quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

O esquerdismo burrinho do [agora] Brazil...

Existem as pautas identitárias e as pautas trabalhistas. Ambas importantes, mas, como tudo tem [ou têm] uma hierarquia, então uma delas será mais importante, no sentido de ser a mais básica, e é a trabalhista. Também, pudera, antes de garantirmos os direitos individuais de minorias [e não tão minorias] historicamente oprimidas, deveríamos ter garantido os direitos da maioria trabalhadora, salvaguardando o básico de sua dignidade. Com o meus botões, acredito que, por agora, existem dois modelos de socialismo, diga-se, parcial, ou dentro de um sistema capitalista, como um apaziguador das barbeiragens que este segundo sempre comete: o modelo europeu e o modelo estado-unidense. 

O modelo europeu enfatiza as pautas trabalhistas enquanto o estado-unidense super enfatiza as pautas identitárias. Não é que o modelo europeu deixe as pautas identitárias de lado, mas que primeiro, dá atenção, corretamente, ao que precisa vir primeiro, ora bolas, que é a possibilidade de maior igualdade e portanto, de seguridade social [pra mim e pra você]. Em contrapartida, nos EUA, socialismo tem sido, desde a um bom tempo, associado quase que exclusivamente à pautas identitárias, isto é, dos direitos de dignidade, respeito e seguridade, também, para minorias... e maiorias historicamente oprimidas pelos, em média, ''emocionalmente idiotas'' homens heterossexuais brancos e [predominantemente] cristãos... como os homossexuais e as mulheres. Mas, como as pautas identitárias são naturalmente inclinadas para questões culturais, então, os fatores econômicos não costumam ser igualmente considerados, e sim, perifericamente. Tem sido assim e não significa que a pauta identitária não possa incorporar aspectos essenciais da trabalhista. Interessante pensar que as pautas trabalhistas seriam uma maneira, se decisivamente bem aplicadas, de prestar o mesmo serviço de empatia estruturalizada, também para homens brancos, heterossexuais, cristãos ou não, e de classe trabalhadora à média, já que as diferenças entre essas classes não são tão grandes assim como a classe média gostaria que fossem. Nos EUA, até parece que a super-ênfase nas pautas identitárias seja instrumentalmente conspiratória pra fazer com que as pautas trabalhistas fossem esquecidas ou tratadas como algo mais para frente. Afinal, a pauta trabalhista, se aplicada, mudaria muito mais os EUA, enquanto que a identitária, ainda que tenha demonstrado o seu poder de transformação, se dá menos sobre as estruturas ou alicerces [modelo econômico e social]. 

E o quê que o esquerdismo brasileiro tem feito*

Bem, tem copiado o modelo americano, se esquecendo das pautas trabalhistas. Agora só falta os ''liberais'' brazileiros terminarem de liberar o país para a farra globalista financeira. Aí, [quase-] Estadius Unidius -2.0.

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