terça-feira, 16 de julho de 2024

Duas desinformações típicas sobre QI/Two typical misinformation about IQ

 "A maioria das pessoas pontuam na média, entre 90 e 110"


Realidade: populações diferentes tendem a apresentar médias diferentes. Por exemplo, a média de QI da população brasileira não é igual à média da população americana, se de acordo com os estudos que já foram feitos, inclusive em países próximos, até para serem usados como referências por aproximação, a primeira tem obtido médias em torno dos 85 pontos, enquanto a segunda tem obtido médias em torno dos 98 pontos. Aqui, acredita-se que a distribuição dos pontos em uma típica curva de sino é universal a todos os grupos e, portanto, indivíduos humanos. Só que não é bem assim que acontece...

"Todo indivíduo que pontua acima de 120-130 em testes cognitivos tradicionais é um gênio"

Um gênio... criativo?? 

Pontuar muito alto em testes de QI, a priori, é uma demonstração muito particular de excelência de desempenho. Até por existir uma tendência muito comum de se confundir excepcionalidade não-criativa de desempenho com genialidade, são muitos os que acreditam que uma pontuação elevada em testes de QI automaticamente também se configura em uma manifestação de genialidade. Isso poderia ser verdade, mas apenas se o conceito de genialidade fosse alterado para satisfazer essa tendência, que não parece muito apropriado, se isso o tornaria mais confuso ou descaracterizado, mais próximo de conceitos ainda mais expansivos, como o de inteligência e o de excepcionalidade, se o ideal na conceituação de termos abstratos é de especificá-los o máximo possível, para torná-los mais precisos e autênticos.

"Most people score on average, between 90 and 110"

Reality: different populations tend to have different averages. For example, the average IQ of the Brazilian population is not equal to the average of the American population, if according to studies that have already been carried out, including in nearby countries, even to be used as approximate references, the first has obtained averages in around 85 points, while the second has obtained averages around 98 points. Here, it is believed that the distribution of points on a typical bell curve is universal to all human groups and therefore individuals. But that's not quite how it happens...

"Every individual who scores above 120-130 on traditional cognitive tests is a genius"

A creative... genius??

Scoring very high on IQ tests, a priori, is a very particular demonstration of performance excellence. Even because there is a very common tendency to confuse exceptional non-creative performance with genius, there are many who believe that a high score on IQ tests automatically also constitutes a manifestation of genius. This could be true, but only if the concept of genius were changed to satisfy this tendency, which does not seem very appropriate, if that would make it more confusing or mischaracterized, closer to even more expansive concepts, such as intelligence and exceptionality. , if the ideal in conceptualizing abstract terms is to specify them as much as possible, to make them more precise and authentic.

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