sábado, 18 de julho de 2020

Intelectocracia

Intelectocracia

Muitos acreditam que a democracia é o melhor sistema político já inventado pelo ser humano, e eu não discordo totalmente. Mas, todo regime democrático parte da ideia de que a "opinião da maioria" deve prevalecer, mesmo quando se sobrepõe ao bom senso.

Por isso, decidi pensar em um sistema político que supere as falhas desse sistema.

Para começar, faço uma pergunta fundamental e básica:

O que seria ideal para o governo de qualquer país?

Resposta: que os mais capacitados ou inteligentes o governassem, ou uma Intelectocracia, em que os escolhidos para pertencer à classe política, precisam apresentar qualidades intelectuais e morais (por vocação e não necessariamente por vontade), independente de classe social e raça, mas, não tanto em relação à crença religiosa, se a mesma indica uma tendência para menor capacidade racional. Crentes excepcionalmente ponderados poderiam ser tolerados, levando-se em conta sua predominância demográfica até à atualidade. De qualquer maneira, em uma sociedade intelectocrática, mitologias jamais terão o mesmo espaço de poder e influência que ocupam nos sistemas políticos vigentes.

  Ah, e nada de "ditadura do MENSA", se a inteligência não é apenas aquilo que os testes de QI vagamente mensuram, se para a excelência na governança, há de se estar provido de racionalidade, que é o ideal de qualidade da inteligência humana.

 A intelectocracia ainda seria uma forma de democracia ou mesmo, talvez, a sua expressão mais ideal, porque seria governada pelos melhores representantes do povo e não como tradicionalmente acontece, pela (suposta) escolha direta (e aleatória em qualidade) por parte dos eleitores. Isso não significa que o povo não participaria das decisões, só que, não teria tanto poder em momentos decisivos, partindo do fato que, nas democracias representativas no mundo ocidental, são as oligarquias empoderadas pelo dinheiro que dominam a política, cabendo ao povo, participação pontual, breve e manipulada, justamente por essas forças dominantes; esboço ou teatro de governo popular.

Fim das desigualdades sociais absurdas e de uma sociedade pautada no lucro (fim da idiocracia)

Ao invés de se centralizar no lucro de uma minoria de parasitas, uma sociedade intelectocrática se comprometeria com o que, de fato, importa à nossa espécie: nossa adaptação maximizada, marcada pela harmonia social (redução significativa de conflitos/sofrimentos humanos) e também em sua interação com o meio ambiente/com as outras espécies; sua evolução cultural e biológica, em ritmo ponderado porém, constante.

A existência de indivíduos de má índole e seu caráter predominantemente intrínseco, sem sombra de dúvidas que é uma, se não a principal fonte de discórdia e de sofrimento entre nós, especialmente quando este tipo abunda ou mesmo caracteriza as elites, isto é, quem manda ou governa nações e decide seus destinos. Criar mecanismos que os impeça de ocupar qualquer cargo de poder bem como pensar seriamente em isolá-los do convívio social (e até mesmo de eliminar suas linhagens polimórficas), seriam uma das medidas mais importantes para transformar a idiocracia em que vivemos em uma intelectocracia, em uma sociedade decididamente regida pela inteligência.

Evidente que também não perderia de vista a estupidez humana, expressada fundamentalmente por graus variados de irracionalidade (que se consiste na deturpação da percepção do que é fato objetivo e do que é subjetivo). O trabalho de nos livrar do empoderamento histórico e constante de torpes e idiotas seria ou será árduo, já que labirintos de fantasias e engôdos de alienação e divisionismos estão muito enraizados, se remontam desde os primórdios das sociedades complexas.

Imaginem um mundo em que populistas/fascistas de direita e estalinistas/ de esquerda jamais pudessem exercer qualquer cargo político por básica falta de capacidade intelectual e moral??

Esses seres inferiores que, atualmente, desgovernam países, como os EUA (trump), Hungria (orban), Brasil (bozo), Venezuela (Maduro).., não teriam qualquer chance de sequer se aproximar da política (isso, na primeira etapa de um regime intelectocrático...).

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