quinta-feira, 28 de outubro de 2021

A diferença entre ser contra, com sabedoria e com estupidez

 Já deixei claro, pelos meus textos, que sou totalmente contra a extrema direita e a direita, de maneira geral. Mas isso não significa que eu seja contrário a tudo aquilo que pensam ou defendem. Por exemplo, eu concordo com a maioria dos "conservadores" quanto ao seu posicionamento mais moderado/cauteloso em relação à imigração, por serem baseados em argumentos mais razoáveis do que, em comparação à maioria dos progressistas, que defendem por uma utopia de "mundo sem fronteiras" à la John Lennon e Yoko Ono. Em outras palavras, apesar de ser totalmente contra o [ultra]conservadorismo e o capitalismo, eu ainda preciso estar aberto a reconhecer que aqueles que os defendem não estão equivocados sobre "tudo", se quiser ser coerente com a proposta filosófica, de prática sistemática da racionalidade.


Isso é "ser contra", com sabedoria.


Em compensação, a maioria dos progressistas  tende a se posicionar automaticamente contra qualquer posicionamento conservador, sem antes avaliar o seu nível de veracidade, pelo simples fato de ser defendido por pessoas que estão do outro lado ou porque são de direita. Isso também acontece com a maioria dos conservadores e se consiste em ser contra, mas com estupidez, por não levar em consideração a possibilidade de que o outro lado possa estar certo, pelo menos, sobre alguma coisa relevante.


Apenas pense no que já está acontecendo nos países ocidentais que adotaram políticas de flexibilização de fronteiras há mais tempo: aumento da população de fundamentalistas "religiosos", principalmente de muçulmanos, via imigração em massa e, portanto, de hostilidade, preconceito, enfim, de "conservadorismo" (importado) contra mulheres emancipadas, não-religiosos, minorias sexuais... sem falar que isso favorece as direitas no campo da política. Enfim, "o tiro saindo pela culatra"...

Nenhum comentário:

Postar um comentário