sábado, 8 de junho de 2024

Exemplos reais (na política) da lei de ouro da estupidez, de Carlo Cipolla/Real examples (in politics) of Carlo Cipolla's golden law of stupidity

 "Uma pessoa estúpida é aquela que causa dano a outra pessoa ou grupo sem, ao mesmo tempo, obter um benefício para si mesma ou mesmo causar prejuízo."


Carlos Cipolla (1922-2000), professor de história econômica e que escreveu livros especialmente sobre os riscos da explosão demográfica, chamou isso de lei de ouro da estupidez humana. 

1. Políticas de abrandamento e do abolicionismo penal 

Baseadas em pseudociências "do bem", "de esquerda", cada vez mais influentes na política e que, comprovadamente, não diminuem a criminalidade, pelo contrário, a incentivam; baseadas em crenças equivocadas sobre o comportamento humano, sendo que uma delas é a crença na tábula rasa, de que o meio tem o impacto mais forte e decisivo no mesmo e não características intrínsecas, como a personalidade ou caráter. Essa política é um exemplo perfeito de política "puramente estúpida" que preenche todos os critérios para ser classificada como um exemplo real da lei de ouro da estupidez humana. 

2. Políticas de imigração em massa ou multiculturalismo

Baseadas em uma constelação de crenças pseudocientíficas e pseudofilosóficas "tipicamente progressistas", tal como o negacionismo das diferenças intrínsecas de comportamento e inteligência entre indivíduos e grupos humanos, que têm como método principal a insensatez de afrouxar as fronteiras de um determinado país, almejando uma recepção generosa de imigrantes estrangeiros, supostamente para combater o racismo (argumento moral) e o envelhecimento demográfico (argumento econômico), desprezando completamente o histórico negativo de experiências multiculturais; a inutilidade prática de atrair imigrantes de países pobres, se isso não irá desenvolvê-los e sanar um pouco os "crimes cometidos no passado'; o próprio conteúdo falacioso da maioria dos argumentos morais usados, tal como o negacionismo da existência de raças humanas e suas diferenças; e a decisão mais adequada, que seria de priorizar o problema da baixa natalidade dos nativos ao invés de apelar para a imigração em massa.

3. Políticas "progressistas" na educação

Geralmente baseadas na ideia simplória da promoção de vultosos investimentos na área, mas em completo desprezo à realidade das diferenças humanas de natureza intrínseca, em outras palavras, literalmente "torrando" o dinheiro público em medidas que não geram qualquer resultado consistentemente positivo, no sentido de melhorarem o desempenho acadêmico da maioria dos estudantes ou o respeito e a harmonia em ambiente escolar. Geralmente, focam no objetivo de igualar os desempenhos dos estudantes, dando atenção especial aos menos capazes, como se suas capacidades menos desenvolvidas fossem reflexos apenas de uma falta de empenho nos estudos e/ou associada a um contexto socioeconômico desfavorável, e negligenciando aqueles com maior potencial de contribuição social quando se tornarem adultos. 

3. Destruição do meio ambiente por lucros

Uma política econômica, insensata e imoral, que prega pela exploração predatória do meio ambiente visando lucros e que, apesar de favorecer certos grupos a curto ou médio prazo, pode ter efeitos muito negativos mesmo àqueles que são primariamente beneficiados. Por exemplo, a exploração sem limites de um determinado ambiente natural pode acabar com os seus "recursos", forçando a comunidade que depende deles a buscar por outros locais ainda não-explorados. Portanto, se trata de uma política que não preenche todos os requisitos para entrar nessa categoria de políticas puramente estúpidas, porém, a longo prazo e a nível coletivo, pode ser considerada como próxima ou semelhante. 


Apesar de toda política pública depender da perspectiva daquele que a defende para poder ser categorizada de acordo com os tipos pensados por Cipolla, além do estúpido clássico, o "inteligente" (em que seu comportamento tende a beneficiar a si mesmo e aos outros), o "bandido" (beneficia apenas a si mesmo em detrimento do bem estar alheio) e o "ingênuo" (beneficia apenas os outros em detrimento do próprio bem estar), as políticas exemplificadas costumam ser prejudiciais a todos os que são submetidos a elas, se a curto ou longo prazo, direta ou indiretamente... Por exemplo, defender pelo abrandamento penal, apesar de impactar diretamente as classes trabalhadoras, aumentando a circulação de criminosos em seus ambientes sociais, também pode ou costuma prejudicar as outras classes sociais, pelo aumento da insegurança pública que acarreta e, consequentemente, limitando a liberdade de trânsito da maioria da população. Então, a adoção pessoal de uma ou mais dessas políticas, mesmo que não aconteça de maneira mais literal ou menos discursiva, é suficiente para um indivíduo expressar o que Carlo Cipolla chamou de regra de ouro da estupidez. 

