segunda-feira, 13 de abril de 2020

Lista com algumas verdades muito impopulares

Lista com algumas verdades muito impopulares

1. Ateísmo

Chega a ser cansativo para quem lê os meus textos, mas é isso. Deus ou deuses não existem. Não existe vida após a morte. Não existe céu, purgatório ou inferno. Acabou, acabou. Não se preocupem. Depois da morte não há mais dor. Somos "abençoados" por termos uma inteligência sofisticada, mas que também nos leva à "maldição" de sabermos que somos criaturas insignificantes dentro do esquema cosmológico.

1.1 Quem acredita [com veemência] em impossibilidades lógicas...

... é muito provável de padecer de um transtorno mental de natureza esquizotípica... crentes em metafísicas não são diagnosticados como pacientes com transtorno psiquiátrico, porque a maioria é "funcional' à sociedade, apresenta comportamentos dentro da normalidade (ou domesticação), por serem muito numerosos e por seus cultos terem sido historicamente empoderados.. sim, existe o lado lógico ou reconfortante de acreditar em mitologias, mas, não conseguir diferenciar realidade de fantasia (e amadurecer) evidentemente que se consiste em um caso de psicose.

Uma pessoa que acredita em duendes = ''loucura'.

Um culto empoderado ou dominante com muitas pessoas acreditando em duendes = ''religião'' [mitologia].

2. Existência limitada do livre arbítrio ou da plasticidade comportamental humana, sugerindo que fatores hereditários e/ou genéticos têm um papel muito importante nos nossos comportamentos

Um balde de água fria em um ''wishful thinking'' muito poderoso...

Se o ser humano tem livre arbítrio, é muito mais limitado do que pensa. O cérebro não é idêntico aos outros órgãos e sistemas do corpo em nível de involuntarismo, mas tampouco é como uma esponja que a tudo absorve. Somos os seres vivos com os comportamentos mais plásticos, mas não significa que essa plasticidade não tenha limitações. É uma verdade inconveniente ou impopular, porque vai contra essa ideia da modernidade, de que a humanidade é ultra-adaptável.

Menos...

Existem variantes dessa verdade que eu preferi exemplificar aqui embaixo.

2.1. Diferenças intrínsecas (genéticas ou biológicas), médias, entre grupos e indivíduos humanos, causadas por processos seletivos (aplicação da seleção natural nos contextos histórico-culturais de nossa espécie)

Essa é  uma verdade muito impopular entre os progressistas. Logo, tendem a chama-la ou a confundi-la com: racismo científico, darwinismo social, pseudociência racista do século XIX, supremacia branca, etc.. Mas é verdade. E bem chata, porque pode abrir brecha para justificar exploração, preconceitos e desigualdade social. No entanto, a distorção previsível e maliciosa das direitas não significa que seja verdadeira.

Se é verdade que, em média, as elites são mais inteligentes (ou mais espertas...) que as classes trabalhadoras, isso não valida a exploração de uma classe sobre a outra. No mais, saber a verdade, se mais ou menos espinhosa com os seus sentimentos, é sempre melhor na hora de buscar por soluções realmente eficazes para os problemas que impedem a consolidação da justiça social, e não apenas tratar seus sintomas, acreditando que a doença desaparecerá através da aplicação de medidas paliativas ou superficiais...

2.2. A influência da educação na inteligência do estudante é muito menor do que se pensa ou se deseja, especialmente pelo professor

Uma das razões para a ineficácia predominante da psiquiatria é a parca compreensão de que nenhuma mudança acontece sem que venha do próprio indivíduo e isso significa que só pode ser possível se estiver em sua alçada.

Exatamente o mesmo para a educação.

O estudante não é um ser passivo, uma folha em branco ou uma massinha de modelar com limite indefinível de capacidades. Se, por exemplo, ele não nasceu com facilidade ou potencial para, de fato, aprender matemática (complexa), não apenas para tirar boas notas, então, não existe nada que se possa fazer nesse sentido, de tentar aumentar (forçar) suas capacidades além dos seus limites naturais. Ainda é possível pensar em estratégias objetivas que visam melhorar a qualidade do seu aprendizado, daquilo que consegue alcançar, por exemplo, fazendo com que se concentre no estudo de matemática financeira, mais diretamente útil no (seu) dia a dia, isso se ele for capaz ou tiver motivação suficiente para buscar por essa melhoria. Aprender bem aquilo em que é capaz de aprender.


