quarta-feira, 1 de junho de 2022

O que muitos veterinários e mercenários de guerra têm em comum??

 (Isso serve para praticamente todas as profissões que se encontram dentro de um contexto de hegemonia capitalista)


Eles têm em comum o fato de trabalharem por dinheiro e não também pelo prazer de prestar serviços à população, pela satisfação de fazer aquilo que mais gostam, no caso dos veterinários, cuidar da saúde dos animais não-humanos. Pois parece que são minoria os profissionais desta área que priorizam cuidar e salvar vidas do que lucrar com os atendimentos, se seus preços costumam ser bem salgados e não costumam abrir exceções aos tutores ou "donos" de animais que não têm condições de pagá-los.

Se é verdade que, para um profissional novo na área, seguindo a lógica implacável e monolítica do capitalismo, primeiro é preciso lucrar para depois ter mais liberdade no trabalho, inclusive de poder dispensar a maximização dos seus lucros, essa desculpa relativamente aceitável não serve mais quando ele já está consolidado no "mercado da saúde". Mas mesmo os que começaram a pouco tempo, ainda poderiam abrir exceções ao atendimento pelo dinheiro. Poderiam. Porém, como eu já comentei em outros textos, o capitalismo, com suas regras individualistas e materialistas, exacerba o egoísmo na maioria das pessoas, em algumas mais e em outras menos. Especialmente em relação à uma profissão tão nobre, essa contradição de agir como um mercenário, se torna ainda mais latente. 

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