terça-feira, 24 de maio de 2022

Comentando sobre a minha frase: "Analisar inteligência por testes de QI é como estimar a altura pelo peso"

 Ou o peso pela altura, aqui, sem usar aquela analogia que eu fiz entre inteligência/altura e racionalidade/peso.


Vamos lá.

Duas pessoas com o mesmo peso necessariamente não têm que ter a mesma altura e também é verdadeiro para duas pessoas com a mesma altura em relação aos seus pesos. Porque uma pode pesar 50 quilos e medir 1,50 cm e a outra que tem o mesmo peso, pode medir 1,70 ou 1,80 cm. Pois se no primeiro caso parece que há plena correspondência entre as medidas, no segundo, existe um possível desequilíbrio em curso.

Traduzindo essa analogia ao QI e à inteligência temos que, um indivíduo com altas pontuações nos aspectos quantitativos que os testes analisam superficialmente, pode não se destacar no mesmo nível nos aspectos qualitativos, nomeadamente: capacidades criativa, racional e/ou emocional. E não é nada incomum existirem esses perfis. 

Isso significa que, pode-se pontuar em torno dos "140 pontos" em um teste de QI, mas se sair muito mal nos ou em alguns dos aspectos qualitativos, fazendo toda a diferença na "conta final". Já um outro indivíduo pode obter a mesma pontuação e se sair muito bem nos aspectos qualitativos.

Mesmas médias de QI, mas níveis diferentes de inteligência.

Sem falar nas diferenças de perfis se apenas comparando os aspectos quantitativos (verbal, matemático, espacial...)

Pois imagine se fosse possível estimar as capacidades racional, emocional e criativa, igual se faz com o QI??

Então, ao invés de um indivíduo ter uma média de "140" pontos, por exemplo, sua média seria menor por causa das baixas pontuações nos aspectos qualitativos que, sim, também podem ser objetivamente analisados, comparados e até "medidos", se é possível observar níveis de criatividade individual, por meio do senso de humor, pela quantidade de ideias e pensamentos interessantes que uma pessoa pode gerar; pela capacidade de pensar e julgar com imparcialidade ou justiça, assim como de compreender a si mesmo, as próprias emoções e as dos outros, e se adaptar às situações sociais ou interpessoais da melhor maneira possível, a que conseguir.

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