3. A monogamia e a poligamia [evidentemente sem a ocorrência de traições], como melhor hábito para evitar a contaminação por DSTs (especialmente nos tempos em que se tinha pouco conhecimento sobre elas)

A "liberdade" do solteiro, que não quer ter compromissos fechados e de longo prazo, vem com o risco ampliado de contrair DSTs. Em outros tempos, o melhor hábito para evitar essas doenças era o da monogamia ou da poligamia sem deslealdades. Mas não mudou muito. A monogamia, especialmente, tem sido pintada como retrógrada e limitada por aqueles que assumem comportamentos promíscuos, mas é uma das melhores maneiras de se proteger. É uma verdade impopular nesses tempos modernos em que o amor romântico tem sido tratado como uma ilusão e também em que a tolerância por divergências tem se tornado raridade nas relações conjugais.

4. A humanidade, em média, não presta. A maioria não é racional

A história humana não é como uma sucessão de finais felizes. Toda civilização tem se desenvolvido de maneira excessivamente verticalizada, em que alguns poucos detêm poder excessivo sobre muitos outros resultando numa relação sistematicamente abusiva, de exploração. A humanidade se transformou numa praga que tem drenado o equilíbrio do planeta em que habita, escravizado e exterminado boa parte da fauna e da flora. Isso significa que não somos uma espécie racional apesar de sermos a única com potencial para a racionalidade. Por enquanto, o mal tem vencido em forma de parasitismo, predação e estupidez (alienação).

4.1 O povo brasileiro, em média, comparativa e idealmente falando, é cruel e estúpido

Lê pouco, pensa pouco, age mais por instinto do que pela razão: é passional, inconveniente, corruptível, mal educado, agressivo; se vai mal em exames internacionais de avaliação da educação, não é porque os pobres professores não sabem ensinar, se muitas vezes se preocupam mais em sobreviver dentro de uma selva ou sala de aula, mas é porque ''o brasileiro'', em média, não quer saber de expandir seus conhecimentos (até por não ter esse potencial), e muitos dos que querem, o fazem apenas pensando em vantagens econômicas e não, a priori, pelo simples prazer de aprender. Esses arrogantes eufóricos se preocupam muito mais com a aparência do que com a essência. Quando falo de povo, também me refiro às elites, e a brasileira está entre as piores, de tal modo que se ''parece' com parasitas oportunistas que só pensam em lucrar, sem qualquer compaixão com quem supostamente compartilham a mesma nacionalidade. A escravidão oficial acabou, mas a "informal" não apenas permanece pois também é a regra em ''nossa'' sociedade.  A consciência de classe é um artigo raro e em ameaça de extinção. É o "pobre" que vota em partido de rico, é o classe média que pensa que é elite. Era um país socialmente triste, mas ao menos com uma cultura muito rica, alegre e uma natureza exuberante. Agora, até o que tem de belo, incluindo "suas' riquezas naturais, está sendo gravemente ameaçado pela imbecilidade coletiva sem controle desta elite carniceira e deste povo [bobo] passivo (auto)agressivo e[ou] irracional. Seria apropriado se o país fosse colocado em quarentena e uma junta internacional chamada para analisar profundamente o que poderia ser feito para tentar salvar o que lhe resta. No entanto, a ONU faz jus à sua condição de herdeira direta da Liga das Nações, por também ser essa inutilidade simbólica. A todo momento eu uso a expressão "em média" por alguma razão importante.. Evidentemente que não me refiro a todo brasileiro mas àqueles em que essa carapuça cai bem e percebo que não são poucos.


4.2 Você [muito provavelmente] não é o gênio racional que pensa

Quando as questões são universais, a maioria pensa que suas opiniões (instintivas) estão sempre certas, secreta ou abertamente. A popular ideia de que a verdade é relativa por ser supostamente apenas subjetiva, é muito conveniente para que justifiquem suas vontades de permanecerem de costas para o dever filosófico, convictas dentro de suas zonas de conforto. Quando pegas de surpresa, a maioria das pessoas demonstra mais ignorância do que conhecimento e nem me refiro a domínios muito complexos, mas sobre matérias básicas, das ciências humanas, que são ensinadas na escola, como história e geografia. Na hora de pensar moralmente, a conveniência pessoal costuma prevalecer sobre o que é mais universalmente certo, a partir do melhor que a filosofia pode oferecer. Estamos mais [uns mais que outros] para criaturas predominantemente instintivas, que usam a linguagem para racionalizar nossas preguiças intelectuais [e/ou morais] do que para literais "homo sapiens".

