terça-feira, 11 de julho de 2023

Nenhum país que se industrializou tem quatro horas de aula por dia, mas, sim, de sete a nove horas”

 "A educadora Cláudia Costin, presidente do Instituto Singularidades, cita algumas medidas práticas que poderiam ser adotadas o mais rapidamente possível, se for considerada a urgência de retomar o crescimento econômico. 'No contexto de automação acelerada, digitalização, inteligência artificial, precisamos educar para duas coisas simultaneamente: desenvolver o pensamento crítico e o criativo. Precisamos educar os alunos para serem pensadores autônomos e criativos”, afirma.


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'Mas o que o Brasil pode fazer? Em primeiro lugar, parar com essa história de quatro horas de aula por dia. Nenhum país que se industrializou tem quatro horas de aula por dia, mas, sim, de sete a nove horas', afirma ela, que foi diretora de Educação do Banco Mundial e também chefiou a Secretaria Municipal de Educação do Rio.

'Não apenas aulas, mas laboratório, experimentação. É uma educação mais mão na massa. E evitar essa educação conteudista, em que o professor despeja um conteúdo e não ensina os alunos a pensar'. acrescenta Cláudia."



Aham, senta lá, Cláudia!!

Como se aumentar a carga horária das aulas tivesse uma forte influência no aumento da inteligência dos estudantes... 

Pois se for decidido pelo aumento da carga horária, um dos que mais sofrerão serão justamente os professores que, além de mal pagos, ainda precisam lidar com salas superlotadas e falta básica de educação e respeito por parte de muitos estudantes.

Outros "pormenores" que a "especialista em educação" parece desprezar completamente, de que o estudante brasileiro típico não é igual ao finlandês ou ao sul coreano, tanto em termos de capacidade cognitiva quanto de perfil de personalidade; que a inclinação para estudar, quer seja no sentido de aprender ou de se entreter, não está igualmente distribuída entre os seres humanos; o mesmo para criatividade e pensamento crítico ou racionalidade, que também não são igualmente aprendíveis ou desenvolvíveis... por isso que, não basta "dar uma educação crítica", seja lá o que isso signifique (poderia apostar alto que, para essa especialista, seria algo próximo de "doutrinação ideológica"), porque ninguém nasce "zero-bala".  E ainda acrescente a "pedagogia moderna", que se baseia em métodos demasiadamente idealistas para lidar com o ambiente escolar, e temos uma combinação perfeita para o desastre que podemos ver todos os dias letivos na maioria das escolas brasileiras. 

Mas concordo que a "escola" deveria reduzir o "conteudismo", especialmente algumas partes do conteúdo que não são realmente importantes para serem passadas pelo professor ou apreendidas pelo aluno, como eu já comentei em alguns textos, como nesse: "O que deveria ser reavaliado no ensino??"

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