(Mas, essa política em particular, também pode ser interpretada como típica de um indivíduo incorrigivelmente ingênuo, portanto, podendo ser colocada em outra categoria que o Cipolla propôs, comentada rapidamente nesse texto).

* Baseado nesse texto: "Analisando criticamente as 5 leis da estupidez humana"

"A stupid person is one who causes harm to another person or group without, at the same time, obtaining a benefit for himself or even causing harm."

Carlos Cipolla (1922-2000), professor of economic history and who wrote books especially about the risks of the demographic explosion, called this the golden law of human stupidity.

1. Policies of criminal punishment relaxation and penal abolitionism

Based on "good", "left-wing" pseudosciences, increasingly influential in politics and which, demonstrably, do not reduce crime, on the contrary, they encourage it; based on mistaken beliefs about human behavior, one of which is the belief in the blank slate, that the environment has the strongest and most decisive impact on it and not intrinsic characteristics, such as personality or character. This policy is a perfect example of a "purely stupid" policy that meets all the criteria to be classified as a real example of the golden law of human stupidity.

2. Mass immigration policies or multiculturalism

Based on a constellation of "typically progressive" pseudoscientific and pseudophilosophical beliefs, such as the denial of intrinsic differences in behavior and intelligence between individuals and human groups, which have as their main method the folly of loosening the borders of a given country, aiming for a welcome generosity of foreign immigrants, supposedly to combat racism (moral argument) and demographic aging (economic argument), completely disregarding the negative history of multicultural experiences; the practical uselessness of attracting immigrants from poor countries, if this will not develop them and somewhat heal the "crimes committed in the past"; the fallacious content of most of the moral arguments used, such as the denial of the existence of human races and their differences; and the most appropriate decision, which would be to prioritize the problem of the low birth rate of natives instead of appealing to mass immigration.

3. "Progressive" policies in education

Generally based on the simplistic idea of ​​promoting huge investments in the area, but in complete disregard for the reality of human differences of an intrinsic nature, in other words, literally "wasting" public money in measures that do not generate any consistently positive result, in the sense of improve the academic performance of most students or respect and harmony in the school environment. Generally, they focus on the objective of equalizing student performance, giving special attention to those less capable, as if their less developed abilities were merely reflections of a lack of commitment to studies and/or associated with an unfavorable socioeconomic context, and neglecting those with greater potential for social contribution when they become adults.

3. Destruction of the environment for profits

An economic policy, senseless and immoral, which advocates the predatory exploitation of the environment for profit and which, despite favoring certain groups in the short or medium term, can have very negative effects even on those who are primarily benefited. For example, the unlimited exploration of a certain natural environment can end its "resources", forcing the community that depends on them to look for other places that have not yet been explored. Therefore, it is a policy that does not meet all the requirements to enter this category of purely stupid policies, however, in the long term and at a collective level, it can be considered as close or similar.


Although all public policy depends on the perspective of those who defend it in order to be categorized according to the types thought by Cipolla, in addition to the classic stupid, the "intelligent" (in which his behavior tends to benefit himself and others), the "criminal" (only benefits himself to the detriment of the well-being of others) and the "naive" (only benefits others to the detriment of his own well-being), the exemplified policies are usually harmful to all who are subjected to them, whether in the short or long term, directly or indirectly... For example, advocating for criminal punishment relaxation despite having a direct impact on the working classes, increasing the circulation of criminals in their social environments, can also or usually harm other social classes, by the increase in public insecurity it causes and, consequently, limiting the freedom of movement of the majority of the population. So, the personal adoption of one or more of these policies, even if it does not happen in a more literal or less discursive way, is enough for an individual to express what Carlo Cipolla called the golden rule of stupidity.

(But this particular policy can also be interpreted as typical of an incorrigibly naive individual, therefore, and can be placed in another category that Cipolla proposed, briefly commented on in this text).

* Based on this
text: "Critically analyzing the 5 laws of human stupidity"


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