5. Comer carne é imoral

Animais não-humanos têm sentimentos, sentem dor, amam, compreendem, mesmo com suas limitações específicas de espécie. Ao contrário da narrativa mitológica, animais não-humanos não são bestas autômatas feitas por deus para nos servir. É uma verdade inconveniente saber que eles estão muito mais próximos de nós e que, especialmente, algumas espécies domesticadas, têm sido cruelmente exterminadas para alimentar uma humanidade cada vez mais numerosa e continuamente perturbada.


6. Eugenia não é absolutamente horrível e pode ser muito importante na promoção da justiça social

Eugenia é a ênfase na seleção de traços/fenótipos considerados desejáveis ou na não-seleção de traços/fenótipos considerados indesejáveis. Pode ser usada para o bem ou para o mal e isso é impopular. É mais fácil condena-la de uma vez, mas não parece o mais correto. A eugenia tem sido adotada por grupos de extrema direita, isto é, um assunto tão sensível e com enorme potencial de transformação, tomado por truculentos, tal como colocar um elefante dentro de uma sala de cristal e esperar que não a destrua. O principal problema da eugenia são as pessoas erradas que mais se interessam por ela.. e não ela mesma. Apesar do seu potencial transformador, pode ser aplicada de maneira ponderada ou cirúrgica.

Por exemplo, para eliminar fascistas (congênitos)!! [sem falar dos ''lobos em pele de cordeiros os falso-socialistas'']

Detectando, esterilizando, se possível castrando e/ou isolando pessoas com traços definitivamente sociopáticos, já que não tem qualquer tratamento eficaz nem cura para esse transtorno mental tão inconveniente ao nosso bem-estar. E podendo fazê-lo com o mínimo de violência [ainda que, no início, seja esperado resistência e, portanto, confrontos]. Gente ruim, tóxica, age com base em seus instintos predatórios ou parasitários, praticamente não mudam de conduta, apesar de poderem modular a frequência de ruindades que praticam. Tem muita gente que não pensa assim, que acredita na regeneração do ser humano ou que a crueldade é produto apenas das circunstâncias.. Mas, estão apenas errados, pois se baseiam exclusivamente em seus sentimentos e não em rigor empírico-analítico..  A melhor maneira de acabar com a maldade humana seria indo direto em sua fonte ''genética' ao invés de, por pensamentos supostamente empáticos, esperar que lobos se transformem em cachorros pela simples exposição de argumentos racionais. Não é apenas uma questão de convencimento...

Os mais altruístas apresentam grande dificuldade de compreender que não é possível ensinar bondade e compaixão a indivíduos muito egoístas. Para piorar, eles condenam a justiça proporcional, que é o modelo moral mais avançado, por causa de seus instintos excessivamente docilizados (racionalizados por suas inteligências). Condenam um dos poucos mecanismos que são usados [imperfeitamente] para, ao menos, tentar conter e punir crimes cometidos. Sentem uma necessidade, eu diria, narcisista, de purificação (que é um desequilíbrio) moral em relação aos seus comportamentos. Muitos desses ditos altruístas são "religiosos" ou teístas. Acreditam literalmente que suas boas ações lhes darão um lugar certo no paraíso. Também tem aqueles que são ateus ou agnósticos, igualmente sentimentalistas [que ou aquele é excessivamente sentimental, não confundir com uma pessoa sensível, se estamos nos referindo a alguém que excede nessa faceta de comportamento a ponto de  corromper seu discernimento intelectual e moral].

Invoco novamente àquela frase que resume tão bem quando a bondade é perfeitamente conivente com o "mal":

"De boas intenções, o inferno está lotado".

E para reforçar os efeitos deletérios para quem tem compaixão excessiva com quem não tem.

"Crie corvos e eles comerão os seus olhos"

Frases tão antigas da sabedoria popular nos mostram o básico do bom senso, infelizmente, muito difícil de ser compreendido por aqueles que se afirmam mais bondosos. Acham que para tratar o mal é necessário unicamente a ''bondade', isto é, mesmo com quem já desgraçou vidas inocentes. Não é mais uma questão de bondade aí, mas de narcisismo [inconsciente] mesmo, de uma autotranscendência egoísta em que o indivíduo, dito altruísta, busca ser absolutamente bondoso [supostamente], e isto prevalecendo sobre o seu discernimento moral, de certo a errado, praticando a injustiça de sentir pena, perdoar ou mesmo chegando ao cúmulo de defender facínoras, pensando que os entendem. São ingênuos e/ou instintivamente dóceis. Bondade, em sua frequência habitual, não é ingenuidade nem mesmo sacrifício suicida, especialmente a partir da sabedoria.

