Antes de tudo, é preciso entender que o racismo, assim como qualquer outra palavra de natureza abstrata, consiste em uma invenção da imaginação humana e, por isso, pode ser determinada de maneira moralmente positiva, neutra ou negativa. Por exemplo, eu posso definir racismo como o estudo das raças, ao invés de endossar o conceito vigente sobre essa palavra, de ser um pensamento ou comportamento especificamente ignorante à questão racial. Mas é exatamente por causa do seu grande potencial de diversidade de definição, por sua natureza primariamente opaca ou vaga, que deve-se buscar pela definição mais objetiva, coerente e universal possível (que eu tentei contribuir, racismo como uma atribuição de generalização por causalidade às correlações existentes entre raça e comportamento, aqui, excluindo preferência estética*, menos quando é expressada a partir de ofensas e sem justa causa ou sem ser como autodefesa. De qualquer maneira, em um sentido mais primitivo, racismo pode ser entendido como uma ênfase excessiva na raça que, inclusive, teria como desdobramento mais direto justamente a atribuição de generalização por causalidade entre raça ou etnia e comportamentos), até para que seja aplicada com clareza e justiça (em contraste ao que tem acontecido, em que, graças à capacidade que, parece inata, das esquerdas de estarem sempre entrando em contradição e com frequência julgando com injustiça quando pensam que fazem o oposto).
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