quinta-feira, 2 de março de 2023

A "escola" não "ensina" a pensar e a gostar de conhecimento...

 A escola, digo, o sistema tradicional de ensino, dominante nas escolas brasileiras, simplesmente não "ensina' como pensar de maneira racional ou inteligente, pois se limita à exposição e memorização mecânica de "conhecimentos' e que, dependendo, da matéria (geralmente das ciências humanas), também ocorre muita doutrinação ideológica*, de distorções de fatos (históricos, sociais, etc) por motivação político-ideológica: do autor do livro didático, do professor, do diretor do colégio... do próprio ministério da educação...  


* Doutrinação não é o mesmo que educação porque a primeira consiste numa imposição acrítica de pontos de vista ou perspectivas tratados como verdades incontestáveis enquanto que, a verdadeira educação é a exposição e o ensino exclusivo de conhecimentos, inclusive do pensamento lógico-racional, buscando pela objetividade e imparcialidade (que não é o mesmo que neutralidade) ou justiça.  

Em outras palavras, o sistema tradicional de ensino enfatiza a capacidade de aprendizado sobre a capacidade de raciocínio, por valorizar a obediência à autoridade do professor sobre o ensinar a pensar por conta própria, que aumentaria a paridade de poder entre estudante e professor. 

Então, de fato, não "ensina" o estudante a analisar e julgar informações (capacidade de raciocínio) mas apenas a memorizar o que pede e replicar o que memorizou em suas avaliações (capacidade de aprendizado).  E nem estou comentando de novo sobre outras falhas elementares desse sistema, possivelmente a maior delas que é o completo desprezo do mesmo à diversidade psicológica e cognitiva do corpo discente.

A "escola" também reforça a ideia (mesmo se de maneira não-intencional) de que o conhecimento é apenas uma obrigação e não também ou especialmente uma forma de entretenimento, contribuindo, talvez**, para alimentar a alienação de muitos estudantes à possibilidade de transformá-lo em um aspecto permanente de suas personalidades ou de seus cotidianos.

** Ou apenas coincidindo com o que a maioria pensa, para a qual não é possível que o conhecimento se torne uma fonte primária de entretenimento. 

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