Se um jardim está infestado de ervas daninhas então é preciso tratá -lo, sem, necessariamente, ter que destruí-lo. O mesmo cenário realista para a humanidade. No entanto, o altruísta típico confunde bondade com fraqueza.  Parece até que está mais preocupado em ser visto e se perceber como moralmente superior do que de buscar pela sabedoria, mesmo se isso custar sua reputação especialmente perante seus pares ideológicos.

6.1 A possibilidade de eliminar doenças genéticas graves

Além de dar um ultimato à existência de seres humanos incorrigivelmente imorais, a eugenia também poderia eliminar a expressão de doenças genéticas muito graves cujos modos hereditários já são conhecidos. Ao invés de esperar que alguns seres humanos nasçam com essas doenças que encurtarão ou dificultarão suas vidas, rastrear caminhos de hereditariedade para se possível extirpar suas expressões, tal como foi feito com a varíola.

O que há de errado nisso??

Existem algumas doenças terríveis que apresentam um padrão de hereditariedade muito claro, como a doença de Huntington. Sabendo que seu risco de transmissão é muito alto, seus portadores devem ter o dever moral de não passar essa provação adiante, possivelmente evitando constituir famílias. Eu não pensaria duas vezes se fosse o meu caso. Ainda assim é complexo, pois depende muito do polimorfismo que estamos falando. Por exemplo, no caso de alguns transtornos psiquiátricos, intrinsecamente associados com uma maior expressão criativa. A possibilidade de eliminar a maioria desses transtornos em gerações futuras, com o cuidado de preservar a diversidade psico-cognitiva humana saudável, é uma clara demonstração do quão necessária é a sinergia entre conhecimento e sensibilidade para uma possível prática mais sistemática de eugenia e,  portanto, o quão equivocados estão aqueles que a tomam  para si como espelho para as suas prepotências não-resolvidas. Tal como enfiar um fio em um buraco de agulha, o trabalho eugênico ideal [ou mais verdadeiro] eloquentemente dispensa essa estupidez emocional e filosófica. Falta à maioria dos autodeclarados eugenistas compreender isso.. A eugenia é mais no sentido de podar do que de vandalizar com a ''árvore'' humana. Por exemplo, sabemos que doses até não-parcimoniosas de ansiedade, melancolia e/ou flutuação de humor costumam ser orquestrais para a fertilidade de uma mente criativa. Podem inclusive ser compreendidas como manifestações de mentes mais naturais ou menos domesticadas. A genialidade criativa (bem como uma personalidade mais filosófica) é, por si mesma, limítrofe entre aquilo que chamamos de normalidade [domesticação] e loucura. Ao invés de apenas pensar  em produzir uma humanidade mais saudável, é fundamental enfatizar pela preservação de sua diversidade, que não é causalmente deletéria [obviamente], bem como de sua naturalidade, isto é, possivelmente ampliando suas virtudes, como a empatia e a autoconsciência, instrumentais para a maximização de nossa segurança existencial coletiva. Portanto, a possibilidade de eliminar para sempre ''aqueles'' que nascem com instintos predatórios e/ou parasitários, partindo da conclusão que não podem ser ''curados'' ou mesmo seguramente controlados, se são as principais fontes de conflitos entre nós, me parece muito desejável. É exatamente como ''limpar'' ou afastar predadores do ambiente em que se vive...

7. A beleza não é tão relativa assim

A beleza não está apenas nos olhos de quem vê. De fato, no quesito ''aparência'', existem pessoas que saem largamente na frente, porque foram mais agraciadas pela natureza em relação às suas aparências. No entanto, todos nós temos que correr atrás, afinal, um corte de cabelo que não combina com o rosto, uma maquiagem mal feita, um estilo de roupa meio ''bizarro'' ou que não case com o estilo pessoal, pode diluir bastante a beleza [harmonia], em seu conjunto geral. Ainda assim, é inegável a existência de gente que já nasce mais ou menos bonita e essa é uma verdade impopular. Tudo aquilo que diz às pessoas que elas têm limites, é impopular, especialmente no mundo atual em que somos doutrinados a acreditar que todos os nossos sonhos são possíveis ou que nossas diferenças são apenas relativas.

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