world by doing good. It makes perfect sense, morally, for countries, especially the richest ones, to become or remain generous in welcoming economic immigrants and refugees fleeing underdevelopment, poverty or armed conflicts... But, in other aspects, it is not that simple, even in the moral aspect, since we are not, on average, equal or compatible culturally, psychologically and cognitively, nor perfectly within the groups with which we associate, imagine in relation to individuals from different cultures and psycho-cognitive profiles? This means that, sooner or later, cultural conflicts, an euphemism for an increase in different types of crimes, will begin to occur in the regions that are most receptive to foreigners. Secondly, it is also important to think about the well-being of those who live in the regions, cities, states or countries that open up to immigration, not just immigrants and refugees. In other words, empathy should not be directed only at one group... Thirdly, as sad as human problems and conflicts may be, it is necessary to accept that we are not capable of solving all the problems in the world, also in the sense of receiving a very large influx of refugees and economic immigrants. To put an end to this "super savior syndrome", replacing it with a realistic approach. As a result, other measures could be considered to help the "most needy" abroad without resorting to mass reception without quality control, since yes, there seem to be many ill-intentioned individuals who request refugee asylum or enter as economic immigrants. What is certain to say is that the generous reception of foreigners who are theoretically at risk does little to help resolve conflicts or problems in their countries of origin, like throwing buckets of water in the hope of putting out a fire. In addition, it ends up importing problems to the host countries, without a quality filter... Finally, what seems to be a simple, pragmatic and direct thought of maximum kindness ends up behaving like a great well-intentioned imprudence that does not take into consideration the maximum details that make all the difference in the final judgment.

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