quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

Sobre a diferença entre entender e aceitar

 Não é difícil de entender que a possibilidade da existência de deus é tão remota quanto à da existência de unicórnios e dragões; que o capitalismo está longe de ser justo; que o comportamento humano não é apenas produto do meio; e que o nosso amado presidente, até essa data, tem demonstrado ser um dos piores, se não o pior presidente que este país já teve, desde a proclamação da República...


Mas, apesar da relativa facilidade de compreensão/percepção desses tópicos, são muitas as pessoas que continuam a: acreditar em deus, nas maravilhas do capitalismo, no determinismo do ambiente sobre o comportamento humano e/ou na idoneidade de sujeitos claramente sociopáticos...


Portanto, é possível concluir que, essa dificuldade não é necessariamente uma questão cognitiva, de entender, mas mais uma questão psicológica, de amadurecer e de aceitar que a verdade (objetiva) não tem que ser sempre o que gostaríamos que fosse. Porque se fosse só uma questão cognitiva ou racional, todo mundo acabaria se tornando, no mínimo, mais cético em relação a essas e a outras crenças, que também são relativamente fáceis de serem refutadas. Por isso, quando ou se estiver debatendo com alguém que está teimosamente convicto sobre uma delas, sugiro não perder seu tempo investindo apenas em argumentos lógicos, porque o "buraco é mais embaixo" aí.

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