quinta-feira, 23 de dezembro de 2021

Maturidade filosófica

 Não importa quem você é, onde vive, o que faz, seu nível profissional, educacional, se é rico, classe média ou pobre, se está no ápice da vida ou à beira da morte, porque a maturidade mais importante de todas não é a de ser um vencedor da civilização, mas de enfrentar a realidade, sem tapar os olhos ou reprimir os sentidos. É a maturidade mais simples e decisiva de todas, de apenas seguir a filosofia, em sua essência, de buscar a verdade e nada mais que a verdade, sem cair na tentação de adulterá-la para agradar a si mesmo. E começando com as verdades mais absolutas, de compreender e aceitar que tudo será em vão, que todo sucesso mundano é um castelo de areia sendo consumido pelo tempo, que não há um sentido da vida além ou maior que ela mesma, que não há escapatória, e que o único refúgio é o amor, a amizade e a união. Não é fácil reduzir-se em humildade e apenas aceitar esses fatos, e outros tantos, e ir aceitando, sem discutir, sem lutar, construindo meios de sobrevivência ao acordar do mundo das ilusões e perceber que vivemos no deserto do real (tal como o do filme Matrix), em uma realidade desoladora, porém a mais verdadeira. Mas são muitos os que nunca despertam, que são indiferentes, colaboradores ou protagonistas das mentiras humanas e de suas consequências terríveis. Que agem como delinquentes, irresponsáveis, achando que são os mais maduros.  São apenas os mais loucos. 

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